• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

E se o rei Finarfin por alguma fatalidade morresse quem o substituiria?

Sálata

Princesa da Talácia
Se por alguma fatalidade finarfin, rei supremo dos noldor em Aman morresse, quem o substituiria? Galadriel ou Elrond?

Para facilitar as coisas vou dar algumas especificações: o tempo que deve ser levado em conta é a quarta era, digamos, onde teremos Galadriel e Elrond vivendo em Aman, já que os Valar permitiram o retorno deles no fim da Guerra do Anel. Daí digamos que por uma fatalidade, um galho de uma árvore despenque na cabeça de finarfin enquanto ele passeia ou então algum elfo qualquer o assassine e devido ao cansaço ele acabe entregando sua vida e partindo para os salões de espera de Mandos, e por ventura se recuse a retornar, quem seria o mais adequado de sua descendência para governar os Noldor, levando em conta a genealogia correta dos Noldor?
 
Última edição:
Depende do cenário (mais realista ou menos realista). Se seguir os livros devemos considerar a época, a árvore genealógica, herdeiros varões, etc... Dentre as hipóteses (piores ou melhores) acho possível até ficar sem alto rei (igual os Gondorianos ficaram) a depender da atrocidade ou agravante da fuga dos Noldor que ocorresse em Aman (Feanor não era fácil).
 
Dentre as hipóteses (piores ou melhores) acho possível até ficar sem alto rei (igual os Gondorianos ficaram)
Acho extremamente improvável; os Elfos são extremamente hierárquicos e patriacais, especialmente os Ñoldor; os Laiquendi estavam mais per'huma aberração cultural Eldarin.

Em resposta a vossa qüestão, @Sálata, o trono creio que passaria a Findaráto (Finrod), o Escavador; diz-se no Silmarillion que elle cedo tornou a caminhar junto a seu pay em Aman.
** Posts duplicados combinados **
Alternativamente, algum retornado da casa de Ñolofinwë (Fingolfin) o poderia disputar, também.
 
Última edição:
Na verdade abordava a questão de forma diferente. A morte de Finarfin (seja por infortúnio ou assassinato) implica número maior de condições satisfeitas do plano de Melkor nos círculos do mundo. Se ele morre, significa que haveria maldade maior do que a oficial presente nos livros demonstrando um poder de extermínio maior da parte do Inimigo do mundo. (Melkor conheceu Feanor e seus irmãos e seu ódio foi específico).

Por exemplo, se no Silma o desfavor se limita a assassinar os líderes homens exilados forçando o povo Noldor a seguir excepcionalmente Galadriel (uma mulher) num cenário de morte Finarfin a deterioração do mundo (e dos elfos) se acelera e aprofunda e podemos especular desde a perda de status de uma casa inteira até a limpeza de nobres do sexo masculino ou de pessoas dispostas a serem reis (nas terras mortais chegam a um momento em que simplesmente o povo está quebrantado demais para isso). Também se destaca que se não me engano em uma versão descartada havia irmãs de Finarfin.

É um cenário muito mais sombrio, considerando que o parâmetro inicial da morte de Finarfin demande proporcional ataque contra os Poderes. Em outros termos estaríamos diante da expansão das linhas já delineadas na história. É como uma equação, se tudo piora então pioram as condições de existir um alto-rei. Aumentam as condições para transgressão das leis dos poderes (o medo dos Noldor em desafiar de novo os Valar em sua própria terra, essas coisas), aumenta o risco de os Noldor caírem em uma desgraça ainda maior e gerarem anomalias e práticas heterodoxas nas tradições (alta rainha?), etc... A morte de Finarfin em Aman teria efeito cascata.
 
Última edição:
Na verdade, a cousa é mais complexa.

Antes mesmo que Melcor visse os céus novamente, Míriël morreu em Aman por razões igualmente frívolas; o parto de Fëanáro parece, a princípio, mais um desígnio estranho de Eru que a maldade de Morgoth em si -- mui embora fora conseqüência da Convocação dos Valar e da Grande Marcha em si, que refletem a incorporação polo Terceiro Thema dos acordes de Melcor. Mais que isso: a cisão da Casa de Finwë estava estável e provàvelmente traria muita alegria aos Eldar, não fosse a Lehtanë Melcorwa. E, conquanto Arda já estivesse, em verdade, desfigurada, tais acontecimentos ocorriam nas (então mais que depois) immaculadas Terras Immortais, e destarte se poderiam atribuir, se a alguém, à ação dos Valar apenas, que em desobediência ao desígnio de Eru levaram os Elfos para o Oeste.

Quero dizer que, a depender do que ocorra, não se pode inequívocamente atribuir o acontecimento ao Inimigo, e tampouco será algo totalmente novo, pois já subcedera antes; como a qüestão original se limita a levantar hypótheses, sem dar causa definida à morte, devemos pensar em duas espheras: a geral -- que tange os pressupostos legais da herança élfica --, e a específica -- que envolve o estudo de cada possibilidade, com conseqüência excepcionais.

---------

De modo geral, devo expressar que é facto (interno) que Findaráto está vivo e bem, junto a seu pay; se o que quer que atinja a seu pai não o atinja também, naturalmente seria elle seu herdeiro, haja vista que gozava da estima de todos os Eldar; no caso de morte conjunta ou de renúncia, o trono seria de algum herdeiro seu (com Amarië Vanyaron), e, se não houver, ao parente mais próximo em linha masculina. A inexistência de hum parentesco masculino é problemática entre os Eldar; temos, entretanto, precedentes: Dior filho de Lúthiën Tindómerel foi aclamado Alto Rey dos Nelyar com o assassinato de Elwë Thindacollo (sendo conhecido vulgarmente por Eluchíl, "Herdeiro de Elu"); também o fascínio de Lómiön (Maeglin) ao ouvir sobre Turucáno Sem-Herdeiro e sua filha Itarilde -- além de seu desejo por esta depois -- em parte se explica por uma possível tendência Eldarin a aceitar heranças por linha feminina como último recurso, de forma que o seduzia o poder; por fim, Tuör (e Eärendil depois) foi ràpidamente aceito como rei em Arverniën.

Obviamente, as leis tradicionais (não escriptas) dos Eldar tornam tudo mais difícil, nesse caso; não prevejo solução, por exemplo, se ao invés de a homens por linha feminina o throno couber a uma mulher. Talvez neste caso os Tatyar se dispersem; quiçá no momento de necessidade surja um novo rey.

---------

Ora é díficil analysar toda-las situações possíveis.

Um assassinato seria trágico, mas previsível: no último parágrapho narrativo do Quenta Silmarillion, temos que
Tolkien disse:
No entanto, as mentiras plantadas por Melkor, o poderoso e maldito, Morgoth Bauglir, o Poder do Terror e do Ódio, nos corações de elfos e homens, são uma semente que não morre e não pode ser destruída. E de quando em quando ela volta a brotar; e dará frutos sinistros até o último dos dias.
[formatação minha]; daí supomos que muito afligiria os Elfos, mas seria causa de nenhuma rebelião; entretanto, haveria discórdia entre os Ñoldor, e um novo rey seria necessário para apaziguá-los e reuni-los.

Uma morte accidental traria desfechos mais complexos, deveras: muitos dos Elfos perderiam a fé nos Valar, e a semente da rebelião seria novamente plantada, embora limpa de discórdia (a princípio). Neste caso, ou os Ñoldor se dispersam -- a viver como os Laiquendi, rancorosos e isolados, mas deprovidos de coragem --, ou erguem um novo líder a marchar de volta a Endor, ou ainda são apaziguados por um novo rey indicado polos Valar.

--------

Embora esta argumentação saiu maior que o pretendido, eis: o golpe seria forte, mas o espírito ínclito dos Eldar resistiria ao vazio, e elles iriam em busca de algo melhor; o novo rei seria ordinàriamente Findaráto Felacundo, desprezando-se agravantes. Espero não ter dicto mui embalde, e que tal artigo vos sane as dúvidas.
 
Sem problemas, eu também comentava que tudo depende, a complexidade dá a graça. Com relação a superação élfica do segundo povo percebo o mesmo flerte perigoso do abismo da autodestruição que condenou os anões miúdos (encontrados por Túrin em sua viagem). Pois que a promessa de Feanor (herdeiro de Finwë) jurou destruir eles mesmos.

Enquanto a parte mais habilidosa e poderosa (Feanor, descendente direto de Finwe) é assassinada, a parte mais benévola é acossada, expulsa e morta nas mãos do inimigo (de Finrod). Em havendo obras únicas bem como chances únicas o exílio poderia ter significado o fim dos Noldor na promessa deles mesmos. Que se a sobrevivência e arrependimento de Finarfin representam a esperança da reabilitação dos Noldor a morte dele representaria a queda funda na desesperança sem volta (fim dos descendentes diretos de Miriel e Indis e mutilação completa da vontade de Finwe) influenciando o valor moral do povo em decisões no futuro e quem sabe da escolha de Galadriel diante do Um.

No desafio ao Círculo da Lei Melkor e Feanor (que o escutou) quase condenaram os Noldor a se tornarem um povo diminuído e sem reis(o que nas terras mortais realmente aconteceu). Imaginar um cenário pior que esse (que é o caso da morte de Finarfin) traria novas convulsões.

Não que eu não creia no poder de retorno dos elfos renascidos ou da cura dos Valar, mas se esse tipo de morte em Aman é deficiência dos Poderes (Noldor que morreram não se esquecem) então o mundo criado (Ëa) se torna penalizado e a vontade das criaturas se torna secundária (o fim de tudo de que Tolkien falava se aproxima).
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo