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E se...o Brasil entrasse em guerra?

Pode ter certeza de uma coisa: não seria contra os argentinos. No nosso continente, existem dois outros inimigos bem mais prováveis. Um deles é a Bolívia, que, em maio, forçou a Petrobras a vender com prejuízo suas duas refinarias no país. Os meses que antecederam a decisão foram muito tensos. Teve gente pedindo que nosso exército entrasse no território vizinho para retomar as refinarias à força. Seria relativamente fácil: nosso país tem o maior poderio militar da América do Sul. A Bolívia, só o oitavo. Temos 8 vezes mais homens, 11 vezes mais veículos e 21 vezes mais orçamento. O problema é que o venezuelano Hugo Chávez, o maior aliado do presidente boliviano, Evo Morales, não iria gostar nada dessa história. Chávez, que andou dizendo que o Senado brasileiro age “como um papagaio” do Congresso americano, poderia criar um front amazônico. “Uma guerra contra a Bolívia seria um passeio. Mas a reação de Chávez seria violenta”, diz José Alves Donizeth, cientista político e professor da UnB. Provavelmente, um conflito assim teria 3 etapas distintas (veja abaixo).

1 - A invasão brasileira
Partindo de Ladário, no Mato Grosso do Sul, o Brasil ataca a base boliviana de Puerto Suárez, a 10 quilômetros da fronteira. Dali, toma o acesso ao rio Paraguai, que hoje escoa metade das exportações da Bolívia. No território inimigo, os soldados brasileiros travam um conflito sangrento em San Ignacio de Velasco. Enquanto isso, parte das tropas ruma em direção a Santa Cruz de la Sierra, a maior cidade do país – que se rende sem resistência, assim como a província de Cochabamba. O exército boliviano inicia uma guerra suja de guerrilha. As refinarias da Petrobras são destruídas. Em reação, o Brasil bombardeia a capital, La Paz.

2 - A reação bolivariana
Chávez anuncia a formação da Frente Bolivariana Contra o Imperialismo Brasileiro, ataca o noroeste de Roraima e abre um novo front de guerra. Antes que o Brasil seja capaz de mobilizar as tropas, os aviões venezuelanos bombardeiam reservas indígenas ianomâmis, onde existem jazidas de diamantes. O governo da Colômbia, que há anos acusa a Venezuela de dar apoio logístico às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), se alia ao Brasil e coloca à disposição do vizinho soldados que conhecem bem a selva. O norte da Amazônia brasileira se transforma em uma espécie de Vietnã ocidental, com a mata fechada sendo palco de combates sangrentos que se desenrolam por meses a fio.

3 - A reviravolta americana
Sob o pretexto da salvar a floresta e os índios massacrados pelo exército venezuelano, os EUA entram no conflito ao lado do Brasil. Partindo de bases em Aruba e nas Antilhas Holandesas, atacam com aviões a capital Caracas. Em outra frente, enviam militares para reforçar os pelotões brasileiros baseados no 7º Batalhão de Infantaria de Selva, em Boa Vista (RR), e no 5º Batalhão de Infantaria de Selva, em São Gabriel da Cachoeira (AM). Incapaz de encarar a guerra em duas frentes simultâneas e pressionado pela população por causa das mortes na capital, o governo da Venezuela se retira do território brasileiro.

4 - O pós-guerra
O conflito muda territórios e endurece as fronteiras entre os vizinhos. Os governos de esquerda são substituídos por presidentes de direita, com um discurso fortemente militarizado. “Uma guerra generalizada colocaria em risco a democracia no continente”, diz o professor Donizeth, da UnB. No exterior, crescem os acessos de xenofobia contra brasileiros. Com o presidente Morales exilado na Argentina, o Brasil controla a produção e distribuição de gás e se recusa a deixar a rica província de Santa Cruz. A Bolívia supera o Haiti e se torna o país mais miserável do continente. Em retaliação pela invasão, o Brasil ocupa o Estado venezuelano do Amazonas, que se incorpora ao nosso mapa como Amazonas do Norte. Um general pró-EUA assume o poder e concede às empresas americanas o poder de explorar o petróleo do país. Declarado criminoso de guerra, Hugo Chávez se esconde na selva, onde organiza milícias bolivarianas. Reforçadas pelos armamentos venezuelanos, as Farc bombardeiam Bogotá: a Colômbia explode em guerra civil. Os acordos de cooperação econômica da região são suspensos: o Mercosul vai pro beleléu.
Texto Tiago Cordeiro



http://www.superinteressante.com.br/superarquivo/${ano}/conteudo_514171.shtml
 
8-O

muito bem descrito! aliás!! bem descrito demais! estás a pensar em entrar em guerra com alguém!? xD

lol

bem, eu não estou muito dentro dos assuntos da América do Sul, mas tenho a certeza que de uma guerra assim nada de bom surgiria! a amazónia sofreria terríveis e insubstituíveis perdas e as mortes seriam incontáveis... e isto são apenas duas das consequências!
 
Nossa, que análise massa, imagina um filme desses ia ser interessante, no má, sem duvida a Superinteressante é realmente superinteressante mesmo, uma náliso realmente boa.
 
Nosso país ainda tem o maior poderio militar da América do Sul? Eu achei que a Colômbia estava na frente.
 
Muito interessante mesmo!
Acho que já tinha lido essa matéria na revista.Tem uma parte que eu achei legal, que parece não estar aqui no tópico, a parte das Forças Deltas americanas que entrariam a favor do Brasilpara poder protejer a riqueza da Amazonia.
 
Por mais que o Brasil ganhasse, uma guerra seria uma tragédia, a longo prazo, para o nosso país.

Ainda que os atuais governos populistas de esquerda (principalmente no que tange a Bolívia, Venezuela e Equador) fossem substituidos por governos de direita de "discurso militarizado", a longo prazo os movimentos de esquerda tornar-se-iam mais intensos, e os mesmos substituiriam o imperialismo americano pelo brasileiro em seu discurso, com possibilidade de terrorismo.

Acabariam todas os diálogos em torno da cooperação econômico entre os países da região, o que poderia piorar, conforme a posição da Argentina, cujo papel altamente imprevisível seria de vital importância nesse caso.

Com tudo isso, o melhor que o Brasil tem a se fazer é manter a sua equipe diplomática competente e tentar "cozinhar" esses governos, rezando para que eles sejam um fenômeno apenas passageiro, e que o ideal democrático prevaleça sobre o romantismo revolucionário latino-americano. E batendo de frente, quando necessário. Não é possível aceitar todas as restrições que eles impuserem às empresas brasileiras sem contrapartida.
 
Última edição:
Ainda estamos nos recuperando da nossa "vitória" contra o Paraguai. Se tem uma coisa de que não precisamos é da ajuda estadosunidences num conflito armado.
 
Muito interessante mesmo!
Acho que já tinha lido essa matéria na revista.Tem uma parte que eu achei legal, que parece não estar aqui no tópico, a parte das Forças Deltas americanas que entrariam a favor do Brasilpara poder protejer a riqueza da Amazonia.

:think: É ...isso estava de fato lá mas não entendo porque nao o encontrei, agora...estava quando eu li. Bem lembrado
 
Achei ótimo que o Brasil esteja preparado em caso de uma guerra..o que seria horrível! Ja que todos perderiam de uma forma direta ou indireta!
Qualquer coisinha que acontece, causa um grande impacto na nossa economia e uma guerra....nem se fala...os politicos só teriam uma desculpinha a mais pra conseguir desviar nosso dinheiro.
Existem inúmeras razões pelo qual não queremos uma guerra.

Os pontos negativos estão obviamente colocando qualquer lado bom nessa historia no chinelo.
 
Nosso país ainda tem o maior poderio militar da América do Sul? Eu achei que a Colômbia estava na frente.

Em questão de números, acredito que sim. Mas em tecnologia, certamente não.

E com certeza o armamento Venezuelano faria um bom estrago.
 
Basta colocar os traficantes na linha de frente. Estão sempre com as últimas novidades em armamentos, melhor equipados que várias forças oficiais por aqui. E como estarão na frente, serão os primeiros a morrer.

Dois coelhos com uma cajadada só. :g:
 
4 - O pós-guerra
O conflito muda territórios e endurece as fronteiras entre os vizinhos. Os governos de esquerda são substituídos por presidentes de direita, com um discurso fortemente militarizado. “Uma guerra generalizada colocaria em risco a democracia no continente”, diz o professor Donizeth, da UnB. No exterior, crescem os acessos de xenofobia contra brasileiros. Com o presidente Morales exilado na Argentina, o Brasil controla a produção e distribuição de gás e se recusa a deixar a rica província de Santa Cruz. A Bolívia supera o Haiti e se torna o país mais miserável do continente. Em retaliação pela invasão, o Brasil ocupa o Estado venezuelano do Amazonas, que se incorpora ao nosso mapa como Amazonas do Norte. Um general pró-EUA assume o poder e concede às empresas americanas o poder de explorar o petróleo do país. Declarado criminoso de guerra, Hugo Chávez se esconde na selva, onde organiza milícias bolivarianas. Reforçadas pelos armamentos venezuelanos, as Farc bombardeiam Bogotá: a Colômbia explode em guerra civil. Os acordos de cooperação econômica da região são suspensos: o Mercosul vai pro beleléu.

O texto é bem interessante. Só não tenho certeza quanto a um ponto e tenho algumas opiniões adicionais...

Isso que sublinhei... convenhamos, mesmo que o país seja devastado pela guerra é bem inviável que ele fique em uma situação inferior a do Haiti, claro que isso dependeria da guerra travada, bom, acho que todos podem dizer que esperamos não ter que pagar para ver.

Acho que vale acrescentar algumas coisas: Primeiro, apesar do grande contingente de homens e de veículos estamos muito atrasados em termos de tecnologia bélica, situação que poderia ser facilmente controlada com a ajuda de uma nova divída com o FMI ( quadro provável ). Grandes lucros para empresas norte-americanas, ótima situação em relação a crise econômica atual. Era uma grande chance também de o país finalmente fazer uso de uma campanha nacionalista, esta garantiria o contingente militar por muitos anos de conflito, com nossa atual população isso provavelmente não se tornaria um problema.

Acho que a variável mais importante dessa situação era quem atacaria primeiro. Caso nós instigassemos a guerra nos tornariamos vilões aos olhos do resto do mundo ( especialmente da União Européia ), a participação dos EUA seria certamente ao nosso lado, com objetivo de colher espólios, especialmente a facilidade de acesso a biodiversidade nacional. Ignorando o quadro diplomático nós seriamos os menos prejudicados com a situação.

Claro que eu posso ter errado várias coisas, mas até onde vai minha compreensão acho que estou certo de forma geral.
 
Achei ótimo que o Brasil esteja preparado em caso de uma guerra..o que seria horrível! Ja que todos perderiam de uma forma direta ou indireta!
...

O exército brasileiro não está nada preparado, isso eu posso dizer com clareza, pois sou do exército. Nosso treinamento está sendo mais para o dias de paz, sem se lembrar das guerras que poderão vir, tomara que não venham.
Para um ataque imediato da Bolívia e CIA precisaria anos de estudos geográficos e hidrográficos, pontos frágeis, pontos de risco, qual o treinamento das tropas inimigas, os armamentos e apoio de outros paises, que concerteza não irá conseguir facilmente.
 
Basta colocar os traficantes na linha de frente. Estão sempre com as últimas novidades em armamentos, melhor equipados que várias forças oficiais por aqui. E como estarão na frente, serão os primeiros a morrer.

Dois coelhos com uma cajadada só. :g:


:lol: lol

Boa gostei...isso retrata bem a nossa realidade no momento!
 
O exército brasileiro não está nada preparado, isso eu posso dizer com clareza, pois sou do exército. Nosso treinamento está sendo mais para o dias de paz, sem se lembrar das guerras que poderão vir, tomara que não venham.
Para um ataque imediato da Bolívia e CIA precisaria anos de estudos geográficos e hidrográficos, pontos frágeis, pontos de risco, qual o treinamento das tropas inimigas, os armamentos e apoio de outros paises, que concerteza não irá conseguir facilmente.


8-O:uau:..por essa eu não esperava!
 
Em outros tempos a Bolivia levaria uma surra histórica, pois certa vez em que quis se meter com Peru e Chile acabou apanhando dos dois e perdeu a sua única saída pro mar. Pois é, acreditem um dia eles já tiveram praia.

Houve também um lítigio de fronteira com o Brasil em que acabou tendo que ceder o que hoje é o estado do Acre em troca de uma ferrovia que matou muita gente.

Hoje sinceramente não sei como ficaria e penso que seria muito ruim pro Brasil e toda a américa do Sul como um todo.
 
Em outros tempos a Bolivia levaria uma surra histórica, pois certa vez em que quis se meter com Peru e Chile acabou apanhando dos dois e perdeu a sua única saída pro mar. Pois é, acreditem um dia eles já tiveram praia.

Houve também um lítigio de fronteira com o Brasil em que acabou tendo que ceder o que hoje é o estado do Acre em troca de uma ferrovia que matou muita gente.

Hoje sinceramente não sei como ficaria e penso que seria muito ruim pro Brasil e toda a américa do Sul como um todo.

Sem duvida acredito que seria muito ruim pra todos se houvesse uma guerra. Mesmo o pais que vence ainda perdem de alguma maneira, como vidas por exemplo.
Entao o melhor a fazer é sempre evitá-la e agir diplomaticamente.
 
Tudo bem descrito. Mas juridicamente falando, e não há longo prazo como li ali em cima, acredito que para os Brasileiros seria a tragédia final...
o Brasil tem os maiores impostos, tem o mais números de impostos possíveis, tem o maior "nível" de "desnível" social e econômico entre a população... e bem... a guerra implica em impostos extraordinários, implica no governo PEGAR o que quiser de quem quiser SEM RESTITUIÇÃO, implica em pena de morte, implica em prisões inexplicadas, implica em contrabando (maior que o que já tem)....
Brasileiro é um povo lindo... grande coisa! Brasileiro NÃO COMPORTA GUERRA!!!! Ia ferrar com tudo e mais um pouco... e o pior? Embora a guerra acabe, os efeitos reduzirão gradativamente e não automaticamente... em termos jurídicos, impostos fixados com a guerra devem deixar de vigorar, mas não existe prazo para isso... pode ser gradativo... de 1 a "..." de anos depois...
Pra falar a verdade, ao ler o texto inicial e imaginar deu até frio na espinha!
 
Basta colocar os traficantes na linha de frente. Estão sempre com as últimas novidades em armamentos, melhor equipados que várias forças oficiais por aqui. E como estarão na frente, serão os primeiros a morrer.

Dois coelhos com uma cajadada só. :g:



Concordo com você...:rofl::rofl::rofl:
 
Brasil, Argentina e Uruguai, aliados, derrotaram o Paraguai após mais de cinco anos de lutas durante os quais o Brasil enviou em torno de 150 mil homens à guerra. Cerca de 50 mil não voltaram.Alguns autores asseveram que as mortes no caso do Brasil podem ter alcançado 60 mil se forem incluídos civis, principalmente nas então províncias do Rio Grande do Sul e de Mato Grosso. Argentina e Uruguai sofreram perdas proporcionalmente pesadas — mais de 50% de suas tropas faleceram durante a guerra — apesar de, em números absolutos, serem menos significativas. Já as perdas humanas sofridas pelo Paraguai, são calculadas até em 300 mil pessoas, entre civis e militares, mortos em decorrência dos combates, das epidemias que se alastraram durante a guerra e da fome. Esses números são porém considerados excessivos, considerando-se que a população do país na época não chegaria possivelmente ao meio milhão de habitantes.
Sem falar é claro do massacre que o exercito brasileiro fez, matando mais de 6 mil crianças de 10 á 15 anos em umas de suas batalhas, prejuiso que até hoje o Brasil responde por ele em 5 processos.

Acho que se ocorrece outro desse tipo seria de grande perda para o Brasil pois podemos ter quantidade não qualidade.
 

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