Bem, portanto, vamos supor (como o Morlindalë faz) que os Orcs fossem criaturas de Eru Ilúvatar (a quem Melkor reverenciava, e no silmarillion não é de fato dito o contrário). Melkor, vendo essas criaturas mais débeis que os elfos, e esses elfos tentando matá-las por nenhum motivo, se apieda dessas criaturas e as defende contra os Elfos (lembrem-se também que esses elfos acabaram de nascer, não conhecem nem os Valar, são totalmente negros ainda). É perfeitamente lógico que a rixa que Melkor tinha dos elfos tivesse nascido daí, dos fatos desses seres ditos mais perfeitos não terem piedade dos Orcs e de suas famílias (sim eles tem famílias e uma organização normal de qualquer sociedade).
A briga entre Melkor e os Valar começou muito antes de os orcs e os elfos serem criados. Começou na Música, quando Melkor não estava satisfeito em "cumprir ordens" e cantar em harmonia com todos os outros Ainur. Ele queria criar a sua própria música. Mesmo em Arda, tudo o que os Valar construíam, Melkor destruia.
O que eu quero dizer é: quem começou mau foi Melkor, não os Elfos, que seguiram os Valar. Os orcs não tinham piedade de nada nem ninguém, nem dos de sua própria raça.
Fëauryg Felagund disse:
Afinal, tudo que é feito por Eru Ilúvatar tem de haver uma contraparte. Para criar-se o belo, há de se criar o feio. Para se criar o sábio, o custo é a fabricação de ignorantes. Pois bem, na versão do Morlindalë, Melkor (e Sauron) tiveram compaixão dessas criaturas desprezadas por elfos e Valar, e se tornado seus protetores.
Eu tinha essa opinião, mas pensando bem, Eru criou os Ainur sem maldade, sem contrapartida. Mas, como ele não pode interferir no livre arbítrio (a Chama Imperecível), Melkor começou a "discordar" de Eru. Aí sim, pode ser que a contrapartida tenha sido criada, mas não por Eru Ilúvatar.
Fëauryg Felagund disse:
Outras curiosidades do livro é sobre a Origem de Ungoliant. Como um ser nefasto daqueles poderia viver na própria ilha de Valimar, lar dos Valar, e como é que eles não havia se percebido disso?
A teoria apresentada é perfeitamente possível, também. Diz que Yavanna, para criar a luz das Árvores, tinha de criar uma contraparte, e essa aranha (que estava com os dois feixes de lenha que vieram a ser as árvores) foi afetada pela "contraparte" da energia de Yavanna, e manifestado a Escuridão, o oposto das árvores. Melkor, segundo essa versão, se apiedou (e não teve inveja) das árvores que sofriam dando luz à terra dos valar, e da Aranha que sofria pelos efeitos da magia. Então, o que fez foi dar de novo às árvores à escuridão, e à Ungoliant, a luz, fundindo os opostos. O que houve depois, segundo o Silma, foi que Ungoliant inchou e se tornou horrenda. Mas que olhos haviam para ver? A terra dos Vala estava às escuras, e nem mesmo manwë conseguia ver coisa aguma.
No Silmarillion, Ungoliant tenta roupar as Silmarils de Morgoth e ataca-o. Morgoth então foge, do lugar que ficou conhecido como Lammoth.
Fëauryg Felagund disse:
A versão de Melkor nos conta que os Espíritos das Árvores voltaram a ter paz, e a aranha, ao invés de "inchar", encolheu à sua forma natural. Isso também é bastante conveniente na brecha deixada por Tolkien, de como Ungoliant "desapareceu" no mundo. Melkor então levou esses tocos de madeira que continham o espírito das árvores, e a aranha em tamanho normal, para sua fortaleza na Terra-Média.
Isso não é cabível, porque as árvores, mesmo sem vida e sem luz, permaneceram em Valinor, e ainda deram um último fruto cada uma, dos quais foram feitos Anar e Isil (o Sol e a Lua).
Fëauryg Felagund disse:
Levou as Silmarils não por ter inveja delas (foi ele mesmo que instigou Fëanor a produzi-las, e foi ele quem o instigou a não aceitar as ordens dos Valar). Ele as levou para ter uma lembrança daquelas lindas árvores que conhecera.
Não acho. Ele destruía tudo o que os Valar criavam, desde as Lâmpadas e etc...
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Mesmo assim, é legal ver as brechas e buscar outros significados.
É o que tem sido feito aqui.