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E se houvessem mais casais interraciais na Terra-Média?

Pim

God, I love how sexy I am!
Sabemos que existem pouquíssimos casais interraciais na Terra-Média, e que eles se limitam, geralmente, até onde meu conhecimento alcança, a enlaces entre humanos e elfos, com exceção de Melian, a maia, e Thingol, um elfo.

Vocês acham que seria possível um indivíduo de alguma outra raça da Terra-Média se apaixonar e casar com outro de outra? Por exemplo uma hobbit por um anão valoroso que a salvou de um troll, uma humana por um dos Pequeninos, ou mesmo algo baseado inicialmente numa amizade deveras improvável, como a de Legolas e Gimli, que depois evoluiria pra paixão.

O que vocês acham disso? Possível? Viável? Já tiveram a mesma dúvida?
 
Bem, podemos pensar que as cidades ou localidades favoráveis a esse tipo de união teriam um fundo histórico especial que as diferenciasse de cidades comuns ou homogêneas (que tivesse um único tipo de povo).

Por exemplo, a cidade do Lago em O Hobbit é uma cidade de contato com várias culturas e povos (anões e elfos) e aceitaria com mais naturalidade a união entre habitantes diferentes do que Bri ou mesmo Minas Tirith. E por sua vez essas duas cidades veriam com mais naturalidade do que outras cidades que se localizassem nos reinos ao sul de Gondor que no máximo teriam ouvido falar de lendas sobre elfos, anões ou hobbits.

Característcas de abertura franca e honesta também seriam favoráveis a encontros assim como Valfenda que era tradicionalmente uma localidade amiga e aberta a ajudar benfeitores estrangeiros.

Por outro lado, segundo os livros, a medida que se volta no tempo da criação do mundo os povos e criaturas vão se tornando menos estranhos uns aos outros. A pirâmide criativa se afunila em direção ao topo com a passagem do tempo. O que quer dizer que na época das 3 casas era bem mais fácil um humano ou humana se unir a uma elfa ou elfo.

A título de exemplo, Túrin se quisesse (mesmo sob maldição) teria chance de escolher pelo menos 2 vezes com Nellas uma elfa (pelo laço de fidelidade) ou com Finduilas outra elfa (pela paixão) em razão de nos primeiros tempos os elfos também não saberem da tristeza de ter que escolher uma das duas famílias.

Num cenário mais propício Andreth também poderia ter sido enlaçada em uma sina se não houvesse guerra que fizesse o elfo refletir mais atentamente sobre o destino.

As linhagens dos anões também parecem ser afetadas por fatores parecidos as casas dos homens e algumas famílias são mais abertas as relações e comércio do que outras como foi o caso dos anões de Moria que trabalhavam com elfos amantes de ourivesaria. Nesse cenário é menos difícil que um Noldor se case com um anão de Moria do que um Teleri ou Vanya se casar com alguma outra casa de anões.

Em outros universos de jogos e literatura é possível encontrar raças de elfos-anões, elfos dos ares, elfos dos mares, anões com características mágicas, entre diversos cruzamentos. Comumente os filhos desses casais mistos especiais habitam em cidades humanas pouco conhecidas ou acessíveis, numa espécie de linha de transição entre este mundo e o outro.

Cidades ocultas em montanhas ou isoladas geograficamente por rios e florestas favoreceriam a preservação da independência das pessoas e permitiria a sobrevivência de criaturas diferentes antes de as pessoas conhecerem o preconceito. Costumam ser cidades com uma origem muito antiga ou fundadores antigos que por alguma razão levou a cruzar relações com outras raças.

Essa outra característica interessante. Quanto mais em direção ao passado, mais fácil os caminhos podem se cruzar pois também as pessoas não se fortificavam demais contra a maldade criada por Melkor. Melian era especialista em caminhos do mundo e o que protegia o reino de Thingol se baseava profundamente em caminhos que as pessoas escolhiam. Se a pessoa possuísse uma busca reta e única ela poderia encontrar aquilo que procurava e atravessar o muro, como Beren fez. Esse era o fundamento da rota plana para o mundo élfico. Era tão difícil manter o curso que poucas pessoas conseguiam encontrar o caminho que as levasse até outro povo.
 
Última edição:
É bem por aí mesmo que passeavam meus pensamentos, Neoghoster. Ao ler e reler a trilogia Senhor dos Aneis sempre fiquei com a impressão de que as raças da Terra-Média eram bem fechadas nas suas populações e quaisquer relacionamentos entre diferentes raças, mesmo interpessoais, não eram tão bem vistos e tinham uma vibe Montecchio e Capuleto, porém quando li o Silmarillion vi que antigamente as diferentes espécies interagiam muito mais e melhor entre si, inclusive anões e elfos.

Num desenho que gosto bastante, Avatar: A Lenda de Aang, acontecia algo parecido. Nele existem quatro povos, cada um dominando, de modo inato e "mágico", um dos quatro elementos básicos, e eles não se misturavam de jeito algum exceto, em alguns casos, para exercer o comércio; pessoas da tribo do Fogo namoravam com outros do Fogo, Água com Água e assim por diante. Agora, na quarta temporada, que se passará cem anos na história depois do fim da terceira, haverão reinos mistos devido à miscigenação das populações. Inclusive numa mesma família terão dominadores de elementos distintos, tipo dois irmãos que dominarão um o fogo e outro a terra, por seus pais serem de ambos os reinos. Fiquei pensando como seria isso aplicado no mundo de Tolkien, com famílias de Meio-Elfos-Meio-Anões, ou Meio-Anões-Meio-Homens, ou até Meio-Hobbits-Meio-Homens (numa releitura do que existe na vida real, com casais de anão com mulher de estatura normal terem alguns filhos anões e outros 'normais').

Tendo o fim da Terceira Era como base e pano de fundo acredito muito mais na possibilidade do improvável casal Hobbit + Homem do que em quaisquer outros interraciais, inclusive por ambos terem uma origem genealógica comum. Apesar de hobbits parecerem crianças humanas, os requisitos de uma paixão não são compostos somente pela aparência; a bravura, cortesia e simpatia são bastante valorizadas e poderiam compensar esse pesar da aparência infantilóide. Acredito que, inclusive, com uma boa dose de convivência e receptividade poderia nascer algo entre alguma das mulheres de Gondor/Rohan e Merry/Pippin... Se sim, não seriam o primeiro casal díspar em altura ou idade.

Já outra oportunidade de formar um casal interracial, caso um deles fosse do sexo oposto, seria entre Legolas e Gimli ou, no caso, um elfo e um anão que vencessem a barreira inicial do preconceito racial e ficassem tão amigos a ponto de não se desgrudarem, como aconteceu com esses dois. Seria no mínimo estranhamente inusitado ver uma elfa sofrendo pela morte natural do seu marido anão como Arwen fez quando Aragorn faleceu, e não consigo imaginar um filho entre essas duas raças. Seria alguém de altura intermediária, pêlos não tão fartos, com a beleza dos elfos um pouco enrudecida pelos traços fortes de um anão e tão rijo e dificilmente corrputível quanto os baixinhos? Elfos são longilíneos, anões brevilíneos, imagino o que deva sair de uma mistura desses dois, ou mesmo se haveriam filhos mais puxados para esta ou aquela raça...
 
Algo que salta a vista é a dificuldade encontrada pelos habitantes do mundo em assumirem corpos para desenvolver suas vidas ou seu destino. O caso dos meio-elfos é o mais famoso deles mas o que me chama a atenção no assunto é que os Valar se viram diante de algo que temiam e que é apontado por Eru.

Comparando Melkor com os outros ele era aquele que conhecia o medo, em que o medo sendo uma fragilidade da mente é um indicador de demência (quanto maior o medo, maior a loucura). Os outros Valar, com o passar do tempo vão se tornando mais presos ao mundo e se voltarmos ao diálogo de Manwë e Eru percebemos que existia ou passou a existir pelo menos um medo da parte dos Valar que era o de arbitrar em questões de Eru que interferissem na vida dos filhos e que os faziam reter a dádiva dos corpos em questões necessárias dando menos atenção ao assunto do que Eru gostaria e até o processo da morte poderia ter sido menos doloroso aos filhos se eles tivessem sido menos renitentes em elaborar e projetar o futuro da vestimenta dos filhos.

Essa deficiência se manifestava no mundo sob a forma de loucura que também é chamada de incoerência (que era uma incoerência decorrente da limitação de espaço e tempo de cada Vala). A visão de futuro do mundo (e com ela a visão reprodutiva dos seres) se tornava indistinta a cada dia, repousando cada vez mais na mão de Eru e de seus filhos. Curiosamente, apesar de os filhos poderem mais do que nunca escolherem o que fazer de suas vidas tinham que o ambiente sob as ordens dos Valar (a matéria física) assim como os caminhos do mundo declaravam resistência, oposição e rebeldia cada vez maiores (Túrin versus O Mundo).

Razão pela qual penso que se houvesse um contato amoroso entre dois grupos de uma mesma raça (hobbits e humanos de Rohan por exemplo eram contados ambos entre os homens) o risco de parto nas mulheres menores favoreceria que o representante da raça de menor corpo fosse um homem e o de maior corpo fosse uma mulher. Especula-se inclusive que quando um macho portador de uma linhagem muito grande fecundava uma mulher de menor capacidade ela tendia a morrer como ocorreu com Finwe e sua esposa Miriel (suspeito que Feanor trazia uma bagagem muito pesada para o mundo). O poder subcriativo e biologia do portador dos genes agiria como limitador na escolha dos parceiros ou pelo menos na geração do futuro estabelecido pelos Poderes.

Sendo a natureza feminina especializada em prover o ambiente do filho (diferente da natureza de cruzador de horizonte de eventos masculina) e sendo ela mais envolvente faz todo o sentido de uma elfa como Arwen ou Idril conseguirem dar a luz sem problemas filhos saudáveis de uma raça menor (homens comuns, Dúnedain, hobbits ou até anões). Já um casal oposto (mulher com elfo Noldor como Andreth que se apaixonou por um elfo) tinha chances de "fritar" a parceira de raça de menor capacidade (física e superfísica) não em 100% das vezes (a biologia dos livros também não era matemática) mas havendo chances de aparecerem filhos do destino (desejados por Eru) que furavam a vontade dos Poderes para o bem de todos do mundo (Elrond e Elros enriqueceram a história do mundo).

Originalmente o plano devia ser perfeito, sem que Melkor retirasse pedaços dele, mas em todas as versões de mundo (perfeito ou imperfeito) Eru estabelece que o mundo deva ser enriquecido (a reprodução/multiplicação é uma visão do futuro) de tempos em tempos. Como os Valar não deram tudo de si na hora de imaginar a questão reprodutiva se fôssemos mudar isso podemos pensar no passado (antes da contaminação do mundo e o plano podia ser perfeito), temos o futuro (a música definitiva de Eru) e temos um universo alternativo modificado por nós, em que por alguma razão todas as criaturas mágicas tivessem permanecido ou fossem trazidas de volta a nossa dimensão.

No caso da terceira opção o maior contato (cotidiano eu diria) poderia fazer com que histórias como aquela lenda dos Hobbits de um deles ter um parente que era uma fada pudessem ser verdade. Hehehe
 
Última edição:
Esse fato é interessante, é sempre uma mulher (estou usando a palavra mulher para simplificar) de grande estatura que se ("rebaixa") e casa com um homem de menor estatura, um paralelo na mitologia é a mitologia grega, onde era interditado às deusas o contato sexual com homens, mas o oposto não existia, uma explicação junguiana explicaria uma metáfora para o tabu do incesto, que ditava que o superior não pudesse ser o superior materno (Édipo), mas poderia ser paterno.
 
Esse fato é interessante, é sempre uma mulher (estou usando a palavra mulher para simplificar) de grande estatura que se ("rebaixa") e casa com um homem de menor estatura, um paralelo na mitologia é a mitologia grega, onde era interditado às deusas o contato sexual com homens, mas o oposto não existia, uma explicação junguiana explicaria uma metáfora para o tabu do incesto, que ditava que o superior não pudesse ser o superior materno (Édipo), mas poderia ser paterno.
Na verdade, há uma exceção: na Primeira Era, a humana Andreth (do Diálogo entre Finrod e Andreth) se apaixonou pelo elfo Angrod (ou Aegnor, nunca lembro qual dos dois). No entanto, eles não acabaram juntos, por medo de não dar certo por causa da diferença entre raças (isso foi antes de Beren e Lúthien),
 
Na verdade, há uma exceção: na Primeira Era, a humana Andreth (do Diálogo entre Finrod e Andreth) se apaixonou pelo elfo Angrod (ou Aegnor, nunca lembro qual dos dois). No entanto, eles não acabaram juntos, por medo de não dar certo por causa da diferença entre raças (isso foi antes de Beren e Lúthien),

Então não é uma exceção, não tiveram nada físico, ou tiveram?
 
Entre homens e elfos, acho que seria normal, mas é eu também notei que é sempre uma Elfa bonitona que fica com um Homem. Podia ter mais humanas e elfos, e também seria comum Homens e Hobbits. Agora Anão e Elfo acho que não. ( trauma pós boatos Tauriel e Kili)
 
Entre homens e elfos, acho que seria normal, mas é eu também notei que é sempre uma Elfa bonitona que fica com um Homem. Podia ter mais humanas e elfos, e também seria comum Homens e Hobbits. Agora Anão e Elfo acho que não. ( trauma pós boatos Tauriel e Kili)
[trauma após os boatos de Tauriel e Kili se confirmarem]
 

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