Ensaio sobre Ósanwë-kenta. disse:
"Pengolodh aqui elabora (embora não seja necessário ao seu argumento) essa questão de 'previsão'. Nenhuma mente, ele afirma, conhece o que nela não está. Tudo o que fora experimentado está nela, apesar de que no caso dos Encarnados, dependendo dos instrumentos do hröa, algumas coisas podem ser 'esquecidas', não estando imediatamente disponíveis para recordação. Mas nenhuma parte do 'futuro' lá está, pois a mente não pode vê-lo nem tê-lo visto: isto é, uma mente situada no tempo. Tal mente pode aprender sobre o futuro apenas a partir de outra mente que o tenha visto. Mas isso significa apenas diretamente de Eru, ou por intermédio de alguma mente que tenha visto em Eru alguma parte de Seu propósito (assim como os Ainur, que agora são os Valar em Eä). Só assim um Encarnado pode conhecer algo do futuro: por instrução derivada dos Valar, ou por uma revelação vinda diretamente de Eru. [Foi assim como Círdan ficou sabendo da missão de guardar os Portos até que os elfos estejam em Aman; bem como sobre a ajuda que ele posteriormente daria a Eärendil.] Mas qualquer mente, seja dos Valar ou dos Encarnados, pode deduzir pela razão o que pode ou irá ocorrer. Isso não é previsão, mesmo que possa parecer claro em termos e, de fato, mesmo mais preciso do que vislumbres de previsão. [Isso foi o que ocorreu com Glorfindel.] Nem mesmo se isso for formado por visões vistas em sonho, um meio segundo o qual a 'previsão' é freqüentemente revelada à mente.
Mentes que possuem grande conhecimento do passado, do presente, e da natureza de Eä, podem predizer com grande precisão, e quanto mais próximo o futuro, mais claro ele se apresenta (exceto, sempre, pela liberdade de Eru). Portanto, muito do que é chamado 'previsão', em palavras desatentas, é apenas a dedução do sábio; e se isso for recebido, como advertência ou instrução, dos Valar, pode ser somente a dedução do mais sábio; embora isso possa às vezes, por outro lado, ser 'previsão'."