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Do que morreram seus autores favoritos?

Fiquei muito triste quando o Saramago morreu...

E revivendo alguns assuntos desse tópico: por que será que "ser certinho" faz parte do conjunto de elementos de "ser intelectual"? Acho complicado isso hoje em dia... não dá para achar que alguém só porque é estudioso, escreve bem, etc, não faz nada "de errado". Aliás, o que é de fato errado precisa ser um pouco revisto, na minha opinião. Alguém que é drogado não pode ser estudado? Ou mesmo se não for estudado, não pode ser inteligente? (outra ligação que eu acho bizarra: quem é inteligente necessariamente é estudado, quem é estudado necessariamente é rico, e por isso quem é pobre não pode ser inteligente porque não é estudado)

A geração Beat usava muitas drogas, não é? No entanto, ela foi necessária para enxergarmos os problemas do american way of life, assim como os hippies e tudo o mais. O Jim Morrison, por exemplo, usava drogas, provavelmente bebia e tal, e as pessoas usam a camiseta do The Doors (que tem músicas nada "certinhas" como "Light My Fire") e se dizem bem comportadas, educadas, estudadas, e quase sempre têm um discurso falso moralista.

Talvez eu esteja sendo um pouco radical, desculpem... é assunto que me revolta...
 
Lu, eu particularmente não acho que tenha alguma ligação entre "ser certinho" e "ser intelectual". Até porque eu tenho uma tendência a achar que "pessoas intelectuais" devem ser chatas. Intelectual, se você for ver, é uma "1. Pessoa dada ao estudo. 2 Pessoa de grande cultura literária", o que não tem absolutamente nada a ver com a inteligência, sabedoria ou capacidade de escrever bem de uma pessoa, porque essas são coisas bem distintas.

Não é necessariamente porque você leu muito que você vai ser inteligente, porque a inteligência tem a ver com saber discernir e julgar as informações que chegam até você, e tirar conclusões a respeito delas. Ter estudado ou lido muito ajuda, mas se a quantidade de informações brutas fosse suficiente os computadores seriam inteligentes. Sabedoria (eu particularmente) acho que tem mais a ver com suas experiências de vida e o que você consegue tirar delas. E pra conseguir escrever bem não adianta ser só inteligente. Quer dizer, aí você pode até escrever bem, gramatica e ortograficamente falando, mas vai escrever sobre nada.

Tem um videozinho do Neil Gaiman que diz mais ou menos o que eu tô tentando dizer aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=bpNb5NwxX_g

Lá no comecinho do vídeo, quando ele fala que "de vez em quando eu encontro escritores que são muito bons, mas não tem o que dizer."

Acho que essa busca por novas experiências que faz com que muitos grandes escritores acabem cruzando a linha e caindo na autodestruição (é junto? é separado? é com hífen? ortografia nova que me perdoe). Mas, de forma geral, não tem nada de errado em fazer umas besteiras de vez em quando, ficar bêbado de vez em quando, e acho que todo mundo uma hora ou outra faz ou fez isso. Quem disser que não pode ter lido vários livros, mas perdeu várias outras chances de se divertir. O negócio é não afundar demais nisso.
 
Ágata! Obrigada por deixar o vídeo, adorei e concordo com cada palavra que você disse.

Acho que eu dei azar mesmo de me deparar muito com falsos moralistas...
 

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