• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Do Amor pela Natureza e por sua Descrição!

Mandos

Tecendo os destinos de Arda
Em muitos momentos nas obras de Tolkien podemos deparar com descrições fidelíssimas a uma forma de natureza magnífica, seja em seu maior esplendor ou em sua mais profunda obscuridade.<?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p></o:p>
<o:p></o:p>
Estas descrições revelam o quanto Tolkien amava todos os elementos da natureza e o desejo dele de colocá-los em suas histórias de uma forma mais majestosa, grandiosa e respeitável do que os que ele mesmo contemplou.<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
Atualmente vivenciamos um momento em que a sustentabilidade é o assunto mais falado e de mais importância para a imagem de uma empresa e de uma sociedade que queiram tornar-se ícones de modernidade e de conscientização ambiental. Tolkien, no meu ponto de vista, pode cooperar para que ocorra uma preocupação maior com os recursos naturais que temos e também despertar uma admiração tal qual a dele por essa dádiva que é a natureza.<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
Podemos perceber essa admiração pela natureza e na forma agradável e apaixonada de como são feitas as descrições nos trechos dos livros dele:<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
Pelos prados de salgueiros de Tasarinan caminhei na Primavera.<o:p></o:p>
Ah! a paisagem e o cheiro da Primavera em Nan-tasarion!<o:p></o:p>
E eu disse que era bom.<o:p></o:p>
Eu vaguei no Verão pelos bosques de olmos e Ossiriand.<o:p></o:p>
Ah! a luz e a música do Verão ao longo dos Sete Rios de Ossir!<o:p></o:p>
E eu pensei que era melhor.<o:p></o:p>
As Faias de Neldoreth visitei no Outono.<o:p></o:p>
Ah! o ouro e o vermelho e o suspiro das folhas de Outono<o:p></o:p>
[em Taur-na-neldor!<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
Fala de Barbárvore Duas Torres Cap. IV pág. 66<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
Na base atingiram, de modo estranho e repentino, o gramado de Rohan. Crescia como um mar verde subindo até o pé das Emyn Muil. A nascente que caía desapareceu numa vegetação espessa de agriões e plantações aquáticas, e eles podiam ouvi-la correndo dentro de túneis verdes,descendo encostas suaves e longas na direção dos pântanos do Vale do Entágua muito além. Parecia que tinham deixado inverno envolvendo as colinas que ficaram para trás. Ali o ar estava mais calmo e quente, com um aroma leve, como se a primavera já se agitasse e a seiva corresse outra vez nas ervas e folhas. Legolas respirou fundo, como alguém que sorve um grande gole depois de um longo período de sede em terras desertas.<o:p></o:p>
_ Ah! o cheiro do verde! _ disse ele. _ É melhor que muito sono.<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
Duas Torres, pág. 16<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
Do alpendre sobre os planaltos eles podiam ver além do rio os campos verdes de Rohan, sumindo num cinza distante. Cortinas de chuva açoitadas pelo vento caíam oblíquas. O céu acima e ao oeste ainda estava escuro e trovejava; relâmpagos piscavam distantes, em meio aos topos das colinas escondidas. Mas o vento tinha mudado para o norte, e a tempestade que surgira no leste já amainava, rolando em direção ao mar. De repente, através de uma brecha nas nuvens atrás deles, um raio de sol cortou o céu. A chuva que caía brilhou como prata, e na distância o rio resplandeceu como um espelho de luz trêmula.<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
Duas Torres, pág. 115<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
Os outros seguiram Haldir enquanto ia subindo pelas encostas cobertas de grama. Embora estivesse andando e respirando, e à sua volta as folhas vivas se agitassem com o mesmo vento fresco que lhe batia no rosto, Frodo se sentia como se estivesse numa terra eterna, que não perdia o viço ou se alterava ou caía no esquecimento. Quando tivesse partido e entrado outra vez no mundo de fora, Frodo, o andarilho do Condado, ainda estaria caminhando ali, sobre a relva e por entre os elanor e niphredil da bela Lothórien.<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
A Sociedade do Anel, pág. 373.<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
...Estava tudo bem até que um dia depararam com uma trovoada _ mais que uma trovoada, uma verdadeira guerra de trovões. Vocês sabem como pode ser terrível uma grande tempestade sobre a terra num vale de rio, especialmente quando duas grandes tempestades se encontram e se chocam. Mais terríveis ainda são trovões e relâmpagos nas montanhas à noite, quando as tempestades vêm do leste e do oeste e guerreiam. Os relâmpagos se estilhaçam nos picos, as rochas tremem e grandes estrondos partem o ar e vão ecoando e invadindo cada caverna e cada gruta, e a escuridão se enche de um ruído esmagador e de clarões inesperados.<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
O Hobbit, pág. 56<o:p></o:p>
<o:p></o:p>
 
Tolkien sabia como poucos a arte de descrever assuntos com precisão em seus livros... não só a natureza, mas tudo, desde sentimentos, diálogos, emoções, acontecimentos e, claro, a natureza de seu mundo....

um salve para o Mestre Tolkien...:bamf:
 
Tolkien era um amante da vida. O periodo em que viveu, com a Primeira Guerra e a Europa em grande dificuldade, contribuiu para que ele descrevesse em suas obras o belo da natureza o mais fiel possivel, queria envolver o leitor em cada detalhe do mundo que havia criado para que de certa forma ele parecesse real e pudessem fugir da realidade atual.
São poucos os autores que conseguem esse feito, eu pelo menos conseguia até sentir o cheiro das coisas na TM quando lia, tamanha a riqueza da descrição.
 
Acho que a natureza era uma espécie de "escapismo" para Tolkien, talvez pois o mundo que via era só destruição. Cada capítulo nas suas obras é repleto de cenários naturais; não conseguiria imaginar todas as histórias sem rios, as folhas dançando ao vento, o aroma dos campos...tudo isso é realmente maravilhoso.
A natureza é intrínseca ao homem. "- Ah! o cheiro do verde!"
 
Descrever a natureza de forma detalhada, mais do que evidenciar os detalhismos que tanto caracterizam a forma de Tolkien escrever, é essencial para o leitor visualizar de forma mais efetiva todo o mundo maravilhoso (e perigoso muitas vezes) que era Arda. Não basta dizer que havia uma árvore ou floresta, por exemplo, era preciso dizer como eram essas árvores e florestas. O leitor precisa crer naquele mundo subcriado. É o que torna a obra (entre outras coisas como as línguas, diversas culturas dos diversos povos) de Tolkien algo tão crível e quase palpável.
 
É magnífico como Tolkien consegue, literalmente, nos levar para Arda através de suas impressionantes e detalhadas descrições. Algumas vezes penso poder ouvir o barulho dos rios, os pingos de chuva, sentir a brisa que balança as folhas das Faias, a textura da grama macia sobre os pés e "Ah! o cheiro do verde!"... tudo parece ser tão real.
 
Essa é uma das partes que me cativou mais na obra de Tolkien: a descrição, e em especial, a descrição do ambiente natural. Aprendi muito sobre botânica com o SdA.
 
É encrivel a descrição detalhada do ambiente natural onde vivemos que Tolkien escreveu, aprendi muito com ele sobre a natureza e seus detalhes.
 
Adoro as descrições dele, realmente parece carregar talvez essa admiração que ele tinha pela natureza, de uma forma que da para se ter uma idéia quase real de cada lugar, ele conseguia passar até mesmo um sentimento que o lugares poderiam representar, quando descreve os fenômenos naturais como chuva e o vento...principalmente rios e riachos gosto quando fala deles, água em geral seria o certo ^^
 
De todos os livros que eu ja pude ler,vou dizer,que em poucos e estes muito raros encontrei uma descrição fiel e tão bela.

Tolkien...como dizer,demonstra mais que amor,mais que uma simples descrição,é a paixão e harmonia.Ele nos faz viajar até o paraíso exposto,ou a pensar no quão terror e terrível pode se transformar algo que foi belo.
Ele se torna tão mais extraordináio com suas magnificas palavras quanto sua imaginação para personagens distintos,personalides marcantes e seus infindáveis contos...Que passarão de pai a filho de geração e geração.



"Um clássico".
E Clássicos não se julga,se respeita!
 
Suas descrições da natureza são mais que detalhes, são sentimentos.
Segue duas das imagens que mais gosto do Professor, que já explicam por si só a simplicidade do que Tolkien sentia.


attachment.php
attachment.php
 
Realmente a narrativa de Tolkien faz vc sentir o momento...o cheiro do verde, a brisa fria da manha batendo no rosto, toda a descrição física do local. O problema eh q as vezes ele usa uns ermos geograficos q me fazer ficar perdido sobre como seria o lugar...o bom eh ler do lado do pc pra ficar buscando os termos na internet :p
De todos os autores q jah li...Tolkien eh o q mais descreve sobre os locais...naum q seja melhor ou pior, mas a riqueza de detalhes eh gigantesca...
 
Suas descrições da natureza são mais que detalhes, são sentimentos.
Segue duas das imagens que mais gosto do Professor, que já explicam por si só a simplicidade do que Tolkien sentia.

Tolkien criou um mundo não só de batalhas, elfos, dragões...mas também de belas paisagens da natureza que ele relata em seus livros.
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo