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[Discussão] Influencia

Breno C.

Usuário
Motivado por um comentário que a Angélica fez sobre a influencia que as pessoas têm ao ler, resolvi criar esse tópico a fim de começar uma discussão sobre o assunto. Então vamos as indagações:
Até onde você é influenciado pelo a opinião alheia?
Faz diferença o que as pessoas tem a dizer sobre determinado livro?
Qual livro você não leu só por causa das criticas? Qual você leu?
 
Se a pessoa tem um gosto similar ao meu, eu obviamente vou levar em consideração o que ela diz. Não que eu simplesmente não lerei o livro só porque ela disse que é ruim, mas eu certamente colocarei na lista de espera. Mas crítica em geral (essas que saem em períodicos) eu não dou a mínima. Vira e mexe só falam m*.
 
Bom... eu não me ligo muito no que as pessoas dizem, nem as que tem o gosto parecido com o meu, mas tenho que admitir que já deixei de ler um livro porque as pessoas falavam dele, só que nesse caso falavam bem do livro (Crepúsculo). O que contou mais nessa história foi o meu próprio preconceito com história sobre vampiros, mas que foi acentuado pelo fato de todo mundo estar falando bem.
 
Ué, se está todo mundo falando bem por que você deixou de ler o livro? É alguma postura arrogante do tipo "Se todo mundo gosta então não presta?" Isso me soa extremamente incoerente. Se eu seguisse essa linha de raciocínio, teria deixado de ler dois dos meus livros favoritos, Budapeste e A Menina que Roubava Livros.
 
Anica disse:
Ué, se está todo mundo falando bem por que você deixou de ler o livro? É alguma postura arrogante do tipo "Se todo mundo gosta então não presta?" Isso me soa extremamente incoerente. Se eu seguisse essa linha de raciocínio, teria deixado de ler dois dos meus livros favoritos, Budapeste e A Menina que Roubava Livros.

É bem por ai: um tipo de postura arrogante. E olha que eu eu já me dei mal com isso, foi no caso do Sete anos no Tibet. Na época estava todo mundo lendo o livro e eu dizendo que não ia ler só porque estava na "onda", pouco tempo atrás li o livro e vi que era realmente muito bom. Porém no caso do Crepusculo, a coisa foi acentuada pelo fato de que as pessoas (as que eu conheço pessoalmente) que gostaram do livro fazem parte de um tipo que eu condeno o gosto literario e somando isso ao fato de eu não curtir histórias de vampiros, pronto, me nego a ler o livro! Não sei se um dia vou chegar a folhear o livro, mas sei que s esse dia chegar vou ter pensado mil vezes antes de ler.

OBS: isses são casos aparte, geralmente não do a minima para o que falam do livro, como no caso do Anjos e Demonios e Código da Vinci.
 
Bom, então você liga para o que as pessoas dizem. Só que liga de um jeito preconceituoso e portanto idiota...
 
Anica disse:
Bom, então você liga para o que as pessoas dizem. Só que liga de um jeito preconceituoso e portanto idiota...

Bem... como eu disse: aqueles foram casos específicos.

Tem gente que só lê o que a critica diz ser bom. Isso é ser sem opinião (prefiro ficar com meu preconceito XD). Quando eu estava começando a realmente me interessar por livros, tinha o péssimo hábito de achar que ser cult era ler livros que ninguém gostava ou lia, hoje em dia eu faço diferente: leio, leio mais uma vez e ai sim digo o que achei de verdade.

repetindo: Crepúsculo e Sete anos no Tibet foram exceções...
 
Eu admito que ligo para o que algumas pessoas dizem sobre livros. Existem algumas que tenho em alta conta quanto ao gosto e a opinião. Isso não necessariamente me impede de ler um livro que critiquem negativamente, mas pesa a favor quando elas o aprovam. Por exemplo, "O Amante" da Duras, eu li por que a Anica indicou, pois o via na livraria e sempre acabava comprando outra coisa, pois não o achava tão atraente.
 
Depende bastante de quem dá a opinião. Quando é alguém que admiro pela inteligência ou cultura, costumo levar em consideração as indicações ou tirar o livro da minha lista de espera.

Admito que deixei de ler Paulo Coelho por essa espécie de preconceito, apesar de não saber bem o que tenho contra ele. Também já deixei de ler livros por serem best-sellers, ainda que a Anica tenha razão quando diz que isso parece um pouco arrogante.
 
Raphael disse:
Admito que deixei de ler Paulo Coelho por essa espécie de preconceito, apesar de não saber bem o que tenho contra ele. Também já deixei de ler livros por serem best-sellers, ainda que a Anica tenha razão quando diz que isso parece um pouco arrogante.

Também não leio nada do Paulo Coelho, mas no caso dele eu já li uns dois livros para saber que só vou voltar a pegar num livro dele quando estiver sem nada para ler.XD

Cara, pode até ser arrogância, mas essa parada de não ler best-sellers ajuda para criar uma visão diferente das outras pessoas.
 
Eu me importo bastante com a opinião de algumas pessoas. As que indicam livros para mim lêem bastante e têm opinião formada,
raramente me decepciono com as indicações. Leio o que tenho vontade e o que é recomendado tanto por pessoas com um gosto
semelhante ao meu quanto por pessoas que gostam de outro tipo de leitura que não me agrada muito. O caso não é de influência,
e sim sugestão. Afinal, eles não influenciam no meu gosto nem nada, fazem uma sugestão e eu leio por ser curiosa mesmo!
Não tenho preconceitos com best-sellers, costumo priorizar a minha lista de livros estranhos, mas quando vejo um livro
com uma história interessante procuro e leio. Exemplo, estou com vontade de ler Crepúsculo depois de ouvir tantas amigas
falando sobre ele. Já li muitos livros presentes na lista de best-sellers e adorei, assim como li outros e não gostei.
 
[align=right]Atenção:
:blabla:[/align]

Alguns de nós "reagem mal" às influências mercadológicas.

É preconceito não querer ler um livro só porque é best-seller (i.e./ou está na lista de best-sellers dos jornais (...)), mas é uma coisa normal pra qualquer pessoa que valoriza sua própria personalidade.

Alguns reagem mal à lista de best-sellers, outros não. Acredito eu que alguns aprenderam a conviver com a lista de best-sellers. Por exemplo: eu leria A menina que roubava livros, mas não leria O caçador de pipas. (Não vou ler nenhum dos dois porque estou lendo outras coisas ...)
Por quê isso acontece? Eu òlho pro livro, e deixo o mercado de lado.

Vou ler Crepúsculo? Não sei. Minha primeira reação é "hm ... best-seller? ... deixa a poeira abaixar ..." Mas, no fundo, a lista de best-sellers é apenas propaganda, mesmo que não seja apenas propaganda.

Outro exemplo, O pequeno príncipe. Até hoje esse livro é muito lido, mas teve época de pessoas terem grande aversão a ele, porque toda "Miss" dizia que esse era seu livro favorito.

"Intelectologias" (e outras arrogâncias (...)) fazem uma pessoa se guiar por isso.

(Outra coisa é ser guiado pelos amigos ...)

Digo essas coisas porque eu me vejo bastante arrogante ...

Outro exemplo, ainda: me lembro que eu fiquei um pouco aborrecido, quando fizeram os filmes de O Senhor dos Anéis, porque eu tinha a impressão de que o livro passava a ser menos meu, pois o mundo inteiro ia ouvir falar nele, e, quando digo o mundo inteiro, é o mundo inteiro mesmo, porque o cinema é uma das maiores propagandas que há.
Tem um toque de egoísmo, nisso.

Então tem arrogância (do intelectual), sim,
& também tem egoísmo (de querer dominar conhecimento, ter exclusividade de conhecimento, ser reconhecido como único por ter determinado conhecimento).

Essas coisas têm muito a ver com a persona(lidade). Com o cultivo da personalidade. Com valorizar a diferença, o diferente. Com não gostar de ser influenciado. Com preferir influenciar do que ser influenciado.

Somos influenciados, penso eu, quer queiramos, quer não. O que não anula as nossas escolhas.

Contudo, falar sobre a questão é até razoável mente fácil. Mais fácil do que de vèras saber do que se trata a questão. É uma questão difícil, pelo menos para quem, como eu, é metido. (Ou inteligente. Ou tido como tal.)

Talvez a pergunta deveria ser ... "Vc é inteligente?" "Vc se acha inteligente?" "Vc se acha inteligente porque vc acha que é inteligente ou porque as pessoas dizem que vc é inteligente?" &, De novo, "vc é inteligente (mesmo)?"

Pras pessoas inteligentes, a arrogância é uma coisa muito difícil de conter. Ela aparece em algum lugar, de algum modo.

E o desejo de domínio do conhecimento, é, penso, relacionado a algum tipo de avareza. Querer ter algo seu, e não querer dividir com os outros. (Também é outra via do assunto.)

Penso que pessoas humildes (de coração) não se importam, e até gostam de influências dos outros.

Se são inteligentes (de verdade), quando as influências vêm contrárias ao que é certo & nobre, tais pessoas rejeitam essas tentativas de influências.
A influência se torna influência quando vc decide concordar com ela. Se não há nada de mais nisso, não tem problema nenhum.

Então eu tenho uma questão: qual é o problema em ser influenciado a ler um livro? ...

Ler um livro que não é consagrado (...), penso, sempre é uma questão de fé.

Consagrado? Ninguém nega que A Ilíada é um texto que não vai ser desperdiçado na vida de uma pessoa. Se a pessoa ler tal livro, não vai ter perdido tempo.

& Crepúsculo? Não sei. Quer pagar pra saber?: leia. Isso se paga com o tempo que vc dispende em ler.

(Essa questão esbarra naquele outro tópico "o que é um clássico?" ...)

A questão do risco é uma rê: se vc pega um livro para ler, que não é um clássico, vc está empenhando tempo em algo que vc não sabe se vai valer a pena ou não. Assim, portanto, por não saber o que será, está pondo fé naquilo. Está acreditando que vale a pena empenhar seu tempo naquilo. E valerá? Ora: ... algumas vezes vai valer a pena, algumas vezes não mas, mesmo quando não valer a pena, se vc for safo, vai ter valido a pena! :sacou:

Vai valer a pena? "Fulano disse que vale a pena!" Quem é fulano? Meu melhor amigo? Meu professor? Meu pai, meu tio? Meu xamã (ou outro tipo de sacerdote)? ... Essa pessoa 1. me conhece o bastante para me dizer que vale a pena? 2. é parecida comigo? 3. está querendo divulgar uma crença? (...)

Tenho alguns amigos, mas não são pessoas parecidas comigo. Normal mente, eu sou diferente de todo mundo.

Normal mente, eu influencio as pessoas. Mas tem pessoas que eu admiro. [size=x-small]Que seria de mim se não tivesse?![/size]

Escritores, pintores, músicos, em geral têm muuuuita persona. & Pouca razão, algumas vezes.

[size=x-small]Advogados, engenheiros, médicos têm, não sempre mas, em geral, baita bagagem, mas pouca persona ou vontade de influenciar. (Exceto advogados, mas, normal mente, em serviço (...).)

Advogados podem ser persuasivos, mas vc olha pras vidas deles e se questiona se vc quer viver daquele jeito! "Prefiro ser músico! É bem mais legal!!! :sim:" ...

Estou falando de paradigmas comuns. As coisas não se resumem a regrinhas assim ...[/size]

Por fim, tem gente que consome de tudo, seja best-seller ou clássico ... Tem gente que prefere poupar tempo só pros clássicos, e essas pessoas (tipo eu) acabam esbarrando no problema dos best-sellers.

Por mais que todo mundo diga que A menina que roubava livros é maravilhoso, sinto muito, mas eu, por razões que eu tenho, estou empenhando o meu tempo em outras coisas.--

Mas estou interessado em ler Balzac e a costureirinha chinesa ... Pelo menos enquanto não entra na lista de best-sellers. Espero que não entre, e acredito que não vai entrar. Sorte do livro que não entra na tal da lista, cara!!! :susto:

&, Ao mesmo tempo, é arrogância da minha parte? ou estilo de vida? ...

Depende.

Se eu consegui confundir algumas idéias com isso tudo, então as pessoas perceberam que ver dois lados da moeda é coisa que leva tempo, e dispensa empenho.

Mas deixo a questão em aberto: P.p.*.
Concluo aqui, pois isso já é promessa de tratado! :eek:

:lol:



ferreiro
:pipoca:
[size=xx-small]quèpensamentossortidos[/size]


__________

*[size=x-small]Para pensar.[/size]
 
Ronzi disse:
Breno C. disse:
Cara, pode até ser arrogância, mas essa parada de não ler best-sellers ajuda para criar uma visão diferente das outras pessoas.

Em que sentido?

No sentido de quem enquanto todos estão seguindo a moda e tendo visões parecidas sobre determinado assunto, você (quem não lê best-sellers) está em outro nível (nem melhor nem pior) e pode expandir sempre o que pensa independente do que está em foco.

ferreiro_romano disse:
[align=right]Atenção:
:blabla:[/align]

Alguns de nós "reagem mal" às influências mercadológicas.

É preconceito não querer ler um livro só porque é best-seller (i.e./ou está na lista de best-sellers dos jornais (...)), mas é uma coisa normal pra qualquer pessoa que valoriza sua própria personalidade.

Alguns reagem mal à lista de best-sellers, outros não. Acredito eu que alguns aprenderam a conviver com a lista de best-sellers. Por exemplo: eu leria A menina que roubava livros, mas não leria O caçador de pipas. (Não vou ler nenhum dos dois porque estou lendo outras coisas ...)
Por quê isso acontece? Eu òlho pro livro, e deixo o mercado de lado.

Vou ler Crepúsculo? Não sei. Minha primeira reação é "hm ... best-seller? ... deixa a poeira abaixar ..." Mas, no fundo, a lista de best-sellers é apenas propaganda, mesmo que não seja apenas propaganda.

Outro exemplo, O pequeno príncipe. Até hoje esse livro é muito lido, mas teve época de pessoas terem grande aversão a ele, porque toda "Miss" dizia que esse era seu livro favorito.
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Noooooooooossaaaaaaaaaaa
Esse post vale ouro. Você praticamente deu sua opinião concentrada sobre o assunto... Tenho nem o que dizer....
 
Isso provavelmente é uma decorrência lógica. Exatamente por agradar a maioria, o best-seller tende (ou alguns pensam que tende) a ter tema batido, superficial ou coisa assim. Em todo caso, essa regra nem sempre se aplica. Alguns autores que gosto já passaram pelas listas dos mais vendidos. Os livros da Stephenie Meyer, por exemplo, talvez valham a pena. Ao menos foram bem indicados.

“Outro exemplo, ainda: me lembro que eu fiquei um pouco aborrecido, quando fizeram os filmes de O Senhor dos Anéis, porque eu tinha a impressão de que o livro passava a ser menos meu, pois o mundo inteiro ia ouvir falar nele, e, quando digo o mundo inteiro, é o mundo inteiro mesmo, porque o cinema é uma das maiores propagandas que há.”

Essa descrição é genial. Você fica com medo de que aquilo seja vulgarizado e descaracterizado para, veja só, agradar a maioria. Felizmente o LOTR não decepcionou.
 
Raphael disse:
Essa descrição é genial. Você fica com medo de que aquilo seja vulgarizado e descaracterizado para, veja só, agradar a maioria.
Felizmente o LOTR não decepcionou.

Vc defende uma opinião, aqui. Há outras ...
Há quem tenha ficado decepcionado. Parece-me que não foi a maioria.


f.
:pipoca:
[size=xx-small]farelinhod'lembas[/size]
 

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