Morfindel Werwulf Rúnarmo
Geofísico entende de terremoto
Gordura é fundamental para o desenvolvimento e saúde durante a infância
Muitas mães, preocupadas com a boa forma, enchem o carrinho do supermercado com produtos pouco calóricos - principalmente em versões light e diet. O problema é que esses alimentos não são específicos para crianças, que acabam entrando na dieta "por tabela".
Segundo Vilma Mariko, pediatra-chefe do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, esses produtos têm teor de gordura reduzido, nutriente essencial para o bom funcionamento do organismo infantil.
- As gorduras boas compõem as membranas celulares, responsáveis pela capacidade intelectual. Elas também ajudam na absorção de algumas vitaminas, como A, D, E e K, chamadas de lipossolúveis. Já a gordura trans deve ser evitada.
Além de não suprir as necessidades das crianças, produtos light podem contribuir para que - vejam que ironia - os pequenos engordem. Segundo estudo publicado pelo jornal Obesity, alimentos com valor energético reduzido podem levar ao aumento da porção consumida e, consequentemente, ao aumento de peso. O problema, neste caso, é que a habilidade de controlar a ingestão de energia, por meio do paladar, fica desregulada.
A nutricionista Mariana del Bosco, da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), explica ainda que alimentos específicos para quem está de dieta contêm substâncias que devem ser evitadas durante a infância - a não ser que haja uma indicação contrária de um médico ou de um nutricionista. O mesmo vale para o leite desnatado, que possui metade das calorias e das gorduras presentes na versão integral.
- Até completarem quatro anos, as crianças não devem beber leite desnatado.
Outro cuidado é com relação ao tamanho das porções.
- De maneira geral, a dieta deve ser balanceada, contemplando todos os grupos de alimentos, em porções ajustadas.
Vale lembrar que a ingestão de guloseimas açucaradas deve ser moderada. O pediatra Vae Dichtchekenian, do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que o prato de qualquer criança saudável - independentemente da idade - deve ser constituído da seguinte forma: 50% de carboidratos, 25% de proteínas e 25% de gorduras.
Segundo a médica Zuleika Halpern, especialista em endocrinologia infantil, a obesidade é uma doença multifatorial. No Brasil, uma em cada três crianças - com idade entre cinco e nove anos - está acima do peso recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), apontou uma pesquisa realizada pelo IBGE e divulgada no ano passado.
- Nesses casos, o ambiente e a carga genética exercem grande influência. Se um dos pais for obeso, o risco de a criança também se tornar é de 50%. Se ambos forem, a possibilidade sobe para 80%.
Para manter os pequenos em forma, a endocrinologista recomenda aos pais que incentivem a prática de atividades físicas e que façam o ajuste no consumo calórico dos pequenos - sempre com a orientação de um nutricionista.
Dicas simples, mas que funcionam, são: liberar o consumo de doces e de frituras apenas nos finais de semana e nas festas, e evitar a compra de guloseimas calóricas e gordurosas. Se a tentação não estiver na despensa, todos se acostumarão a ficar sem ela. Para finalizar, incentive seus filhos a comer mais frutas. Além de ser uma opção mais leve de sobremesa, são ricas em nutrientes necessários para o desenvolvimento saudável.
Fonte
Muitas mães, preocupadas com a boa forma, enchem o carrinho do supermercado com produtos pouco calóricos - principalmente em versões light e diet. O problema é que esses alimentos não são específicos para crianças, que acabam entrando na dieta "por tabela".
Segundo Vilma Mariko, pediatra-chefe do hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, esses produtos têm teor de gordura reduzido, nutriente essencial para o bom funcionamento do organismo infantil.
- As gorduras boas compõem as membranas celulares, responsáveis pela capacidade intelectual. Elas também ajudam na absorção de algumas vitaminas, como A, D, E e K, chamadas de lipossolúveis. Já a gordura trans deve ser evitada.
Além de não suprir as necessidades das crianças, produtos light podem contribuir para que - vejam que ironia - os pequenos engordem. Segundo estudo publicado pelo jornal Obesity, alimentos com valor energético reduzido podem levar ao aumento da porção consumida e, consequentemente, ao aumento de peso. O problema, neste caso, é que a habilidade de controlar a ingestão de energia, por meio do paladar, fica desregulada.
A nutricionista Mariana del Bosco, da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), explica ainda que alimentos específicos para quem está de dieta contêm substâncias que devem ser evitadas durante a infância - a não ser que haja uma indicação contrária de um médico ou de um nutricionista. O mesmo vale para o leite desnatado, que possui metade das calorias e das gorduras presentes na versão integral.
- Até completarem quatro anos, as crianças não devem beber leite desnatado.
Outro cuidado é com relação ao tamanho das porções.
- De maneira geral, a dieta deve ser balanceada, contemplando todos os grupos de alimentos, em porções ajustadas.
Vale lembrar que a ingestão de guloseimas açucaradas deve ser moderada. O pediatra Vae Dichtchekenian, do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que o prato de qualquer criança saudável - independentemente da idade - deve ser constituído da seguinte forma: 50% de carboidratos, 25% de proteínas e 25% de gorduras.
Segundo a médica Zuleika Halpern, especialista em endocrinologia infantil, a obesidade é uma doença multifatorial. No Brasil, uma em cada três crianças - com idade entre cinco e nove anos - está acima do peso recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), apontou uma pesquisa realizada pelo IBGE e divulgada no ano passado.
- Nesses casos, o ambiente e a carga genética exercem grande influência. Se um dos pais for obeso, o risco de a criança também se tornar é de 50%. Se ambos forem, a possibilidade sobe para 80%.
Para manter os pequenos em forma, a endocrinologista recomenda aos pais que incentivem a prática de atividades físicas e que façam o ajuste no consumo calórico dos pequenos - sempre com a orientação de um nutricionista.
Dicas simples, mas que funcionam, são: liberar o consumo de doces e de frituras apenas nos finais de semana e nas festas, e evitar a compra de guloseimas calóricas e gordurosas. Se a tentação não estiver na despensa, todos se acostumarão a ficar sem ela. Para finalizar, incentive seus filhos a comer mais frutas. Além de ser uma opção mais leve de sobremesa, são ricas em nutrientes necessários para o desenvolvimento saudável.
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