Meia Palavra
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[align=justify]Um escritor, já velho, é convidado por uma editora alemã a escrever ensaios a respeito de assuntos à sua escolha, à guisa de opiniões para serem publicados em uma coletânea chamada ‘Opiniões Fortes’. Esse escritor contrata uma moça jovem e bonita para auxiliá-lo, datilografando os textos. Ele acaba se interessando pela moça, que ao mesmo tempo que o rejeita- ela é noiva de um jovem empreendedor- cede em pequenos pontos, de maneira sutil e quase imperceptível. Nisso ela é impulsionada por seu afã de dar alguma alegria à um velho que não pode fazer nada além de desejar, e por seu namorado- que tenciona tirar alguma vantagem do relacionamento.
Uma história interessante, mas que poderia ser um tanto quanto banal, não fosse seu autor o sul-africano radicado na Austrália J. M. Coetzee. Não é apenas a prosa afiada e as ‘opiniões fortes’ do próprio autor que tornam o livro especial. O modo como ele compôs a obra é um tanto quanto peculiar: em cada página existem três partes, uma para os ensaios- que versam sobre temas como George W. Bush, terrorismo e literatura-, uma para a versão do escritor –que nos é apresentado apenas como Señor C.- do que se desenrola entre ele e a datilógrafa, Anya, e ainda a versão dela dos fatos.[/align]
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Uma história interessante, mas que poderia ser um tanto quanto banal, não fosse seu autor o sul-africano radicado na Austrália J. M. Coetzee. Não é apenas a prosa afiada e as ‘opiniões fortes’ do próprio autor que tornam o livro especial. O modo como ele compôs a obra é um tanto quanto peculiar: em cada página existem três partes, uma para os ensaios- que versam sobre temas como George W. Bush, terrorismo e literatura-, uma para a versão do escritor –que nos é apresentado apenas como Señor C.- do que se desenrola entre ele e a datilógrafa, Anya, e ainda a versão dela dos fatos.[/align]
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