Pips
Old School.
Na tradição judaica, na comemoração de um Bar Mitzvah o aniversariante senta numa cadeira na hora dos parabéns e é levantado 13 vezes (correspondente a sua idade) com desejos de boa sorte. Só que para João, um jovem goi (sem origem judia), é sabotado pelos seus convidados durante o parabéns em sua festa de aniversário - que imita um Bar Mitzvah para fazer com que o jovem possa ao menos parecer judeu por um dia -, e desce em queda livre em direção ao chão. As consequências desse ato resultam em fisioterapia para João e reflexões morais e rememorações para nosso narrador em Diário da Queda, quinto romance de Michel Laub, lançado esse mês pela Companhia das Letras.
A queda de João, o único personagem nomeado na obra, e a clamação por perdão de um dos responsáveis é que dispararão tudo que o narrador sente pelo seu avô, pai e por si mesmo. Todas as memórias entraram em colapso entre as atitudes do narrador no passado (e no passado do avô e do pai) e seu presente – aos 40 anos de idade, no terceiro casamento que está prestes a acabar como os anteriores.
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A queda de João, o único personagem nomeado na obra, e a clamação por perdão de um dos responsáveis é que dispararão tudo que o narrador sente pelo seu avô, pai e por si mesmo. Todas as memórias entraram em colapso entre as atitudes do narrador no passado (e no passado do avô e do pai) e seu presente – aos 40 anos de idade, no terceiro casamento que está prestes a acabar como os anteriores.
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