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Dewey - Um Gato Entre Livros (Vicki Myron com Bret Witter)

Biografia de animais que mudam a vida de uma pessoa ou uma família são normais, como a história de Marley, um labrador desastrado e brincalhão que era parte de uma família e que fez falta quando se foi. Mas a história de Dewey é diferente. Ele não era de ninguém específico, era da biblioteca pública de Spencer - Iwoa e de seus frequentadores, conhecido no mundo inteiro e que alegrou a vida de muita gente, isso é o que o faz tão especial.

Dewey foi encontrado numa manhã muito fria na caixa de devolução de livros da pequena biblioteca pública da cidade de Spencer. Era um gatinho minúsculo, estava congelado até os ossos, magro e sujo. Desde esse primeiro contato, Vicki, a diretora da biblioteca, percebeu que esse gatinho era especial. Depois de um banho quente e comida, Vicki foi até o conselho da biblioteca para tentar ficar com o pequeno gatinho. A ideia não agradou, mas não era algo muito importante para o conselho e Dewey (nome dado em homenagem ao sistema decimal de Dewey) se tornou o novo membro da pequena biblioteca. Esse fato, um animal morando na biblioteca, não muito comum, acabou atraindo pessoas que não eram os frequentadores frequentes da biblioteca, que iam apenas para conhecer o pequeno gatinho. A notícia se espalhou, chegou a sair em rádios e jornais. Dewey era um gato tranquilo, manso, que gostava de pessoas e colo.

O tempo foi passando e Dewey criou um programa diário que incluía esperar Vicki na porta de entrada no horário que ela costumava chegar, paparicar todos os funcionários até as 8h58 quando a biblioteca abria e ele sempre estava à porta esperando os primeiros visitantes do dia para mimá-los e ganhar um carinho e depois ia dormir nas caixas de cartão de empréstimo. Nas reuniões de clube feitas no salão da biblioteca ele era presença constante, na hora da contação de histórias na ala infantil ele sempre procurava um colo para ouvir a história, sempre que alguém não estava bem ele percebia isso e dedicava mais do seu tempo a essa pessoa. Apesar de tudo, Dewey era um gato e tinha lá suas manias: manhoso para comer, foi preciso muitas tentativas de comida para gato até acertar a que ele gostava, teimoso, aventureiro (o que o levou a descobrir como era bom andar sobre as luzes do teto e que o mundo fora da biblioteca era muito ruim depois de uma experiência que, provavelmente, ele quis esquecer), sua fome por elásticos e seus problemas renais. mas o mais importante é que Dewey tinha um jeito especial que cativava as pessoas e fazia com que pessoas dos EUA todo fossem visitá-lo, até mesmo uma equipe de reportagem do Japão! Tocou a vida difícil das pessoas da pequena cidade agrícola, que sofria muito com as crises financeiras e a morte das fazendas famíliares para indústrias cheia de maquinaria e pouca mão-de-obra, o que levou muitos trabalhadores agrícolas e mesmo fazendeiros a procurar emprego. Por isso a biblioteca fez um banco de empregos e as pessoas se dirigiam para lá desanimadas e tristes. Dewey sempre estava lá, arrancando alguns sorrisos nos momentos mais tristes.

Essa não é só a biografia de um gatinho, mas de toda uma cidade, simples, pequena, mas unida, é a biografia de Vicki Myron que passou por maus bocados e Dewey foi seu grande companheiro nesses momentos. Adorei a descrição da cidade, de seus milharais que parecem infinitos, da vida de cidade pequena, que pode ser tanto a de uma cidade do interior de São Paulo como uma do interior de Iowa e Dewey pode ser o animalzinho de qualquer pessoa, especial à sua maneira e aos olhos de seu humano. Amei esse livro, fui levada a essa gente simples e a esse gato fantástico. Nunca tive um gato (a não ser que se conte o único dia que tive um ou uma, não tive tempo de descobrir pois minha família não gostava deles e o/a tirou de mim enquanto eu dormia), mas sei como se comportam, são especiais à sua maneira, são diferentes de cachorros e acho que até mais profundos. Nunca vou esquecer de Dewey e quando tiver meu primeiro gatinho esse será seu nome.

PS: só uma coisinha: o nome completo do Dewey era Dewey Readmore Books (quem sabe inglês vai entender e quem não sabe é só ler o livro que explica)

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