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Detroit vence tira-teima contra Lakers e conquista título da NBA
16/06/2004 - 00h43
O Detroit Pistons conseguiu nesta terça-feira algo que, no início da temporada da NBA, parecia impossível, não apenas para o time do técnico Larry Brown, mas para qualquer time da Conferência Leste: o título. Com a vitória por 100 a 87 sobre o Los Angeles Lakers, Rip Hamilton, Ben Wallace & Cia fecharam a série decisiva da liga profissional americana por 4 a 1.
O título marca também um tira-teima histórico entre Pistons e Lakers. Antes desta final, as duas equipes já tinham se enfrentado duas vezes nas finais, com uma vitória para cada lado. Em 1988, o Los Angeles, comandado por Pat Riley e liderado por Magic Johnson, venceu por 4 a 3.
No ano seguinte, os "Bad Boys" de Detroit deram o troco, vencendo por 4 a 0, e ainda conquistaram o bicampeonato em 1990, contra o Portland. Na época, o time era dirigido por Chuck Daly e tinha como estrelas os armadores Isiah Thomas e Joe Dumars.
Richard Hamilton ergue o troféu pelo título do Detroit depois de 14 anos de espera
É também o primeiro título da Conferência Leste desde 1998, quando Michael Jordan levou o Chicago Bulls ao seu sexto título na década de 90. Além disso, foi a primeira vez desde 98 em que um time do Leste terminou a temporada regular com a melhor campanha, com o Indiana terminando a temporada com 61 vitórias em 82 partidas.
Outro feito do Detroit foram as três vitórias seguidas em casa, a última nesta terça-feira. Foi a primeira vez desde que a NBA adotou o atual sistema das finais (2-3-2) que um time com pior campanha venceu suas três partidas em casa.
A derrota nas finais deve marcar também o fim do quarteto de estrelas dos Lakers, com Shaquille O'Neal, Kobe Bryant, Karl Malone e Gary Payton. A última partida foi uma despedida melancólica. Bryant foi o cestinha do jogo, com 24 pontos, mas errou 14 arremessos. O'Neal, dominante nos quatro primeiros jogos, fez 20 pontos e pegou oito rebotes. Enquanto isso, Malone, com problemas no joelho, assistiu a tudo do banco, e Payton continuou ineficiente, com dois pontos.
Pelo lado do Detroit, a distribuição de pontos que marcou o time na temporada continuou. Com os dois armadores -Chauncey Billups, 14 pontos, e Rip Hamilton, 21- comandando o ataque, o time teve mais três jogadores com mais de dez pontos.
O jogo
A surpresa do primeiro quarto foi Stanislav Medvedenko, que entrou no lugar de Karl Malone, com problemas no joelho. O ala-pivô ucraniano marcou oito dos primeiros 14 pontos dos Lakers, ajudando o time de Phill Jackson a chegar à metade do período na frente, 14 a 8.
Após o tempo de Larry Brown, porém, a defesa dos Pistons voltou à ativa. Com Bem Wallace dominando o garrafão (Shaquille O'Neal teve de ser poupado, com duas faltas) e os Lakers usando Medvedenko e Devean George no garrafão, o Detroit marcou oito pontos seguidos, marcando 15 a 14.
Com a volta de Shaq, os Lakers voltaram a jogar bem, e os primeiros 12 minutos terminaram com 25 a 24 para os Pistons. A soma do placar foi o maior, em pontos combinados, das finais da NBA. O melhor primeiro quarto da série até aqui tinha sido o da quarta partida, com 43 pontos (22 x 21 para os Lakers).
O segundo período começou como um reflexo das finais. Defesa dominante do time de Detroit, problemas de Los Angeles para marcar pontos. Os Pistons marcaram os primeiros cinco pontos e deixaram os Lakers no zero nos dois primeiros minutos. O LA só marcou seus dois primeiros pontos com Shaquille O'Neal, superando Bem Wallace e Elden Campbell no garrafão rival, com dez minutos para o intervalo.
No primeiro tempo do segundo quarto, a sete minutos do final do período, a vantagem dos Pistons já era de seis pontos e Rip Hamilton, cestinha da equipe nos playoffs, já tinha 11 pontos. Enquanto isso, os Lakers tentavam controlar as faltas. O armador reserva Derek Fisher era obrigado a descansar, com três faltas, e Shaquille O'Neal jogava carregado, com duas.
A vantagem chegou a 10 pontos com Ben Wallace. Em seus primeiros dois pontos, o pivô aproveitou que estava sendo marcado por Medvedenko, o pior marcador entre os jogadores de garrafão dos Lakers, infiltrou e enterrou. Na segunda cesta, recebeu livre e acertou o arremesso.
Com várias faltas no começo, Shaquille teve de ser poupado e fez falta aos Lakers
Com 3min30s para o final, Shaq fez sua terceira falta e foi para o banco. A solução foi revezar Rick Fox, Brian Cook e Medvedenko no garrafão. A vantagem continuou em dez pontos, mas os pivôs do Detroit aproveitaram. Mehmet Okur marcou cinco pontos, Ben Wallace mais dois e o Detroit foi para o vestiário com 55 a 45 no placar.
Como o primeiro período, o segundo quarto quebrou o recorde de pontos da série, com 51. Antes, o melhor tinha sido o segundo quarto da segunda partida, 26 a 20 para os Lakers.
Após o intervalo, os Lakers voltaram tão apáticos quanto no segundo período. Com quatro minutos de jogo, a vantagem era de 13 pontos para o Detroit. O único aspecto positivo desse início de jogo para o timer dos Lakers foi que Rasheed Wallace fez sua quarta falta.
Sem Rasheed, Ben Wallace assumiu o comando do garrafão dos Pistons e terminou o período com 14 pontos e 15 rebotes. Com isso, os Pistons abriram ainda mais no placar, ficando 23 pontos na frente, 82 a 59.
O período decisivo começou desastroso para os Lakers. Luke Walton errou um passe e Lindsey Hunter marcou dois pontos para o Detroit. Kobe Bryant passou a ser o principal jogador dos Lakers, assumindo o ataque da equipe. Ele marcou quatro pontos seguidos.
Perto do fim, Ben Wallace e Richard Hamilton comemoram vitória histórica
Com seis minutos para o final, o Detroit já jogava como campeão. Aproveitando que o Lakers, desesperado, forçava arremessos de longe, os Pistons dominaram os rebotes (50 a 36), e Ben Wallace até mesmo arriscou da linha de três pontos. O arremesso não chegou nem mesmo ao aro, mas a torcida que lotou o Palace of Auburn Hills foi ao delírio.
A cinco minutos do final, até o técnico Phill Jackson, dono de nove títulos da NBA, desistiu. Ele tirou Shaquille O'Neal, usando Brian Cook até o final da partida. Com isso, o Detroit não teve dificuldades para chegar pela primeira vez à marca dos 100 pontos nas finais.
Com pouco mais de um minuto para o final do jogo, Larry Brown colocou em quadra o sérvio Darko Milicic, segunda escolha do Draft no ano passado. O pivô só foi usado nos playoffs nas partidas em que o time já tinha a vitória assegurada.
Fonte: UOL
16/06/2004 - 00h43
O Detroit Pistons conseguiu nesta terça-feira algo que, no início da temporada da NBA, parecia impossível, não apenas para o time do técnico Larry Brown, mas para qualquer time da Conferência Leste: o título. Com a vitória por 100 a 87 sobre o Los Angeles Lakers, Rip Hamilton, Ben Wallace & Cia fecharam a série decisiva da liga profissional americana por 4 a 1.
O título marca também um tira-teima histórico entre Pistons e Lakers. Antes desta final, as duas equipes já tinham se enfrentado duas vezes nas finais, com uma vitória para cada lado. Em 1988, o Los Angeles, comandado por Pat Riley e liderado por Magic Johnson, venceu por 4 a 3.
No ano seguinte, os "Bad Boys" de Detroit deram o troco, vencendo por 4 a 0, e ainda conquistaram o bicampeonato em 1990, contra o Portland. Na época, o time era dirigido por Chuck Daly e tinha como estrelas os armadores Isiah Thomas e Joe Dumars.

Richard Hamilton ergue o troféu pelo título do Detroit depois de 14 anos de espera
É também o primeiro título da Conferência Leste desde 1998, quando Michael Jordan levou o Chicago Bulls ao seu sexto título na década de 90. Além disso, foi a primeira vez desde 98 em que um time do Leste terminou a temporada regular com a melhor campanha, com o Indiana terminando a temporada com 61 vitórias em 82 partidas.
Outro feito do Detroit foram as três vitórias seguidas em casa, a última nesta terça-feira. Foi a primeira vez desde que a NBA adotou o atual sistema das finais (2-3-2) que um time com pior campanha venceu suas três partidas em casa.
A derrota nas finais deve marcar também o fim do quarteto de estrelas dos Lakers, com Shaquille O'Neal, Kobe Bryant, Karl Malone e Gary Payton. A última partida foi uma despedida melancólica. Bryant foi o cestinha do jogo, com 24 pontos, mas errou 14 arremessos. O'Neal, dominante nos quatro primeiros jogos, fez 20 pontos e pegou oito rebotes. Enquanto isso, Malone, com problemas no joelho, assistiu a tudo do banco, e Payton continuou ineficiente, com dois pontos.
Pelo lado do Detroit, a distribuição de pontos que marcou o time na temporada continuou. Com os dois armadores -Chauncey Billups, 14 pontos, e Rip Hamilton, 21- comandando o ataque, o time teve mais três jogadores com mais de dez pontos.
O jogo
A surpresa do primeiro quarto foi Stanislav Medvedenko, que entrou no lugar de Karl Malone, com problemas no joelho. O ala-pivô ucraniano marcou oito dos primeiros 14 pontos dos Lakers, ajudando o time de Phill Jackson a chegar à metade do período na frente, 14 a 8.
Após o tempo de Larry Brown, porém, a defesa dos Pistons voltou à ativa. Com Bem Wallace dominando o garrafão (Shaquille O'Neal teve de ser poupado, com duas faltas) e os Lakers usando Medvedenko e Devean George no garrafão, o Detroit marcou oito pontos seguidos, marcando 15 a 14.
Com a volta de Shaq, os Lakers voltaram a jogar bem, e os primeiros 12 minutos terminaram com 25 a 24 para os Pistons. A soma do placar foi o maior, em pontos combinados, das finais da NBA. O melhor primeiro quarto da série até aqui tinha sido o da quarta partida, com 43 pontos (22 x 21 para os Lakers).
O segundo período começou como um reflexo das finais. Defesa dominante do time de Detroit, problemas de Los Angeles para marcar pontos. Os Pistons marcaram os primeiros cinco pontos e deixaram os Lakers no zero nos dois primeiros minutos. O LA só marcou seus dois primeiros pontos com Shaquille O'Neal, superando Bem Wallace e Elden Campbell no garrafão rival, com dez minutos para o intervalo.
No primeiro tempo do segundo quarto, a sete minutos do final do período, a vantagem dos Pistons já era de seis pontos e Rip Hamilton, cestinha da equipe nos playoffs, já tinha 11 pontos. Enquanto isso, os Lakers tentavam controlar as faltas. O armador reserva Derek Fisher era obrigado a descansar, com três faltas, e Shaquille O'Neal jogava carregado, com duas.
A vantagem chegou a 10 pontos com Ben Wallace. Em seus primeiros dois pontos, o pivô aproveitou que estava sendo marcado por Medvedenko, o pior marcador entre os jogadores de garrafão dos Lakers, infiltrou e enterrou. Na segunda cesta, recebeu livre e acertou o arremesso.

Com várias faltas no começo, Shaquille teve de ser poupado e fez falta aos Lakers
Com 3min30s para o final, Shaq fez sua terceira falta e foi para o banco. A solução foi revezar Rick Fox, Brian Cook e Medvedenko no garrafão. A vantagem continuou em dez pontos, mas os pivôs do Detroit aproveitaram. Mehmet Okur marcou cinco pontos, Ben Wallace mais dois e o Detroit foi para o vestiário com 55 a 45 no placar.
Como o primeiro período, o segundo quarto quebrou o recorde de pontos da série, com 51. Antes, o melhor tinha sido o segundo quarto da segunda partida, 26 a 20 para os Lakers.
Após o intervalo, os Lakers voltaram tão apáticos quanto no segundo período. Com quatro minutos de jogo, a vantagem era de 13 pontos para o Detroit. O único aspecto positivo desse início de jogo para o timer dos Lakers foi que Rasheed Wallace fez sua quarta falta.
Sem Rasheed, Ben Wallace assumiu o comando do garrafão dos Pistons e terminou o período com 14 pontos e 15 rebotes. Com isso, os Pistons abriram ainda mais no placar, ficando 23 pontos na frente, 82 a 59.
O período decisivo começou desastroso para os Lakers. Luke Walton errou um passe e Lindsey Hunter marcou dois pontos para o Detroit. Kobe Bryant passou a ser o principal jogador dos Lakers, assumindo o ataque da equipe. Ele marcou quatro pontos seguidos.

Perto do fim, Ben Wallace e Richard Hamilton comemoram vitória histórica
Com seis minutos para o final, o Detroit já jogava como campeão. Aproveitando que o Lakers, desesperado, forçava arremessos de longe, os Pistons dominaram os rebotes (50 a 36), e Ben Wallace até mesmo arriscou da linha de três pontos. O arremesso não chegou nem mesmo ao aro, mas a torcida que lotou o Palace of Auburn Hills foi ao delírio.
A cinco minutos do final, até o técnico Phill Jackson, dono de nove títulos da NBA, desistiu. Ele tirou Shaquille O'Neal, usando Brian Cook até o final da partida. Com isso, o Detroit não teve dificuldades para chegar pela primeira vez à marca dos 100 pontos nas finais.
Com pouco mais de um minuto para o final do jogo, Larry Brown colocou em quadra o sérvio Darko Milicic, segunda escolha do Draft no ano passado. O pivô só foi usado nos playoffs nas partidas em que o time já tinha a vitória assegurada.
Fonte: UOL