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Desvendando as Runas

Elring

Depending on what you said, I might kick your ass!
Se este não for o local apropriado para o tópico, peço desculpas!

O nome é uma homenagem aos criadores das runas, Rúmil e Fëanor (que aperfeiçoou a escrita de Rúmil) e a Daeron, que levou as runas para além das Ered Luin. Não, não abri o tópico para ensinar a escrever ou a falar em Quenya ou Sindarin :dente: Este espaço tem como objetivo auxiliar a desvendar algumas armadilhas do nosso bom e velho português; como os pronomes, o emprego dos adjetivos, as conjunções etc... e todas aquelas regras maçantes, mas de extrema importância na hora de escrever uma narrativa, um poema, um conto ou uma prosa. Espero que outros membros com maior conhecimento do idioma possam ajudar :mrgreen: já que os meus são muito limitados. Tentarei pegar alguns conteúdos dos livros escolares e colocá-los de forma menos didática... se eu mesmo conseguir entender. Para iniciar deixo uma citação do professor Cláudio Moreno sobre o que é um texto retórico.

Texto retórico se refere ao planejamento cuidadoso das estratégias e dos recursos que devem aparecer no texto para que o autor consiga causar o efeito desejado junto ao leitor - quase sempre o de convencer e perusadir. O que se entende por retórica desde a Antigüidade Clássica é exatamente essa avaliação prévia (mesmo que seja por um exercício de imaginação) que precisamos fazer, antes de escrever, de todas as circuntâncias envolvidas na situação particular: quem vai ser o leitor, que posição ele defende, o quanto ele conhece do tema que está sendo tratado, que relação existe entre nós e ele (de mando ou de subordinação), que desvantagem (ou desvantagem) tem o ponto de vista que defendemos, e assim por diante. A cada novo texto, essas circunstâncias devem ser redefinidas, pois são elas que vão determinar o que deve ser escrito, o que deve ser ressaltado, o que deve ser deliberadamente camuflado, que linguagem deve ser usada, que estratégias devemos escolher. Baltasar Garcián, o famoso erudito espanhol do século XVII, tão criticado (e, ao mesmo tempo, admirado) por J.L. Borges, fazia a mesma recomendação em El Discreto: quando escrevemos, o importante é pensar no destinatário, "pois num banquete, é necessário satisfazer o gosto dos convidados, não dos cozinheiros".
Não existe, portanto, um tipo de discurso de valor universal, apropriado para toda e qualquer situação, uma forma de escrever que possa ser usada como uma chave-mestra de hotel, que abre todos os quartos. Caem também por terra aquelas regras rígidas e recomendações absolutas para quem quer "escrever bem", tão ao gosto dos manuais de qualidade duvidosa. Algumas dessas tolices foram tantas vezes repetidas que parecem ter validade universal e indiscutível: "Prefira a voz ativa à passiva", "Evite adjetivos", "Use frases curtas" - como se não houvesse váris situações em que a frase longa é muito melhor que a curta, em que a voz passiva é muito mais adequada que a ativa, em que o uso do adjetive é indispensável. Seus autores parecem desconhecer que nada disso tem sentido isoladamente, por si mesmo, e que só podemos estabelecer esse tipo de recomendação quando tivermos avaliado claramente o tipo de situação retórica que temos pela frente...
Fonte: Zero Hora/Caderno Cultura
data: 03/04/2007
 
Bom, antes de cair dentro da gramática, vou colocar antes os diferentes gêneros literários. Sei que a maioria já conhece ou estuda, mas para aqueles que estão se aventurando pela primeira vez na literatura, será de grande ajuda na hora de decidir pelo tipo que mais lhe agradar.

Gêneros Literários

Apresentam-se em verso ou em prosa. Quanto ao conteúdo, elas costumam ser agrupadas em três gêneros: Narrativo, Lírico e Dramático.

[highlight]Narrativo:[/highlight] Apresenta fatos que se ligam no tempo e no espaço por meio da movimentação das personagens. O encadeamento dos fatos narrados forma o enredo.
Em toda a narrativa há alguém que conta o que acontece: o narrador. Ele pode ser uma das personagens ou um observador externo. Lembre-se de que o narrador não é o escritor, mas uma criação deste.
As ações das personagens acontecem no tempo. Numa narrativa, podem existir o tempo cronológico e o tempo psicológico

O tempo cronológico é o tempo exterior, marcado pela passagem das horas, dos dias etc.

O tempo psicológico é o tempo interior, aquele que transcorre dentro das personagens: não pode ser medido ou calculado. É o tempo da memória, das reflexões.

[highlight]Narrativas em verso:[/highlight] A epopéia, ou poema épico, é uma longa narrativa em verso acerca de um assunto grandioso e na qual sobressaem personagens heróicas, quase sempre representantes de uma coletividade. Sua origem é muito antiga: o poema épico Gilgamesh foi escrito pelos sumérios, povo da Mesopotâmia, mais de 2 mil anos antes de Cristo.
Os mais famosos poemas épicos da literatura ocidental são a Ilíada e a Odisséia, atribuídos ao poeta grego Homero, que teria vivido no século IX a.C., e a Eneida, escrita pelo poeta latino Virgílio (70 - 19 a.C.). Em português, merece destaque a obra Os lusíadas, epopéia de Luís de Camões.

[highlight]Narrativa em prosa[/highlight]

Romance - É uma narrativa longa, com várias personagens que vivem diferentes conflitos ou situações dramáticas e cujos destinos se cruzam. Pode contar diferentes tipos de histórias. Por isso, há o romance policial, o histórico, o de aventuras etc...
Novela - É uma narrativa menos abrangente que o romance, composta de uma série de situações encadeadas; sempre articuladas em torno de uma personagem central.
Conto - É a narrativa mais breve e condensada de todas. Centra-se em torno de uma personagem e desenvolve apenas uma história.
Fábula - É uma pequena narrativa com uma mensagem de fundo moral. As personagens das fábulas são, geralmente, animais que representam tipos humanos.
 
Gênero Lírico

Dizemos que um texto pertence ao gênero lírico quando nele predomina a expressão do Eu. Esse Eu que fala no texto projeta seu mundo interior, expressando seus sentimentos, desejos e emoções. Portanto, no texto lírico, que pode ser escrito em prosa ou verso, ocorre a manifestação plena de uma individualidade.

O texto lírico não apresenta um relato de ações encadeadas no tempo, nem conta uma história. O objetivo do poeta é falar de seu mundo interior, numa espécie de monólogo. Nele, o autor cria um Eu que expressa sentimentos íntimos.

Embora o amor seja um dos temas mais freqüentes, o texto lírico pode falar da angústia da vida, da dor da morte, do prazer de viver, da indignação diante de uma injustiça social etc...

O que importa considerar é a postura de quem escreveu. Se é filtrado pelas emoções do autor e traz expressão de subjetividade, trata-se de um texto lírico.
 
Gênero Dramático

Em nossos dias, a palavra drama é muito usada para uma situação comovente, que envolve sofrimento e aflição. Em sua origem, porém, a palavra drama, que vem do grego drâma, significa "ação" e era usada com relação à arte teatral. E é isto que caracteriza o gênero dramático - o fato de apresentar a encenação de um texto. No espetáculo teatral, raramente há um narrador como num romance ou conto. São os atores que tomam a palavra e se apresentam diante dos espectadores, interpretando as personagens e fazendo evoluir a história.

Formas de expressão dramática

[highlight]Tragédia:[/highlight] Apresenta ações que despertam terror e piedade a fim de impressionar os espectadores e alertá-los sobre as paixões e os vícios dos homens.

[highlight]Comédia:[/highlight] Apresenta ações que têm por objetivo criticar a sociedade e o comportamento humano por meio do ridículo. O riso seria o efeito buscado pelo autor para provocar nos espectadores a reflexão sobre o que se passa no palco.

[highlight]Farsa:[/highlight] É um tipo de peça teatral que surgiu por volta do século XIV. Em geral, é breve, tem poucas personagens e pretende provocar o riso explorando situações engraçadas e ridículas da vida cotidiana, apelando para a caricatura e os exageros.

[highlight]Auto:[/highlight] Breve peça de conteúdo religioso ou profano, geralmente em verso, que se originou na Idade Média. A característica marcante do auto é o seu conteúdo simbólico, com atores representando não seres humanos, mas entidades abstratas de caráter religioso ou moral (o pecado, a hipocrisia, a luxúria, a avareza, a virtude etc...)


Por enquanto é isso. Espero que tenham gostado desse breve resumo do gênero literário.
 
Já tinha me esquecido deste tópico! Fiquei entretido com as duas estórias que posto aqui no Clube e fui deixando de lado estas dicas! Em breve estarei postando mais dicas do bom e velho Portuga! Pronomes Demonstrativos, Advérbios, as infames Orações Subordinadas, Nominais, Verbais... enfim, tudo muito bem resumido e sem enrolação! :dente:


PS: Se alguém quiser colaborar com mais macetes gramaticais, é só chegar!
 

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