imported_Wilson
Please understand...
É uma guerra ideológica. É uma guerra de contratos. Uma guerra de poderes e sobretudo uma guerra de tiros, sangue, e times desfalcados.
O pequeno Georgie cruza a avenida sentado na caçamba da picape de seu irmão mais velho, escopeta em mãos, um bolso carregado de balas vermelhas. Coca correndo em sua veia. Olhe em volta, diz o punk de coturno à sua direita, são os fragmentos de uma sociedade, os escombros de um sonho, e nós saindo para a colheita. Ele sorri torto.
Chegamos a um ponto em que não sabemos mais como conter a violência. Eles nos socam, socamos mais forte. Eles nos esfaqueiam, decepamos seu braço. Se vêm para cima de nós com semi-automáticas, devolvemos bombas na porta de suas casas.
O carro freia bruscamente e todos pulam para o asfalto. Correm encapuzados, armas em riste, gritando e gargalhando em direção ao assalto. O pequeno Georgie salta habilmente um carrinho de supermercado tombado. Balança em seu bolso um canivete, na cabeça, um baseado.
Eles miram então nosso ponto fraco, a economia. A infiltram com a sagacidade e a sutileza de um vírus, em cada esquina, em cada letreiro, pintam seu nome e deixam sua marca. Tiram os empregos de nossos pais, em nosso próprio quintal. Trazem para dentro o estranho e nos acusam de plantar o medo. Mas o que sabem eles sobre o medo?
Quebram as vidraças, pulam para dentro, metralham as caixas registradoras e aterrorizam os clientes. Com um bastão de beisebol destroem as câmeras de segurança. Com a coronha das armas arrancam dentes. O pequeno Georgie está perdido. É a anarquia e o caos que sempre sonhou ao seu redor. Sangue espirrado, gritos aterrorizados, vandalismo sem controle, hematomas e ossos quebrados. Algumas balas voam, um alarme talvez tenha sido acionado. Sirenes começam ao longe.
Sou eu que tenho que passar fome então? Fodam-se esses miseráveis! Peguem suas armas, irmãos! E tomaremos o que é nosso.
A arma carregada, o gatilho não foi disparado, a adrenalina zumbindo nos ouvidos, o pequeno Georgie decepcionado. Espera na porta do estabelecimento sem pôr os pés para dentro. Não sabe se fica, não sabe se vai, assusta-se com uma mão que o toca por trás. É um velho mendigo, que pergunta o que fazem, que pede que parem, que assim não está certo. É a chance do pequeno Georgie, que não pensa duas vezes, levanta a arma como pode e realiza seu sonho. Vamos embora, já vêm os outros gritando. Na mão do velho há um papel. Um poema rabiscado e nunca lido
[align=center]Melancholic bulls
Ride down St George Avenue
Packin' pistols and rags
Throwin' away prayers and blessin' you
So hand over a dime
For a wandering soul passin' by
Can't you see, my good friend
That this here man ain' got no sight?[/align]
O pequeno Georgie cruza a avenida sentado na caçamba da picape de seu irmão mais velho, escopeta em mãos, um bolso carregado de balas vermelhas. Coca correndo em sua veia. Olhe em volta, diz o punk de coturno à sua direita, são os fragmentos de uma sociedade, os escombros de um sonho, e nós saindo para a colheita. Ele sorri torto.
Chegamos a um ponto em que não sabemos mais como conter a violência. Eles nos socam, socamos mais forte. Eles nos esfaqueiam, decepamos seu braço. Se vêm para cima de nós com semi-automáticas, devolvemos bombas na porta de suas casas.
O carro freia bruscamente e todos pulam para o asfalto. Correm encapuzados, armas em riste, gritando e gargalhando em direção ao assalto. O pequeno Georgie salta habilmente um carrinho de supermercado tombado. Balança em seu bolso um canivete, na cabeça, um baseado.
Eles miram então nosso ponto fraco, a economia. A infiltram com a sagacidade e a sutileza de um vírus, em cada esquina, em cada letreiro, pintam seu nome e deixam sua marca. Tiram os empregos de nossos pais, em nosso próprio quintal. Trazem para dentro o estranho e nos acusam de plantar o medo. Mas o que sabem eles sobre o medo?
Quebram as vidraças, pulam para dentro, metralham as caixas registradoras e aterrorizam os clientes. Com um bastão de beisebol destroem as câmeras de segurança. Com a coronha das armas arrancam dentes. O pequeno Georgie está perdido. É a anarquia e o caos que sempre sonhou ao seu redor. Sangue espirrado, gritos aterrorizados, vandalismo sem controle, hematomas e ossos quebrados. Algumas balas voam, um alarme talvez tenha sido acionado. Sirenes começam ao longe.
Sou eu que tenho que passar fome então? Fodam-se esses miseráveis! Peguem suas armas, irmãos! E tomaremos o que é nosso.
A arma carregada, o gatilho não foi disparado, a adrenalina zumbindo nos ouvidos, o pequeno Georgie decepcionado. Espera na porta do estabelecimento sem pôr os pés para dentro. Não sabe se fica, não sabe se vai, assusta-se com uma mão que o toca por trás. É um velho mendigo, que pergunta o que fazem, que pede que parem, que assim não está certo. É a chance do pequeno Georgie, que não pensa duas vezes, levanta a arma como pode e realiza seu sonho. Vamos embora, já vêm os outros gritando. Na mão do velho há um papel. Um poema rabiscado e nunca lido
[align=center]Melancholic bulls
Ride down St George Avenue
Packin' pistols and rags
Throwin' away prayers and blessin' you
So hand over a dime
For a wandering soul passin' by
Can't you see, my good friend
That this here man ain' got no sight?[/align]