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Discussão Desenvolvimento de Games no Brasil: Vale a pena?

Turgon

Mugiwara no Ichimi
É comum a dúvida sobre qual carreira seguir. Elas pairam entre ser desenvolvedor ou analista. Ser de infra ou de programação. Estudar JAVA ou Python. Programar para web, mobile ou corporativo. Poucos, porém, apontam para o desenvolvimento de games como um caminho a ser seguido. Vale a pena investir uma carreira nesse mercado ainda em crescimento no Brasil?

Durante os dias 7, 8 e 9 de junho desse 2011 o mundo parou para dar uma olhada no que acontecia na E3, o maior evento de games do mundo. Acontecida esse ano em Los Angeles, EUA, a E3 é responsável por abrir espaço para as grandes empresas lançarem seus jogos, apresentarem novidades tecnológicas relacionadas a consoles e, melhor, fomentar o mercado de um dos quatro pilares do entretenimento massivo – os outros são cinema, música e literatura. Diante disso, não havia momento mais oportuno para falar sobre esse assunto.

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AS DIFICULDADES

Ainda é complicado se dedicar exclusivamente ao desenvolvimento de jogos no Brasil. São poucas as empresas que investem na criação interna, apesar de produtoras estrangeiras já captarem alguns programadores daqui, vide o baixo custo na contratação desses profissionais.

As universidades e os cursos de Informática ainda tendem a preparar os aprendizes apenas para o que o mercado já dita como top. Desenvolvimento de sistema financeiro, fiscal, sites, dentre outros. Esse cenário dificultoso, porém, tende a melhorar nos próximos anos, pois já temos cinquenta e sete cursos de graduação e pós-graduação voltados para a programação de jogos. No total, até a metade de 2011, quarenta e cinco instituições tratam do tema. Esses dados foram apresentados por Emiliano de Castro durante o debate “O Mercado de Games e Aplicativos no Brasil”, segundo a notícia do companheiro Cesar Crivelato aqui no TechTudo mesmo.

Pirataria, infelizmente, ainda é um tópico que sempre aparece quando falamos sobre o mercado de jogos. Devido aos altos impostos tanto em software quanto em hardware, o Brasil ainda tem um grande (e bote grande nisso) índice de jogos piratas e consoles desbloqueados (justamente para aceitar esse tipo de mídia). Iniciativas como a do Jogo Justo, quando um dia é tirado para que jogos sejam vendidos oficialmente bem abaixo do preço normal, ainda não são suficientes. A pirataria parece ser um problema da cultura do brasileiro e não só governamental (impostos, fiscalização). O desenvolvimento interno poderia baratear o jogo e assim mais pessoas teriam acesso ao título original e não ao camelô da esquina? Não tenho como afirmar, ninguém tem, mas poderia ser um bom começo.

NEM TUDO É RUIM

Hoje, desenvolver um jogo não é mais tão complicado quanto antes. Com os diversos frameworks e bibliotecas de programação facilmente encontrados na web, qualquer desenvolvedor aprendiz ou medianamente dedicado consegue fazer nem que seja um exemplo muito simples do que poderia vir a ser um game de verdade. Eu mesmo já fiz um, mas parei por aí. É verdade que os grandes jogos, desses que talvez você tenha na prateleira, necessitam de diversos profissionais com diferentes especialidades. Antes, porém, era complicado até maturar o conhecimento.

A popularização dos smartphones criou um forte submercado para os desenvolvedores. O jogo Angry Birds, por exemplo, foi desenvolvido por não mais do que dez pessoas e virou febre mundial dentre os usuários de iPhone e, mais tarde, Android – hoje, até versão desktop e web o jogo já tem. Ouso afirmar que este já é um dos jogos mais populares dessa nascente década. Um jogo simples que aposta na repetição, na fácil conquista e na beleza para cativar o jogador.

Fonte: Globo
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O que acham do assunto?
 
É complicado, pois sempre falam que o mercado de games no Brasil está em expansão...mas nunca vejo um game brasileiro em lugar algum, só aplicativos em Java/Flash em sites ou para smarts. Mas ver jogos do nível de GTA sendo rodados no Rio ou em Sampa; Need com carros nacionais e coisas do tipo, é apenas um sonho.
 
O difícil é que nossos melhores desenvolvedores saem do Brasil. Não tem incentivo e sempre buscam outros países para ajudarem na criação dos jogos.

Eu sinceramente não sei o nível desses cursos de pós, mas acredito que não tem como parar por ali no conhecimento. Quem quiser desenvolver jogos complexos, terá que procurar muito mais por fora, já que eles devem apenas dar uma base no desenvolvimento.

Que os jogos é uma indústria muito rentável, isso todos sabem. Call of Duty é apenas um exemplo de um jogo que fez sucesso. Temos muitos outros, assim como Guitar Hero fez muito sucesso na época em que foi lançado.

A indústria nacional precisa se desenvolver em muito, caso queira competir no mercado exterior. Mas não deixa de ser um avanço com a criação desses cursos. Antes não tínhamos nada voltado a esse mercado. É bom ver uma evolução, nem que seja pequeno por enquanto.
 
Lembro de uma palestra de um ex-aluno do meu departamento que trabalhava na empresa de games da Tectoy, dona do Zeebo. Ele falava que a maior parte do trabalho deles era adaptação de franquias famosas (Resident Evil, NFS) pra esse console, poucos sendo os jogos desenvolvidos diretamente pra ele.

P.S.: Agora dando uma pesquisada aqui, vi que o Zeebo acabou :( http://blog.zeebo.com.br/?p=1271. O cenário, de fato, não é muito animador.
 
É comum a dúvida sobre qual carreira seguir. Elas pairam entre ser desenvolvedor ou analista. Ser de infra ou de programação. Estudar JAVA ou Python. Programar para web, mobile ou corporativo. Poucos, porém, apontam para o desenvolvimento de games como um caminho a ser seguido. Vale a pena investir uma carreira nesse mercado ainda em crescimento no Brasil?
Durante os dias 7, 8 e 9 de junho desse 2011 o mundo parou para dar uma olhada no que acontecia na E3, o maior evento de games do mundo. Acontecida esse ano em Los Angeles, EUA, a E3 é responsável por abrir espaço para as grandes empresas lançarem seus jogos, apresentarem novidades tecnológicas relacionadas a consoles e, melhor, fomentar o mercado de um dos quatro pilares do entretenimento massivo – os outros são cinema, música e literatura. Diante disso, não havia momento mais oportuno para falar sobre esse assunto.

AS DIFICULDADES
Ainda é complicado se dedicar exclusivamente ao desenvolvimento de jogos no Brasil. São poucas as empresas que investem na criação interna, apesar de produtoras estrangeiras já captarem alguns programadores daqui, vide o baixo custo na contratação desses profissionais.
As universidades e os cursos de Informática ainda tendem a preparar os aprendizes apenas para o que o mercado já dita como top. Desenvolvimento de sistema financeiro, fiscal, sites, dentre outros. Esse cenário dificultoso, porém, tende a melhorar nos próximos anos, pois já temos cinquenta e sete cursos de graduação e pós-graduação voltados para a programação de jogos. No total, até a metade de 2011, quarenta e cinco instituições tratam do tema. Esses dados foram apresentados por Emiliano de Castro durante o debate “O Mercado de Games e Aplicativos no Brasil

Pirataria, infelizmente, ainda é um tópico que sempre aparece quando falamos sobre o mercado de jogos. Devido aos altos impostos tanto em software quanto em hardware, o Brasil ainda tem um grande (e bote grande nisso) índice de jogos piratas e consoles desbloqueados (justamente para aceitar esse tipo de mídia). Iniciativas como a do Jogo Justo, quando um dia é tirado para que jogos sejam vendidos oficialmente bem abaixo do preço normal, ainda não são suficientes. A pirataria parece ser um problema da cultura do brasileiro e não só governamental (impostos, fiscalização). O desenvolvimento interno poderia baratear o jogo e assim mais pessoas teriam acesso ao título original e não ao camelô da esquina? Não tenho como afirmar, ninguém tem, mas poderia ser um bom começo.

NEM TUDO É RUIM
Hoje, desenvolver um jogo não é mais tão complicado quanto antes. Com os diversos frameworks e bibliotecas de programação facilmente encontrados na web, qualquer desenvolvedor aprendiz ou medianamente dedicado consegue fazer nem que seja um exemplo muito simples do que poderia vir a ser um game de verdade. Eu mesmo já fiz um, mas parei por aí. É verdade que os grandes jogos, desses que talvez você tenha na prateleira, necessitam de diversos profissionais com diferentes especialidades. Antes, porém, era complicado até maturar o conhecimento.

A popularização dos smartphones criou um forte submercado para os desenvolvedores. O jogo Angry Birds, por exemplo, foi desenvolvido por não mais do que dez pessoas e virou febre mundial dentre os usuários de iPhone e, mais tarde, Android – hoje, até versão desktop e web o jogo já tem. Ouso afirmar que este já é um dos jogos mais populares dessa nascente década. Um jogo simples que aposta na repetição, na fácil conquista e na beleza para cativar o jogador.

(Continue lendo sobre o assunto na noticia feita por Cesar Crivelato no TechTudo)
 
Não é muito animador mesmo. Houve um certo oba-oba sobre o desenvolvimento de games no Brasil durante uma época mas não virou o que esperávamos. Não sei se a situação ficou mais complicada com a expansão dos games de celular, em flash, jogos mais simples pra baixar e jogar via redes internas dos consoles como a Play Network, Xbox Live, etc. Essa nova mentalidade de jogos softcore tentando conquistar jogadores casuais também, eu achei que tudo isso democratizaria mais as coisas mas acho que falta muita proatividade, empreendedorismo de empresas brasileiras também.
 
Lembro de uma palestra de um ex-aluno do meu departamento que trabalhava na empresa de games da Tectoy, dona do Zeebo. Ele falava que a maior parte do trabalho deles era adaptação de franquias famosas (Resident Evil, NFS) pra esse console, poucos sendo os jogos desenvolvidos diretamente pra ele.

P.S.: Agora dando uma pesquisada aqui, vi que o Zeebo acabou :( http://blog.zeebo.com.br/?p=1271. O cenário, de fato, não é muito animador.
Eu vi essa notícia durante a semana e foi meio desanimadora mesmo. Seria um console totalmente nacional, mas acabou não tendo forças para ser lançado. Uma pena realmente, pois se esse console saísse e tivesse uma boa aceitação do público, a indústria nacional até poderia ganhar mais incentivos para seu desenvolvimento.
 
Eu tenho um amigo que é um crânio pra isso, mas pra trabalhar aqui no Brasil nessa área especificamente simplesmente desanimou total. Ele está por enquanto aguardando uma oportunidade no exterior, até mandando curriculo e talz, mas enquanto não pinta uma chance segue trabalhando com instalação de redes e servidores nas empresas.
 
Esse "aguardando" que é o complicado, não?

No exterior devem ter mais cursos voltados para os games em si. Fica até complicado disputar uma grande vaga em uma empresa grande. Seria ótimo se alguma nacional desse certo, até mesmo para valorizar as pessoas daqui, como vem acontecendo nos cinemas.

Eu até pensei em fazer um curso voltado ao video-game. Apesar do meu curso dar uma ênfase a programação (Engenharia Elétrica), não chega muito perto de cursos voltados exclusivamente ao desenvolvimento de programas.
 
Eu penso em fazer design Gráfico daqui a alguns anos e apostar em criação mais pra frente, coisa beeem remota mas que seria interessante unir meu amor pelo anime com meu amor pelos games de formamais ou menos profissional seria, e tem até um leque maior de trabalho.:think:
 
A área tecnológica de ponta como um todo é complicado no Brasil.
Área de entretenimento que não tem prioridade nenhuma para investimentos do governo, então, dificilmente vai pra frente. Eu trabalho em área que tem interesses estratégicos e mesmo assim o dindin é rareado.

Já quis trabalhar no ramo. E já tivemos períodos mais favoráveis do que hoje em dia.
Mas nunca custa tentar quem realmente quiser.
 
Infelizmente no Brasil certos ramos do entretenimento estão sub-desbravados.

É só comparar a penetração das músicas nacionais com a dos jogos nacionais e observamos como o mercado de jogos está povoado de buracos organizacionais e vazios temáticos.

Não há uma cadeia de produção e mercado capaz de gerar filmes ou produtos novos a partir de uma manchete de jornal ou um conflito político nacional. Nossos jogos não pegam no pé das situações o suficiente, nem satirizam ou exageram com objetivo de expandir a imaginação. Até hoje me lembro como era divertido jogar o jogo do chupa-cabras. :D São realmente buracos decorrentes da falta de estrutura. Hoje um projeto bem sucedido enfrenta as mesmas dificuldades que abrir uma empresa e ter sucesso. Leva-se um tempão para organizar tudo e no final a burocracia rói tudo e até mesmo revistas de impacto que deveriam existir para divulgar em nível nacional sofrem com a anarquia que virou o mercado.

Temos até um mercado parecido com o mercado da China. Produtos locais com dificuldade de assimilação no resto do país e do mundo. É realmente um desafio produzir jogo no Brasil.
 
Eu tenho projetos de enveredar na área de Jogos, inicialmente jogos para web, através de browser e monetização por micro-transações, posteriormente passar a jogos em software mesmo.

Os maiores problemas que eu venho encontrando para colocar isso pra funcionar é a falta de serviços que permitam que o desenvolvimento disso seja levado a sério, e a falta de cultura brasileira de investir em entretenimento.

As empresas que provem serviços de hospedagem no Brasil atualmente ainda tem o pensamento de vender sites pessoais, e não sites empresariais. Tu tens acesso a máquinas com bom processamento e armazenagem, mas não existem empresas que permitam um software rodando em background para agir como servidor de ações ou turnos, porque a idéia deles é de colocar a maior quantidade possível de clientes na mesma máquina e link, e isso consumiria mais recursos que o desejado.

Então o próprio desenvolvimento fica limitado a algo mais simples, rodando através de scripts rodados em intervalos de tempo consecutivos, ou outras gambiarras mais medonhas. A única alternativa disso é você ser seu próprio servidor, mas isso incorre em outros custos e taxas que tem de ser pagos ao governo para poder ser um servidor.

A cultura de não gastar dinheiro para se divertir ainda é bem forte no Brasil, tem mudado ao longo do tempo, se mantendo forte (pelo que eu tenho observado) nas categorias de classe média ou inferior, qualquer idade. Contudo existe um grupo da classe média alta mais velho que começa a mudar nesse tipo de pensamento, e tem transmitido isso aos seus filhos, que devem ser o novo alvo de jogos produzidos no Brasil. Essa é a classe consumidora atual mais forte, o que indica que por enquanto os jogos mais propensos a dar dinheiro são os infantis, e a medida que estes crescem o consumo legítimo de jogos no Brasil deve aumentar.

De mais a mais, a área de Jogos ainda é pros apaixonados pela área, porque existe 80% de chance disso só te dar prejuízo, independente da qualidade e divulgação do jogo.
 
As empresas que provem serviços de hospedagem no Brasil atualmente ainda tem o pensamento de vender sites pessoais, e não sites empresariais. Tu tens acesso a máquinas com bom processamento e armazenagem, mas não existem empresas que permitam um software rodando em background para agir como servidor de ações ou turnos, porque a idéia deles é de colocar a maior quantidade possível de clientes na mesma máquina e link, e isso consumiria mais recursos que o desejado.
Servidores de jogos entram no segundo caso, não? Ao menos no Counter-Strike e tantos outros jogos de FPS no Brasil, conseguimos encontrar bastante servidores e pessoas alugando para os clans.

De mais a mais, a área de Jogos ainda é pros apaixonados pela área, porque existe 80% de chance disso só te dar prejuízo, independente da qualidade e divulgação do jogo.
Sem contar que será muito difícil bater jogos clássicos. Por enquanto é ir apostando em jogos mais simples e ver se algum emplaca bem.
 
Servidores de jogos entram no segundo caso, não? Ao menos no Counter-Strike e tantos outros jogos de FPS no Brasil, conseguimos encontrar bastante servidores e pessoas alugando para os clans.

O que eu me referia são servidores para jogos novos. Existem lugares que alugam servidores para clãs de jogos conhecidos como CoD ou CS, mas geralmente custam bem caro, e é preciso intere$$e de boa parte do clã (ou alguém bem afortunado) pra manter um decente rodando. Eu já pensei em fazer um clã e ter servidor no Call of Duty, mas os custos mensais fizeram não valer a pena se não tivesse pelo menos umas 10 a 15 pessoas ajudando a pagar.
 

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