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Desempenho acadêmico x sucesso profissional

O papo de "fez federal fez paga" já caiu há muito, especialmente porque muitas das federais não estão conseguindo manter a qualidade de todos os cursos. A UFPR, por exemplo, tem um curso de jornalismo cuja disputa por vaga é altíssima (e conseqüentemente a nota de quem é aprovado), mas o curso há uns anos atrás quase chegou a fechar - por falta de professor, recursos, organização e o diabo à quatro. Então, o que adiantaria para o "Fulano Passei em Primeiro em Jornalismo na UFPR" na hora de entrar de fato no mercado?

Não estou dizendo que todas as federais são uma porcaria, eu sou formada em um curso de federal (Letras, antes que perguntem). E sendo minha área voltada para pesquisa (Literatura, Tradução e Lingüística) o índice de rendimento acadêmico (chamamos aqui de IRA, uma média meio louca entre o número de disciplinas que você cursou e as notas que teve para cada uma) tem lá sua relevância, embora não seja fundamental. A relevância seria que você não podia tentar ser bolsista com ira abaixo de 6. Mas tipos que você tem que ser muuuuuuuuuito à toa na vida para ter um ira abaixo de 6.

Mas convenhamos, falar em pesquisa no Brasil é complicado. Eu não sei como funciona nas demais áreas, mas em Letras o sujeito pode até chegar em um doutorado ou coisa assim, mas dificilmente ele será SÓ um pesquisador, então entramos novamente no funil do mercado de trabalho. E nesse caso, eu só consigo lembrar de uma história na qual o ira fez diferença, que é de uma colega genial minha (genial mesmo, morro de orgulho dessa guria) que ganhou um convite do British Council para estudar na Inglaterra, por causa do ira dela. Ela acabou recusando o convite e foi fazer mestrado em outro lugar, e hoje em dia dá aulas na Universidade de Viena ( :grinlove: ).

O que quero dizer com isso é: não é exatamente seu rendimento acadêmico que vai selar seu destino, mas o que você fará com o que aprendeu depois que deixar a universidade. E aí tem coisa que não e a universidade que ensina, você precisa ser vivo e esperto para aproveitar as oportunidades quando surgem (porque elas surgem para todos, no final das contas).

Em tempo: posição em aprovação de vestibular é coisa de calouro deslumbrado. Todo mundo sabe que entrar na universidade é a coisa mais fácil do mundo - difícil é sair de lá com o diplominha na mão. No meu curso a conversa sobre em qual posição cada um foi aprovado apareceu no começo do semestre, era meio até para puxar assunto. Mas não leva muito tempo e o assunto morre, porque no final das contas estão todos ali no mesmo barco, e passar em primeiro ou segundo não garantiu que algumas pessoas não rodassem em disciplinas mais difíceis. E só como curiosidade: não é o primeiro colocado da turma de 2001 que está dando aulas em viena hoje em dia.
 
Em tempo: posição em aprovação de vestibular é coisa de calouro deslumbrado. Todo mundo sabe que entrar na universidade é a coisa mais fácil do mundo - difícil é sair de lá com o diplominha na mão.
Joy, de onde vc tirou isso? Concordo que dependendo do curso, sair dele é complicadíssimo, mas daí a dizer que passar no vestibular é fácil, vc viajou. Vai fazer vestibular pra Medicina ou Engenharia na UFRJ pra vc ver. Depende mto do curso e da faculdade (as Federais variam mto).

No meu curso a conversa sobre em qual posição cada um foi aprovado apareceu no começo do semestre, era meio até para puxar assunto. Mas não leva muito tempo e o assunto morre, porque no final das contas estão todos ali no mesmo barco, e passar em primeiro ou segundo não garantiu que algumas pessoas não rodassem em disciplinas mais difíceis. E só como curiosidade: não é o primeiro colocado da turma de 2001 que está dando aulas em viena hoje em dia.
Nunca ninguém sequer mencionou posição em vestibular lá na faculdade.
 
Joy, de onde vc tirou isso? Concordo que dependendo do curso, sair dele é complicadíssimo, mas daí a dizer que passar no vestibular é fácil, vc viajou. Vai fazer vestibular pra Medicina ou Engenharia na UFRJ pra vc ver. Depende mto do curso e da faculdade (as Federais variam mto).

Fácil em comparação ao fato de terminar a graduação em si. Sujeito fica reclamando de "baladas que teve que abrir mão para poder estudar"* e aí chega em um ambiente em que o só sentar a bunda na cadeira e estudar durante um ano simplesmente não basta. E acredito que isso seja ainda pior para cursos como o que você citou.

Aliás, tem aí algo que eu acho bastante engraçado. Aqui no Paraná geral costuma procurar cursos nos quais a aprovação é relativamente garantida (média baixa de candidatos por vaga) como por exemplo Engenharia Cartográfica, e aí não agüentam o tranco já no primeiro ano, e acabam desistindo do curso - e nesse caso eu falo baseado em quem esteve presente em uma formatura na qual dos pouco mais de 40 alunos aprovados no vestibular menos de 15 estavam se formando.

No final das contas, é simplesmente constatar o óbvio: coloque um ano da sua vida contra quatro (ou mais, em alguns casos) na balança e veja o que demandou maior esforço da sua parte.

* aqui deixando de lado as trocentas histórias do tipo "Nossa, zuei muito durante o terceirão".
 
é óbvio que há casos e casos. se formos entrar nessa, o tópico em si não teria razão de existir. há casos de fulanos que mesmo sendo vagabundos durante todo o curso se dão bem na vida profissional, há casos de pessoas que se esforçam um monte e também conseguem sucesso etc. etc. etc.

wtf, achei que estava bastante claro que meu post foi uma hipérbole no qual eu só queria deixar claro que uma vez que você é aprovado, sua colocação no curso não faz diferença.
 
wtf, achei que estava bastante claro que meu post foi uma hipérbole no qual eu só queria deixar claro que uma vez que você é aprovado, sua colocação no curso não faz diferença.
Olha, eu passei bem colocado na PUC-RJ, e se não fosse por isso, não teria ganho bolsa (mensalidade é a bagatela de R$1780) e não estaria cursando lá. Então, fez, está fazendo e fará diferença por muito tempo pra mim. :mrgreen:

Eu acredito que o que prevalece no fim das contas, no mundo real, é o balanço entre ambos. Experiência de trabalho influencia em certos pontos, desempenho acadêmico em outros.

O dificil é justamente encontrar um equilíbrio entre os dois.
 
É né. "Cada caso é um caso" e, como eu disse, se for ficar nessa o tópico não tem razão de ser. Mas meu filho, releia meu primeiro post. O que eu disse, no final das contas, foi o mesmo que você acabou de falar no final do seu.
 
É né. "Cada caso é um caso" e, como eu disse, se for ficar nessa o tópico não tem razão de ser.
Não ué, eu só citei uma experiência que invalida a generalização que você fez no seu post. Discussão aqui também é sobre casos pontuais. Ou é só coisa de escolher seu lado na discussão e começar a torcida organizada?

A única coisa que eu fiz foi mostrar que os três pontos citados não estão certos:

Todo mundo sabe que entrar na universidade é a coisa mais fácil do mundo
Olha, desculpa mas não é não. Se fosse, não existiriam donos de pré-vestibular milionários.

não é exatamente seu rendimento acadêmico que vai selar seu destino, mas o que você fará com o que aprendeu depois que deixar a universidade.
Concordo em parte. Seu rendimento acadêmico pode te dar oportunidade de entrar em projetos (pelo menos na PUC é assim). Os melhores alunos da PUC estão trabalhando com a definição do padrão nacional de transmissão digital. É uma experiência que pode abrir N oportunidades pra essas pessoas no futuro. Mas só pros melhores alunos. Isso não é pontual, porque existem mais 17 laboratórios na PUC (como por exemplo o TECGRAF, que desenvolve modelos e projetos navais pra Petrobrás), onde só estagiam os melhores alunos. Essas pessoas com 100% de certeza já tem emprego garantido, antes mesmo de se formarem.

posição em aprovação de vestibular é coisa de calouro deslumbrado.
Quando se disputa bolsa (de graduação, mestrado, doutorado, etc.) faz toda a diferença a sua posição no processo de seleção.

De qualquer forma, eu concordo com o que você escreveu, menos com a parte generalizada. :mrgreen:
 
Bom, aí vocês também estão generalizando. Na UFPR a colocação não vale em nada para conseguir bolsa, só o rendimento acadêmico (como já tinha comentado antes). Em alguns casos também vale se o aluno não tem como se manter e estudar, aí eles oferecem a bolsa como um tipo de auxílio. Mas colocação nunca é levada em conta nesses casos.

Edit: E sobre isso:

Concordo em parte. Seu rendimento acadêmico pode te dar oportunidade de entrar em projetos (pelo menos na PUC é assim). Os melhores alunos da PUC estão trabalhando com a definição do padrão nacional de transmissão digital. É uma experiência que pode abrir N oportunidades pra essas pessoas no futuro. Mas só pros melhores alunos. Isso não é pontual, porque existem mais 17 laboratórios na PUC (como por exemplo o TECGRAF, que desenvolve modelos e projetos navais pra Petrobrás), onde só estagiam os melhores alunos. Essas pessoas com 100% de certeza já tem emprego garantido, antes mesmo de se formarem.

Eu citei a questão de o rendimento fazer diferença para quem está voltado à pesquisa. Mas aparentemente a minha hipérbole do "passar é fácil" (o que continuo achando ser fácil em comparação a cursar a graduação em si, btw) te deixou tão chocado que você simplesmente não conseguiu ler ou absorver o resto do post. :roll:
 
Última edição:
Joy, dependendo do curso, essa sua premissa é válida mesmo.


Vamos dar exemplos. Em cursos como Medicina, Direito, Engenharia Petroquímica, Jornalismo, Odonto, etc, a dificuldade de entrar é mais difícil do que o andamento do curso em si. Em outros cursos não. Obviamente Pedagogia é moleza de entrar e mais complicado de terminar.
 
Joy, dependendo do curso, essa sua premissa é válida mesmo.


Vamos dar exemplos. Em cursos como Medicina, Direito, Engenharia Petroquímica, Jornalismo, Odonto, etc, a dificuldade de entrar é mais difícil do que o andamento do curso em si. Em outros cursos não. Obviamente Pedagogia é moleza de entrar e mais complicado de terminar.


Medicina? Engenharia??? Sei não.. nunca fiz nenhum desses cursos (:dente:) mas me parecem muito mais fodas de serem completados do que entrar!!!

Nossa, medicina é uma loucura!!! :ahhh:
E engenharia e seus mil cálculos em loops? Pq as pessoas fazem repetem mil vezes??? Isso aí eu sei que eu não aguentava não... Teve disciplina que foi foda fazer uma só vez, imagina 500... tá louco...

Claro que vestiba requer um dedicação, mas requer sorte tb. Sim, sorte.. de cair de tuuuuuudo aquilo que vc estudou coisas que vc saiba fazer de verdade. E no final de contas é tudo decoreba... as pessoas vão pro vestibular como maquininhas de guardar info e depois deste pode tudo vazar pq o 'propósito' já acabou.... Aliás, fora do assunto, acho vestibular uma das maneiras mais idiotas de avaliação, mas enfim... tb não sei se saberia sugerir melhor...

Na facul, se vc tem o mínimo intento de seguir aquela carreira e ser um profissional minimamente decente, vc tem que realmente aprender aquilo.... Claro, muita coisa vai embora tb, que nem no estudo pro vestiba, mas muita coisa vc vai ter que aprender e se não aprender direito, não vai pra frente! E o conhecimento passa a ser muito mais cumulativo! Sem a matéria I, II, III e IV, vc não faz a V! É algo de muito mais dedicação...


O que eu acho que é diferente é que faculdade tem aquela sensação de maior tranquilidade pq o 'estresse' é diluído em 4,5,6 anos... e se não passar, por mais q seja merda, é uma matéria a refazer.. vestiba não! É sei lá, uma vez por ano! Senão passar é aquele estresse da porra até o próximo SEM garantia de nada! Mas é algo muito mais maquinal no meu ponto de vista.. fudido... tem q estudar pra mecanizar tds as decorebas, mas o processo de aprendizado na facul é bem mais hard work, ao meu ver.



Sobre o resto dos assuntos, tem muitas opiniões legais, mas acho que já disseram o que eu penso, em partes. E se tem uma coisa que eu acho que definitivamente é sem sentido, é nota. É apenas uma método arbitrário e vazio -na maioria das vezes, nem sempre e quando não é é por mérito de um professor muito bom - de avaliação só para ter o q escrever no boletim. Conheço mil e um casos em que a nota não transparece a realidade... para o bem ou para o mal..
 
Vcs tão comparando laranjas com maçãs. Enquanto concluir o curso depende apenas de dedicação (nunca ví ninguém em curso nenhum ser jubilado se estivesse se dedicando), passar no vestibular não depende só de dedicação, depende de capacidade e até sorte. Na verdade, continuo achando que passar no vestibular é algo muito mais bizarro que concluir a faculdade.
 

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