Ana Lovejoy
Administrador
O papo de "fez federal fez paga" já caiu há muito, especialmente porque muitas das federais não estão conseguindo manter a qualidade de todos os cursos. A UFPR, por exemplo, tem um curso de jornalismo cuja disputa por vaga é altíssima (e conseqüentemente a nota de quem é aprovado), mas o curso há uns anos atrás quase chegou a fechar - por falta de professor, recursos, organização e o diabo à quatro. Então, o que adiantaria para o "Fulano Passei em Primeiro em Jornalismo na UFPR" na hora de entrar de fato no mercado?
Não estou dizendo que todas as federais são uma porcaria, eu sou formada em um curso de federal (Letras, antes que perguntem). E sendo minha área voltada para pesquisa (Literatura, Tradução e Lingüística) o índice de rendimento acadêmico (chamamos aqui de IRA, uma média meio louca entre o número de disciplinas que você cursou e as notas que teve para cada uma) tem lá sua relevância, embora não seja fundamental. A relevância seria que você não podia tentar ser bolsista com ira abaixo de 6. Mas tipos que você tem que ser muuuuuuuuuito à toa na vida para ter um ira abaixo de 6.
Mas convenhamos, falar em pesquisa no Brasil é complicado. Eu não sei como funciona nas demais áreas, mas em Letras o sujeito pode até chegar em um doutorado ou coisa assim, mas dificilmente ele será SÓ um pesquisador, então entramos novamente no funil do mercado de trabalho. E nesse caso, eu só consigo lembrar de uma história na qual o ira fez diferença, que é de uma colega genial minha (genial mesmo, morro de orgulho dessa guria) que ganhou um convite do British Council para estudar na Inglaterra, por causa do ira dela. Ela acabou recusando o convite e foi fazer mestrado em outro lugar, e hoje em dia dá aulas na Universidade de Viena ( ).
O que quero dizer com isso é: não é exatamente seu rendimento acadêmico que vai selar seu destino, mas o que você fará com o que aprendeu depois que deixar a universidade. E aí tem coisa que não e a universidade que ensina, você precisa ser vivo e esperto para aproveitar as oportunidades quando surgem (porque elas surgem para todos, no final das contas).
Em tempo: posição em aprovação de vestibular é coisa de calouro deslumbrado. Todo mundo sabe que entrar na universidade é a coisa mais fácil do mundo - difícil é sair de lá com o diplominha na mão. No meu curso a conversa sobre em qual posição cada um foi aprovado apareceu no começo do semestre, era meio até para puxar assunto. Mas não leva muito tempo e o assunto morre, porque no final das contas estão todos ali no mesmo barco, e passar em primeiro ou segundo não garantiu que algumas pessoas não rodassem em disciplinas mais difíceis. E só como curiosidade: não é o primeiro colocado da turma de 2001 que está dando aulas em viena hoje em dia.
Não estou dizendo que todas as federais são uma porcaria, eu sou formada em um curso de federal (Letras, antes que perguntem). E sendo minha área voltada para pesquisa (Literatura, Tradução e Lingüística) o índice de rendimento acadêmico (chamamos aqui de IRA, uma média meio louca entre o número de disciplinas que você cursou e as notas que teve para cada uma) tem lá sua relevância, embora não seja fundamental. A relevância seria que você não podia tentar ser bolsista com ira abaixo de 6. Mas tipos que você tem que ser muuuuuuuuuito à toa na vida para ter um ira abaixo de 6.
Mas convenhamos, falar em pesquisa no Brasil é complicado. Eu não sei como funciona nas demais áreas, mas em Letras o sujeito pode até chegar em um doutorado ou coisa assim, mas dificilmente ele será SÓ um pesquisador, então entramos novamente no funil do mercado de trabalho. E nesse caso, eu só consigo lembrar de uma história na qual o ira fez diferença, que é de uma colega genial minha (genial mesmo, morro de orgulho dessa guria) que ganhou um convite do British Council para estudar na Inglaterra, por causa do ira dela. Ela acabou recusando o convite e foi fazer mestrado em outro lugar, e hoje em dia dá aulas na Universidade de Viena ( ).
O que quero dizer com isso é: não é exatamente seu rendimento acadêmico que vai selar seu destino, mas o que você fará com o que aprendeu depois que deixar a universidade. E aí tem coisa que não e a universidade que ensina, você precisa ser vivo e esperto para aproveitar as oportunidades quando surgem (porque elas surgem para todos, no final das contas).
Em tempo: posição em aprovação de vestibular é coisa de calouro deslumbrado. Todo mundo sabe que entrar na universidade é a coisa mais fácil do mundo - difícil é sair de lá com o diplominha na mão. No meu curso a conversa sobre em qual posição cada um foi aprovado apareceu no começo do semestre, era meio até para puxar assunto. Mas não leva muito tempo e o assunto morre, porque no final das contas estão todos ali no mesmo barco, e passar em primeiro ou segundo não garantiu que algumas pessoas não rodassem em disciplinas mais difíceis. E só como curiosidade: não é o primeiro colocado da turma de 2001 que está dando aulas em viena hoje em dia.