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Descendentes Numenorianos

<o:p></o:p> A história de Númenor se assemelha muito a de Atlântida, segundo Platão os Atlantes eram fascinados por grandes construções, suas edificações eram feitas de pedras vermelhas, brancas e negras. Os Numenorianos que passaram a se estabelecer na Terra-Média construíram fortalezas com pedras negras e brancas (Orthanc e Minas Tirith).
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Ambos eram fascinados por navios, já que, por viverem em uma ilha era lógico que tivessem um desenvolvimento naval. E ambas tiveram um grande colapso, consumidos pela ganância, por causa disso, Zeus enviou uma grande onda para destruí-los.
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Estive relendo alguns trechos do Livro As Duas Torres, e percebi as seguintes afirmações de Faramir.
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“A morte esteve sempre presente, pois os numenorianos ainda estavam (como sempre estiveram em seu reino antigo e foi por isso que o perderam) com fome de vida eterna e imutável. Reis construíram túmulos mais esplêndidos que as casas dos viventes, consideravam velhos nomes de filhos. Senhores sem filhos sentavam-se em salões antigos e ficavam meditando sobre herádilca; em câmaras secretas homens mirrando preparavam fortes elixires, ou mas altas e frias torres faziam perguntas às estrelas. E o ultimo rei da linhagem de Anárion não tinha herdeiros”
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Quanto a isso percebi uma grande semelhança com os Egípcios, afinal estes eram conhecidos por construir monumentos grandiosos, principalmente quando se tratava de vida após a morte, o que me fez lembrar das pirâmides, já que, o trecho “túmulos mais esplêndidos que as casas dos viventes” ilustra bem isso.
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Existem teorias sobre Atlântida que falam o seguinte: Após sua destruição os poucos sobreviventes dos Atlantes fundaram suas próprias sociedades e transmitiram seus antigos conhecimentos.
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Os nativos das Américas Central e Sul (segundo suas lendas) afirmam que seus ancestrais vieram de uma ilha no meio do oceano, os astecas a chamavam Aztlan, na qual reinava um soberano conhecido como Atlanteoltl, e os maias de Tollan. Artistas maias e astecas esculpiram elefantes, quando na América nunca existiram estes animais.
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As lendas maias falam de um povo que chegou por mar para a fundação de uma civilização. Antigos escritos dos astecas e dos maias, como o Chilam Balam, Dresden Codex, Popuhl Vuh, Codex Cortesianus e Manuscrito Troano também foram traduzidos como histórias da destruição da Atlântida e Lemúria.
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Seriam estes os descendentes dos Numenorianos?
 
Eu me interesso por esse mistério das pirâmides na América Central (pelo fato das semelhanças com as pirâmides egípcias). Mas sobre Númenor e suas grandes obras, sem dúvida que Tolkien, nesse sentido, inspirou-se nas magnificências das obras das grandes culturas. Claro que, numa análise imediata, as mais fortes influências foram a cultura Anglo-saxã de uma forma geral, a celta particularmente, e bárbara (atente-se ao fato de que os bárbaros, como por exemplo os Hunos, só foram tachados assim pelo Império Romano, sendo que Tolkien muito provavelmente admirava os povos rústicos mais do que julgamos saber, assim como provavelmente Tolkien admirava outras grandes culturas e suas tradições); mas Tolkien poderia ter interesse velado pelo mito de Atlântida, podendo ter lhe dado matéria-prima imaginativa para narrar a queda de Númenor, enfim, uma leve inspiração como suporte à imaginação, de alguma forma!

Mas creio que muito do que vemos nas obras de Tolkien as quais poderíamos comparar a eventos e criações artísticas de grandes culturas, são meras coincidências. Mas é extremamente difícil dizer o que, de fato, é uma inspiração advinda de determinadas lendas, como a Atlântida (pode ter havido alguma influência, e Tolkien ter omitido muitas informações convenientemente). O que podemos ter em mente é que existe uma padronização do homem que imagina coisas inalcançáveis dentro de suas possibilidades, sendo assim, não é apenas na mitologia tolkieniana que podemos traçar um paralelo com determinadas culturas, sendo que muitos outros autores recorreram às mesmas origens celticas, anglo-saxônicas ou whatever. O que podemos dizer é que Tolkien ganha um destaque maior por ter ido aonde nenhum (ou poucos escritores) conseguiram ir no sentido de talhar aquilo que já estava moldado na história. O criador da Era Hiboriana (onde os Cimérios desempenham papel central), por exemplo, foi tão genial quanto Tolkien ao criar um mundo mitológico verossímil e ao mesmo tempo baseado em diversas nuances dos eventos grandiosos e importantes de nossa história.


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Acho tbm que o mundo da Ciméria, dentro do contexto hiboriano e não histórico, em muito se assemelha ao de Tolkien...claro, não numa primeira observação, mas no que concerne à riqueza da profundidade de personagens e culturas por trás delas, e estrutura aprofundada com a qual a narrativa faz o leitor deleitar-se com tamanha abordagem minuciosa de cada reino, cada estória, seja ela principal ou secundária. Vejo em Howard o único escritor a equiparar-se a Tolkien quanto à amplitude imaginativa!

Robert E. Howard criou toda uma grande mitologia que se mistura a eventos históricos. Ele criou a época Hiboriana num cenário imediato ao desaparecimento de Atlântida.

A Era Hiboriana foi criada pelo autor Robert E. Howard como o cenário pós-Atlântida de suas histórias acerca de Conan o Bárbaro, construídas para se encaixar com os contos anteriores - e um tanto menos conhecidos - de Kull. Este último também foi criado por Howard, e seu reino tomava lugar na Atlântida. O nome "Hiboriano" é uma contração do conceito grego de Hiperbórea, literalmente "Terra-Super-Nortista". Era um lugar mítico situado no norte distante, onde não havia frio (apesar de sua alta latitude) e onde a vida não se envelhecia.

A Era Hiboriana de Howard, descrita em detalhes em sua dissertação A Era Hiboriana (The Hyborian Age), publicada em The Coming of Conan the Cimmerian ("A Vinda de Conan o Cimério") em 2003, é a realização dum tempo mítico que tomara lugar antes de qualquer civilização conhecida pelos atuais antropólogos. Localizava-se na Europa e na África do Norte - com curiosas mudanças geológicas arquitetadas anteriormente à ascensão da teoria geológica das placas tectônicas, apesar de se parecerem com o que se é teorizado por geólogos hoje em dia. Estes acreditam que durante a Idade do Gelo a Europa era bastante diferente. O Mar Mediterrâneo houvera secado intermitentemente, alternando cheias e secas sobre o estreito de Gibraltar. Em certo ponto havia uma língua de terra que unia a península ao continente, através do Canal Inglês, entre a Inglaterra e os Países Baixos (mas não através do Mar da Irlanda), de tal forma que o Tames transbordou, alcançando uma extensão nortista do Reno. E ambos os mares Báltico e Negro haviam sido, certa feita, lagos de água fresca - o primeiro (então chamado de Mar Ancilo, devido a castanholas, um tipo de molusco encontrado no local) cobrindo grande parte da metade oriental do que é agora a Suécia.

No mapa desenhado por Howard, o modo como interpreta o Mar Mediterrâneo também o mostra seco. O Nilo, chamado pelo autor de Rio Styx, desce até certo ponto, onde vira em noventa graus, seguindo um curso em direção ao oeste logo após o Delta do Nilo, abrindo caminho através das montanhas de forma que consiga alcançar o estreito de Gibraltar. Apesar de que seu Mar Negro também se mostre seco, o Mar Cáspio, chamado de Mar Vilayet, estende-se ao norte até alcançar o Oceano Ártico, provendo uma barreira que encapsula o cenário de suas histórias. Não apenas estão secos o Mar Báltico e o Canal Inglês, como também a maior parte do Mar do Norte e uma vasta região ocidental, incluindo a Irlanda. Enquanto isso, a costa oeste da África, de acordo com seu mapa, encontra-se submersa no mar. Há também algumas ilhas, lembranças de Açores. Porém, suas histórias não estão relacionadas a táticas navais..

Eis um mapa do mundo da mitologia Howardiana:

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Se você quer saber quem realmente foram os cimérios, um conselho: esqueça Conan. Muito antes de Tolkien (autor de "O Senhor dos Anéis"), foi Robert E. Howard um dos primeiros autores a criar um mundo completo de povos, línguas, história e geografia fictícios, com continentes imaginários que surgiram do nada e afundaram novamente entre um cataclismo e outro. Só pra você ter uma idéia: segundo a cronologia da Era Hiboriana do autor do herói dos quadrinhos, a Atlântida e a Lemúria afundaram ao mesmo tempo (!) num só cataclismo. Pior: embora os cimérios fossem notoriamente um povo do Cáucaso, o que restaria da "Ciméria" de Howard acabou formando as Ilhas Britânicas (!) e sumiram. Acho que ele nunca se informou direito sobre os povos bárbaros caucasianos.

Esse é o problema em escrever sobre fatos que se confundiram com a mitologia: às vezes, a lenda atrapalha a História. A ciência da Arqueologia já avançou muito, mas ainda há inúmeros obstáculos talvez intransponíveis. Em que pese o fato de os grandes guerreiros que entraram em contato com a civilização grega na Era do Bronze nunca se deram ao trabalho de registrar sua própria História (ainda mais quando nem tinham língua escrita), eles tiveram suas "estórias" contadas por seus inimigos. Alguém já disse que a história oficial é sempre a versão contada pelos vencedores?

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Muito, muito pouco se sabe a respeito da verdadeira História dos assombrosos guerreiros cimérios. Nos mapas da região registrados até o século XVIII pelos cartógrafos ingleses, o estreito de Bósforo ainda era chamado de Cimmerian Bosphorus ou Ponto Cimmerian ("Mar Cimeriano").

Os Cimérios (em grego Κιμμέριοι, Kimmérioi) foram bárbaros nômades eqüestres que, de acordo com Heródoto, viviam originalmente na região norte do Cáucaso e no Mar Negro - atuais Rússia e Ucrânia - quando travaram contato (brutalíssimo) com a civilização mediterrânea-mesopotâmica nos séculos VIII e VII a.C. Registros assírios, todavia, determinam que esse povo se localizava no atual Azerbaijão em 714 a.C.

Os Cimérios, Citas, Albanianos, Gargários e Amazonas eram algumas das vários tribos que habitavam a região em volta da Cordilheira do Cáucaso, a Sarmátia, entre a Europa e a Ásia; e causaram tamanho espanto com suas diferenças físicas e culturais, a ponto de serem integrados ás lendas da mitologia grega - junto com seres fantásticos como os centauros, ninfas, deuses e minotauros. Foi nessa "companhia" tão confiável que eles acabaram sendo considerados também meras criaturas de ficção.

Suas origens são obscuras, mas acredita-se que eram Indo-Europeus. Sua língua é geralmente tida como "o elo perdido" entre a língua trácia (junto a leste da Grécia) e o persa. Se foram realmente um povo pré-histórico, eles eram o elo perdido de muita coisa entre as culturas Ocidental-Oriental. No começo do século XX os cimérios costumavam ser associados aos Proto-Indo-Europeus ("Arianos" ou "Jafetitas").


Nos mapas das migrações de tribos nômades, os cimérios povoaram a Europa e se tornaram os celtas. Arqueologicamente muito pouco se sabe dos cimérios da costa norte do Mar Negro. Foi sugerido que possam ter compreendido a tão-chamada "cultura catacúmbica" do sul da Rússia, aparentemente expulsa pela "cultura das urnas funerárias" que avançara a partir do oriente mais além. Isso está de acordo com o relato grego de como os cimérios foram substituídos pelos citas. Algumas estelas de pedra encontradas na Ucrânia e no norte do Cáucaso tiveram sua origem ligada à civilização ciméria.

Na mitologia grega, a Ciméria era vizinha da Terra dos Mortos. Porque aqueles bárbaros sempre foram um povo tão sombrio? O historiador grego Heródoto (485-420 a.C.) já descrevia aquela região como "inóspita, intimidadora, sempre à sombra das montanhas e com o céu coberto de neblina; um lugar onde só os extremamente fortes sobrevivem; uma terra de trevas e noite eterna. Um local melancólico com florestas negras, silêncio sombrio e um céu turvo e nuvens de chumbo."


Eis como Homero nos apresenta a terra do povo de Conan:


Aí fica o país e a cidade dos homens da Ciméria.
Estes tateiam continuamente na noite e no nevoeiro, e nunca
olha para eles radioso o deus do sol luminoso.
Mas é a terrível noite que envolve os miseráveis humanos.
HOMERO, Odisséia, XI. 14-19.​



É esta passagem que Ephorus aplica aos cimérios no próprio tempo em que foram estabelecidos na península da Criméia, e que explica seu ditado que eles eram uma raça de mineiros, vivendo perpetuamente no subterrâneo. (Daí a associação com o Mundo dos Mortos)

O que nos leva de volta ao artigo sobre suas vizinhas (e parentes) amazonas: os arianos do Cáucaso pareciam cultuar Ares como um deus central, tornando-se Mestres da Guerra praticamente invencíveis, com a fama de serem guerreiros perfeitos. Como nunca se bronzeavam, também eram pálidos como defuntos. Eram descritos como indivíduos "de pele branca como a neve, olhos cinzentos, de mulheres e homens altos, medindo entre 2 m e 2,20 metros, extremamente musculosos, arrogantes, corajosos e muito, muito fortes mesmo".

Sua terra era a grande Cordilheira do Cáucaso, próxima ao Mar Negro, região hoje ocupada por Armênia, Azerbaijão, Geórgia e Rússia. Há 5500 anos, aquela área ainda era um celeiro (melhor seria dizer vespeiro) de povos bárbaros tão primitivos que nem tinham língua escrita, vivendo principalmente da caça, em culturas matriarcais. Havia tribos com soldados homens e mulheres. Os antigos gregos chamavam o sistema deles de "Ginocracia" (sociedade regida por mulheres). Inventaram o machado de guerra, arma de dois gumes iguais, usado por homens e mulheres, representando a igualdade.


Fora isso, tudo o que resta são as impressões visuais: ligados à Natureza, eles usavam os famosos capacetes com chifres; as armas eram presas às costas; mestres da cavalaria, dos povos "domadores de cavalos" montanheses, habitavam cabanas de madeira e pedra também nas florestas e nos pântanos; e odiavam o sol, só saindo à noite e passavam o dia vivendo em catacumbas interligadas por túneis.

Eis aqui a marca registrada dos cimérios, que tanto os distinguia; a "cultura das catacumbas" sem dar a mínima para o mundo exterior. Eis porque os caucasianos foram os últimos povos a saberem do Grande Dilúvio Universal, que traumatizou os outros povos e deu origem às religiões dos povos civilizados: enquanto a chuva caía e milhões morriam afogados,os cimérios provavelmente passaram os 40 dias e noites bebendo cerveja nas catacumbas.

Existe a teoria que os cimérios foram "os primeiros brancos" que deram origem à etnia caucasiana. Sendo um povo tão antigo e pré-histórico, sem contato com os raios do sol por milênios, eles poderiam ter dado início à mutação genética da ausência de melanina (ou "anomalia" da falta de pigmentos na pele, se assim preferirem). E, sim: eles DESPREZAVAM a Civilização - "corrupta, decadente, imunda, podre, imoral, opressora, escravista e envenenada pela prática da magia."



O primeiro registro histórico dos cimérios aparece nos anais da Assíria no ano 714 a.C. Eles descrevem como um povo chamado Gimirri ajudou as forças de Sargão II a derrotar o reino de Urartu. Sua terra original, chamada Gamir ou Uishdish, parece ter sido localizada no Estado-tampão de Mannai. O geógrafo posterior Ptolomeu colocou a cidade de Gomara nessa região.

Alguns autores modernos afirmam que os cimérios incluíam mercenários, chamados pelos assírios de Khumri, restabelecidos na região por Sargão. Contudo, gregos de épocas posteriores sustentam que os cimérios, antes disso, haviam vivido nas estepes entre os rios Tyras (Dniester) e Tanais (Don). Homero os descreve em seu livro 11 da Odisséia como habitantes de terras enevoadas e de trevas nos limites do mundo, às margens de Oceanus. Vários reis cimérios são mencionados em fontes gregas e mesopotâmica, incluindo Tugdamme (Lygdamis em grego) e Sandakhshatra (final do século VII a.C.)


De acordo com as Histórias de Heródoto (c. 440 a.C.), os cimérios haviam, em determinado ponto do passado, sido expulsos das estepes pelos citas. Para garantir seu enterro na pátria de seus ancestrais, os membros da família real ciméria dividiram-se em grupos e lutaram entre si até a morte. Os camponeses cimérios enterraram os corpos ao largo do rio Tyras e, através do Cáucaso, fugiram do avanço cítico, adentrando a Anatólia e o Oriente Próximo. O percurso total parece ter se estendido desde Mannai, perpassando, ao leste, as terras médicas da cordilheira de Zagros, e ao sul da área até o Elam.

As migrações dos cimérios foram registradas pelos assírios, cujo rei, Sargão II, morreu em batalha contra os próprios cimérios em 705 a.C. E foram os assírios que trouxeram os cimérios à Mesopotâmia: exatamente como os grandes bárbaros destruidores de cidades mesopotâmicas. E foi assim que o bom e ilustre povo cimério fez sua estréia na História: exercendo sua profissão por excelência, como "ladrão, pirata e mercenário." Subseqüentemente, os registros sobre esse povo apontam sua conquista sobre a Frígia em 696 a.C., o que levou o rei frígio Midas a ingerir veneno como recusa a ser capturado. Em 679 a.C., durante o reino de Assarhaddon da Assíria, os cimérios atacaram a Cilícia e o Tabal sob o comando do novo líder, Teushpa. Assarhaddon, contudo, os derrotou próximo a Hubushna (inconclusivamente identificada com a moderna Capadócia, Ásia Menor).



Em 654 a.C. os cimérios atacaram o reino da Lídia, assassinando o rei Giges e causando grande destruição à capital lídia, Sardes. Retornaram dez anos depois durante o reino do filho de Giges, Ardis II, e desta vez capturaram a cidade inteira, com exceção da cidadela. A queda de Sardes afetou decisivamente os poderes da região; os poetas gregos Calino e Arquíloco registraram o medo que tomou conta das colônias gregas na Jônia, algumas das quais foram atacadas por salteadores cimérios.

Contudo, a ocupação ciméria da Lídia foi breve - possivelmente devido ao surto epidêmico da praga. Entre 637 a.C. e 626 a.C. os conquistadores foram derrotados por Aliates II da Lídia. A derrota marcou o fim definitivo do poder cimério. O termo "Gimirri" ainda foi usado um século depois na inscrição Behistun (c. 515 a.C.) como equivalente babilônico do termo persa Saka ("citas"), mas, com exceção disso, nunca mais se ouviu falar dos cimérios na Ásia, e o destino final desse povo é incerto. Foi-se especulado que se estabeleceram na Capadócia, conhecidos em armênio como Gamir (mesmo nome da pátria ciméria original em Mannai). Contudo, certas tradições francas terminariam por definir sua localização na boca do Danúbio (ver Sicambre).



Acredita-se que há certo número de ramificações com origem nos cimérios. Os trácios foram identificados como um possível ramo ocidental daquele povo. Se Heródoto estiver correto, ambos os povos originalmente habitaram a costa norte do Mar Negro, e ambos foram forçados a deixar a área ao mesmo tempo devido a invasores vindos do leste. Os cimérios haveriam abandonado sua pátria ancestral rumo ao leste e ao sul, através do Cáucaso.

Apesar de que os cimérios de que se tem conhecimento via registros históricos têm seu lugar história por um curto período de tempo (século VII a.C) diversos povos celtas e germânicos mantêm a tradição de serem descendentes dos cimérios ou dos citas, e alguns de seus nomes étnicos parecem corroborar a crença (p.ex. Cymru, Cwmry ou Cumbria, Cimbre).

A etimologia de Cymru (termo galês para o País de Gales) e de Cwmry (Cumbria), que, de acordo com a tradição galesa, deriva diretamente de "cimérios", é considerada, por uma outra corrente, como provinda do celta kom-broges, que significa "compatriotas". No que diz respeito à tribo Cimbre, não se sabe ao certo se eram celtas, germânicos ou se algum outro povo, provindo dum grupo Indo-Europeu Ocidental anterior conectado aos ligurianos.

Além disso, os reis Merovíngios dos francos tradicionalmente traçavam sua linhagem, passando por uma tribo pré-franca chamada Sicambre, chegando, fundamentalmente, a um grupo de "cimérios" que viviam na boca do rio Danúbio. Se os citas realmente mantêm parentesco com os cimérios, como foi freqüentemente exposto, muitos outros povos que reivindicam descendência cítica poderiam ser adicionados à lista. A associação dos cimérios a uma das Tribos Perdidas de Israel também desempenhou certo papel no Israelismo Britânico.
 
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Caraca nem tenho muito o que dizer depois do post do Roy! 8-O

Tolkien ressaltava sempre que suas obras nada tinham de alegóricas, pois para ele a alegoria só permitia um tipo de leitura, ao passo que suas obras poderiam ser entendidas de acordo com as experiências do leitor.

Faz todo o sentido comparar Númenor ao mito de Atlântida, como bem comentou o Thorin, a cidade contava com obras monumentais, seu povo era belo e tinha um fraco pela imortalidade e pelo culto à beleza. O que vai de encontro ao que sabemos acerca do povo atlante. Assim, como Atlântida foi uma alegoria (há quem diga que não.... :think:) utilizada por Platão para expor suas idéias sociais, Númenor talvez tenha sido a forma de Tolkien mostrar como a corrupção individual contribui para a corrupção da sociedade.
E as obras de Tolkien, ao permitir que leituras como estas (expostas pelo Thorin e pelo Roy) só vem confirmar que o professor conseguiu criar obras que de acordo com a época em que são lidas proporcionam diversas leituras, está aí algo que vem corroborar o fato de que suas obras não são alegóricas e melhor ainda que são imortais... fico a imaginar quais serão as leituras e conclusões que tirarão de seus livros daqui a cem anos... :think:
 
<o:p></o:p> A história de Númenor se assemelha muito a de Atlântida, segundo Platão os Atlantes eram fascinados por grandes construções, suas edificações eram feitas de pedras vermelhas, brancas e negras. Os Numenorianos que passaram a se estabelecer na Terra-Média construíram fortalezas com pedras negras e brancas (Orthanc e Minas Tirith).
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Ambos eram fascinados por navios, já que, por viverem em uma ilha era lógico que tivessem um desenvolvimento naval. E ambas tiveram um grande colapso, consumidos pela ganância, por causa disso, Zeus enviou uma grande onda para destruí-los.
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Estive relendo alguns trechos do Livro As Duas Torres, e percebi as seguintes afirmações de Faramir.
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“A morte esteve sempre presente, pois os numenorianos ainda estavam (como sempre estiveram em seu reino antigo e foi por isso que o perderam) com fome de vida eterna e imutável. Reis construíram túmulos mais esplêndidos que as casas dos viventes, consideravam velhos nomes de filhos. Senhores sem filhos sentavam-se em salões antigos e ficavam meditando sobre herádilca; em câmaras secretas homens mirrando preparavam fortes elixires, ou mas altas e frias torres faziam perguntas às estrelas. E o ultimo rei da linhagem de Anárion não tinha herdeiros”
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Quanto a isso percebi uma grande semelhança com os Egípcios, afinal estes eram conhecidos por construir monumentos grandiosos, principalmente quando se tratava de vida após a morte, o que me fez lembrar das pirâmides, já que, o trecho “túmulos mais esplêndidos que as casas dos viventes” ilustra bem isso.
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Existem teorias sobre Atlântida que falam o seguinte: Após sua destruição os poucos sobreviventes dos Atlantes fundaram suas próprias sociedades e transmitiram seus antigos conhecimentos.
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Os nativos das Américas Central e Sul (segundo suas lendas) afirmam que seus ancestrais vieram de uma ilha no meio do oceano, os astecas a chamavam Aztlan, na qual reinava um soberano conhecido como Atlanteoltl, e os maias de Tollan. Artistas maias e astecas esculpiram elefantes, quando na América nunca existiram estes animais.
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As lendas maias falam de um povo que chegou por mar para a fundação de uma civilização. Antigos escritos dos astecas e dos maias, como o Chilam Balam, Dresden Codex, Popuhl Vuh, Codex Cortesianus e Manuscrito Troano também foram traduzidos como histórias da destruição da Atlântida e Lemúria.
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Seriam estes os descendentes dos Numenorianos?


Assim, como vou dizer isso de uma maneira que não vai te chocar?
Numenor é Atlantida. 8-O

Prontofalei.

Leia esse Post: http://forum.valinor.com.br/showpost.php?p=1235242&postcount=4
Nesse tópico: http://forum.valinor.com.br/showthread.php?t=42863&highlight=atlantida

Você vai entender tudinho.
 
Última edição:
Sempre tive dúvidas sobre esse assunto, mas agora faz sentido, principalmente depois de ler os posts do Roy e do Thorin.
 
Realmente, eu já tinha pensado sobre isso, porém, com tudo o que foi escrito, ficou ainda mais claro que houve, no mínimo, uma grande inspiração.
 
Interessante algumas colocações suas.

Inclusive o próprio Tolkien em um livro sobre sua biografia faz uma referência ou analogia entre os númenorianos e o povo de Atlântida. Isso é fato pois está assim relacionado ao que o autor disse. Entretanto, até que ponto seria prudente fazer tal ponte nos aspectos sócio-culturais, na relação entre homem e o espaço onde vivem? Existe um enclave nessa dicotomia entre os mundos.

Vale ressaltar que muitos dos povos de acordo com os estudos de paleontologia, uma análise referente a geografia das civilizações apontam para alguns focos de origens culturais dos povos da América. Como bem sabemos alguns dos povos, dentro das teorias que estudamos na faculdade e em estudos mais amplos apontam para as migrações advindas da última glaciação entre os anos de 12.000 e 9.000 anos AC. Outras linhas apontam para migrações vindas por mar (barcos) de povos asiáticos e de ramificações vindas da Austrália e outras ilhas adjacentes.

Ou seja, é algo bastante complexo.

Interessante o post! Parabéns!
 
Eu digo isto a respeito do "coração", porque eu tenho o que alguns poderiam chamar de um complexo de Atlântida. Possivelmente herdado, embora meus pais tenham morrido muito jovens para saber tais coisas sobre eles, e jovens demais para transferir tais coisas através de palavras. Herdado de mim (suponho) por somente um de meus filhos4, embora eu não soubesse isso do meu filho até recentemente, e ele não soubesse isto de mim. Quero dizer o terrível sonho reincidente (começando com a memória) da Grande Onda, elevando-se, e surgindo inevitavelmente por sobre as árvores e campos verdes. (eu transmiti esta idéia a Faramir). Não acho que tenha tido novamente esse sonho desde que eu escrevi a "Queda de Númenor" como a última das lendas da Segunda Era.

Esse é um trecho da carta número 163 de Tolkien à Auden, não sei se já foi comentada antes.
Achei bacana tb a "herança" de Faramir...
Muito legal esse assunto...
 
Noooossa q complexo... mas muito bem observado
respondeu algumas duvidas minhas, mas como se esperava, tambem gerou novas :mrgreen:
 
Esse é um trecho da carta número 163 de Tolkien à Auden, não sei se já foi comentada antes.
Achei bacana tb a "herança" de Faramir...
Muito legal esse assunto...

Sim, Tolkien teve sonhos com uma Grande Onda, quanto mais pensava nele mais era atraída pelas histórias antigas, nas palavras de Platão:

"Por muitas gerações, enquanto durou sua natureza divina, eles obedeceram ao domínio de leis e reverenciaram o deus que lhes dera vida. Tinham espíritos amplos, unindo a moderação à sabedoria na visão e nas relações entre eles. Deprezavam tudo, exceto a virtude, pouca importância dando à posse do ouro e de outras propriedades que consideravam ser apenas um fardo. Tampouco se embriagavam com o luxo, nem a riqueza os privava do autocontrole"

Porém seu caráter divino não durou para sempre. Esperando tornar-se um império Atlântida travou uma grande guerra com a cidade de Atenas, o que enfureceu Zeus, que puniu os Atlantes, submergindo sua ilha. Isso lembra muito Númenor, Tolkien deixou isso claro em suas cartas.
 
Tsc... bem-feito para mim por não ter comprado o Cartas de Tolkien.

O único ponto que destoa do mito de Atlântida é o fato de não haver nenhum registro de sua história e cultura como há sobre a vida dos númenoreanos nos relatos de Gondor e Imladris. Sobre Atlântida o que está escrito é catalogado n seção de ocultismo ou esoterismo...maldita Nova Era...
 

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