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[Desafio] Quanto vale uma imagem?

como o palazo escafedeu-se e hj vi uma imagem legalzinha no facebook do skoob, achei legal ver a criatividade do povo aqui sobre ela.

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Resumo das Regras
1. Imagens serão publicadas semanalmente;
2. Qualquer um pode participar, com o texto no tamanho que sua imaginação e inspiração permitirem. Liberdade é a palavra de ordem aqui (pegando carona na idéia do JLM)
3. Publique somente textos inspirados nas imagens em prosa ou poesia.
4. Lembre-se de indicar o número de palavras que contém o seu texto.
5.
Para contar o numero de palavras do texto clique aqui.
 
Oba! A brincadeira começa de novo... Ando meio enferrujado ou melhor, enrugado pela chuva que não para em MG, mas vamos ver se sai alguma coisa.
 
O Coração de Joãozinho & Maria.:timido:

-Joãozinho, esse coração lhe pertence.
-Maria. Eu sempre te amei.
-Todo o nosso amor está aqui, pulsando forte em minhas mãos. Posso sentir.
-Coloque-o em meu peito novamente, amaremos até o fim de nossos dias.
-Sim. Voltará para o lugar de onde jamais deveria ter saído.


57 palavras.

Fim


Da próxima prometo tentar ser menos (edit) meloso.:p
 
O Romântico: - Leva. Batendo três vezes por ti e uma por mim já era seu mesmo.

A Vingativa: - Hoje você vai sentir o que é algo maior tentando se encaixar num orifício menor.




35 palavras
 
- Veja esta caixa de bombons: combina com a sua camisa.
- Só! Vamos comer!


(15 palavras)
 
Meu amor é aos pedaços:
Mais faz falta quando tenho,
Tem por glórias os fracassos,
Me renova o que desdenho.

(21 mundos)
 
Bem meloso em rítmo de amor e paz...kkkkkkkkkkkkkkkk

Tadeu, disse Rachel, Esse é um presente para você.
Ao ver, Tadeu com os olhos marejados, não entende o que passa.
Rachel apenas lhe diz que aquele era todo o amor dela para ele.
Então com o último suspiro que lhe permitia ficar em pé...
Euforia e lágrimas.

50 palavras
 
Antes de reparar o buraco nele:

- Aceita devolução?

Palavras: 3.

Depois de reparar o buraco nele:

- Toma. É a poesia que faltava em ti.

Palavras: 7.
 
O homem.

Ao longe, um homem vem andando pela calçada. Apesar da chuva que começa seu andar não é apressado. Pingos grossos e pesados explodem ao seu redor. Apenas alguns acertam seu chapéu de palha. Ainda assim o homem caminha devagar. A paciência foi apenas mais uma das coisas adquiridas ao longo de uma vida.
Ao chegar defronte ao portão, o homem para. Respira fundo e tira o chapéu da cabeça. Entende a mão, tentando aparar algumas das gotas de chuva. Com essa pouca água, arruma e alinha seu ralo cabelo grisalho. Então avança, ultrapassando o portão. O chão de terra vermelha batida está escorregadio. Ele caminha com cuidado, os braços semi estendidos como se estivesse equilibrado numa corda bamba. Em certo ponto ele quase cai.
_Cuidado ai, meu velho, ri consigo mesmo.
Enquanto anda, observa as roseiras que margeiam os dois lados do caminho até o pequeno lance de degraus e a porta da igreja.
Anda devagar, um tombo naquela idade certamente é bem mais temeroso que algumas gotas de chuva. Mesmo porque a chuva ainda não é forte, talvez até seja, mas está concentrada em poucas gotas. Pesadas e gordas, esparsas e imprecisas.
Achou que se houvesse uma bailarina ali por perto, dançando em volteios, a chuva não estaria conseguindo acertá-la. E sorriu a esse pensamento.
O homem alcançou os degraus da igreja. Diante da porta, ensaiou a entrada no salão, as duas mãos segurando o chapéu no peito reverentemente.
Mais alguns passos e alguns momentos foram suficientes para que seus olhos se adaptassem e percebessem que a igreja estava deserta. Ele sorriu, que bom, pensou. Não seria necessária tanta cerimônia desnecessária, afinal.
Tirou o chapéu do peito e entrou pela nave. Percebeu no banco da terceira fileira um rosário enrolado sobre uma bíblia. Alguém achou que podia ajudar algum desprevenido em sua oração.
Ele sentou e colocou o chapéu sobre o banco, sem cerimônia. Segurou o rosário passando algumas contas entre os dedos, ai então, finalmente levanta os olhos ao santuário.
_Pai!_ chama, agradecido por não haver ninguém ali e não precisar conter a demonstração de seu contentamento. Mesmo assim quase não se ouviu, a chuva perdera a paciência e se precipitava agressivamente. Dentro da igreja, o som era alto e grave, vibrante, e o eco crepitante tomava todos os espaços e pensamentos. Um jovem apressado surge repentinamente por uma porta que certamente deve existir atrás do altar. Tão rápido como surge, desaparece, depois de recolher da chuva um cavalete de anúncios de eventos na comunidade.
Depois de alguns segundos de hesitação, o homem responde em voz alta a pergunta.
_ Sim, meu Pai.
Apesar do som da chuva, e de saber que estava sozinho ali, o homem olha instintivamente ao redor, temeroso que houvesse sido ouvido por alguém. Um reflexo de tantos anos de observação.
_Sei que meu tempo aqui está chegando ao fim.
_Não, não estou triste, pai.
_Não, não se preocupe comigo, por favor. Foi uma ótima vida a que me deu. Só temo não ter sido tão útil assim no que me pediu, Pai.
_ Sei que não levarei as respostas que vim procurar. Afinal são tantas as coisas capazes de nos influenciar.
_São tantas coisas que turvam nossa visão às coisas realmente importantes. O corpo tem necessidades que precisam ser saciadas. A fome, a dor, o medo, a corrupção, até mesmo o amor, meu Pai, consegue por vezes ofuscar nossa visão.
O homem passa algumas das contas do rosário entre os dedos. Seria aquilo um tipo de oração? Talvez, pois algo daquilo falava para si mesmo, relembrando, a cada acréscimo, acontecimentos de sua vida.
_...Todos querem ser felizes, todos querem ser amados. Mesmo nos atos mais mesquinhos encontramos essas motivações quando cavarmos bem fundo. De forma que eu não sei muito bem o que falar sobre o Mal.
_ Sim... Eu não sei o que falar disso, pai.
_Sim, o amor é a salvação. Mas não era isso que queria Lúcifer? Não é isso o que ele ainda quer? Mais atenção do Senhor? Mais carinho, já que achava que não tinha suficiente. Mais ainda amor, já que se achava somente o segundo?
_ É... Eu sei. Não teve ele tempo pra saber, ou perceber, que o amor não tem medidas de intensidade. É um acontecimento. Não é como a paixão que se consome em seu próprio calor, em suas chamas.
Isso com certeza nunca teria acontecido antes, mas depois de tanto tempo gozando do livre arbítrio, o homem se explicou, mesmo sem ser solicitado.
_Todos tem medo da solidão... no fim. Enquanto observava minha velhice se aproximar, sorrateira, tive muito medo da solidão, mesmo tendo a certeza de que no final estaria contigo novamente, Pai. E isso é muito mais do que tem a maioria.
_ É uma terra sedenta de amor, Pai. Mas eles não se dão conta disso.
_ Sim. Estou pronto. Meus filhos já são homens e mulheres, minha esposa, sei que a verei novamente em breve. Não há nada mais que me prenda aqui.
Uma lágrima desce na face do homem, solitária. Desvia e corre por sulcos e rugas. O homem respira profundamente. Saborosamente, enche os pulmões até o limite e solta lentamente o ar.
A chuva pareceu cessar um instante, mas não parou. Apenas ficou suspensa no ar. Congelada. De algum ponto acima das pesadas nuvens escuras, uma irresistível luz branca se projetou. A luz, ao atravessar o vitral acima do altar, tingiu-se de um arco-íris fluido.
Ao iluminar o homem, formas há muito escondidas ficam a mostra.
O homem, envolto em luz, levanta e vai em direção a porta da igreja. Dali pode ver as gotas pairando no ar, suspensas como as pedras de um imenso lustre de cristal. Como um imenso móbile de berço pairando no ar.
Ao pensar isso não pode deixar de sorrir. Já correram na Terra, sujas e risonhas, crianças a quem pôde chamar de suas. Elas teriam se divertido vendo aquilo. Um móbile gigante. Todas elas têm seus próprios filhos agora.
Fora da igreja a luz o tomou completamente, descobrindo suas asas, ocultas a muito tempo.
Repentinamente a luz cessou e desapareceu, e com ela o homem. As gotas recomeçaram a cair todas ao mesmo tempo cravejando as roseiras de gotículas de brilhantes.

PALAVRAS: 1011
 
Oi gente!
Que mancada a minha! Postei o texto e nem tinha me dado conta de que o tema havia mudado.
Espero que não atrapalhe.
Abraços.
 
- Olha o que encontrei no chão...
- Parece um coração.
- E serve pra quê?
- Sei lá, pra bater?
- Ah é? Então vai, pode dar o soco que eu seguro.

28 batidas
 
— Olha, no chão, o que encontrei.
— Um coração, parece. Ou não vi bem?
— Mas pra que serve, amor, eu não sei...
— Pra bater, bater e bater, meu bem.
— Por isso bates no que te dei?
 
Jean, o da gola rolê e dos cabelos desgrenhados, o da vida soturna e das poesias tristes escritas pelas mãos enluvadas, esse Jean que ama Marie, dá a Marie seu coração.

Marie, que não quer magoar ninguém e sorri para tuda e abaixa o olhar para todos, Marie da tristeza velada, essa Marie recusa o coração, mesmo que já em mãos. Vexada, quase para o chão, ela justifica: Preciso de um coração em cores.

82 palavras
 
To de volta, mas espero que muitos outros além de mim postem fotos para inspirar os escritores do Meia.
 
chega d imagens e textos cute-cutes. vamos a uma + dark p ver oq sai da cabeça d v6.

tunel.jpg


Resumo das Regras


1. Imagens serão publicadas semanalmente;
2. Qualquer um pode participar, com o texto no tamanho que sua imaginação e inspiração permitirem. Liberdade é a palavra de ordem aqui (pegando carona na idéia do JLM)
3. Publique somente textos inspirados nas imagens em prosa ou poesia.
4. Lembre-se de indicar o número de palavras que contém o seu texto.
5.
Para contar o numero de palavras do texto clique aqui.
 
pernas abertas pra arejar os testículos, esse vento encanado aqui é bom mesmo pra isso, jaqueta de couro de cobra que eu mesmo cacei co'as mãos, a danada, mas que não vai aparecer porque tô contra a luz, esse é o tchã da cena, o contraluz glorioso, custei pra achar este lugar, este ângulo poético para um desfecho apoteótico, eu sou demais, reconheço e rio dessa constatação tão óbvia, e também o meu sorriso não se verá, ninguém verá, e não verão meus olhos sob estes óculos escuros, tenebrosíssimos óculos que uso neste breu, que eu não preciso enxergar nada com meus olhos índigo, pra isso eu atingi o sétimo sentido, eu sou o iluminado, iluminado aqui por detrás é verdade, mas por dentro também, de dentro pra fora, e espero aqui de punho cerrado desafiando a morte, que não tarda, com o meu ki e meu hadouken, e penso cá c'os meus botões, e a minha mente é de uma força tal que até o pensamento retumba sonoroso: que venha o trem! que venha o trom!





177 palavras másculas
 
Enfim o fim do túnel da estação abandonada, mais um trabalho realizado com sucesso. Sim, o cheiro da morte em seu nariz, os gritos da vítima em seus ouvidos, a roupa suja de sangue...Ele adorava isso, ansiava pelo fim para contemplar a visão dantesca, mas que para ele era algo lindo. Comia as vísceras e se deliciava com o sangue escorrendo. Esse era Ginn Finningan, o psicopata da rua Fleat.

76 palavras
 
De longe achou ser qualquer coisa que não uma pessoa. Só quando chegou perto divisou, sem dúvidas, a forma humanoide. Diminuiu os passos, sentia os pedregulhos incertos sobre seus pés, estes também incertos. Uma pessoa, uma outra pessoa? Viva? Finalmente encontrara um sobrevivente?

Há tempos desistira de entender por que só ele ficou e para onde todos tinham ido. A pergunta de por que ele não tinha sumido junto de todos seus conhecidos, e desconhecidos, tornou-se opressiva demais, então transfigurou-se em verdade incontestável. O melhor era continuar a procurar, andar feito messias solitário até encontrar alguém ou uma explicação – mesmo que a procura agora fosse só ato mecânico e irrefletido.

A hora chegara então? Um outro sobrevivente? Outro eleito exilado por um fenômeno absurdo e incompreensível?

O quadro assustava. Um vulto com rosto em sombras no breu do túnel, e bem sobre os trilhos do trem.

Depois de tanto tempo sem levar a sério a possibilidade de sucesso, já não sabia o que fazer. E um frio lhe correu a espinha: num mundo sem mais ninguém, o que dois sobreviventes farão? Lembrou-se dos cães, donos das cidades, que agora eram selvagens e destrinchavam-se em lutas sem fim para saciar a fome por alimento fresco. O frio continuou na espinha, indo mais fundo.

Numa voz embrulhada – há tanto não a usava! – berrou:

- Ei!

Silêncio. Continuava a se aproximar, mas cauteloso; certificou-se de que o revólver na cintura estava onde sempre esteve.

- Ei!

E nada de resposta. As mãos tremiam e uma gota de suor vinda diretamente de sua cabeleira imunda cruzou a testa, venceu a sobrancelha, e indo pelo contorno do nariz chegou até os lábios. Ia chamar novamente quando reparou que o vulto estava absolutamente parado. Parado demais para ser vivo. Sempre cauteloso, o homem empunhou uma pedra e arremessou. Acertou em cheio, e o túnel do trem reverberou um estalido seco de plástico.

Agora sem medo, o homem pôde tirar suas dúvidas: era só um manequim. Talvez molecagem de criança, resquício do tempo em que elas ainda existiam. Adorariam ver isso espatifar-se contra a locomotiva. E o homem riu das crianças, depois do próprio medo. A gargalhada ecoou pelo túnel. E quando esta morreu, o silêncio de quem reflete fez-se presente. Vazio. Então vieram as lágrimas. O homem chorava aos soluços, os ombros em vida própria se torciam em direção ao peito. Eram doloridos os espasmos.

A procura havia de continuar por muito tempo.


446 palavras
 

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