• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Depeche Mode

Phantom Lord

London Calling
BIOGRAFIA

attachment.php


Resultado do movimento new romantic inglês, o Depeche Mode cresceu e se tornou a banda mais popular de eletropop do anos 80.

Uma das primeiras a estabelecer uma identidade musical totalmente baseada no uso de sintetizadores, a banda começou com um estilo dance/pop que logo evoluiu para um som mais sombrio e dramático, que a consolidou como um dos grupos alternativos de mais sucesso da sua época.

O Depeche Mode surgiu em 1976, quando Vince Clarke e Andrew Fletcher formaram o "No Romance in China", projeto que durou três anos. Depois Clarke formou com Martin Gore o "French Look", outra dupla de guitarra e teclado. Fletcher logo entrou para o time e o trio passou a se chamar "Composition of Sound". Em 1980, David Gahan assumiu os vocais e a banda adotou o nome "Depeche Mode".

Depois de se destacarem em boates de Londres, o grupo conseguiu seu primeiro contrato. Em 1981 lançaram o single "Dreaming of Me". O sucesso só veio com o terceiro single, "Just Can't Get Enough," que entrou no Top Ten do Reino Unido. No mesmo ano veio o primeiro álbum, "Speak and Spell".
Assim que a banda despontou, Clarke resolveu deixá-la para criar outro grupo, o Yazoo. Gore tomou as rédeas das composições e o tecladista Alan Wilder entrou na banda para preencher o vazio deixado pela saída de Clarke.

Em1982 chegou às lojas "A Broken Frame", seguido de "Construction Time Again" e "People Are People", que fez um enorme sucesso no mundo todo.

Lançado em 1986, "Black Celebration" continuou a tendência melancólica que deu mais força comercial ao grupo. Após o single "Strangelove", o Depeche Mode lançou o disco "Music for the Masses". Apesar das boas vendagens e dos muitos fãs, a banda ainda era considerada um fenômeno cult underground.

Essa fama durou até o lançamento de "Violator", em 1990. Hits como "Enjoy the Silence," "Policy of Truth," e "Personal Jesus" emplacaram em todas as paradas.

Com o boom das bandas alternativas na década de 90, o Depeche Mode emergiu como um dos mais bem sucedidos grupos do mundo. Em 1993, "Songs of Faith & Devotion" foi campeão de vendas.

No ápice do sucesso, a banda começou a se desmanchar. Wilder saiu em 1995 e Gahan foi vítima de uma tentative falida de suicidio -- pouco tempos depois ele se internou em uma clínica de reabilitação para tratar seu vício por heroína.

Depois de quarto anos de silêncio, a banda lançou "Ultra", que trouxe os hits "Barrel of a Gun" e "It's No Good." Em 1998 a banda embarcou em uma turnê para divulgar a coletânea "The Singles 86>98". Depois de 64 shows em 18 países, o Depeche resolveu dar mais um tempo.

Três anos depois, o grupo gravou "Exciter", com os sucessos "Dream On" e "I Feel Loved". Em 2003 Gahan e Gore lançaram seus álbuns solo e saíram em turnê.

Não demorou muito para que a banda voltasse a se reunir. "Playing the Angel" estreou em primeiro lugar em 2005. Com o sucesso de "Precious" e "John (The Revelator)", o álbum ganhou discos de platina em 20 países.
O Depeche Mode tocou para mais de 2.5 milhões de fãs em todo o mundo e o disco especial "Touring the Angel: Live in Milan" (2006) capturou a essência da banda e de seus ótimos shows.

O novo trabalho do grupo,Sounds of the Universe,está previsto para ser lançado em 20 de Abril de 2009.


DISCOGRAFIA

1981 - Speak & Spell
1982 - A Broken Frame
1983 - Construction Time Again
1984 - Some Great Reward
1985 - The Singles 81-85
1986 - Black Celebration
1987 - Music for the Masses
1989 - 101 (Ao Vivo)
1990 - Violator
1993 - Songs of Faith and Devotion
1993 - Songs of Faith and Devotion Live
1997 - Ultra
1998 - The Singles 86-98
2001 - Exciter
2005 - Playing The Angel
2009 - Sounds of the Universe
2010 - Tour of the Universe (Ao Vivo)


VIDEOS


Sou completamente alucinado pelo Depeche Mode,está entre as minhas 5 bandas prediletas.Violator é um dos álbuns da minha vida.

Mais alguém gosta da banda?
 
Última edição por um moderador:
Eu _o/

O que eu acho mais legal no Depeche é que apesar de continuar fazendo o mesmo som que fazem desde o começo, eles continuam se mantendo... ahn... atuais? Não sei bem se é esse o termo. Mas para ter idéia, comecei a gostar da banda com o álbum Ultra, de 1997 (por causa de it's no good, adoro essa música até hoje) e depos fui ouvindo os outros trabalhos da banda anteriores ao Ultra e gostei ainda mais.

Top5 Depeche:

only when I lose myself
enjoy the silence
strange love
police of truth
it's no good

(eu ia fazer o velho esquema de colocar link pra videos no youtube mas descobri que é bizarramente difícil achar videos originais do depeche no youtube)
 
quando conheci já era na época de baixar música (faixa por faixa naqueles tempos hehe), então eu não posso dar certeza absoluta sobre o álbum que saiu, mas acho que pela primeira vez apareceu no The Singles 86–98.

edit: tem um monte de versão remix cocô dessa música, não sei pq fazem isso, btw.
 
Hum... eu não conheço. É mais ou menos o que? Parecido com Duran Duran ou algo do tipo?
 
Anica disse:
quando conheci já era na época de baixar música (faixa por faixa naqueles tempos hehe), então eu não posso dar certeza absoluta sobre o álbum que saiu, mas acho que pela primeira vez apareceu no The Singles 86–98.

Pode ser deste Singles 86-98 mesmo,pois não tenho nenhuma coletânea do Depeche,tenho todos os álbuns oficiais deles,e realmente Only when I lose myself não faz parte de nenhum deles.

Vou corrigir isto,pois fiquei bastante curioso em relação à esta música.
 
Hum... eu não conheço. É mais ou menos o que? Parecido com Duran Duran ou algo do tipo?

Não sei se daria para comparar exatamente com o Duran Duran. Tem os elementos do pop dos 80 tal como o Duran Duran (tecladinhos, por exemplo, hehe), mas como tem um tom mais sombrio acaba sendo um pouco diferente, acho. Procura por esse album que eu comentei com o Phantom, como tem os principais sucessos da banda dá para ter uma boa idéia do som deles (e sério, é bem legal mesmo).

Pode ser deste Singles 86-98 mesmo,pois não tenho nenhuma coletânea do Depeche,tenho todos os álbuns oficiais deles,e realmente Only when I lose myself não faz parte de nenhum deles.

Vou corrigir isto,pois fiquei bastante curioso em relação à esta música.

Só fuja dos remixes cocôs hehehehe
 
No meu cel tem alguns álbuns q não saem de jeito nenhum. Depeche Mode está entre eles. Amo MUITO! É meu estilo de música, assim como Duran Duran, New Order, The Smiths, The Cure, Siouxsie and the Banshees e afins. Eu tenho a discografia em mo3 mas no meu cel fica só o the best, com ele já dá pra me contentar.
Enjoy the Silence é a melhor pra mim, e Anica, concordo com vc qto a It's no Good. Eu tb ouvia na época q lançaram e adoro até hoje! É incrivelmente boa! Quem não conhece, corre atrás que vale a pena conhecer :)
 
eu amo amo amo e amo.

Os meus albuns prediletos são os mais undergrounds.
Gosto muito dos atuais, mas Some Great Reward e Black celebration pra mim, sao maravilhosos.

Minha predileitas sao : Two minutes warning, Lie to me, New Dress, Stripped.....e por ai vai.
 
Top 10 Músicas

1-Enjoy the Silence
2-A Question of Lust
3-Waiting for the Night
4-Fly on the Windscreen-Final
5-Strangelove
6-Personal Jesus
7-Little 15
8-The Sinner in Me
9-Just Can't Get Enough
10-Blasphemous Rumours


Top Álbuns

1-Violator
2-Black Celebration
3-Some Great Reward
4-Music for the Masses
5-Playing The Angel
6-Ultra
7-Songs of Faith and Devotion
8-Exciter
9-Construction Time Again
10-Speak & Spell
 
Phantom Lord disse:
Top 10 Músicas

1-Enjoy the Silence
2-A Question of Lust
3-Waiting for the Night
4-Fly on the Windscreen-Final
5-Strangelove
6-Personal Jesus
7-Little 15
8-The Sinner in Me
9-Just Can't Get Enough
10-Blasphemous Rumours


Top Álbuns

1-Violator
2-Black Celebration
3-Some Great Reward
4-Music for the Masses
5-Playing The Angel
6-Ultra
7-Songs of Faith and Devotion
8-Exciter
9-Construction Time Again
10-Speak & Spell

Fly on the Windscreen!!! eu adoro esta música!!!!
 
Anica disse:
Phantom, já ouviu Only when i lose myself? E de novo, valeu pela indicação lá ;)

:timido:

Escutei sim.Linda canção,bem climática,com refrão e letra bacanas.
Entraria no meu top 20 de músicas deles.
Pode ser considerada uma faixa de transição,pois meio que indicou a sonoridade que a banda seguiu em Ultra,Exciter e Playing the Angel.
Não sei como ainda não conhecia esta faixa.


E a música nova,o que achou?
 
Então, me pareceu diferente de tudo que eu já ouvi deles. Estranho, né? Mas por mais que seja diferente, eu curti bastante.
 
Depeche confirma turnê sulamericana

Turnê passa por Brasil e outros países na segunda quinzena de outubro

O calendário de shows no Brasil continua a crescer. A vinda do Depeche Mode já era dada como certa pelos fãs da banda de Dave Gahan, Andrew Fletcher e Martin Gore, mas agora foram eles mesmos que confirmaram numa coletiva semana passada em Nova Iorque (e publicada no jornal chileno El Mercurio) que vão baixar aqui na América do Sul com a turnê de divulgação de seu aguardado novo álbum Sounds Of The Universe.

A turnê vai passar pelo Chile, Argentina e Brasil e deve ocorrer na segunda quinzena do mês de outubro, encerrando em seguida na Australia e Ásia.

Durante a entrevista Gahan se lembrou que a banda se apresentou na América do Sul pela última vez em abril de 1994, poucos dias depois da morte de Kurt Cobain, líder do Nirvana. "Me lembro muito bem desta data. Foi um caos completo desde que chegamos, mas encontramos também um dos melhores públicos de toda nossa carreira."

O novo álbum do Depeche será lançado oficialmente em abril, e sairá em três formatos diferentes: um CD com treze faixas (mais uma extra na edição japonesa), uma edição especial em CD e DVD cheio de bônus, e um box set com dois CD's, cinco faixas extras e dois livretos.

:uhu:
 
Anica disse:
será que é sonhar muito querer que venha para curitiba tb? =(

Quase impossível né? Se incluissem Belo Horizonte na turnê seria perfeito pra mim,mas provavelmente só vai ser em SP e Rio mesmo...


Pro post não ser um flood,vai uma entrevista do Dave Gahan,concedida ao Tom Leão,que saiu há alguns dias no Segundo Caderno do O Globo:

Cantor do Depeche Mode fala do novo disco do trio e de seus 30 anos de canções belas e atormentadas

Chá e biscoitos são uma tradição inglesa. Foi com esse nome, Tea & Biscuits, que a banda britânica Depeche Mode divulgou para a imprensa as faixas de seu novo disco, "Sounds of the universe" (EMI), cercada de precauções (cada repórter teve de assinar um termo para ter acesso a um site para ouvir as músicas em streaming, não baixáveis, mas rastreáveis). Mas não adiantou (quase) nada. No dia da entrevista com o cantor Dave Gahan, uma das bem protegidas faixas do disco, "Fragile tension", já estava na rede. E aí, Dave?

- (solta o ar e dá uma leve risada, como quem diz "fazer o quê?") A faixa que vazou foi uma versão não acabada, não é a da música que está no álbum (mais ou menos, é bem próxima do resultado final), é um rough mix, uma mixagem incompleta, que alguém deve ter pegado no estúdio - diz um bem-humorado Gahan, por telefone, ao GLOBO. - Mas isso acontece, a internet é assim, não há nada que possamos fazer a respeito.

A propósito, Gahan diz ter saudades do tempo em que se compravam discos nas lojas:

- Às vezes fico meio desapontado com isso porque, enquanto crescia, achava muito importante descobrir o disco de meu artista favorito, ouvir as músicas com calma, descobrir aos poucos o que ele queria dizer. Havia um elemento-surpresa excitante. Agora se tornou algo muito fácil, vulgar.

Às vésperas de completar 30 anos de estrada e com 12 álbuns, como vê a trajetória do Depeche Mode? A banda alcançou os seus objetivos?
- É estranho, porque não paro para pensar nisso, honestamente. Nós passamos por muitas coisas juntos (inclusive, Gahan já quase morreu de overdose nos anos 1990) e cada vez que começamos a gravar um novo disco não paramos para falar em quanto tempo estamos juntos, simplesmente vamos lá e gravamos o disco - diz. - Mas poderia dizer que, juntando todos os álbuns, são como partes de um filme. Juntando tudo dá alguma história. É isso o que me interessa, saber que a banda continua unida, nunca paramos para pensar no que vamos fazer depois.

Será que a história teria sido diferente se um dos integrantes originais (saiu logo após o primeiro disco e formou o grupo Yazoo, e, mais tarde, o Erasure), Vince Clarke, tivesse continuado na banda?
- Isso é dificil de dizer porque Vince deixou o grupo em 1981. Mas, de certa forma, quando ele saiu, algo mudou, porque ele catalisava tudo, e ficamos mais unidos, de certa forma. Ele meio que dominava tudo, e, sem ele, seguimos só nós três (além de Gahan, o guitarrista Martin Gore e o tecladista Andrew Fletcher) e fizemos um belo disco com Alan Wilder (produtor que passou a integrar a banda), "A broken frame" (1982), e depois gravamos o "Construction time again" (83), e moldamos uma característica sonora Depeche Mode (mais sombria do que o synth-pop alegrinho das primeiras músicas com Clarke, como o hit "I just can't get enough"), criando um novo entusiasmo que nos fez bem e nos levou a novas idéias. Alan (Moulder, que também já deixou a banda) era melhor músico do que todos nós e ajudou a moldar o som do Depeche Mode como o conhecemos hoje. Quem sabe o que teria acontecido se Vince continuasse? Nós estaríamos aqui hoje? É difícil dizer.

O tempo passa, e o som do DM continua parecido: sombrio, pesado, depressivo, uma espécie de electro blues. E "Sounds of the universe" até lembra os discos mais antigos da banda nesse quesito, é cheio de ruídos industriais, >ita<dark, e tem algumas faixas que se encaixam nessa descrição, como "Wrong", já um clássico instantâneo da banda.
- É meio estranho dizer isso, mas não sentimos nossas músicas tão depressivas assim. Na real, elas são muito >ita<pra cima, o clima que é meio dark, os arranjos. Mas, nas letras, há muita esperança e vida. Se você ouvir direito, verá que não é óbvio.

Se você diz, Dave... Há algum conceito a partir do nome do novo disco, "Sons do universo" (em português)?
- Sinto que ele traz uma coisa mais espiritual ou gospel, de algum modo. Para mim, ele tem também um pouco de humor negro. Mas acho também que não pensamos em conectar isso e criar um conceito quando começamos a gravar. Algumas faixas existiam antes, outras vieram depois e foram unidas até dar o clique de que valia à pena juntá-las no mesmo disco - explica.

Aliás, nos últimos dois discos da banda, Gahan vem participando mais como letrista, coisa que antes era quase uma exclusividade do guitarrista e cantor Martin Gore (que canta a faixa "Jezebel"). Como se dá a dinâmica entre os dois?
- É uma coisa muito natural. Comecei a colaborar mais nos últimos discos. Martin é pura composição, já faz isso sem pensar. Mas começamos a trabalhar juntos logo após acabar o disco anterior, e foi tudo bem rápido. Nesse meio tempo, fiz o meu segundo álbum solo, "Hourglass", e me exercitei mais um pouco. No geral, é uma dinâmica tranquila, participativa, vemos o que funciona e o que não dá certo, fazemos umas demos, e assim as músicas vão saindo, calmamente. Martin traz tantas canções boas que nem preciso me esforçar muito para completar o álbum, embora desta vez eu tenha participado mais.

Ao vivo, grande parte da força do Depeche Mode está na performance de Gahan, sofrida, energética, de total entrega. O quanto isso o drena fisicamente após cada espetáculo?
- Eu gosto muito da performance, gosto de botar tudo de mim em cada canção. Cada música é diferente. Mas, realmente, após cada show eu me sinto meio drenado. Mas aí eu fico um pouco com a banda para descansar e conversar até a adrenalina passar. Tento colocar toda essa energia também em estúdio, mas é um pouco diferente. No palco, eu posso me soltar um pouco mais, nunca sei como vai ser, qual a resposta do público.

O Depeche Mode começa a sua nova turnê (que já tem uma data no dia 30 de maio esgotada na Arena O2, em Londres) com um show em Tel Aviv, Israel, no dia 10 de maio. Por que começar por lá?
- Decidimos isso no fim da última turnê, porque cancelamos um show que faríamos lá - que já estava com os ingressos esgotados - por problemas de segurança. Então, achamos que era um modo de dar aos nossos fãs de lá uma nova chance, já que eles nos apoiaram. Espero que desta vez nada aconteça. Da outra vez aconteceu algo que fugiu de nosso controle, relativo à segurança, e tivemos que tomar essa decisão de cancelar, porque era um lugar aberto, mais sujeito a ataques.

E o Brasil (onde a banda só esteve para dois shows em São Paulo, em 1994), alguma chance de vermos o DM este ano?
- Não sei te dizer isso agora, mas tenho esperanças de que iremos aí ainda este ano.

E, para finalizar, Gahan contou o quanto eles realmente gostam de chá com biscoitos:
- Adoramos. Passamos muito tempo no estúdio tomando chá com biscoitos. Às vezes é só o que temos.
 
Capa do álbum novo,Sounds of the Universe

attachment.php


_______________________________

EDIT:
Novo single : "Wrong" (Live at Echo Awards, Berlin)

 
Última edição por um moderador:
falei do álbum novo no hellfire -> http://www.anica.com.br/2009/03/27/sounds-of-the-universe-depeche-mode/
 
Bom texto sobre o álbum novo que saiu no Correio Braziliense:

A busca frenética de Martin Gore por uma sonorização oitentista, com sintetizadores analógicos e drums machines inseridas em algumas faixas de Sounds of the Universe, mostra apenas a capacidade de se recriar que o Depeche Mode tem. Essa procura vem ocorrendo, principalmente, após a saída, em 1995, de Alan Wilder, tecladista, colaborador e coprodutor em várias músicas. Quatro anos depois de Songs of Faith and Devotion, eles voltaram com o ótimo Ultra, onde canções como "Barrel of a Gun" e "It’s No Good" conquistaram público e crítica. Exciter, de 2001, fez reacender a lanterna em muita gente pelo fato de ser um disco denso, mas sem alma. Exagero, claro. O álbum, produzido por Mark Bell, não fica abaixo da média de qualquer coisa feita pelo DM.

Playing the Angel, lançado em 2005, já trazia essa busca que mistura o retrô e o moderno sem perder as características. Portanto, o que Martin Gore, Dave Gahan — cada vez mais participativo nas produções — e Andrew Fletcher querem com Sounds of the Universe é mostrar que eles dão um passo para trás, sim, mas sem esquecer de olhar para frente.

Quando foi lançado o clipe "Wrong", ele causou o mesmo rebuliço que "Barrel of a Gun", em 1997. Música pesada, com vocal forte e guitarras idem. Ou seja, nada para agradar aos ouvidos mais pop. Inclusive, para aqueles que só associam o nome da banda ao clássico "Strangelove", de Music for the Masses. O novo trabalho vai além. É um disco denso, melancólico, bem produzido e difícil de ser digerido logo de cara. É, acima de tudo, corajoso. "In Chains" e "Hole to Feed" mostram isso: distorções se misturam a uma percussão em clima etéreo, que combina bem com a voz de Dave Gahan.

"Little Soul" tem belíssimo dueto de Martin Gore e Dave Gahan, que faz lembrar "Goodnight Lovers", de Exciter. "Peace" e "Come Back" mesmo que, em extremos, devem causar o mesmo frisson. A primeira, forte candidata a levar os fãs às lagrimas nos shows. Enquanto "Come Back", para muitos, soa triste demais. Outros destaques são "Perfect", "Miles Away" e "Corrupt". Os pontos negativos ficam por conta da instrumental "Spacewalker" e de "Jezebel", a única em que Martin Gore faz vocal sozinho. Mas nada que atrapalhe o ótimo andamento do álbum. Pelo contrário. Com 30 anos de carreira, eles mostram que ainda podem surpreender muita gente.


Ronaldo Mendes
 

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo