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Dedique um poema

Esse eu dedico a Gi! É um poema de um poeta chinês chamado Li Po:

Bebo sozinho ao luar

Entre as flores há um jarro de vinho.
Sou o único a beber: não tenho aqui nenhum amigo.
Levanto a minha taça, oferecendo-a à lua:
com ela e a minha sombra, já somos três pessoas.
Mas a lua não bebe, e a minha sombra imita o que faço.
A sombra e a lua, companheiras casuais,
divertem-se comigo, na primavera.
Quando canto, a lua vacila.
Quando danço, a minha sombra se agita em redor.
Antes de embriagados, todos se divertem juntos.
Depois, cada um vai para a sua casa.
Mas eu fico ligado a esses companheiros insensíveis:
nossos encontros são na Via Láctea.
 
Para o Cabal, um soneto da Amélie ( :grinlove: )

Soneto do Desconhecido

E mesmo fossem as coincidências
E a prudência que tenho medido
Não evito declarar a bossa nova
Desse amável desconhecido

És um conto que canta na janela
O seu jeito de fazer redemoinho
Imedido, incurável, infalível
Às vezes exagero, outras, passarinho

E tem jeito de quem corre na chuva
De quem se perde a cada curva
Que de giz o destino traçou

Fala como um menino de sua pipa
Dentro da frase mais bonita
Que o poeta recitou
 
Muuuuuuuuuuuuuito obrigado minha adorada Liv, que maneira boa de se começar a semana, esse poema é lindo por demais.

E essa é pra vc!!!!


A saudade, quando chega é de repente,
fere fundo e dói na gente...
uma dor de solidão.
É uma lembrança e um perfume brejeiro,
um beijo ao amor primeiro,
uma música... uma canção.

É o desejo de rever alguém ausente,
ter de novo no presente...
coisas que não voltam mais.
É uma ilha, deserta no mar da mente...
onde um náufrago descrente
não sonha encontrar o cais.

É um espinho que sangra e faz dor...
quando invade a intimidade,
pois quem colhe a flor do amor...
com certeza se espinha na... Saudade.
 
Para o Cabal

A um ausente - Carlos Drummond de Andrade


Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.


Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu,

enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?


Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.


Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.
 

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