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Declínio de um homem (Osamu Dazai)

Béla van Tesma

Nhom nhom nhom
Colaborador
Esse livro é a minha cara (tirando o vício no álcool).
Preciso lê-lo. Alguém já o conhece?
A Estação Liberdade tem um catálogo tão lindinho... :grinlove:


Resenha da editora: A curta passagem pela vida do escritor japonês Osamu Dazai — suicidou-se aos 38 anos de idade — não o impediu de se transformar num autor bastante popular. Declínio de um homem, editado pela primeira vez no Brasil, vendeu mais de 10 milhões de exemplares desde sua publicação original, em 1948. A obra sintetiza em cenas e passagens notoriamente biográficas muitas das angústias que tanto alimentavam a personalidade autodestrutiva do autor, a saber: a dificuldade de entendimento com seus familiares, sua antissociabilidade niilista, seu patológico apego ao álcool — vício do qual nunca conseguiu se livrar —, sua autoestima inexistente, enfim, sua evidente sensação de deslocamento em relação ao mundo — como se tivesse sido enviado à existência por mero descuido. O livro é estruturado em três cadernos, nos quais o autor, por meio do personagem alter ego Yozo — um jovem estudante provinciano que tenta sobreviver na capital Tóquio — relata em primeira pessoa diversos episódios sobre as hostilidades da vida que ele tem de enfrentar. Yozo é um depressivo contumaz cuja tristeza se espraia nele como uma metástase, contaminando suas energias e impedindo-o de recuperar uma alegria de viver que, na verdade, nunca sentiu.



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Não conheço o livro nem o autor. Parece bem trágico.

Parece, mesmo; e é por isso que me atrai.
Olhe a cara do homem: alguém duvidaria de que a sofrência do seu livro é legítima?
Acho que é aquela história de "abismo chama abismo"... Está na wishlist da Amazon.
 
Acabei de terminar de ler. Amei, mas ainda estou digerindo.

Eu nunca bebi, e por coincidência sempre que me perguntam por que eu digo que "já tenho vícios demais".
 
Olhe a cara do homem: alguém duvidaria de que a sofrência do seu livro é legítima?
XD

Quando eu tô na bad prefiro ler algo mais alegre.
Eu faço exatamente o contrário. :lol:

Acho que é aquela história de "abismo chama abismo"
Não sei se concordo...

Acho que o principal motor da história é a incapacidade do Yozo de imaginar que os outros passam pelo mesmo que ele. Isso e a desconfiança permanente de que o que os outros apresentam para ele é só uma máscara, que ele acaba vestindo também para evitar ser julgado, ou melhor, "que descubram o monstro que ele é". Essa desconfiança é bem construída e fundamentada no capítulo sobre a infância dele.

"— Se já se passaram dez anos desde então, ele provavelmente já deve ter falecido. Ele deve ter lhe enviado isso como uma mostra de gratidão. Alguns trechos podem ter sido escritos com certo exagero, porém a senhora também parece ter passado por sofrimentos terríveis com ele. Se tudo isso fosse verdade e eu fosse amigo dessa pessoa, é possível que eu também quissesse interná-lo num hospital para doentes mentais.
— A culpa é do pai dele — disse ela, casualmente. — O Yo-chan que conhecíamos era uma pessoa muito sincera, prestativa, se ao menos não bebesse... aliás, mesmo quando bebia... o menino era um anjo — completou ela."

Vejo duas maneiras de interpretar isso:
1) A que eu acredito: o Yozo era tão focado nos defeitos dele e tão incapaz de entender as pessoas que ele nunca percebeu como era amado pelos amigos.

2) Depois de morto as pessoas esquecem os nossos pecados. Minha avó passou a vida brigando com a irmã, mas quando esta morreu, a minha avó chorou horrores. Disse que a gente tem que perdoar os erros dos mortos. Essa visão é bem católica.
 

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