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Notícias David Robinson não esquece derrota para o Brasil no Pan de 87: "Oscar brilhou"

20/06/2014 08h00 - Atualizado em 20/06/2014 08h00
Robinson não esquece derrota para
o Brasil no Pan de 87: "Oscar brilhou"

Ídolo histórico do San Antonio Spurs, ex-pivô diz que derrota para a seleção brasileira foi fundamental para a criação do Dream Team americano e lembra: "Jamais esqueci"
Por David Abramvezt
San Antonio, Estados Unidos



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David Robinson era o principal jogador dos EUA na final do Pan de 1987 (Foto: David Abramvezt)



Não é possível passar despercebido por David Robinson. Um dos melhores pivôs da história do basquete mundial e ídolo eterno da torcida do San Antonio Spurs, o ex-jogador tem também um vínculo histórico com o basquete brasileiro. E ele não consegue esquecer tal ligação. Robinson, hoje com 48 anos, era o principal nome da seleção dos Estados Unidos que foi derrotada pelo Brasil na final dos Jogos Pan-Americanos de 1987, em Indianápolis, naquela inesquecível conquista da seleção brasileira de Oscar Schmidt, Marcel e companhia. Na época, os Estados Unidos levavam apenas equipes formadas por universitários para representar o país nas grandes competições internacionais. Porém, tudo mudou após o triunfo tupiniquim em pleno território americano, como recorda um dos pilares das Torres Gêmeas dos Spurs, um gigante de 2,16m:

– Aquela derrota foi fundamental para que os Estados Unidos criassem o Dream Team para as Olimpíadas de Barcelona 1992. Quando perdemos para o Brasil, nós vimos o quanto o basquete internacional havia evoluído. Eu até me sinto lisonjeado por ter perdido aquela final do Pan para o Brasil e jamais esqueci daquele dia. Depois, nós ainda acabamos ficando com a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Seul 1988 e ficou realmente claro que precisaríamos criar a seleção mais forte possível – afirmou o membro do Hall da Fama do basquete.

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Brasil x EUA duelam no Pan de 1987 (Foto: Arquivo AP)



Robinson recorda bem das atuações monstruosas de Oscar, que fez incríveis 46 pontos, e de Marcel, que somou 31 pontos no inesquecível triunfo por 120 a 115 sobre os Estados Unidos.

– Marcel e Oscar jogaram muito bem, todas as bolas deles acabavam caindo e o Brasil mereceu aquela vitória. O Oscar brilhou realmente. Não jogamos o suficiente para vencê-los e os brasileiros ganharam na nossa casa, em Indianápolis. Foi um jogo fenomenal para o Brasil. Impressionou todo mundo naquela época.

Único nome americano a se salvar do revés, David Robinson conseguiu ser escolhido para jogar nos Spurs, em 1989. Ele obteve sucesso e virou um dos membros do Dream Team, o time dos sonhos, que é considerado a maior reunião de craques em uma mesma equipe na história do basquete mundial. Ao lado de David, estavam nada menos do que Michael Jordan, Magic Johnson, Larry Bird, Karl Malone, John Stockton, Charles Barkley, Scottie Pippen, Clyde Drexler e Patrick Ewing, todos legendas do esporte da bola laranja. Dando show em todas as partidas, tal formação conquistou com sobras o título olímpico e mostrou que não teria mais para ninguém nos próximos anos.

– Eu me sinto honrado de ter feito parte do Dream Team. Marcou demais a minha vida e agradeço todos os dias por ter vivido isso – disse David, que participou dos dois primeiros dos cinco títulos do San Antonio Spurs na NBA, nas temporadas de 1998/99 e 2002/03.


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Por feitos como a vitória do Pan de 87, Oscar Schmidt é membro do Hall da Fama do basquete (Foto: Gabriel Fricke)


Fonte

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A gente até já imaginava que aquela derrota no Pan teria ligado o alerta dos EUA, mas foi bom que alguém do próprio time tenha confirmado, e é sempre bom rever um craque como David Robinson.
 
É. Eu sempre via matérias do lado brasileiro e achava meio exagerado que elevavam a derrota quase a nivel maracanazzo.
Uma matéria dessas com o outro lado realmente é interessante.

Seria bom ver se a população americana lembra disso. Aí já acho que não devem.
 
O jogador sem dúvida não esquece

mas pra população deles é mais fácil esquecer porque depois daquilo eles tiveram uma sequência enorme de conquistas e aquela derrota acabou sendo apenas um pontinho isolado fora da curva.
 
Nao foi so por causa disso. O pan foi em 87, o dream team em 92, seria um delay de resposta de 5 anos, bastante coisa.
A propria materia lembra que pela primeira vez na historia tambem os americanos nao chegaram nem na final das olimpiadas em 88 (descontando, claro, as olimpiadas boicotadas de 80).
 
Grande Almirante, um dos motivos pelo qual escolhi os Spurs pra ser meu time do coração na minha infância. E que escolha feliz.

Não é querendo ser chato, mas acho a conquista da Argentina nas Olimpíadas de 2004 (Atenas?) muito mais importante. Eles devem se lembrar muito mais dessa. Olimpíadas é muito mais importante que Pan-Americano e pelo que me lembro, em 87 não tinha jogador de NBA na seleção.

Não creio que o time do Oscar bateria Bird, Jordan, Wilkins, Magic e etc... Aliás, tenho quase certeza.
 
Naquela época (87) o Pan foi em Indianápolis quando os EUA sediaram e naquela época eles ainda colocavam força máxima nessa competição. Depois disso começaram aos poucos a mandar o segundo e terceiros escalões e usar o torneio como laboratório e isso não acontece apenas com o basquete.

O feito do Brasil na época foi bacana e merece sempre ser lembrado, mas para aquela vitória de 87 ter o peso igual a um Maracanazzo, ela teria que ter sido numa final de Jogos Olímpicos e sediada no Madson Square Garden que é o templo sagrado deles.
 
Não era força máxima. As maiores forças estavam na NBA. Robinson só estava no jogo porque ainda não havia jogado na NBA. O próprio Oscar disse que negou jogar na NBA porque, se o fizesse, não poderia mais jogar na seleção brasileira (mal sabia ele que pouco tempo depois eles mudariam essa regra).
 
Mas regra da época a parte, fora desse contexto foi sim a força máxima deles, um bom time com jogadores cujo nível e qualidade técnica que não deviam quase nada aos da NBA, dito diversas vezes em entrevistas pelo Ary Vidal pelo simples fato que era um Panamericano dentro dos EUA e lá dentro era ponto de honra pra eles não fazer feio jogando em casa.

Depois disso o Brasil voltaria a vencer os EUA em outras semifinais e até final em cima deles como em Winnipeg 99, mas nenhuma dessas outras vitórias deu sequer um terço da repercussão da de 87 porque os EUA só passaram a mandar times bem mais fracos.
 
Mas o Ary Vidal é bem suspeito pra falar, né?

Sei lá. As vezes eu acho que algumas pessoas não entendem que você não precisa faltar com a verdade pra exaltar um feito. Não é demérito.
Dizer que um time que não fez história nenhuma na NBA depois (excessão a 1 jogador) não deve em nada a se fosse uma seleção dos melhores da NBA, é faltar com a verdade. Não precisa disso. 87 continua sendo foda, continua sendo histórico, continua sendo a primeira vez que os americanos perderam em casa seja lá qual time utilizaram, etc.

Que nem o lance do Galvão que resultou na demissão do Renato Mauricio Prado, quando se disse que em 84 havia uma super força a menos pra disputar medalhas olimpicas no volei masculino com o boicote soviético. Uai, isso é verdade. Não diminui em nada que os caras foram lá e ganharam a medalha de prata, oras.
Claro, a não ser que a pessoa esteja querendo usar isso pra falar que eles não fizeram nada demais. Aí essa pessoa é que é a imbecil e está faltando com a verdade.

Enfim.
 
Em 87, a seleção poderia ter Jordan e Magic, nada menos do que 2 dos top5 de todos os tempos. Esses dois em qualquer time são favoritos pra um campeonato.

Só comparei com a da Argentina, pra mim, um feito muito mais extraordinário. Olha o time que era:

Lebron James e Wade (carregaram o Heat praticamente sozinhos pra 4 finais de NBA seguidas)
Allen Iverson (MVP em 2001, cestinha da NBA, praticamente no auge)
Tim Duncan (tinha sido duas vezes MVP da NBA em sequência e atual MVP das finais)

Obviamente ganhar deles em casa também foi um fator muito grande!
 
Mas o Ary Vidal é bem suspeito pra falar, né?Enfim.

Mas o Ary nunca se exaltou de forma exagerada ou ufanista (seria muito mais fácil esperar isso vindo do Oscar do que ele) que o feito daquele time de 87 foi a coisa mais foda de todos os tempos. Apenas fez questão de frisar que o time que ele enfrentou não era um Dream Team, mas que acima de tudo não era um time B bem porcaria que uma parte da imprensa sempre tentou desqualificar.
 

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