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Da tecnologia Númenoreana e sua força aérea (hã?)

Bem interessante essa discussão, eu não tinha reparado nisso. Até mesmo porque não tenho o HoMe, mas mesmo no silmarillion não tinha reparado nisso. O agora sobre esse navios voadores dos numenoreanos, acho que devia sim ser parecidos com dirigiveis ou parecidos com aqueles navios voadores da serie A viagem do Terry Brooks, até mesmo pq acredito que os numenoreanos não conheciam motores a propulsão pra construir aviões.

Neste caso, pergunta-se. E como eles conseguiram desenvolver tal conhecimento? Já possuíam antes? Alguns podem pensar que a base científica fora desenvolvida em Númenor (algum conhecimento de Aulë ou algum servo seu), mas somente com a queda da ilha os exilados "trabalharam" ainda mais o conceito, pois queria atingir a rota dos "deuses". Sou da opinião (pode ser absurda) de que esse conhecimento possa ter vindo da seguinte passagem:

"Pois os dúnedain consideravam que até os homens mortais, se tivessem esse dom, poderiam contemplar outras épocas que não fossem as da vida de seus corpos."

De início, considero tal passagem como sendo a capacidade desses homens de vivenciarem fatos e lugares do passado, em sua maioria no passado, (uma espécie de viagem "tempo-espaço"?), entretanto, num exercício de imaginação (extrapolação?), teriam tais homens feito esta "viagem mental à outros tempos"? Teriam eles tido contato com os conhecimentos espaciais-tecnológicos-aeronáutica nos tempos modernos?
Seria esse dom algo "análogo/parecido/remetente à habilidade dos Ainur de vislumbrar/prever épocas e fatos, em razão da grande música?

É. É uma exercício de imaginação.
 
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Em um exercício de "investigação": Não seria um indício de um fascínio velado de Tolkien pela idéia da reencarnação?

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Ragnaros,

intuí isto, pela primeira vez, quando li, em um dos apêndices dos "Contos Inacabados", sobre a assombrosa semelhança, de corpo e mente, entre o primogênito de Isildur e Aragorn. Depois descobri que Tolkien acreditava mesmo ter vivido em Atlântida, ou algo muito próximo disto.

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Tolkien acreditava ter vivido em atlantida? Eu sempre achei que Aragorn fosse uma homenagem do tolkien a casa de Aragão, tanto que Aragorn é Aragão em catalão. Se você reparar o Aragorn lembra demais Felipe II. Vê se não tem semelhança, Reino Re-unido da terra media e União Iberica.
 
Tolkien não acreditava ter vivido em Atlântidida. Ele realmente tinha esses sonhos, não é segredo, mas daí a dizer que que ele realmente acreditava ter vivido lá é uma loooonga distância.
 
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Meneldur,

o assunto é polêmico, mesmo. Afinal, Tolkien, publicamente, sempre fez questão de frisar que era um católico devoto e conservador.

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Ragnaros,

intuí isto, pela primeira vez, quando li, em um dos apêndices dos "Contos Inacabados", sobre a assombrosa semelhança, de corpo e mente, entre o primogênito de Isildur e Aragorn. Depois descobri que Tolkien acreditava mesmo ter vivido em Atlântida, ou algo muito próximo disto.

Tolkien não acreditava ter vivido em Atlântida. Ele realmente tinha esses sonhos, não é segredo, mas daí a dizer que que ele realmente acreditava ter vivido lá é uma loooonga distância.

Sugiro a leitura desse tópico aqui e dos artigos incluídos nele. Principalmente o artigo da Flieger em Tolkien Studies 03. A coisa não parece mesmo ser tão clear cut como algumas pessoas podem pensar...

Espiritismo em Children of Húrin?

Tolkien, de fato, achava que os sonhos recorrentes que ele e Michael, que também os teve uma vez, ligados ao "complexo de Atlântida", eram alguma coisa misteriosa; a ligação da versão ficcionalizada disso com o conceito de reencarnação ou memória genética incluída em Lost Road (HoME V) e Notion Club Papers (HoME IX) é algo, no fim, sugerido pela inferência deixada em aberto no texto, que ambos os conceitos são a base pra metafísica da coisa.

Se o Lost Road e, ainda mais, o Notion Club Papers contêm material autobiográfico ficcionalizado, é uma dedução razoável, sim, supor que Tolkien podia COGITAR explicações "espiritualistas" pro fenômeno já que isso é indicado pelas narrativas.

Agora até onde isso refletia na relação que Tolkien tinha com a noção de não adequação da idéia de reencarnação ou de viagem astral através do tempo para corpos de antepassados* e a ortodoxia católica é outra questão mais complexa de responder.

*base pras teorias de JW.Dunne que parecia ser um teosofista "no armário" que, comprovadamente, influenciaram Tolkien como tratado no livro A Question of Time da Flieger.Tolkien tinha o livro do Dunne, An Experiment with Time e o recheava de comentários)

Para mim, parece lógico e aceitável inferir que Tolkien PODIA achar que as idéias proeminentes do cânone católico/cristão-ortodoxo contemporâneo não se aplicavam universalmente para TODOS OS HOMENS em TODOS os lugares da vasta extensão do Espaço-Tempo (coisa dita por Lewis de forma ficcionalizada em That Hideous Strenght) e que, portanto, as idéias de reencarnação e de julgamento do espírito mais tardio com uma única encarnação terrena podiam, afinal, coexistir e se aplicar para grupos diferentes de pessoas ou crentes. Isso é a metafísica incluída,por exemplo, nas idéias "cabalísticas" da obra do Neil Gaiman, e Gaiman foi influenciado por Tolkien e por Lewis e recebeu até um agradecimento de Christopher Tolkien em HoME IX por ter achado uma explicação pra referência obscura no texto de JRRT.

Mas isso é especulação pessoal minha nada mais.

A propósito: o conceito de uma Atlântida tecnológica, inclusive com aeronaves, é um conceito que foi disseminado pela Teosofia da Blavastky ( altamente influente na fantasia/SF do século XX), contemporânea do Espiristimo Kardecista, e é dai que vem a noção, posteriormente abandonada por Tolkien, de que Gondor e Arnor poderiam ter desenvolvido tecnologia aeronáutica com vistas a tentar restabelecer contato com o Reino Abençoado.Detalhe então que duas idéias comuns pra Teosofia aparecem proeminentemente em Lost Road: Atlântida tecnológica e Reencarnação juntando-se a um terceiro, viagem astral através do tempo.

Foi a Teosofia, também chamada Espiritualismo, que, junto com o Espiristimo, difundiram a idéia de Reencarnação no Ocidente daí vcs vêem que esse complexo de idéias que Tolkien parece estar haurindo tem procedência "esotérica" e que Atlântida high tech e reencarnação são cognatos no contexto da cultura "pop" do século vinte.

Como já dito antes a Blavastsky influenciou pra caramba a ficção científica e fantasia do século XX.A Teosofia dela foi um dos modelos principais pra caracterização dos marcianos no John Carter de Marte criados pelo Edgar Rice Burroughs ( cuja obra Tolkien também leu que simplesmente, transpõs os Atlantes blavastskianos pro planeta Marte. E, como vcs devem ter visto no filme recente, eles tinham aeronaves sofisticadas como os refugiados numenorianos originais de Tolkien, eventualmente, desenvolveram em HoME V.

Comparar com essa citação de Enxadristas de Marte do Edgar Rice Burroughs, incluído na série John Carter

Doubtless in our own subjective minds lie many of the impressions and experiences of our forebears. These may impinge upon our consciousness in dreams only, or in vague, haunting suggestions that we have before experienced some transient phase of our present existence. Ah, if we had but the power to recall them! Before us would unfold the forgotten story of the lost eons that have preceded us. We might even walk with God in the garden of His stars while man was still but a budding idea within His mind.

Nota: ao contrário do que eu mesmo supunha até um tempo atrás, Helena Blavatsky e Alan Kardec não foram, realmente, os introdutores da idéia de reencarnação no Ocidente, a crença já fazia parte de idéias cabalísticas que circulavam em setores da sociedade inseridos dentro do Cristianismo Esotérico como a Maçonaria à qual o próprio Kardec pertenceu. Tradução: no início a Teosofia e o Espiritismo eram versões "pop" da Cabala.


Tem um livro inteiro da sucessora da HPB , Annie Besant, definindo o Cristianismo Esotérico

Wikipedia-Esoteric Christianity
 
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É, havia sim um aversão ao "céltico", procurei algo relacionado e acabei achando neste site:

http://de-vagaesemhybrazil.blogspot.com.br/2009/09/mad-elves-and-elusive-beauty-some.html

Ragnaros, o texto linkado de autoria da Dimitra Fimi foi postado por mim e, como você deve ter visto nesse outro texto aqui, toda a discussão feita nesses artigos postados no blog foi pra mostrar que Tolkien, no que diz respeito à mitologia celta, falava uma coisa e acabava fazendo o inverso. Ele foi sim MUITÍSSIMO influenciado apesar de ter negado os empréstimos. A aversão ao céltico era uma atitude fingida, uma afetação de anglofilia por conta de conveniência política-social nos anos 30 onde esse ufanismo besta grassava em todo lugar; era politicamente incorreto e inapropriado pra alguém na posição dele, que já tinha contra si o fato de ser católico, dizer que era influenciado pela mitologia céltica irlandesa, bandeira nacionalista do país que tinha acabado de dar um pé na bunda da Comunidade Britânica menos de vinte anos antes e que, na época da carta em questão, já estava procurando ter a posição oficial de incômoda neutralidade assumida na Segunda Guerra Mundial por conta de ressentimentos com a Coroa Inglesa.

É perfeitamente possível que as naves voadoras dos Numenoreanos no exílio fossem mesmo baseadas nas aeronaves da Atlântida teosófica, mas, como Eregion bem lembrou isso , provavelmente, faz alusão TAMBÉM ao fato de que, originalmente, se acreditava que os Tuatha de Danaan tinham vindo em barcos voadores no meio de nuvens tempestuosas, provenientes, literalmente, do céu.

Fitzpatrick-TuathaArrivo.jpg


Jim Fitzpatrick ilustra a chegada legendária dos Tuatha. Numa versão mais pé no chão da história ( evemerizada como dito no texto da Fimi), as nuvens tempestuosas que vieram com os barcos eram a fumaça dos incêndios quando os Tuatha queimaram os próprios navios...Lembra alguém?Vide aí: Tuatha Dé Danann e os Elfos de Tolkien

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Ted_Nasmith_-_The_Burning_of_the_Ships.jpg


Meus parabéns Eregion :), eu ainda não tinha feito essa possível correlação.Hauhau, tão óbvia que me escapou totalmente, porque eu estava focado no paralelo teosofista.

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Falando nisso olhem esse livro google books aí

Capítulo sobre as Aeronaves atlantes num livro de 1911

E só um acréscimo pra não dar confusão Ragnaros. Os textos incluídos em HoME V NÃO SÃO uma versão prévia não editada por Christopher Tolkien do Akhalabêth, são versões de textos independentes cuja "fabric" foi canibalizada por Tolkien ao compor o texto do Akhalabêth quase trinta anos depois. O Lost Road e seu complexo de textos não é o Akhalabêth numa versão primitiva; ele só contém elementos que Tolkien iria usar mais tarde.

Quem consolidou a imagem da Atlântida tecnológica foi Ignatius Donnely nesse livro aí, a Atlântida dele é a do desenho da Disney. Detalhe, Donnelly que foi inspiração pra Teosofia da Blavatsky era filho de imigrante irlandês pras Américas.

In 1882, Donnelly published Atlantis: The Antediluvian World, his best known work. It details theories concerning the mythical lost continent of Atlantis. The book sold well, and is widely credited with initiating the theme of Atlantis as an antediluvian civilization that became such a feature of popular literature during the 20th century and contributed to the emergence of Mayanism. Donnelly suggested that Atlantis, whose story was told by Plato in the dialogues of Timaeus and Critias, had been destroyed during the same event remembered in the Bible as the Great Flood. Citing research on the ancient Maya civilization by Charles Étienne Brasseur de Bourbourg and Augustus Le Plongeon, he believed it had been the place of a common origin of ancient civilizations in Africa (especially ancient Egypt), Europe, and the Americas. He also thought that it had been the original home of an Aryan race whose red-haired, blue-eyed descendants could be found in Ireland. Donnelly's theories about the location of Atlantis as a large land mass in the Atlantic Ocean and its destruction by sinking were eventually discarded with the advent of the theory of plate tectonics in the late 1960s. However, they fueled the imagination of many individuals, among them Helena Blavatsky, Rudolf Steiner, James Churchward, Edgar Cayce, and Graham Hancock. The themes in his book are echoed by the plot of the 2009 film 2012 directed by Roland Emmerich.

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Detalhe: a Blavastksy acreditava que o druidismo céltico era um resíduo das crenças da Atlântida levada por refugiados da Catástrofe pro continente europeu ( como mostrado no background de As Brumas de Avalon). Como as lendas dos Tuatha falam que a magia deles era "druídica" e eles eram um dos antepassados míticos do povo gaélico, celtas irlandeses, cuja religião era o druidismo, a inferência que Tolkien deve ter feito é que os navios voadores dos Tuatha foram a inspiração mítica-legendária pras aeronaves atlantes da HPB.

Aliás é bem capaz que ela mesma tenha dito isso explicitamente na Doutrina Secreta ( se não disse, falou coisa bem próxima, o bastante pro Abraham Merrit deduzir o mesmo que eu disse que Tolkien deduziu. E Tolkien, provavelmente, leu A. Merrit tb, uma vez que o equivalente "atlante", feiticeiro sumo-sacerdote corruptor de uma civilização "atlanchi", do Merrit "Nimir" é um nome que Tolkien adaptou pra sua mitologia pra se referir aos elfos como "brilhantes" em adunaico.

Wikipedia-The Face in the Abyss-1931

Outside of science, one other aspect of FIA really caught my attention: the rough similarity between elements of Merritt's tale and Tolkien's masterwork, The Lord of The Rings. I was first struck in Merritt's tale by the "Fellowship", an eclectic band of resistance members who gather together to decide the best course for defeating the evil Nimir. Nimir himself, an incorporeal shadow who manipulates his servant Lantlu and wages massive battles from behind the scenes, sounds a lot like Sauron. An immortal race of beings, once wise and powerful but now dying out and rather corrupted, sounds a lot like Tolkien's tale of the elves. Graydon, much like the Hobbits, in LOTR, is sent late in the novel on a mission into the heart of the Lord of Evil's lair, and the entire war hinges upon his success.

On the other hand, in a less tentative analysis, the name Vanyar may be related with the etymology of elf. Tolkien was obviously aware that elves were traditionally believed to be fair (beautiful) creatures, but moreover he should have known that the word elf itself was thought to originally mean "fair" in the sense of "light colored, white," as commented on above. Thus, it is possible that the name of the first kindred of Elves had been inspired by that idea. This theory is further supported by the generic name by which Men referred to Elves in Adunaic: Nimir, which stands for "the Beautiful" (WJ 386), but literally meant "the Shining Ones," from the verb NIMIR "shine" (Sauron Defeated 358, 416). (10) It is told that they were so named because "they were exceeding fair to look upon, and fair were all the works of their tongues and hands." But all those Adunaic words seem to be clearly connected to the Sindarin term nim ("white"), occurring in names like Nimloth ("White Flower"), Ered Nimrais ("White Mountains"), etc. (Sil. 438). This means that the pattern of a noun that etymologically means "white, light-colored," but is used to mean "beautiful" or to refer to fair beings, is not only common to Vanyar and the hypothetical history of the word elf, but also to the history of Nimir, the generic Adunaic name for Elves.

E, considerando que o vilão sobrenatural de livro anterior do Merrit, The Moon Pool, era justamente chamado Shining One... A impressão que dá é que Tolkien pegou o nome do segundo e combinou com o significado do primeiro pra batizar os elfos nessa acepção dos nomes inventados por ele em numenoreano justamente o idioma "atlanchi"...
 
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Engraçado os Tuatha aparecem no Kingdoms of Amalur, eles são os vilões da historia. São chamados dos inimigos da todas as jovens raças. Esse tuatha seriam um facção da corte do inverno dos imortais Fae e acreditariam que um deus nasceria no leste.
 
Esse tuatha seriam um facção da corte do inverno dos imortais Fae e acreditariam que um deus nasceria no leste.

Isso aí é basicamente uma versão da mitologia subjacente a Memory Sorrow and Thorn a saga do Trono de Dragonbone que serviu de inspiração pro Canção do Gelo e do Fogo do George R.R. Martin ( confessadamente aliás).


Na saga Memory, Sorrow and Thorn, a Série do Trono de Dragonbone, o equivalente feänoriano élfico, Principe Ineluki,Rei da Tempestade, virou exatamente isso, um senhor das trevas morto-vivo, liche, disposto a fazer qualquer tipo de pacto e sacanagem pra se desforrar dos humanos ( entenda-se raça humana, as diferenças pra ele eram só detalhes) que mataram seu pai, o Rei dos Elfos.

Nota: aqui no Brasil dividiram o primeiro livro em 3 partes , publicaram as duas primeiras e omitiram a última. Os outros dois livros da série, a Pedra do Adeus e Para a Torre do Anjo Verde nunca saíram aqui mas , quem quiser acha fácil em inglês e castelhano por aí. Eu mesmo não li tudo ainda mas é fantástica a saga. Como já falei em outras ocasiões, Tad Williams foi muito influente em cima do trabalho do George R.R. Martin.

Admitidamente, inclusive em interviews e em interações diretas com fãs só por isso ele já ganhou pontos comigo:

Here is one question that may be unfair but I'll ask it anyway. For those writers who don't know your work very well, which of your contemporaries do you think match your style closest.
I don't know anybody who writes quite like me. There are other writers that readers would like if they like my work. Jack Vance... I used to strive to write like Jack but I don't think I succeeded. Tad William's fantasy series, that was very influential. It was good work. When I read his books,it was one of the things that got me to think of doing one of my own.

December 04, 1999
JOSUA AND ELYAS
I am a huge fan of Tad Williams. Although I loved Tolkien for many years, I had pretty much stopped reading modern fantasy, since so much of it was awful derivative stuff. Then I tried Tad's DRAGONBONE CHAIR, and sat up and said to myself, "Yes! This genre can be terrific, in the hands of a good writer."

I would likely never have written A SONG OF ICE AND FIRE without that inspiration
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So, yes, "Josua and Elyas" are definitely a tip o' the hat to one of my favorite fantasy writers. And here's a hint... there are numerous similar homages to other favorites buried in the text, if you can find 'em.

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O Jeremy Irons como o Morlock mor do Máquina do Tempo passa bem a idéia.

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Lá os "Tuatha", ou uma facção extremista deles, chamados Norn, enquanto o nome genérico da raça é Sithi, a versão escocesa do irlandês Sidhe, habitavam o Norte de Osten Ard liderados pelo "Fëanor like" turned undead villain, Lorde Ineluki, Rei da Tempestade ( pintado no post citado aí em cima).
 
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Legal games tambem são cultura :lol: eu nem sabia disso tudo.

Esse principe Ineluki me lembrou um personagem das minhas historias chamado Heran, depois conhecido com Fal Rah. Ele teria supostamente ficado louco e mau depois que o pai dele Kheran e sua amada foram mortos. Eu nunca li Tad Williams e nem tinha lido as cronicas de gelo e fogo quando escrevi "A Queda das Sete Estrelas" mas posso ter sido influenciado indiretamente. Porque a descrição dos dois é muito parecida.
Essa uma das descrições que eu dou dele:

Pois bastava tomar por exemplo o próprio Fal Rah que antes de se tornar o que é, era o príncipe dos sábios. No entanto deixou seu ódio o dominar e aos poucos foi se transformando em um ser maligno.

E nesse dialogo o personagem explica pq ele ficou assim:

- O que isso estamos numa sala de tortura? – Indagou Geldan.
- Não isso é apenas uma passagem entre elas. É que Fal Rah gostava de aterrorizar seus presos desde o inicio assim falavam o que queria mais facilmente.
- Que horror, mal era preso e já via os outros serem torturados.
- É o mal, o que ódio faz com quem o deixa domina-lo. Foi exatamente o que aconteceu com Fal Rah. Sabia que ele antes de virar mal era o príncipe dos sábios.
- Mas como ele de príncipe dos sábios se tornou um ser tão maléfico. Será que tão sábio ele não pode prever o destino que tomava.
- Não pode. A raiva cegou e o ódio o dominou. Aos poucos foi dando ouvidos a Zares.
- Mas porque ele ficou tão cheio de raiva e ódio?
- Foi por causa da guerra que houve antes do império se formar. Ela foi entre os elfos e chacinou milhares inclusive o rei dos sábios pai de Fal Rah e ainda Cayi sua amada.
 
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Na verdade, dentro do parâmetro normal dos épicos Tolkien meio que inovava em não contar a fall from grace de seus Senhores das Trevas, inclusive os senhores das trevas élficos em potencial. Ele optava por matá-los antes...
 
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E também conta muito nisto um dos maiores erros estratégicos de Melkor, tentar destruir os elfos em vez de de seduzi-los e corrompê-los como

viria a fazer com os humanos. Ou seja, mesmo os malignos entre os eldar queriam distância, ou vingança, de Morgoth.

Assim sendo, podemos dizer que Tolkien, ao colocar as coisas desta forma, abortou a ideia de um dark lord elfico, na mitologia que criou.

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Mais humanos eu não sei, mas os mais interessantes dentre os elfos, com certeza eles eram, rs.

A Primeira Era foi sim o grande momento dos elfos, mas seu atestado de “não-insipidez” (:lol:) não pode ser considerado só ali. Primeiro porque eles deveriam ceder espaço para os homens tomarem as rédeas da Terra Média, consequentemente diminuindo sua atuação. Segundo porque mesmo saindo um pouco de cena continuaram a, fodamente, resistir e combater o mal, mesmo em menor número nos seus bunkers. Não dá pra falar que Gil-Galad, Celebrimbor (que vc já citou) Elrond, Galadriel e companhia eram sem-graça, dá? Até mesmo na Terceira Era, quando a maioria deles já tinha ido embora, apenas mencioná-los já causava medo entre aqueles que não sabiam muito sobre eles (os próprios rohirrim tremiam só de ouvir sobre a terrível Galadriel). De sem graça eles nunca tiveram nada, e não falo só dos noldor. O Beleg, um dos meus preferidos tb (tenho um top infinito de preferidos, hauahau) era sinda e era tudo, MENOS insípido.

Um ponto interessante do comportamento de elfos e homens aparece no diálogo de Finrod e Andreth quando se fala dos elfos como habitantes de direito e permanentes deste mundo em que se revela a memória fugidia dos homens de um lugar ao qual eles mesmos pertenciam, mas que era diferente do que podia ser encontrado nos círculos do mundo.

Se os homens vivessem em terras que reconhecessem como suas (além do mundo), suas de direito, com domínio pleno das propriedades físicas igual ocorria com os elfos neste mundo então podemos duduzir que os homens no além mundo na verdade se comportam como os elfos se comportam em nosso mundo, soberanamente, sem morrer e sem guerrear, em plena felicidade. A felicidade dificilmente deixa espaço para chatice.

Em Númenor os Valar construíram o mais próximo possível do que um homem poderia estar de uma terra plenamente sua e a dádiva era um consolo para honrar as 3 casas com todos os seus heróis, os quais só puderam se revelar graças aos elfos, e com elfos devemos considerar as 3 famílias élficas já que os Noldor foram para Aman para seguir Ingwe, dos Vanyar (os quais admiro enormemente em pé de igualdade com vários Noldor), e sem Aman não haveria Feanor forjando jóias lendárias e tudo seria mais pobre.
 
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Em Númenor os Valar construíram o mais próximo possível do que um homem poderia estar de uma terra plenamente sua e a dádiva era um consolo para honrar as 3 casas com todos os seus heróis, os quais só puderam se revelar graças aos elfos, e com elfos devemos considerar as 3 famílias élficas já que os Noldor foram para Aman para seguir Ingwe, dos Vanyar (os quais admiro enormemente em pé de igualdade com vários Noldor), e sem Aman não haveria Feanor forjando jóias lendárias e tudo seria mais pobre.

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Númenor estava fadada ao fracasso, a própria Arwen, de certa forma, reconhece isto. Tanto que Ulmo, percebendo o futuro desastre, recusou-se a participar de sua construção.

Quanto à obra de Tolkien, eu a considero sincrética, estética pagã e ética e moralidade, não apenas católicas, mas judaico-cristãs. E, em minha opinião, em nenhum momento isto fica mais claro do que quando Frodo lamenta o fato de Bilbo não ter matado o Gollum, e Gandalf lhe passa uma descompostura dizendo: "Quem é você para decidir quem deve viver e quem deve morrer? Muitos dos mereciam viver, morrem e muitos dos que mereciam morrer, vivem". Ou algo assim.

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É preciso antes considerarmos alguns fatores em Númenor uma vez que ela não nasceu condenada, mas foram os homens que a condenaram.

Para os Valar ela era habitada por seres livres com status de "filhos mais novos de Eru" e no que pese as fundações a construção da ilha não podia interferir com o destino deles se não houvesse permissão de Eru (como de fato não houve problemas enquanto Manwe não decidiu falar com Eru) de modo que Manwe Súlimo susteve a fatalidade até o último momento antes de entregá-la para as mãos de Ilúvatar para manter a vontade dos homens livre dos caminhos e dos poderes do mundo.

O cenário deles foi parecido com o de Turín, quando ele comentou que temia a maldição de seu nome esclareceram a ele que a maldição estava nele mesmo (o homem Turin criava a maldição). Na hora em que Ar Pharazon abandonou o dom de livre escolha a favor de Sauron a ilha foi condenada. Mas só no finalzinho, porque enquanto ninguém pisava nas areias das praias de Aman ainda havia salvação.
 
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O cenário deles foi parecido com o de Turín, quando ele comentou que temia a maldição de seu nome esclareceram a ele que a maldição estava nele mesmo (o homem Turin criava a maldição). Na hora em que Ar Pharazon abandonou o dom de livre escolha a favor de Sauron a ilha foi condenada. Mas só no finalzinho, porque enquanto ninguém pisava nas areias das praias de Aman ainda havia salvação.

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Depois de muito meditar sobre o Akallabêth, após reler o "Silmarillion" pela primeira vez, cheguei à conclusão de que um reino, abençoado pelos valar, no noroeste da Terra Média, muito provavelmente teria durado muito mais do que Númenor. Um imenso oceano separando os dúnedain das terras imortais teria feito toda a diferença.

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