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D&D 3 ---> D&D 4: Uma perda de opções que no fim, resultou em... mais opções!( ?Ô_o?)

Arcanjo[SK]

Spartan Supersoldier
RPG: D&D : 4a Edição: Para onde foram minhas opções? O novo paradigma
Enviado por Adriana em 11/07/2008 00:40:00 (140 leituras) Notícias do mesmo autor

Autor: Jdillard
Tradução: Eric “Keldon_Draconian” Fernandes
Fonte: ENWorld


Então, eu sou um usuário inativo já tem algum tempo aqui no ENWorld. Eu decidi que é finalmente hora de começar um tópico. Eu tenho jogado a Quarta Edição por alguns meses agora, já que sou amigo de alguns empregados da Wizards of the Coast. Mesmo não podendo discutir especificidades do sistema, eu posso falar sobre as impressões que tive, e eu sinto que já tenho uma boa impressão de como é a sensação de jogar e de como o jogo funciona.


De qualquer forma... Vou direto ao ponto agora.

Eu continuo a ver muitas discussões em muitos, muitos tópicos a respeito de opções. Eu vejo muita gente, tanto a favor quanto contra a 4E, dizendo que o jogo está mais restrito, você não pode fazer tanto com os personagens e por assim vai.

Eu vi várias pessoas tentando argumentar o oposto. Eles discutiram "optimização do grupo" ao invés de "optimização de personagem", ou comparar um guerreiro de primeiro nível da 3E com um da 4E.

Mas em um tópico aparentemente não relacionado, eu vi muitos, muitos argumentos sobre como a 4E é melhor em jogo do que aparenta no livro. Minha experiência pessoal concorda com isso.

A despeito disso, eu e muitos outros estamos tendo uma ótima impressão jogando o jogo. Então, por que? Se o jogo é tão restritivo, se realmente existem menos opções, então por que ainda é tão divertido? E como isso se relaciona com o tema recorrente de que é mais divertido jogar do que ler?

Para onde foram minhas opções? - O novo paradigma.


3E - Com o que já estamos familiarizados.

Na edição anterior (3.x) com a qual a maioria de nós estamos familiarizados, a maioria das opções para o personagem eram construídas no processo de criação do personagem. Isso iniciou a forte maleabilidade do sistema. Em qualquer ponto, em qualquer nível, eu posso pegar meu próximo nível em qualquer classe que eu possa querer (assumindo que eu cumpra os pré-requisitos). Quando eu quero criar um personagem de nível 20, eu tenho 20 "unidades" de construção, baseadas exclusivamente em níveis de classe. Eu pego uma coisa aqui e ali e termino. Ou eu posso pegar todos os vinte níveis em uma única classe.

Mais ainda, você tem talentos e perícias. Conjuradores têm magias. Toneladas e toneladas de opções. Com tempo suficiente, com somente o Livro do Jogador, eu posso criar centenas de personagens de nível 20, todos claramente diferentes. Claro, muitos deles seriam péssimos de se jogar (guerreiro 10/ mago 10 por exemplo). Ainda assim, são toneladas de opções.

Contudo, uma vez que você construa seu personagem e esteja realmente jogando, suas opções se reduzem dramaticamente. Com exceção de todos os conjuradores flexíveis (me refiro aos magos e clérigos, que não estão restringidos por um máximo de magias conhecidas), o resto dos tipos de personagem ainda eram muito limitados nos tipos de ação que podiam fazer. Isso é definitivamente verdade em combate, mas se aplica em situações "fora da arena".

Mesmo o seu guerreiro corpo-a-corpo podendo escolher muitas opções diferentes para começar, uma vez em combate ele tem uma ou duas coisas que ele realmente costuma fazer constantemente. O guerreiro de armadura pesada corre e permanece ao lado do monstro, acertando com sua espada larga. O guerreiro de corrente com cravos realiza seus desarmes e imobilizações ou até seus ataques de oportunidade. O ladino procura uma posição para flanquear e usar ataques furtivos. Isso não necessariamente varia de combate a combate, exceto em situações em que o monstro é de alguma forma imune a uma tática em especial (como os mortos-vivos, imunes a ataques furtivos), e então você geralmente gasta tempo tentando imaginar soluções criativas que variam entre brilhantes a extremamente frustrantes para o Mestre.

Isso não é somente em combate. Considerando a imensa lista de perícias e a habilidade de ter uma variação tão grande em colocar pontos de perícia, você possui duas formas de criar seu personagem. Você pode se especializar em algumas poucas perícias, maximizando suas graduações de acordo com seu nível ou você pode tentar dividir os pontos entre múltiplas perícias. O primeiro funciona, mas o segundo geralmente só funciona em níveis mais baixos. Quando você alcança os níveis de dois dígitos o seu conceito de "razoável em várias coisas" se torna um "péssimo em muitas coisas" e por fim um "quase incapaz de fazer várias coisas" no final.

Então suponha que você se atenha com o conceito de especialista. Considerando quão ampla a lista de perícias é, você só pode ser "realmente" especializado em uma ou duas coisas. Você se esconde e se move em silêncio e você é fantástico nisso. O que você faz em um jogo? Tenta resolver problemas furtivamente. Você tem Saltar e Natação? O que você faz? Você tenta encontrar maneiras de saltar ou andar através de desafios. Do nível 1 ao 20 você tenta passar furtivamente através dos desafios ou saltar sobre os desafios.

Então, para concluir e reiterar o ponto: o paradigma da 3E é prover você com o máximo de opções na criação de personagem. Contudo, isso vem ao custo de muitos personagens perderem opções durante o próprio jogo. A única exceção a isso são alguns conjuradores, para os quais as opções são maximizadas praticamente durante toda a carreira. Eu discutirei isso um pouco mais tarde.


4E - O novo jogo.

Contrastando com o paradigma da 3E está o paradigma da 4E. E é definitivamente um contraste, já que a metodologia do novo sistema parece criada para abordar a situação de forma oposta.

Mesmo que queiramos argumentar que a 4E tenha muitas e muitas opções, e ela tem, comparar o vasto número de personagens que posso criar com um Livro do Jogador da Terceira e da Quarta Edição faz com que esse último fique muito atrás. O sistema não é maleável da mesma forma. Uma vez que eu escolha minha classe inicial, essa é minha classe para sempre. Agora, quando eu subo de nível eu tenho a opção de re-treinamento, para que eu possa trocar coisas que eu não gosto por coisas que gosto. Isso é legal, mas não significa muito quando eu estou simplesmente criando novos personagens do zero.

Existem muitos talentos, mas eles são muito restritos a alguma raça ou classe. Opções de multiclasse estão lá, mas no máximo permitem pequenos usos de poderes de outra classe, não ganhar completamente as habilidades daquela classe. A lista de perícias é significativamente menor e a mecânica de treino e uso de perícias faz com que especialização seja difícil, senão impossível em alguns casos.

Os argumentos que tenho visto para o significado dessas mudanças tanto dos usuários e dos designers se foca em duas coisas. Equilíbrio e diversão. Equilíbrio é fácil de ver. O conceito de "economia de ações" mantém a duração de uma rodada de combate baixa, e mantém a rodada de cada jogador consideravelmente semelhante. A mudança do mago em particular significa que todos os personagens tem "uma chance de brilhar", ao invés do mago ser capaz de fazer quase qualquer coisa com a magia correta. Pontos de vida são padronizados, BBA são padronizados, perícias são padronizadas e todas essas coisas previnem muito da flexibilização e significam que a maioria dos personagens de qualquer nível serão "jogáveis", senão excelentes.

E sobre a parte da diversão? Bem, isso se inclui no jogo. A 4E se foca não em opções de criação, mas em opções de jogo. É um conceito difícil de explicar, mas farei o meu melhor.

Um exemplo simples. Digamos que o poder de um ladino que cause dano a um inimigo e mova ele 3 espaços (tenho certeza que tem um poder do tipo, mas não tendo jogado com um ladino eu não conheço os nomes de cabeça). Soa como algo simples quando lemos. Em jogo, tem uma versatilidade impressionante. Eu posso mover o inimigo em posição de flanquear, então no próximo turno eu posso usar um ataque furtivo. Eu posso mover o inimigo ao redor do guerreiro, para que se ele quiser me atacar na próxima rodada ele tenha que lidar com a insistência do guerreiro. Eu posso mover ele para longe, para proteger um mago ou bruxo. Eu posso derrubá-lo de um abismo, em uma armadilha, na zona de dano de uma magia do bruxo ou mago, em terreno difícil e assim por diante.

É um poder com uma simples interpretação, mas uma vez que você tenha estado em combate te dá uma tonelada de opções que são todas dependentes da situação específica de combate na qual você está.

E isso é somente um de seus poderes. Você tem outros. Alguns dão mais dano. Outros podem cegar ou imobilizar um adversário. Outros podem acertar mais de um alvo ao mesmo tempo. E você pode usar todos eles na ordem que quiser. Eu posso me colocar em uma posição onde mover meu inimigo seja útil, ou senão, eu posso meramente tentar causar o máximo de dano possível. "Talvez agora seja uma hora melhor para imobilizar ao invés de mover meu inimigo".

Na 4E combate está constantemente mudando. Monstros se movem constantemente. Monstros se movem ao redor, armadilhas e terrenos mudam sua habilidade de se mover ou seus motivos para isso. O conceito de ação padrão/de movimento/menor significa que você pode atacar da mesma forma ficando no mesmo lugar ou se movendo, então frequentemente se mover em um combate é algo benéfico.

Uso de perícias é algo ajustado de maneira similar. Um número reduzido de perícias mais abrangentes significa que você pode fazer mais com qualquer perícia em particular. Uma única perícia agora cobre furtar bolsos, prestidigitação, desarmar armadilhas, falsificação e talvez até disfarce em alguns casos. Uma perícia, muitas utilidades. Furtividade agora cobre tanto mover-se em silêncio quando esconder-se. Natureza agora cobre lidar com animais, conhecimento local (em áreas selvagens), conhecimento da natureza e até alguma alquimia em criar poções (com o ritual correto). Arcana cobre tanto conhecimento e identificar magia, e até mesmo detectar magia, bem como muitos rituais. Quando eu escolho uma perícia para treinar na 4E, eu estou escolhendo ser melhor em uma longa lista de coisas diferentes e correlatas. Eu estou adquirindo blocos de perícia por um único treino, ao invés de me exceder em partes pequenas desse bloco ao custo de não ser bom em outros.

E mais, re-equilibrando a forma como perícias funcionam para incluir 1/2 do nível na jogada significa que um personagem não precisa ser altamente treinado e especializado para encontrar uso para a perícia. Um mago com destreza mediana pode se mover furtivamente agora, só não com tanta freqüência quanto um ladino treinado. Um anão com baixo Carisma ainda pode blefar para se safar de algo. Claro, será difícil, mas estamos abrindo mais opções dentro do jogo com isso. Eu jamais tentaria algo assim na 3E porque da forma como o sistema funcionava, em níveis medianos suas chances de sucesso seriam zero.

Então, concluindo essa parte: a 4E reduz o número de opções de criação de personagem em nome do equilíbrio em jogo, mas mais do que compensa pelo número de opções disponíveis "dentro do jogo".

Ainda lendo? Obrigado! Última parte.

Finalmente, para começar a amarrar as pontas, aqui vamos nós. Nós sempre vemos pessoas dizendo "não é tão legal assim quando você lê, mas quando você joga, é ótimo!" Por que? Bem, olhe para o que eu acabei de dizer. Eles tiraram as opções com as quais estamos familiarizados e as substituíram por opções com as quais estamos menos familiarizados. Eu olho para o novo Livro do Jogador e vejo poucas raças, poucas classes, com a remoção de toda a complexidade que a criação de personagem costumava ter. É mais simples de criar, fácil de "construir um conjunto" e deixando completamente a desejar em relação ao aspecto de maleabilidade do jogo anterior.

Você vê poderes que dizem "causa 2(A) a move o alvo 3 espaços". Isso te empolga? Não. Soa realmente vago no papel.

Que tal "trocar de lugar com um aliado como uma ação de movimento", "Explosão Restrita 1, cause algum dano e teletransporte 5 + Mod. de Int. espaços", "ganhe cobertura quando você move mais de 3 espaços" e "ganhe +5 para Furtividade até o fim da sua próxima rodada". Individualmente eles soam muito simples, mas não muito empolgantes.

Então eu vejo meu aliado usar uma ação menor e ativar seu bônus de +5 em Furtividade, realizar uma ação de movimento para trocar de lugar com o guerreiro que está cercado e tomando uma surra, usar o passo do outro mundo para causar dano em todos ao redor e usa o teletransporte que o poder concede para sair do meio dos inimigos como ação padrão, e então rola um teste de furtividade no fim disso por ele ser treinado na perícia e tem cobertura de seu outro poder de bruxo. Ele consegue um resultado alto e os inimigos não conseguem vê-lo.

O guerreiro está salvo, os monstros estão feridos e não podem descontar no cara que acabou de atacá-los, o Mestre está surpreso e o bruxo pode sentar e se tranqüilizar. Afinal, aqueles foram só poderes "por encontro", ele ainda tem seus poderosos poderes de uso diário sobrando.

Que venha a 4E, que venham as opções dentro do jogo. Eu amava sentar e pensar em construção de personagem por horas, mas não acho que vou sentir muita falta disso. Já estou tendo muita diversão jogando esse jogo!



Achei interessante, o que vocês acham (Principalmente aqueles que jogaram)?


Link pra fonte: http://www.rederpg.com.br/portal/modules/news/article.php?storyid=5502
 
Re: D&D 3 ---> D&D 4: Uma perda de opções que no fim, resultou em... mais opções!( ?Ô

Não li tudo, mas ele falou bem da 4e. Então eu concordo! hehehe
 
Re: D&D 3 ---> D&D 4: Uma perda de opções que no fim, resultou em... mais opções!( ?Ô

Que venha a 4E, que venham as opções dentro do jogo. Eu amava sentar e pensar em construção de personagem por horas, mas não acho que vou sentir muita falta disso. Já estou tendo muita diversão jogando esse jogo!


Bem, ele diz que em comparação a antes as opções de construção de personagem diminuiu. Porém, creio que isso pode se apenas temporário. Acredito que com os suplementos que virão, mais e mais opções virão, apesar de talvez não chegue a tanto quanto antes (devido a milhares de combinções de classes e talentos).


Esse post do carinha da enworld parecem confirmar as minhas suspeitas, que apesar da aparente simplificação até nas descrições, a prática do jogo promete estar bem melhor e mais interessante que antes, no geral.

^_^
 
Re: D&D 3 ---> D&D 4: Uma perda de opções que no fim, resultou em... mais opções!( ?Ô

Eu li esse tópico quando foi criado no fórum do ENWorld. Demorou 3 páginas de puro massacre e flamming pra cima do cara até entenderem que ele tava falando bem do jogo :lol:

Mas sobre o lance da mudança nas perícias... o Scott Rouse comentou no ENWorld, na época do lançamento do Star Wars Saga Edition, que a Wizards fez uma pesquisa numa GenCon e mais de 90% dos entrevistados responderam que, quando têm uma perícia importante, sempre a maximizam.
 
Re: D&D 3 ---> D&D 4: Uma perda de opções que no fim, resultou em... mais opções!( ?Ô

Confirmou minhas suspeitas, tudo isso.

Eu vi tudo o que tinha por aí antes do lançamento e pensei: acabaram com a 3º Edição. Isso tá legal, isso tá legalzinho, mas vai ficar uma merda se juntar tudo.

Aí chegou meu PHB, eu dei uma lida rápida e... wtf.

Mas depois que eu li tudo, e pensei em como ficaria no jogo, e o pessoal começou a fazer as fichas pra começarmos a jogar eu pensei: pode funcionar.

E funciona.
 
Re: D&D 3 ---> D&D 4: Uma perda de opções que no fim, resultou em... mais opções!( ?Ô

Perfeito! Era exatamente isso que eu queria dizer a um amigo fundamentalista, que ainda não acredita no novo profeta Mike Mearls... Só acho que não vou conseguir que ele leia o artigo, mas dá para falar a maior parte...
Realmente, o jogo pode parecer legal lendo, mas só jogando você tem uma idéia de quão legal ele realmente é. No Dia D RPG, todas as dúvidas que eu pudesse ter sobre a superioridade da 4E desapareceram.
 
Re: D&D 3 ---> D&D 4: Uma perda de opções que no fim, resultou em... mais opções!( ?Ô

:babar:Hmm... caramba essa 4ª edição ainda vai dar pano pra manga pelo jeito :yep: pelo que o cara disse o negócio está mais pra interpretação mesmo, ahh mas que se dane, eu quero jogar om aquela raça nova de meio- dragões :babar:


Não sério aco bem legal terme dado uma padronizada nas classes e tal, dá pra sair jogando rapidinho agora e ficou mais prático.
 
Re: D&D 3 ---> D&D 4: Uma perda de opções que no fim, resultou em... mais opções!( ?Ô

Lançarem os suplementos mais tarde ou o simples fato de lançarem poucos deve fazer os jogadores trabalharem mais na adaptação de suas classes favoritas do 3.0 ou 3.5 para o 4E, é só esperar o documento que explica a transformação. :mrgreen:
 

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