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Cultura Numenoriana entre os Guardiões

De fato, vocês estão com a razão, eu tentei, e só depois vi que que descambei para a analogia. Enfim, voltamos ao ponto de partida sobre a questão da cultura entre os Guardiões da Terceira Era. Tive de ler o Silma e o volumes do SdA, mas por alto, e tem muito poucas informações sobre os costumes númenorianos preservados entre eles, além daqueles mantidos por Elrond em Valfenda, por Denethor II em Gondor - embora este não admita - em Dol Amroth por Imrahil ou em Annúminas.
Bem interessante a origem da palavra xénos, talvez explique um pouco a atitude reservada dos Guardiões quando estão entre os povoados da T-m. Creio que sabiam que eram mal-vistos pela maioria, por desconhecerem sua origem.
 
Desculpem a ausência na discussão, que foi muito boa aliás, porém sem resultados satisfatórios. :-(

Nada de específico ou geral no comportamento dos Guardiões do Norte que possa remeter à cultura de Númenor? Talvez algum ritual? (não somente religioso)
 
Fica difícil, ao menos na área lingüística, área que o Aracáno "gostamos" muito, tem alguma característica. É interessante notar, que eles não esqueceram o seu passado, a sua língua Westron, era mais aparentada com a língua de Númenor, com menos brilho que em Gondor, mas ainda assim um tipo raro.

Vale lembrar, que por mais que eles só tivessem contato com elfos em Valfenda, e em Valfenda falavam Sindarin (falavam Quenya também, mas na 3ª Era, cada vez mais raramente), os Guardiões, ao menos alguns da descendência de Arnor, lembravam do Quenya. Ao meu ver, isso é um fator muito importante, como em Númenor o quenya fora proibido, ele só chegou à Terra-Média-Mortal com os Fiéis. Logo, os homens guardaram esta pequena herança, que foi mantida em Arnor, quase perdida, mas mantida com os Guardiões.
 
Os únicos vestígios da cultura númenoriana mantidos pelos Guardiões na Terceira Era, foram aqueles legados por Valandil (acho que era esse o nome do pai de Elendil) e os amigos-dos-elfos: o de manterem-se fiéis a Eru, a combaterem todas as criaturas a serviço do Senhor do Escuro e a auxiliar todos os povos que encontravam-se sob o domínio dele.
 
As influências citadas já eram esperadas de certa forma. Falo de algo mais cotidiano, algum comportamento do "dia-a-dia" que remeta à ancestralidade numenoriana.

Talvez tenham percebido alguma passagem que tenha me fugido nos livros.
 
As influências citadas já eram esperadas de certa forma. Falo de algo mais cotidiano, algum comportamento do "dia-a-dia" que remeta à ancestralidade numenoriana.

Talvez tenham percebido alguma passagem que tenha me fugido nos livros.

Seria mais fácil falar o que eles não poderiam fazer na Terceira Era. Navegar, entoar canções à Ërarendil, somente em Valfenda faziam isso, nem visitar Annúminas, Erech etc. Do cotidiano, além dos conhecimentos em medicina, não há nenhuma descrição detalhada dos hábitos de um Guardião. A não ser que você vá considerar a descrição do ranger em livros de RPG. E as descrições que Gandalf faz sobre os Guardiões no SdA: As Duas Torres.
 
Só por nota mesmo, Valandil era o filho mais jovem de Isildur e foi o Terceiro Rei de Arnor, Amandil que era pai de Elendil. (nomes parecidos)
As relíquias eram o Anel de Barahír, os fragmentos de Narsil, a Coroa Alada, e o cetro de Annúminas.
Mas como muito bem colocado por Istimo, é parte da cultura de um povo sua língua, e os guardiões mantiveram vivos os termos em quenya, como é sabido pelo uso de Aragorn do quenya (mesmo sendo ele um estudioso destes temas em particular), creio que os demais guardiões ao menos soubessem saudações e alguns costumes que devem ter-se mantido no Alto-Élfico.
Além disso sabiam o sindarin usado na Casa de Elrond, o último abrigo a eles no contexto desta discussão. O westron possuía suas particularidades, o idioma realmente falado pelos personagens no SdA e, de fato, o idioma no qual o Livro Vermelho foi originalmente escrito, era chamado adûni, nome que Tolkien traduziu em inglês como westron. Tolkien explica: "O idioma representado nesta história pela nossa era o westron ou 'língua geral' do oeste da Terra-Média na Terceira Era. No decorrer dessa era, tornara- se o idioma nativo de quase todos os povos falantes (exceto os elfos) que habitavam dentro dos limites dos antigos reinos de Arnor e Gondor, isto é, ao longo de toda a costa, desde Umbar até a Baía de Forochel, ao norte, e as Montanhas Nevoentas e o Ephel Dúath no interior. Propagara-se também para o norte, subindo o Anduin, ocupando as terras a oeste do Rio e a leste das montanhas, até os Campos de Lis. À época da Guerra do Anel, no final desta era, esses eram ainda os seus limites como língua nativa." (Apêndice F) Enquanto que o westron de Gondor possuía um sabor arcaico, os hobbits falavam um dialeto rústico do mesmo. É afirmado posteriormente que o westron também era usado como um segundo idioma por todos aqueles que ainda mantinham uma fala própria, tais como os drúedain (woses) e os rohirrim. Até mesmo os orcs usavam uma forma deturpada de westron quando era necessário. Em Mordor, Frodo e Sam compreenderam o que os dois orcs que estavam tentando farejá-los estavam dizendo um para o outro, pois "sendo de raças diferentes, usavam a língua geral à sua maneira" (SdA3/VI cap. 2).
Em origem, o westron era "uma fala humana, embora enriquecida e suavizada sob influência élfica. Era originalmente o idioma daqueles que os Eldar chamavam de Atani ou Edain, 'Pais dos Homens', sendo especialmente a gente das Três Casas de amigos-dos-elfos que chegou ao oeste, em Beleriand, na Primeira Era". Na Segunda Era, o adûnaico de Númenor era falado nos fortes e portos que os númenoreanos mantinham na costa da Terra-média, "e, misturado com muitas palavras das línguas de homens inferiores, transformou-se numa língua geral que se espalhou ao longo da costa, entre todos que mantinham contato com o Poente" (Apêndice F).

Quanto as colocações de Elring acerca do cotidiano dos guardiões, apesar de uma forma agostiniana de se fazer, creio que realmente o exílio tenha sido duro, principalmente no momento em foco, com relação a cultura dos Fiéis.
 
A não ser que você vá considerar a descrição do ranger em livros de RPG.

Isso está completamente fora de questão...:tsc:

creio que os demais guardiões ao menos soubessem saudações e alguns costumes que devem ter-se mantido no Alto-Élfico.

Já é alguma coisa. :think:

Aracáno Elessar disse:
Quanto as colocações de Elring acerca do cotidiano dos guardiões, apesar de uma forma agostiniana de se fazer, creio que realmente o exílio tenha sido duro, principalmente no momento em foco, com relação a cultura dos Fiéis.

As colocações foram agostinianas ou a possível enumeração dos costumes é que são agostinianas?
 
Então meu caro amigo Kainof, eu considerei, apenas por ressalte, o uso agostiniano de Elring dizendo o que não é para chegar à resposta do que é, assim como fazia nosso filósofo Santo Agostinho. =]
Não foi nada pejorativo, nem ofensivo, apenas me veio a mente Elring.
Quanto a possível enumeração, bem Kainof, nem havia pensado nisso, caso tenha algo a colocar pra ilustrar, fique à vontade.

Abraços.
 
Então meu caro amigo Kainof, eu considerei, apenas por ressalte, o uso agostiniano de Elring dizendo o que não é para chegar à resposta do que é, assim como fazia nosso filósofo Santo Agostinho. =]

Ah, entendi. :joinha:
É que uma enumeração de costumes pura e simplesmente, em resposta à pergunta que fiz no início do tópico, poderia soar agostiniana também...

Quanto a possível enumeração, bem Kainof, nem havia pensado nisso, caso tenha algo a colocar pra ilustrar, fique à vontade.

É exatamente essa a proposta do tópico não? :mrgreen:
E fui eu quem perguntou primeiro, nem vem que não tem! :D
 
Neste trecho, retirado de um artigo,aqui da Valinor, de Michael Martinez "As Pessoas de Eriador 2000 3017 da Terceira Era", fala um pouco sobre a vida dos Guardiões do Norte.

A próxima evidencia diz respeito aos Homens e Hobbits em geral. Os Guardiões do Norte eram descendentes dos Dunedain de Arnor, os quais, depois da queda do Reino, haviam se tornado protetores dos habitantes comuns de seu antigo reino. Eu presumo que eles viviam em acampamentos pequenos, talvez próximos as antigas cidades chefe nas Colinas Vesperturvo e nas Colinas do Norte, ou ainda viviam em casas Elficas. Eles eram uma pequena família (SDA L2, CII, p.264): por exemplo, os trintas que vieram do Norte em ajuda a Aragorn na Guerra do Anel eram: "... foram todos de nossos parentes que pudemos reunir em pressa." (Halbarad, SDA L5, CII, p.806). Quem eles protegiam? Aragorn no Conselho de Elrond falou a respeito de seus papéis e a quem eles serviam:

"Paz e liberdade, você diz? O Norte as conheceriam um pouco, mas por nós. Que estradas alguém ousaria viajar, que segurança haveria em terras tranqüilas, ou nas casas de homens simples à noite, se os Dunedain estivessem dormindo?" (SDA L2, CII, p.265).

Essa gente "o homem simples", são as pessoas restantes em Eriador (Pequenos e Homens), vivendo em paz em pequenas vilas ou fazendas. Mas como seus guardiões os Dunedain, eles são pouco e escassos. Eriador entre o Rio Lune e as Montanhas Sombrias era menos habitada do que a maioria das partes de Rohan, Gondor, Harad ou Rhun e era desolado em partes. De qualquer forma mais povoamentos sobreviveram do que está diretamente mencionado em O Senhor Dos Anéis. Seus nomes e locação exata são desconhecidos a mim, mas com tudo, eu acho que é possível imaginar suas existências.
 
Muito interessante Elring.
A partir dessa idéia, dos pressupostos de Michael Martinez, baseados em passagens do livro O Senhor dos Anéis, temos uma noção mais clara da cultura dos guardiões, homens simples que habitavam próximos das antes cidades chefe de Arnor.
A habitação em pequenos povoamentos familiares é clara na menção do trecho citado por Martinez (Halbarad, SDA L5, CII, p.806), e a idéia de que haveriam mais povoamentos é totalmente aceitável.
Muito bem colocado Elring, foi um estudo interessante este de Martinez.
 

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