• Caro Visitante, por que não gastar alguns segundos e criar uma Conta no Fórum Valinor? Desta forma, além de não ver este aviso novamente, poderá participar de nossa comunidade, inserir suas opiniões e sugestões, fazendo parte deste que é um maiores Fóruns de Discussão do Brasil! Aproveite e cadastre-se já!

Cultura Numenoriana entre os Guardiões

Kainof

Sr. Raposo
Usuário Premium
Quais os vestígios culturais da outrora fulgurante Númenor que foram preservados pelos guardiões das terras do Norte, dos quais Aragorn era o líder no final da Terceira Era?
 
Quais os vestígios culturais da outrora fulgurante Númenor que foram preservados pelos guardiões das terras do Norte, dos quais Aragorn era o líder no final da Terceira Era?

Vestígio "cultural" eu não sei, mas que eles viviam mais tempo que outros homens eles viviam.
 
Os imigrantes numenorianos em Arnor devem ter passado por um processo muito parecido com os alemães e italianos que vieram para o Brasil no século XIX: manteve muitas coisas, como o estilo arquitetônico e a língua (até um certo ponto), mas a alimentação teve que mudar, já que o solo e a natureza da terra natal é diferente da terra adotiva. Agora, o QUE mudou e COMO, já não sei te responder.
 
A unica coisa que me vem à memoria nesse momento é o uso do Athelas, que ja era conhecido em Numenor e foi trazido pra TM...Fora isso e a longevidade, nao me lembro de muita coisa.
 
Na verdade muita coisa ficou. Vejam que as linhagens nobres se mantiveram, o aprendizado cultural (falaram do uso da athelas, mas na verdade é bem lógico que muito da medicina tenha sobrevivido e tenha sido adaptada as plnatas, ervas, etc próprios da TM), o uso de armas...

Claro que muita coisa foi adaptada e muito caiu em desuso (as habildiades marítimas por exemplo), mas eu creio que seria igual a vida dos europeus quando vinham pra América: mantinham suas culturas o máximo possível e adaptavam o que era muito diferente.
 
Os imigrantes numenorianos em Arnor devem ter passado por um processo muito parecido com os alemães e italianos que vieram para o Brasil no século XIX: manteve muitas coisas, como o estilo arquitetônico e a língua (até um certo ponto), mas a alimentação teve que mudar, já que o solo e a natureza da terra natal é diferente da terra adotiva. Agora, o QUE mudou e COMO, já não sei te responder.

Foi uma colocação interessante. Porém, apesar das culturas pré-existentes na Terra-Média, e dos próprias colônias númenorianas, a relação dos imigrantes foi muito diferente, em âmbito cultural principalmente, pois tiveram sua cultura transformada pela brasileira, e de contra ponto a transformou. Os númenorianos tiveram uma adaptação mais ao clima, e a coisas do tipo, que a contatos culturais. Desta forma é válida sua menção da arquitetura e da língua. Mas caso tivessem chegado em Endor, e encontrado outra civilização, como no caso dos imigrantes do século XIX e XX, teriam sido, de fato, outras mudanças.

As reminiscências estavam arraigadas na mentalidade dos exilados, eles ainda criam numa possível "volta ao lar", e pensaram em habitações provisórias, até um momento no qual, a forte liderança de Elendil, e a realidade, mostrou ser isso nada mais que um sonho.
Eles transplantaram sua cultura para a Endor, e por isso mesmo se intitulavam "exilados" muitas vezes, e mais a frente ainda haveriam resquícios disso na cultura dos Guardiões. Após a queda do Reino de Arnor, talvez alguma mudança tenha se operado, mais de qualquer forma a antiga cultura permanecia viva, como mostra Aragorn em sua atuação na Guerra do Anel.
 
Vale lembrar que uma das motivações que levaram a maioria dos dúnedain a tornarem-se Guardiões foi a Ruína de Isildur. Viajar pelos ermos do Leste, as geleiras do Norte e as florestas estranhas do Sul eram os lugares onde o poder de Sauron se manifestava. E graças a Elrond, o Guardião das tradições esquecidas pelos homens, os dúnedain mantiveram-se fiéis aos seu princípios. E também vale ressaltar a contribuição de Gandalf e dos filhos de Elrond em mantê-los sempre alertas e a prestar auxílio a todos os povos necessitados. Creio que a única cultura que os Guardiões possuíam encontrava-se em Valfenda, em nenhum outro lugar, pelo que eu sei, há vestígios sobre o passado deles.
 
Os Guardiões não eram, em maioria, os remanescentes de Arnor? Falar que eles não tinham cultura além de Valfenda é meio ofensivo. É claro, no final da Terceira Era, pode ser que sim, mas durante bom tempo eles tiveram seu reino (s) e foram tão grandes quanto Gondor, na verdade até maiores; contudo ocorreu de Gondor ter um reino sem um rei, e Arnor, um rei sem reino.
 
De certo, assim como dito por mim, Elring e Istimo, eles são remanescentes de Númenor, e a isso está atrelada sua cultura. Mesmo após todos discidentes ocorridos em Arnor, Elrond ainda viria a manter viva a memória dos dúnedain, guardou o cetro de Annúminas e a Coroa Alada, além do Anel de Barahír, entregue à Aragorn durante seu crescimento. Desta forma os dúnedain ainda poderiam lembrar de suas origens, de seu passado, sua tradição. Obviamente esse passado manteve-se vivo também no período regencial de Gondor, e entre a maioria dos Homens do Oeste, que tratam com muito esmero sua tradição.
 
Mas a cultura é algo muito mais abrangente do que a história e os costumes do seu povo. Creio eu que toda arquitetura, devossão aos valar (como uma religião por assim dizer), agricultura, a fabricação de barcos, a pesca, calendário, habitos do cotidiano, escrita, música, a lingua Anduanica que se transformou no Westron (lingua Geral), enfim, foram todos costumes adotados naum soh em Arnor mas em Gondor também, costumes que regiam a Casa de Amandil em Númenor.

O interessante é a nostalgia sentida pelos habitantes de Arnor devido ao esplendor vivido outrora em Numenor, isso explica o fato de que a história de seus antepassados era algo muito sagrado e focado, passado de pai para filho como um talismã. Por isso há essa impressão de que o passado era a única coisa que sobrou do que havia da cultura numenoriana, mas é um pensamento equivocado
 
Em nenhum momento disse que "sobrou o passado", mas sim que eles viviam como se Númenor ainda existisse, no início do "exílio". Essa é a visão dos númenorianos recém chegados na Terra-Média, não minha opinião.
Quanto a cultura, a arquitetura foi citada em posts anteriores, e a devoção aos Valar, porém eles não a tinham de forma direta, apenas a Eru, em Meneltarma, faz parte da história do povo númenoriano, a questão que se equivoca é: a cultura faz parte da história de um povo. Estudar ambos, de forma separada, nos leva a um erro "ingênuo" de descontextualizar, e em suma, ver apenas "um dos lados" de uma questão.
 
Os Guardiões não eram, em maioria, os remanescentes de Arnor? Falar que eles não tinham cultura além de Valfenda é meio ofensivo. É claro, no final da Terceira Era, pode ser que sim, mas durante bom tempo eles tiveram seu reino (s) e foram tão grandes quanto Gondor, na verdade até maiores; contudo ocorreu de Gondor ter um reino sem um rei, e Arnor, um rei sem reino.

Concordo, Istmo, e exatamente por terem essa ascendência númenoriana e pertencerem a linhagem de Elendil, os Guardiões não poderiam andar por aí ostentando qualquer vestígio de sua majestade. E Sauron não esqueceu o ódio que sentia por Elendil e seus filhos e sabia que sua ruína viria daquela família. Em nossa própria história houve diversas situações semelhantes, onde as famílias reais, após a invasão aos seus reinos, eram obrigadas a abdicarem de seus títulos e posses para poderem escapar com vida.
 
a cultura faz parte da história de um povo. Estudar ambos, de forma separada, nos leva a um erro "ingênuo" de descontextualizar, e em suma, ver apenas "um dos lados" de uma questão.

Com certeza. Essa relação entre cultura e história é extremamente tenue e seus caminhos são entrelaçados. Essa era a ideia que eu quis passar, pois apesar de ser um erro "ingênuo" é um erro extremamente grave e que nos leva a conclusões distorcidas e distantes da realidade. Da mesma forma que a plenitude do pensamento a cerca da Tm não é completo sem analisar em conjunto a cultura dos povos e sua história.
 
Perfeitamente dito. =]
São nessas horas que me alegro com as discussões, e o comprometimento de certos membros, como Falca, com a produção do conhecimento.
De certo, assim como visto pela crítica à historiografia do século XIX, feita pelos autores da famigerada Escola dos Annales, não há verdade absoluta, e conhecimentos esgotáveis.
 
Árcano disse bem, não há verdades absolutas e concordo com Falca_Br. Porém, um detalhe da pergunta, muito bem colocada por Kainof, pode mudar muita coisa. Os vestígios da cultura numenoriana preservados pelos Guardiões na Terceira Era, dos quais Aragorn era o líder. Se a pergunta fosse sobre os dúnedain em Eriador ou em Gondor, tudo bem, tudo o que postaram está perfeito. Observem que "Guardião" é uma designação das funções exercidas pelos dúnedain do Norte para auxiliarem Gandalf em suas tarefas; entre as quais, vigiar Eriador. Fora de Valfenda, não lembro de qualquer outro lugar onde os Guardiões tenham deixado sua marca, além dos lugares que eles mesmos visitavam e que pertenciam aos seus antepassados.
 
Existindo ou não, e quero que entenda que não pretendia revogar sua idéia, apenas colocar um "porém" que achei necessário, a questão é que essas civilizações de fato não interagiram com os númenoreanos da mesma forma que a sociedade brasileira e seus costumes agiram sobre os imigrantes.
Os númenoreanos vieram com a intenção de colonizar, e não de oferecer sua força de trabalho, como no caso dos imigrantes, sendo assim a relação intercultural é muito diferente.
Os imigrantes de fato contribuiram para a formação cultural de seu momento histórico, não haveria como serem simplesmente engolidos pela "cultura" brasileira, assim como os bárbaros não foram engolidos por Roma, nem as reminiscências romanas pela Idade Média.
Porém, o trato é diferente, sendo que os númenoreanos não tinham vínculo econômico com esses povos da mesma forma que os imigrantes, que eram semi-escravos, carregavam uma dívida que muitas vezes não seria jamais paga, em troco de seu serviço, ou seja, sua cultura era absorvida como algo trivial, e adaptado ao "modo brasileiro". Mesmo sendo um pequeno quesito, ele muda toda forma de relação intercultural.
Os modos númenoreanos em momento algum foram adaptados ao "modo dos povos de Eriador", por mais que eles tenham adaptados para sua cultura o modo de Eriador. Mais uma vez, digo que sua comparação não é inválida, não a estou negando, mas dizendo que deve ser vista cuidadosamente. Ao menos, eu não a usaria.
 
Concordo com o Aracáno, mesmo existindo algumas semelhanças, as diferenças entre a comparação cresce as vistas. Sem mencionar, os imigrantes tinham já por base uma cultura que, embora não muito, era forte. Tanto o foi, que até hoje, nas áreas em que eles mais se situaram, sua cultura é lembrada. Quem nunca foi / viu uma casa em estilo Alemão / Europeu. Ainda hoje famílias mantém seus costumes.

Sendo de família grega, posso falar que por mais que a cultura seja mudada, e de certa forma enriquecida, a cultura daqueles imigrantes ainda pode ser vista. Principalmente em uma família como a minha, que mesmo morando em outro país e sendo na verdade os imigrantes, chamam os não-gregos de ξένος / ξένοι "estranhos"; sim é uma atitude um tanto, com o perdão do trocadilho, Xenofóbica.

Mas, os povos da Terra-Média, tinham sua cultura, só que ela foi, de certa forma, suprimida pela esmagadora cultura dos Númenóreanos, que eram chamados até de deuses. Mas, é algo como a América dos Astecas, Incas e Maias, contra os Espanhóis; a cultura foi esmagada, e suprimida. Embora, no princípio, os Númenóreanos não fossem tão violentos. Anyway, algo da cultura Americana passou e foi adquirida pelo mundo Ocidental, o chocolate é um exemplo, a bebida sagrada feita de cacau, que hoje é consumido pelo mundo todo.
 
Sim, de fato não desejei desmerecer a comparação de ninguém, mas ao fazer uma analogia, deve-se de fato ter muito cuidado.
Como mencionou Istimo, as relações interculturais existem, de formas esmagadoras, ou tênues. No caso dos exilados a influência deles sobre os os nativos de Endor foi esmagora, porém a recíproca tênue. Não há dúvidas que os Reinos de Gondor e Arnor tenham adaptado muito da cultura dos habitantes de Endor para si, porém eles mantiveram viva sua cultura, e impuseram e foram aceitos como "nobres senhores de terras distantes", suplantando muitas vezes culturas pré-existentes, onde então a analogia de Istimo com relação a Ámerica Espanhola e o relacionamento dos europeus com os nativos é válida. Mas não gosto muito de analogias, a não ser em última essência explicativa. =]

ps: Achei muito interessante Istimo a menção da idéia de xénos (pl. xénoi), e creio que essa idéia ainda seja "bem viva" na Europa Ocidental, sendo uma reminiscência do mundo antigo, claro, com devidas mudanças e adaptações.
 
Última edição:

Valinor 2023

Total arrecadado
R$2.434,79
Termina em:
Back
Topo