Patrah disse:
Só uma perguntinha: Alguém gostaria de viver num país controlado pelo mesmo regime, sem eleicões, vendo a cara do mesmo dirigente, ouvindo os mesmos discursos, durante 42 ANOS!!!!!!!!!!!!!!!!
Viver num país onde pra você sair/viajar, têm que "provar"pra onde vai e ainda tem que ter prazo pra voltar, se naum volta no prazo, é proibido de entrar de novo!
Conheco uns estudantes from Cuba, que vieram estudar numa universidae aqui no Brasil, eles me contaram que se resolverem ficar de vez aqui, naum podem voltar nem p/rever a familia....
Fidel Castro no inicio tava c/tudo, só que isso já acabou, o tempo dele já acabou e ele naum se deu conta disso....
Ele estagnou. Acredito que um governo deve fazer de tudo p/melhorar seu país e dar chance de todos participarem sempre visando o bem estar do país. O que naum pode ocorrer é impedir a liberdade de expressaum. É como falei, Fidel já deu sua parte, deveria ter ficado no poder o normal que um dirigente fica, e dado chance a outros de continuar a progredir.
Fidel já era.
Sim, Cuba tem grandes problemas, mas talvez isso seja inevitável, fruto do processo que se implantou. Cuba se tornou socialista por meio de uma revolução, e uma revolução necessita de um poder central forte, como qualquer outra guerra. E assim Fidel deteve muito poder para fazer a revolução e construir o novo país nos anos subsequentes. Esse poder deveria diminuir aos poucos até Fidel se retirar do poder, mas Cuba manteve-se em um estado permanente de alerta, pois não houve tregüa em nenhum momento. Em 59 mesmo houve boicote ao açúcar, de que Cuba é e sempre foi dependente, em 61 foi invadida na Baía dos porcos, e viveu sob essa ameaça sempre. Isso levou Cuba inevitavelmente a se refugiar com a URSS, a única que poderia protegê-la. Aí Cuba foi arrastada para o Stalinismo e a Guerra Fria, e se tornou instrumento dos soviéticos. Disso resultou a estrutura política de Cuba. E em quase todos os países socialistas ocorreu algo parecido. O processo da revolução leva a essas distorções.
Mas antes de atacar a ditadura cubana temos que ter consciência que Cuba nunca foi democrática, e provavelmente nunca seria se nunca houvesse a revolução. Os êxitos sociais não podem ser negados, nem os seus custos. Será que os fins não justificam os meios? Será que o fim do nazismo não justifica a II Guerra? Eu não tenho resposta, mas acho que cada povo tem o direito de decidir por si próprio. Alguém apoia Fidel, disso não tenho dúvida, alguma parcela do seu povo. Podem criticar isso como sendo fruto do culto a sua personalidade, mas o mesmo pode ser dito a quase todos os governantes "democráticos".
O governo de Cuba é legítimo? Sim, foi implantado com amplo apoio popular, por meio de uma revolução popular. Ele é democrático (o povo como detentor do poder)? Não, quem governa é a "inteligentzia", com objetivos não necessariamente os mesmos do povo, muitas vezes os subordinando a ideologia que seguem. É justo? Só o povo de Cuba pode responder isso. A visão de fora é deturpada por inúmeros preconceitos.
Ecthelion. O socialismo, utopico ou nao, e' diferente do anarquismo. Anarquia e' falta de governo. Socialismo e' presenca de governo As duas coisas nao se batem muito bem...
O objetivo dos dois é o mesmo, o fim da opressão e das classes sociais, mas o processo é diferente. Os comunistas pretendem chegar a este fim de forma gradual, com o enfraquecimento contínuo e prolongado do Estado até o seu fim. O anarquismo prega o seu fim imediato, pura e simplesmente.
Uma coisa que eu quero esclarecer é que o marxismo não é utópico, é científico. Ele foi criado após e através de uma reflexão histórica perfeita (com o que se conhecia até o momento). Foi criado com o intento de ser científico. Marx praticamente criou a História atual, materialista e analítica, baseando-se na análise da estrutura econômica econômica e social. Ela pode até ser falha (não estou afirmando isso, apenas admitindo a possibilidade) mas não seria por se basear em argumentos irreais e utópicos, como seus antecessores.
2. As ações violentas só serviram para reforçar a ditadura, criando um pretexto para toda espécie de medidas excepcionais, sendo a principal delas o AI5. Foram as ações pacíficas, coordenadas por entidades da sociedade civil (como a Igreja e a OAB), combianadas com as crises econômicas no final dos anos 70 e 80 que deslegitimaram de vez a ditadura militar.
Não é verdade, as guerrilhas urbanas só começaram pra valer depois da promulgação do AI-5, em 68. Antes a luta contra a ditadura se deu por protestos públicos, que foram os motivos pra o aumento da repressão. Os protestos foram substituídos após o fracasso dessas manifestações devido a repressão violenta, como a matança de vinte e oito pessoas em uma passeata. Claro que depois das guerrilhas a repressão tornou-se ainda maior, mas ela já era muito intensa.
Cain, onde eu posso ler sobre a Líbia? Confesso que não sei nada sobre ela.