-Jorge-
mississippi queen
Nesta obra, Guy Delisle, autor de Pyongyang e Shenzhen, narra os 14 meses que passou em Myanmar, país sob uma ditadura, para onde vai acompanhando a mulher Nadège, que trabalha na Médicos Sem Fronteiras, e com o filho.
Capítulos sobre fatos cotidianos se alternam com capítulos sobre a situação do país. Dá para ter uma ideia da história recente do país: colonização britânica e a invasão japonesa durante a Segunda Guerra; e da contemporânea sob a ditadura: blecautes, censura, disputas políticas no exército, interesses comerciais estrangeiros (como o escândalo Yadana citado por ele, mas não nomeado), a desconsideração pelo povo, enfim, sempre o que se vê em ditaduras.
O texto da contra-capa diz que ele: "traça um retrato atemporal, incisivo e sensível de Myanmar" o que eu acho um grande exagero. Para mim, se parece mais com o que ele diz no final: "tenho a impressão de ter visto o que tinha para ver", ou seja, a obra traz só alguns pontos sobre Myanmar, não chega a ser algo muito amplo, nem muito profundo. Não há denúncia. Falta o sentimento de revolta de uma denuncia. Daí que fiquei sem entender o endeusamento do Guy Delisle pelo Eduardo Medeiros do Mondourbano. Acho que vou ter que ler os outros livros para entender.
Pessoalmente, acho que os capítulos sobre situações cotidianas de Guy Delisle são bem melhores que os capítulos em que ele fala sobre a condição do país. Ele é muito tranquilão. Demais até. E meio bobo. Não dá para gargalhar, mas dá para achar graça.
Uma outra coisa é que depois de ler as Crônicas Birmanesas, fiquei com muita vontade de ler os Dias na Birmânia do Orwell para descobrir porque é que ele saiu de lá.
Recentemente, o Guy Delisle estava em Jerusalém e criou um blog com algumas imagens bem legais de lá.
No final, acho que vale a pena ler.
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Capítulos sobre fatos cotidianos se alternam com capítulos sobre a situação do país. Dá para ter uma ideia da história recente do país: colonização britânica e a invasão japonesa durante a Segunda Guerra; e da contemporânea sob a ditadura: blecautes, censura, disputas políticas no exército, interesses comerciais estrangeiros (como o escândalo Yadana citado por ele, mas não nomeado), a desconsideração pelo povo, enfim, sempre o que se vê em ditaduras.

O texto da contra-capa diz que ele: "traça um retrato atemporal, incisivo e sensível de Myanmar" o que eu acho um grande exagero. Para mim, se parece mais com o que ele diz no final: "tenho a impressão de ter visto o que tinha para ver", ou seja, a obra traz só alguns pontos sobre Myanmar, não chega a ser algo muito amplo, nem muito profundo. Não há denúncia. Falta o sentimento de revolta de uma denuncia. Daí que fiquei sem entender o endeusamento do Guy Delisle pelo Eduardo Medeiros do Mondourbano. Acho que vou ter que ler os outros livros para entender.


Pessoalmente, acho que os capítulos sobre situações cotidianas de Guy Delisle são bem melhores que os capítulos em que ele fala sobre a condição do país. Ele é muito tranquilão. Demais até. E meio bobo. Não dá para gargalhar, mas dá para achar graça.
Uma outra coisa é que depois de ler as Crônicas Birmanesas, fiquei com muita vontade de ler os Dias na Birmânia do Orwell para descobrir porque é que ele saiu de lá.
Recentemente, o Guy Delisle estava em Jerusalém e criou um blog com algumas imagens bem legais de lá.
No final, acho que vale a pena ler.
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