*¤Lothíriel¤*
Usuário
Pronto, traduzidinhu, espero q gostem!
Ringer Lee nos manda esse review CHEIO de SPOILER de RdR
Uma perspectiva de um amante do livro: review de RdR da exibição antecipada na KCET Public Television evento beneficente, Dec. 5. 2003
Um aviso antecipado: este review foi feito sob a perspectiva de alguém que tem um caso de amor com ‘O Senhor dos Anéis’ há 27 anos. Também é feito por alguém com alto treinamento em análise literária, e que portanto tem um alto nível em qualquer tipo de narração de história. Então se você não leu os livros, ou não liga muito para a coerência temática e consistência lógica em suas estórias, este review não vai significar muita coisa pra você. Por outro lado, eu não sou um purista que exige uma adaptação fiel do livro: existem diferenças óbvias entre obra impressa e cinema que exigem mudanças, e claro que Peter Jackson e outros tinham que fazer um livro que vendesse bem. Portanto este não é um review feito por alguém que rejeita qualquer mudança do original. Mas cara, se você vai mudar elementos de um dos livros mais bem escritos e bem vendidos de todos os tempos, é melhor Ter uma boa razão, e é melhor fazê-lo direito.
Saiba também: Eu não vou privá-lo dos spoilers inclusos porque, francamente, se você ama o livro, é melhor você ser avisado com antecedência das mudanças que você provavelmente não vai gostar. Assim você pode se concentrar no que deu certo no filme ao invés de se distrair e perturbar com as mudanças inesperadas. Eu queria Ter sabido antes das coisas que me incomodaram, pois assim eu poderia Ter conseguido deixá-las passar despercebidas mais facilmente. Este review não vai revisar o filme cena por cena (isso, pra mim, é que seria spoiler) mas concentrar-se nos fatos inesperados—bons e ruins—que não valeram a pena.
Como a maioria dos fãs sabe agora, o filme começa com o achado do Anel por Deagol, e o assassinato que inicia a queda de Sméagol. É um ótimo jeito de começar o filme, levando-nos de volta à história do apego ao Anel, e nos lembrando o que é aquilo que Frodo tanto teme. Infelizmente, Andy Serkis exagera na interpretação de Smeagol como um idiota sem juízo de sorriso arreganhado, e os efeitos especiais desta cena estão bem abaixo do costumeiro nível extraordinário da WETA, então a efetividade da cena está diminuída. Mas a luta que leva ao assassinato de Deagol é arrepiante e poderosa.
Quando o filme passa pra Frodo, Sam e Gollum em Mordor, nós temos o início de uma interessante expansão e mudança da obra original de Tolkien. O que os cineastas fazem, para que nós tenhamos mais coisas pra ver do que os hobbits caminhando penosamente por dias seguidos, é tornar o conflito entre esses três mais eletrizante. Nós vemos mais da conspiração de Gollum; mais de Sam vendo Gollum conspirar; e mais de Frodo recusando-se a ver a verdadeira ameaça de Gollum. De fato, o roteiro vai tão longe a ponto de Gollum alertar Frodo de que Sam iria se oferecer para carregar o Anel (o que ele faz logo depois), e acusar Sam de roubar lembas que havia sumido. O resultado é que Frodo manda Sam voltar para casa, e encara Laracna sozinho. Seria plausível Frodo sair andando com Gollum, sem ao menos uma mochila nas costas, enquanto Sam, chorando, começa a descer as escadarias? Não muito. Mas a dinâmica funciona mesmo assim pois se encaixa na lógica do desenvolvimento do personagem. Frodo já está desconfiado, portanto é fácil enxergar por quê ele cairia no truque de Gollum; Sam é amoroso e simples demais para saber como combater a complexa traição de Gollum. E a dor que cada um deles sofre com esta separação é comovente e verdadeira.
E claro que Sam não vai pra casa, mas volta, e ao fazê-lo reintegra a história à jornada dividida por esses dois seres corajosos. De fato, a jornada final através de Mordor, apesar de muito diminuída (quanto de rastejo e sede pode um cineasta representar?), é extremamente bem feita, e bem fiel ao livro.
Você já deve saber que nós não veremos a morte de Saruman. Nos teremos uma breve parada em Isengard, e um pulo no 'Escombros e Destroços' (meu capítulo favorito em ADT), quando os levemente bêbados Merry e Pippin recebem o grupo vindo do Abismo de Helm. Mas a própria brevidade das visita – nós só ficamos lá o tempo suficiente para Pippin encontrar o palantir, e para Gandalf dizer a Barbárvore para não machucar Saruman— é frustrante. Eu trocaria com o maior gosto sete minutos de Olifantes e orcs nos Campos do Pellennor pela conclusão da negociação com Saruman, que foi o causador de tanto sofrimento e morte no filme anterior. Ao deixá-lo de lado como 'problema do passado,' o filme me faz sentir, ao invés disso, como se ainda houvesse problemas serem resolvidos.
Entretanto, o maior detrimento em relação à história original acontece na representação de Denethor. Está perdido o nobre, apesar de arrogante, Regente, com sua visão aguçada. Ao invés disso temos um porco nojento de homem, que não quer acender os faróis para pedir ajuda a Rohan (nunca sabemos o por quê), fazendo necessária uma cena absurda na qual Gandalf faz Pippin escalar secretamente uma altura insana a fim de acender o primeiro farol. Ao invés de filmarem o magnífico momento em que Faramir dá notícias a seu pai, na frente de Gandalf e Pippin, e revela que viu hobbits em Ithilien, Gandalf leva Pippin consigo em Scadufax para resgatar os cavaleiros em retirada de Osgiliath. Os cineastas tentam claramente achar um modo de Faramir ver um hobbit, para então poder contar a Gandalf. Mas na lógica do enredo, isso é simplesmente ridículo (por que você levaria um hobbit consigo para cavalgar contra um Nazgûl com quem você pretende lutar com a luz de seu cajado?), e elimina a chance de termos Faramir em dúvida entre Gandalf e Denethor, e forçado a admitir a seu pai que ele deixou o Anel escapar. Ao invés disso, temos Denethor, que parece ignorar completamente tudo o que está acontecendo, comendo porcamente enquanto manda Faramir sair em uma missão suicida para recuperar Osgiliath, por nenhuma outra razão a não ser a que ele odeia o filho. David Wenham faz um ótimo trabalho mostrando a dor de Faramir com a crueldade de seu pai; John Noble mastiga o cenário tão absurdamente quanto ele mastiga seu frango com tomates.
Mas aqui vem o pior – quando os orcs chegam a Minas Tirith, Denethor enlouquece e manda seus soldados abandonarem seus postos. Como Gandalf lida com isso? Ele USA SEU CAJADO PARA DAR PORRADA NO REGENTE DE GONDOR. Gandalf, que incorpora sabedoria e só usa da violência quando é fisicamente atacado, é reduzido a alguém que utiliza a matança para lidar com o covarde e nojento. Este foi pra mim o ponto baixo do filme; Eu estava tão pasmo quanto à desnecessária redução de um complexo personagem, e do seu efeito contorcido em outros personagens do filme, que eu queria sair do cinema. Ao mudarem Denethor, por nenhuma boa razão, os cineastas sacrificaram um conflito dramático verdadeiro por uma excessiva polarização “Denethor MAU, pode apanhar; Gandalf bom, não importa o que ele faça”. E você consegue imaginar os soldados de Gondor obedecendo Gandalf após o terem visto bater em seu líder?
O outro personagem que sofre mais danos pela edição revisada do filme é Elrond. Nós sabemos que ele é contra a escolha de sua filha – como não seria? Mas em RdR ele se torna um tamanho pessimista que alguém deve pensar por quê ele chegou a reunir seu Conselho; Afinal ele parece pensar que o lado do bem não pode ganhar, então por que se incomodar em tentar? A fim de dar a Elrond alguma coisa pra fazer, e aumentar a tensão dramática, ele leva Andúril a Aragorn em Dunharrow (?), junto com o aviso de que Arwen está morrendo: a força de sua vida, diz ele, está agora ligada ao Anel, então se Aragorn falhar e o Anel não for destruído, esse será o fim de Arwen. Hein?!?! Não serve pra nada essa pequena complicação de enredo; não é mencionada novamente, e não faz sentido em relação a tudo mais que acontece antes e tudo mais que acontece depois. Essa mania de criar perigo e conflito demais a fim de deixar a história mais interessante atinge seu pico mais absurdo aqui.
Há muita coisa que o filme deixa de lado, claro, por triste necessidade. Aqui estão algumas coisas que você deve esperar NÃO ver, que você pode Ter esperado e ficaria desapontado em perder:
· Merry prometendo fidelidade a Théoden, ou qualquer coisa sobre isso
· Éomer lamentando por seu tio no campo de batalha (apesar de que eles devem ter filmado isso, pois eu já vi fotos desta cena) ou assumindo o posto de Rei de Rohan
· O casamento de Aragorn e Arwen (apesar de nós vermos seu encontro no dia da coroação)
· Nada relacionado a Faramir e Éowyn após Faramir ser resgatado da Pira e Éowyn Ter salvado Théoden (exceto que eles ficam lado a lado, sorrindo, durante a coroação)
· A separação dos membros da Sociedade, a não ser os Portos Cinzentos.
Em soma: Apesar de Ter tido vários momentos excelentes e comoventes neste filme, incluindo os Portos Cinzentos, eu saí sentindo que Peter Jackson e outros se distanciaram muito de uma evocação à história original, e aproximaram-se mais de um filme de ação e aventura excessivamente “animado” e Hollywoodiano. Sutileza e complexidade crescentemente deram lugar a contrastes simples e exagerados conflitos dramáticos. As temáticas de perda que são a alma do livro são minimizadas: vemos apenas os preços pagos por Arwen e Frodo por suas escolhas, e Arwen aparenta estar feliz o suficiente no final que até seu sacrifício é minimizado. E onde há coerência temática – como quando Frodo acorda após ser resgatado da “lava” da Montanha da Perdição, numa cena bem parecida com aquela em que ele acorda em Valfenda – o filme passa para uma conclusão rápida, mostrando um monte de hobbits felizes rindo e se abraçando. E quando RdR deveria voltar ao tema de heróis e contadores de estórias que Sam evoca no final de ADT, ele não o faz, perdendo outra oportunidade de desenvolver suas próprias idéias.
Espero que este review ajude a outros amantes da trilogia a estarem preparados; talvez, se você estiver, você será capaz de tolerar o que está errado e apreciar melhor o que está certo. Ainda é uma coisa maravilhosa a Terra-Média ter ganho vida!
Lee
PS: sei lah o q fica mais estranhu: " a terra-media ter ganho vida" ou "a terra-media ser trazida à vida"
mas enfim, vcs entenderam a msg neh??
Ringer Lee nos manda esse review CHEIO de SPOILER de RdR
Uma perspectiva de um amante do livro: review de RdR da exibição antecipada na KCET Public Television evento beneficente, Dec. 5. 2003
Um aviso antecipado: este review foi feito sob a perspectiva de alguém que tem um caso de amor com ‘O Senhor dos Anéis’ há 27 anos. Também é feito por alguém com alto treinamento em análise literária, e que portanto tem um alto nível em qualquer tipo de narração de história. Então se você não leu os livros, ou não liga muito para a coerência temática e consistência lógica em suas estórias, este review não vai significar muita coisa pra você. Por outro lado, eu não sou um purista que exige uma adaptação fiel do livro: existem diferenças óbvias entre obra impressa e cinema que exigem mudanças, e claro que Peter Jackson e outros tinham que fazer um livro que vendesse bem. Portanto este não é um review feito por alguém que rejeita qualquer mudança do original. Mas cara, se você vai mudar elementos de um dos livros mais bem escritos e bem vendidos de todos os tempos, é melhor Ter uma boa razão, e é melhor fazê-lo direito.
Saiba também: Eu não vou privá-lo dos spoilers inclusos porque, francamente, se você ama o livro, é melhor você ser avisado com antecedência das mudanças que você provavelmente não vai gostar. Assim você pode se concentrar no que deu certo no filme ao invés de se distrair e perturbar com as mudanças inesperadas. Eu queria Ter sabido antes das coisas que me incomodaram, pois assim eu poderia Ter conseguido deixá-las passar despercebidas mais facilmente. Este review não vai revisar o filme cena por cena (isso, pra mim, é que seria spoiler) mas concentrar-se nos fatos inesperados—bons e ruins—que não valeram a pena.
Como a maioria dos fãs sabe agora, o filme começa com o achado do Anel por Deagol, e o assassinato que inicia a queda de Sméagol. É um ótimo jeito de começar o filme, levando-nos de volta à história do apego ao Anel, e nos lembrando o que é aquilo que Frodo tanto teme. Infelizmente, Andy Serkis exagera na interpretação de Smeagol como um idiota sem juízo de sorriso arreganhado, e os efeitos especiais desta cena estão bem abaixo do costumeiro nível extraordinário da WETA, então a efetividade da cena está diminuída. Mas a luta que leva ao assassinato de Deagol é arrepiante e poderosa.
Quando o filme passa pra Frodo, Sam e Gollum em Mordor, nós temos o início de uma interessante expansão e mudança da obra original de Tolkien. O que os cineastas fazem, para que nós tenhamos mais coisas pra ver do que os hobbits caminhando penosamente por dias seguidos, é tornar o conflito entre esses três mais eletrizante. Nós vemos mais da conspiração de Gollum; mais de Sam vendo Gollum conspirar; e mais de Frodo recusando-se a ver a verdadeira ameaça de Gollum. De fato, o roteiro vai tão longe a ponto de Gollum alertar Frodo de que Sam iria se oferecer para carregar o Anel (o que ele faz logo depois), e acusar Sam de roubar lembas que havia sumido. O resultado é que Frodo manda Sam voltar para casa, e encara Laracna sozinho. Seria plausível Frodo sair andando com Gollum, sem ao menos uma mochila nas costas, enquanto Sam, chorando, começa a descer as escadarias? Não muito. Mas a dinâmica funciona mesmo assim pois se encaixa na lógica do desenvolvimento do personagem. Frodo já está desconfiado, portanto é fácil enxergar por quê ele cairia no truque de Gollum; Sam é amoroso e simples demais para saber como combater a complexa traição de Gollum. E a dor que cada um deles sofre com esta separação é comovente e verdadeira.
E claro que Sam não vai pra casa, mas volta, e ao fazê-lo reintegra a história à jornada dividida por esses dois seres corajosos. De fato, a jornada final através de Mordor, apesar de muito diminuída (quanto de rastejo e sede pode um cineasta representar?), é extremamente bem feita, e bem fiel ao livro.
Você já deve saber que nós não veremos a morte de Saruman. Nos teremos uma breve parada em Isengard, e um pulo no 'Escombros e Destroços' (meu capítulo favorito em ADT), quando os levemente bêbados Merry e Pippin recebem o grupo vindo do Abismo de Helm. Mas a própria brevidade das visita – nós só ficamos lá o tempo suficiente para Pippin encontrar o palantir, e para Gandalf dizer a Barbárvore para não machucar Saruman— é frustrante. Eu trocaria com o maior gosto sete minutos de Olifantes e orcs nos Campos do Pellennor pela conclusão da negociação com Saruman, que foi o causador de tanto sofrimento e morte no filme anterior. Ao deixá-lo de lado como 'problema do passado,' o filme me faz sentir, ao invés disso, como se ainda houvesse problemas serem resolvidos.
Entretanto, o maior detrimento em relação à história original acontece na representação de Denethor. Está perdido o nobre, apesar de arrogante, Regente, com sua visão aguçada. Ao invés disso temos um porco nojento de homem, que não quer acender os faróis para pedir ajuda a Rohan (nunca sabemos o por quê), fazendo necessária uma cena absurda na qual Gandalf faz Pippin escalar secretamente uma altura insana a fim de acender o primeiro farol. Ao invés de filmarem o magnífico momento em que Faramir dá notícias a seu pai, na frente de Gandalf e Pippin, e revela que viu hobbits em Ithilien, Gandalf leva Pippin consigo em Scadufax para resgatar os cavaleiros em retirada de Osgiliath. Os cineastas tentam claramente achar um modo de Faramir ver um hobbit, para então poder contar a Gandalf. Mas na lógica do enredo, isso é simplesmente ridículo (por que você levaria um hobbit consigo para cavalgar contra um Nazgûl com quem você pretende lutar com a luz de seu cajado?), e elimina a chance de termos Faramir em dúvida entre Gandalf e Denethor, e forçado a admitir a seu pai que ele deixou o Anel escapar. Ao invés disso, temos Denethor, que parece ignorar completamente tudo o que está acontecendo, comendo porcamente enquanto manda Faramir sair em uma missão suicida para recuperar Osgiliath, por nenhuma outra razão a não ser a que ele odeia o filho. David Wenham faz um ótimo trabalho mostrando a dor de Faramir com a crueldade de seu pai; John Noble mastiga o cenário tão absurdamente quanto ele mastiga seu frango com tomates.
Mas aqui vem o pior – quando os orcs chegam a Minas Tirith, Denethor enlouquece e manda seus soldados abandonarem seus postos. Como Gandalf lida com isso? Ele USA SEU CAJADO PARA DAR PORRADA NO REGENTE DE GONDOR. Gandalf, que incorpora sabedoria e só usa da violência quando é fisicamente atacado, é reduzido a alguém que utiliza a matança para lidar com o covarde e nojento. Este foi pra mim o ponto baixo do filme; Eu estava tão pasmo quanto à desnecessária redução de um complexo personagem, e do seu efeito contorcido em outros personagens do filme, que eu queria sair do cinema. Ao mudarem Denethor, por nenhuma boa razão, os cineastas sacrificaram um conflito dramático verdadeiro por uma excessiva polarização “Denethor MAU, pode apanhar; Gandalf bom, não importa o que ele faça”. E você consegue imaginar os soldados de Gondor obedecendo Gandalf após o terem visto bater em seu líder?
O outro personagem que sofre mais danos pela edição revisada do filme é Elrond. Nós sabemos que ele é contra a escolha de sua filha – como não seria? Mas em RdR ele se torna um tamanho pessimista que alguém deve pensar por quê ele chegou a reunir seu Conselho; Afinal ele parece pensar que o lado do bem não pode ganhar, então por que se incomodar em tentar? A fim de dar a Elrond alguma coisa pra fazer, e aumentar a tensão dramática, ele leva Andúril a Aragorn em Dunharrow (?), junto com o aviso de que Arwen está morrendo: a força de sua vida, diz ele, está agora ligada ao Anel, então se Aragorn falhar e o Anel não for destruído, esse será o fim de Arwen. Hein?!?! Não serve pra nada essa pequena complicação de enredo; não é mencionada novamente, e não faz sentido em relação a tudo mais que acontece antes e tudo mais que acontece depois. Essa mania de criar perigo e conflito demais a fim de deixar a história mais interessante atinge seu pico mais absurdo aqui.
Há muita coisa que o filme deixa de lado, claro, por triste necessidade. Aqui estão algumas coisas que você deve esperar NÃO ver, que você pode Ter esperado e ficaria desapontado em perder:
· Merry prometendo fidelidade a Théoden, ou qualquer coisa sobre isso
· Éomer lamentando por seu tio no campo de batalha (apesar de que eles devem ter filmado isso, pois eu já vi fotos desta cena) ou assumindo o posto de Rei de Rohan
· O casamento de Aragorn e Arwen (apesar de nós vermos seu encontro no dia da coroação)
· Nada relacionado a Faramir e Éowyn após Faramir ser resgatado da Pira e Éowyn Ter salvado Théoden (exceto que eles ficam lado a lado, sorrindo, durante a coroação)
· A separação dos membros da Sociedade, a não ser os Portos Cinzentos.
Em soma: Apesar de Ter tido vários momentos excelentes e comoventes neste filme, incluindo os Portos Cinzentos, eu saí sentindo que Peter Jackson e outros se distanciaram muito de uma evocação à história original, e aproximaram-se mais de um filme de ação e aventura excessivamente “animado” e Hollywoodiano. Sutileza e complexidade crescentemente deram lugar a contrastes simples e exagerados conflitos dramáticos. As temáticas de perda que são a alma do livro são minimizadas: vemos apenas os preços pagos por Arwen e Frodo por suas escolhas, e Arwen aparenta estar feliz o suficiente no final que até seu sacrifício é minimizado. E onde há coerência temática – como quando Frodo acorda após ser resgatado da “lava” da Montanha da Perdição, numa cena bem parecida com aquela em que ele acorda em Valfenda – o filme passa para uma conclusão rápida, mostrando um monte de hobbits felizes rindo e se abraçando. E quando RdR deveria voltar ao tema de heróis e contadores de estórias que Sam evoca no final de ADT, ele não o faz, perdendo outra oportunidade de desenvolver suas próprias idéias.
Espero que este review ajude a outros amantes da trilogia a estarem preparados; talvez, se você estiver, você será capaz de tolerar o que está errado e apreciar melhor o que está certo. Ainda é uma coisa maravilhosa a Terra-Média ter ganho vida!
Lee
PS: sei lah o q fica mais estranhu: " a terra-media ter ganho vida" ou "a terra-media ser trazida à vida"
mas enfim, vcs entenderam a msg neh??