Ana Lovejoy
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Pelo menos por enquanto, o Coritiba não precisará ceder o seu estádio para o rival Atlético. A presidência do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PR) concedeu na noite de ontem liminar que fornece ao Alviverde um mandado de garantia impedindo o Furacão de mandar seus jogos no Couto Pereira.
Na decisão, Peterson Morosko, presidente do órgão, apoiado no artigo 88 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, alegou “abuso de poder” da Federação Paranaense de Futebol (FPF) por ter indicado o campo do Coxa sem a autorização do clube.
“Não resta dúvida de que a atitude do presidente da FPF viola os direitos de seu filiado e entidade impetrante”, afirmou o julgador na sentença.
Agora, a entidade que comanda o futebol no estado terá três dias para apresentar informações ao tapetão, esclarecendo o caso. Depois disso, o mandado será novamente julgado, num prazo de até 48 horas, podendo ser revogado. A decisão definitiva deve sair até quarta-feira.
De acordo com Morosko, a FPF distorceu o artigo de seu estatuto, que possibilita a entidade solicitar aos clubes filiados a cessão gratuita de seus estádios em casos fortuitos.
A alegação da FPF, em nota oficial, “é de que as obras da Arena para a Copa são de interesse do futebol curitibano, paranaense, nacional e internacional”, e por isso o Coritiba deveria emprestar sua casa.
“A cessão pode ocorrer quando a utilização for de interesse da Federação, mas não para sublocar para um terceiro interessado, durante todo o campeonato”, explicou Morosko, após dar razão aos alviverdes.
Definida a situação, quem veio à tona foi o presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia. Pelo Twitter, o dirigente afirmou que está apenas seguindo os estatutos e os regulamentos da FPF. “Se pedíssemos ao CFC o estádio, não seríamos atendidos, assim evitamos o constrangimento recíproco e delegamos a decisão”, escreveu. “Se ninguém ceder seu estádio, pergunto: o CAP não disputará as competições? Como ficarão os outros clubes”, seguiu.
Conforme o TJD-PR, o Coritiba tem todos os argumentos legais que o protegem da obrigação de compartilhar sua praça esportiva. “Foi apresentado um laudo, elaborado por um engenheiro agrônomo, que garante que o gramado só pode ser utilizado uma vez por semana. Além disso, o clube refutou todos os outros itens que a Federação usa como argumento”, seguiu Morosko.
“O que me deixa incomodado é que, infelizmente, mais uma vez a morosidade das partes fez com que uma decisão que deveria ser das entidades caísse no colo dos tribunais”, fechou o presidente do Tribunal.
A FPF tem até quinta-feira para anunciar o estádio que o Atlético irá jogar contra o Londrina, domingo, às 19h30. Procurado pela reportagem, o presidente Hélio Cury não atendeu as ligações.
Durante à tarde, antes de saber da decisão judicial em favor do Coritiba, Cury garantiu que a situação seria resolvida até a próxima terça-feira. “A ideia é trabalhar sempre com o bom senso. Nós temos que sentar, criar um consenso para atender o futebol da melhor maneira possível”, afirmou.
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é engraçado, lembro que falando do assunto com o fabio eu disse "Já pensou se o coxa decide não emprestar?" e o fabio "Não, certeza que empresta". Eu não sei bem quais foram os motivos (dizem que o gramado do estádio não aguentaria, mas vá saber), mas de tudo isso o que mais me aborreceu foi essa imposição da federação paranaense. que aliás, se tivesse cuidado do pinheirão e não simplesmente abandonado, agora poderia oferecer um canto para o atlético jogar sem toda essa dor de cabeça.
e outra, pq o atlético não quer o durival de britto (do paraná)? só serve o couto?
meu medo é que a fpf queira inventar algum tipo de punição doida pro coxa e ele fique de fora do paranaense.