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Cotas Raciais

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Morfindel Werwulf Rúnarmo

Geofísico entende de terremoto
A superação das desigualdades socioecônomicas impõe-se como uma das metas de qualquer sociedade que aspira a uma maior equidade social. Em face aos problemas sociais, algumas alternativas são propostas para atenuação de desigualdades que mantém em condições díspares cidadãos de estratos distintos. Uma das alternativas propostas é o sistema de cotas que visaria a acelerar um processo de inclusão social de grupos à margem da sociedade.

O conceito de cotização de vagas aplica-se a populações específicas, geralmente por tempo determinado. Estas populações podem ser grupos étnicos ou raciais, classes sociais, imigrantes, deficientes físicos, mulheres, idosos, dentre outros.

A justificativa para o sistema de cotas é que certos grupos específicos, em razão de algum processo histórico depreciativo, teriam maior dificuldade para aproveitarem as oportunidades que surgem no mercado de trabalho, bem como seriam vítimas de discriminações nas suas interações com a sociedade.
 
Última edição:
Cotas são apenas uma maneira do governo dar um "desculpa por te dar uma educação :censu: pra :censu:" com aquele sorriso amarelo, e uma muleta para os preguiçosos que tiveram chances mas resolveram deixar de lado.
 
Cotas raciais são um disparate completo. Dar um bônus a alguém por causa da cor de pele? Não há justificativa para algo assim. É só uma tentativa de "tapar o sol com a peneira." Ao invés de uma reforma no sistema educacional, preferem o caminho mais fácil e propõem medidas ineficazes como essa.
 
Não, mesmo! Como disseram acima do meu humilde post, é "tapar o sol com a peneira".

Sim, negros vêm de classes sociais mais baixas e tendem a terem menos oportunidades que os brancos. Mas, por que eles tem menos oportunidades, vamos pensar bem? É justamente por virem de classes sociais mais baixas. E as pessoas menos privilegiadas não conseguem pagar uma boa escola particular e só sobra para estas um ensino público bastante deficiente, incapaz de lhes dar uma boa formação para o ensino superior.

E, então? Se a causa é essa, não deveriam, portanto, pensar em reformar a escola pública, trazendo um ensino melhor?

Aproveitando tal reforma, quem é oriundo de uma classe mais baixa terá chance de ascensão, independente da cor da pele. Para isso só basta as escolas públicas se nivelarem com a qualidade das particulares, quanta pouca disposição para mudar o cenário atual, pô!
 
Já não tem um tópico sobre isso? Aquele que o Kabral causou uma tremenda de uma polêmica?


Enfim, sou contra!
 
tratar as pessoas de forma diferente dando cotas para uns e nao para outros, não é nem um pouco representar a igualdade, muito pelo contrario
se for para existir as cotas, que sejam cotas financeiras, ou seja, ao provar q vc ganha tanto ou menos q isso vc tem direito a cota, independente da cor da sua pele
 
Já eu gostei do artigo e não vejo qual é a relevância do autor ser branco. Então só são válidas as opiniões contra quando vem de negros? Nesse caso, o economista Walter Williams está aí pra isso. Aliás eu ia postar o vídeo do Freeman, mas felizmente o Constantino fez essa favor. Acho a discussão válida e o argumento da genealogia realmente é besteira. Enfim, então vou postar outro vídeo (onde brancos e negros falam sobre o assunto):

 
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É porque parece que você sempre tem que manter suas opiniões (do contra), por mais que elas não correspondam aos fatos.
Não importa o que esteja acontecendo ou o que te mostrem.

Achar sensato um artigo de uma pessoa cuja coluna tem o subtítulo de "Análises de um liberal sem medo de polêmicas"?
:no:
 
Novamente, dei uma tremenda barrigada involuntária (driver da mesa gráfica dando pau) e votei 'sim'.
Sou a favor de cotas socioeconômicas, mas raciais? Me cheira a ranço, isso.
 
É porque parece que você sempre tem que manter suas opiniões (do contra), por mais que elas não correspondam aos fatos.
Não importa o que esteja acontecendo ou o que te mostrem.

Achar sensato um artigo de uma pessoa cuja coluna tem o subtítulo de "Análises de um liberal sem medo de polêmicas"?
:no:

E eu não entendo você. O texto foi escrito com base numa pesquisa empírica em escala mundial pelo economista negro (a quem interessar possa, já que considero isso um detalhe cientificamente irrelevante), Thomas Sowell. Tá aqui o livro.

O debate é muito passional, na minha opinião. Falar sobre a correção de injustiças histórias é entrar numa argumentação cíclica. Quem vai definir se as injustiças foram compensadas? É justa essa punição intergeracional? Eu volto a recomendar o vídeo que postei, pq acho o debate ali muito mais interessante. Se uma universidade, por exemplo, quiser diversidade étnico-religiosa para o seu corpo discente, eu acho isso justo. É um critério da universidade e quem não concordar, simplesmente não aplica. No nosso caso, no entanto, esse não é o argumento básico para as cotas, né? Mas já que você de fatos, então vamos posta-los aqui. Eu, por exemplo, ainda não encontrei dados sobre aquilo que considero ser o real problema, ou seja, a melhor do ensino básico no país.

Sinceramente, Clara, acho bem surpreendente você falar que sou "do contra".

Sobre o subtítulo da coluna, acho ótimo.
 
Não vejo problema nenhum na data, pelo contrário, é muito comum os defensores do conceito de uma dita "consciência negra" defenderem as cotas, e vice-versa, então é natural que o assunto acabe vindo à tona e que os opositores manifestem-se.
 
E eu não entendo você. O texto foi escrito com base numa pesquisa empírica em escala mundial pelo economista negro (a quem interessar possa, já que considero isso um detalhe cientificamente irrelevante), Thomas Sowell. Tá aqui o livro.

O debate é muito passional, na minha opinião. Falar sobre a correção de injustiças histórias é entrar numa argumentação cíclica. Quem vai definir se as injustiças foram compensadas? É justa essa punição intergeracional? Eu volto a recomendar o vídeo que postei, pq acho o debate ali muito mais interessante. Se uma universidade, por exemplo, quiser diversidade étnico-religiosa para o seu corpo discente, eu acho isso justo. É um critério da universidade e quem não concordar, simplesmente não aplica. No nosso caso, no entanto, esse não é o argumento básico para as cotas, né? Mas já que você de fatos, então vamos posta-los aqui. Eu, por exemplo, ainda não encontrei dados sobre aquilo que considero ser o real problema, ou seja, a melhor do ensino básico no país.

Sinceramente, Clara, acho bem surpreendente você falar que sou "do contra".

Sobre o subtítulo da coluna, acho ótimo.

Depois pessoas como você ficam ofendidas quando escrevem artigos carregados de ironia como aquele do Antonio Prata, dizendo que têm uma ideia errada dos de direita etc. =/

Que pena. Que pena que o autor, cheio de ironias, não sabe a diferença entre libertários e conservadores. Que pena que o autor quer reduzir a mero racismo anti-meritocrático as crítica da direita às cotas universitárias. Que pena que é mais um autor que faz uso do "monopólio da moral" pra dizer que a direita é contra as minorias. Que pena, também, que a direita brasileira é tão caricata e mal representada que dá oportunidade para um texto assim fazer sucesso.

Mas enfim.
Não é sobre isso que quis responder aqui.

É que estou com o saco cheio de gente que usa palavras bacanas (e frases feitas) pra encobrir preconceito.
Não acredito mesmo que uma figura como essa (Rodrigo Constantino, que escreveu o artigo acima) está preocupada com a qualidade das universidades.

Conheço pessoas negras que se recusam a utilizar do sistema de cotas.
Assim como sei de famílias pobres que não utilizam bolsa família.
Mas pra algumas pessoas essas coisas são necessárias, como meio de conseguir melhorar um pouco a própria vida.

E é isso que me irrita em artigos como esse, em pessoas como esse Rodrigo Constantino.
Por que elas não pensam naqueles que são beneficiados por essas coisas.

Beneficiadas por bolsa família, por cotas em universidades (raciais ou econômicas), por médicos vindos do exterior.
Pessoas como o autor desse artigo agem como se fosse tudo "viadagem" de gente pobre.
Porque, né? Frescura dessa gentalha que quer ter médico, estudar e comer.

Ou então meios demagogos de a esquerda conseguir votos do povo.
Porque, né?
Pra quê dar médico, comida e educação pra gentalha.

Essa semana, no meu trabalho (agência de comércio exterior, meu trabalho é receber mensagens com avisos de créditos vindos do exterior, para pessoas físicas e jurídicas; só pra esclarecer o contexto) recebemos uma aviso de crédito pra uma ONG brasileira que trabalha com as pessoas denominadas sem-teto.
Comentários dos meus colegas:

Colega 1: "Mas isso é o cúmulo! Olha quantos Euros esses franceses mandam pra essa ONG!
Pra quê? Pra ajudá-los a comprar bombas? Pra comprarem barracas e ficar emporcalhando as ruas?"

Colega 2: "É pra fazer baderna, mesmo.
Eles não têm com que se preocupar lá na Europa e ficam mandando dinheiro pra esses caras. hahaha..."

Resumindo e sem querer ser demagoga ou coisa que o valha.
Pessoas que falam isso são aquelas que sempre tiveram onde morar, que sempre tiveram comida e água quentinha pro banho, tiveram acesso à escolas e médicos quando ficaram doentes, que puderam escolher uma profissão.
Que puderam ter controle sobre suas próprias vidas, o nível mais básico de liberdade de que falou Amartya Sen.

Não me interesso em saber quem definirá as "injustiças que são compensadas", ou se é justa a "punição intergeracional".

Eu penso que algo precisa ser feito pra os menos favorecidos (que são muitos) e que coisas como as cotas raciais são um meio pra isso.
É até uma coisa muito pequena pra gerar essa comoção toda.
Então quer dizer que as universidades brasileiras estão decaindo por causa das cotas?
Que tem gente não-negra sendo prejudicada com a entrada dos cotistas ?
:gotinha:

E repito que estou com o saco profundamente cheio de ouvir comentários como esses dos meus colegas de trabalho e de artigos como esse imbecil da Veja escreveu ("imbecil da Veja" é uma redundância, mas agora já foi) e comentários como esse aqui, feito por um leitor do colunista da Veja:

Nós brasileiros temos muito mais com que nos peocuparmos que a mera e fabricada questão racial. Não tivemos, felizmente, uma política de segregação racial como ocorreu nos EUA. Deste modo não precisamos importar soluções mágicas baseadas naquilo que foi feito em “defesa” dos negros naquele país.

(Comentário meu: isso é parte de um comentário enorme onde a pessoa ainda resolveu acrescentar uma merda frase, que fez questão de colocar em negrito, no final:

Comento: a África não é pobre por culpa da colonização. Os países que foram colonizados são MELHORES do que os outros. Principalmente se a metrópole foi a Inglaterra.

:rolleyes:
 
Última edição:
Olha... Como eu disse, defender incondicionalmente o regime de cotas 'raciais' me cheiram a ranço. Puro ranço histórico.

Quem vêm com discurso de defesa de cotas só pela ideologia racial certamente presume que branco no Brasil não nasce pobre, ou tem mais 'facilidade' para conseguir ser alguém na vida.
Isso soa para mim, sendo eu considerada branca (embora tenha ascendência afroindígena direta) e nascida pobre, muito irreal e contraditório.

Presumir que o negro e o índio, no Brasil, teriam mais dificuldades para estudar e construir uma carreira acaba sendo verdade, infelizmente, e por 'n'motivos. Mas ao contrário do que muitos possam saber sobre a realidade das classes menos abastadas, brancos nascidos pobres TAMBÉM são discriminados por pessoas de classes sociais mais favorecidas, e eu senti isso na pele. Somente aos 26 anos de idade pude cursar uma faculdade, e mesmo assim como bolsista, senão jamais teria conseguido. As dificuldades para se manter até mesmo em uma pública são imensas, para quem não pode deixar de trabalhar para viver.

Eu me pergunto por que então estudantes brancos, nascidos abaixo da linha da pobreza, também não teriam direito a cotas. A resposta para isso usa a mesma lógica de que, "assim como negros e índios não teriam capacidade de ingressar na faculdade sem o auxílio das cotas raciais, o branco pobre têm automaticamente qualificações que o colocam em melhores escolas e empregos só pelo fato de ter nascido branco". Repito, do meu ponto de vista e com conhecimento de causa, que isso não é manifestar um desejo de igualdade, mas uma tentativa fracassada de reparação histórica, que gera as mais tortuosas interpretações e sentimentos de injustiça: não poucas vezes ouvi comentários do tipo "sou branco, nasci na mesma favela que o negro, frequentei a mesma escola mas não tenho melanina o suficiente para merecer uma cota que me ajude a entrar na faculdade e batalhar por um futuro melhor". Eu não estou supondo isso. Eu sei.

A ferocidade com que é defendida a política de cotas 'raciais' têm cheiro forte de retaliação. O argumento implícito nas redes sociais hoje cheira a "você é branco, e não importa se tenha nascido 150 anos depois, você têm de pagar por todo o sofrimento do meu povo". Isso, na minha opinião, não é lutar por igualdade, isso é querer virar o jogo e pagar com a mesma moeda. Não sou contra negros e índios serem favorecidos por cotas raciais: sou contra essa segregação velada, mas presente, por uma condição puramente biológica.
 

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