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Congonhas passa a ter voo para Recife, Natal e Fortaleza; veja novas rotas

Fúria da cidade

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RICARDO GALLO
DE SÃO PAULO
14/01/2016 02h00

Depois de um hiato de quase nove anos, o aeroporto de Congonhas (zona sul de SP) voltará a ter voos para as principais capitais do Nordeste.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) derrubou em dezembro uma restrição —em vigor desde 2007— que limitava a uma distância de 1.500 km em linha reta os voos a partir do aeroporto, o terceiro maior do país em número de passageiros.

INFRAESTRUTURA

Assim que a decisão saiu, Gol, Azul e Avianca pediram os primeiros voos. A Gol começa em 28 de janeiro 26 frequências semanais (ida e volta) de Congonhas para o Recife.

Planeja, também, voar para Fortaleza, Natal, João Pessoa e Maceió ainda neste semestre, diz Alberto Fajerman, diretor de relações institucionais da Gol. O objetivo é dar conta da demanda por turismo interno, aquecido pela alta do dólar, ao mesmo tempo em que compensa a perda de passageiros corporativos.

A Avianca fará um voo para Fortaleza aos sábados, com volta aos domingos, com início em 20 de fevereiro.

Já a Azul voará a partir de 2 de abril para Recife, Maceió e Natal, com um voo semanal cada um, aos sábados.

A empresa anunciou voos também para Salvador e Porto Seguro, para onde os voos já podiam ocorrer antes de a restrição ser revogada. O foco também é o turismo.

Não houve acréscimo ao movimento do aeroporto, limitado a 34 movimentos de pouso e decolagem por hora.

Na Gol, a substituição foi por um voo diário da ponte aérea. A Avianca usará o horário de um voo a Salvador. Na Azul, serão usados slots (autorizações para pouso ou decolagem) que a empresa tinha disponíveis.

A TAM diz que ainda avalia "as possibilidades".

O cenário no setor é de retração diante do aumento do dólar e da recessão. As empresas têm anunciado corte na oferta de assentos.

Até a revogação da norma, os voos de São Paulo para as principais capitais do Nordeste eram feitas por Guarulhos –são 525 voos semanais. A GRU Airport, que administra o aeroporto, se disse favorável à liberalização de rotas domésticas e internacionais nos aeroportos brasileiros.

TÉCNICA

Segundo a Anac, não havia razão técnica ou econômica que justificasse manter a restrição. A intenção foi permitir ampliar a oferta.

A modificação era um pedido constante das empresas.

A regra havia sido criada pela Anac após o acidente com o Airbus da TAM em 2007, para reduzir o uso do aeroporto. Na ocasião, 199 pessoas morreram.

Outras duas medidas foram adotadas, ambas em vigor: uma delas reduziu os pousos e decolagens. Congonhas chegou a ter 50 movimentos/hora; hoje são 34. A outra foi não usar a pista auxiliar para voos comerciais.

Para o consultor Érico Santana, especialista em aeroportos, a quebra dessa barreira "não técnica" permite abertura de novas rotas e mercados. A medida, diz, abre caminho para outras possibilidades, como a reabertura de Congonhas para voos internacionais, desta vez só para a América do Sul.

A Abear (associação das aéreas) diz que a mudança é "positiva e necessária".

"A exploração do pleno potencial do aeroporto de Congonhas traz benefícios para os passageiros em termos de facilidade de deslocamentos e contribui para a viabilidade econômica de muitas rotas, especialmente no momento atual de retração da demanda."

A Infraero, administradora do aeroporto, diz que elabora edital de concessão para construir de 9 a 11 pontes de embarque, em troca da exploração comercial do espaço por um período de 25 anos.

COMO ERA


Voos partindo de Congonhas podiam ter como destino lugares a até 1.500 km.

COMO ESTÁ VALENDO

Aéreas podem voar para qualquer destino nacional.

POR QUE HAVIA RESTRIÇÃO?

A limitação foi criada em 2007, depois do acidente no aeroporto com um avião da TAM. Também foi limitado o número de pousos e decolagens a 34 por hora e apenas uma das pistas pode ser utilizada.

POR QUE A MEDIDA FOI DERRUBADA?


Segundo a Anac, a intenção é permitir a ampliação dos serviços de transporte oferecidos. Azul, Gol e Avianca já confirmaram que vão operar novas rotas para o Nordeste

Fonte
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Adorei a notícia. Realmente não via sentido nessa proibição.

Podem falar o que quiser sobre Congonhas, de ser uma caixa de fósforo apertadinha, (que aliás não é culpa deles e sim de quem resolveu ir morar lá colado), , mas sua localização na zona Sul, próximo ao Grande ABC e não tão longe do centro ainda é algo muito positivo, fora que é um aeroporto que tem história e charme, coisa que um outro em Guarulhos, super fora de mão e que obriga a quem vai de Taxi a pagar muito mais caro por sair fora dos limites da capital, não tem. Muito bom voltar a ver o velho Congonhas conectado de volta ao Nordeste.
 
Hoje 12 de Abril, um dia marcante pro aeroporto mais charmoso do Brasil: 80 anos de vida!

Congonhas, 80, já teve Carnaval e foi “point” para ver avião subir e descer

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Movimento de pessoas na entrada do aeroporto de Congonhas em 1960. (Créditos: Acervo UH/Folhapress)

Em outros tempos, o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foi palco de grandes bailes de Carnaval, virou “point'' paulistano com sua cafeteria 24 horas e local de diversão nos finais de semana, quando a população se reunia para ver os pousos e decolagens. Havia uma área onde as pessoas simplesmente se sentavam para ver os aviões saindo e chegando.

Congonhas completa 80 anos de operações nesta terça-feira (12). Considerado um dos mais movimentados do Brasil, com aproximadamente 52.800 pessoas embarcando e desembarcando por lá diariamente, o aeroporto registra cerca de 585 pousos e decolagens para mais de 30 destinos diretos.

Inaugurado em 1936, Congonhas já teve momentos de glória. Desde 1957, já era o terceiro aeroporto do mundo em volume de carga aérea. Mas também já amargou com a ociosidade por um longo período, após os voos internacionais serem direcionados para outros aeroportos.

Veja algumas curiosidades de seus 80 anos de vida:
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Avião da Varig no aeroporto de Congonhas em data desconhecida. (Créditos: UH/Folhapress)

– O aeroporto foi construído em um local livre de enchentes

O governo de São Paulo escolheu a área após alguns estudos que tinham o objetivo de encontrar um lugar que não estivesse sujeito a enchentes, tão comuns no Campo de Marte, um aeroporto para aviões de pequeno porte também em São Paulo. A princípio, o local foi criticado por ser muito distante e descampado. Foi só no final da década de 60 que a região em volta do aeroporto teve uma forte expansão residencial e comercial.

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Trabalhadores no aeroporto de Congonhas, em 1964 (Créditos: Acervo UH/Folhapress)

– Por 50 mil réis, população pode voar na inaguração do aeroporto

Em 1936, a pista experimental do aeroporto foi testada publicamente pela primeira vez em um evento batizado de “tarde da aviação”. Cerca de 8.000 pessoas foram ver os pousos e as decolagens feitas por pilotos civis e militares renomados. Alguns pilotos civis aceitaram, inclusive, levar os passageiros em seus aviões, desde que pagassem a quantia de 50 mil réis por 10 minutos de voo. Ver os aviões decolando e pousando virou um passeio para os moradores da capital. Muitos se reuniam na famosa “prainha”, um local bem próximo da pista de onde era possível observar tranquilamente a movimentação das aeronaves.

– Em 1936, a pista experimental era de terra e tinha 300m de extensão

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Caravelle, primeiro avião comercial a jato do mundo, pouco antes de aterrissar na pista do aeroporto de Congonhas, em 1957. (Créditos: Acervo UH/Folhapress)

No momento da inauguração, a pista estava situada em uma colina alta e descampada, tinha 300m de extensão e era feita de terra batida. No projeto inicial, previa-se a construção de quatro pistas, com 1.200m de extensão cada uma. Atualmente, o aeroporto tem duas pistas, uma com 1.940 m de extensão e outra com 1.435 m.

– O nome é em homenagem ao Visconde de Congonhas

Lucas Antônio Monteiro de Barros (1823-1851), o Visconde de Congonhas do Campo, foi o primeiro governante da Província de São Paulo após a independência do Brasil, em 1822. Congonhas também é o nome de um tipo de erva-mate comum em Minas Gerais, na região onde está Congonhas do Campo, cidade natal do governante.

– O local já foi palco de animados bailes de Carnaval e “point” do café

Até a década de 70, o segundo piso do aeroporto, hoje utilizado pela administração, abrigava animados bailes de Carnaval promovidos por um tradicional clube da cidade chamado Arakan. No salão, também acontecia casamentos e festas de formatura nos anos 60 e 70.
Na época, o serviço de café do aeroporto era o único na cidade que funcionava 24 horas. Durante anos, visitar a cafeteria após uma noite de festa era visto como um dos programas “chiques'' da capital.

– Ponte aérea Rio-São Paulo
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Balcões de check in do aeroporto de Congonhas em 1959, quando foi inaugurada a Ala Internacional e a ponte aérea Rio-São Paulo. (Créditos: Acervo UH/Folhapress)

Embora os voos regulares entre São Paulo e Rio de Janeiro já existissem, foi apenas em 1959 que a ponte aérea Rio-São Paulo foi oficialmente inaugurada. O conceito surgiu depois que os executivos das extintas companhias Varig, Cruzeiro e Vasp se uniram para vencer a concorrência com outra companhia aérea da época, a Real.

As três companhias passaram a oferecer decolagens em conjunto que saiam com frequência de uma hora. Os passageiros podiam embarcar no primeiro voo disponível, independentemente da companhia. No mesmo ano, a ala internacional do aeroporto começou a funcionar.
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Sala de operação de voo do aeroporto de Congonhas, em 1962, de onde o operador vê o pátio de taxiamento. (Crédito: Acervo UH/Folhapress)

– Pavilhão de autoridades
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Em 1959, Fidel Castro, embarca rumo a Brasília (DF). (Créditos: Acervo UH/Folhapress)

Na década de 1950, o aeroporto construiu uma área exclusiva para o embarque e desembarque de autoridades e visitas ilustres. O ex-líder cubano Fidel Castro foi um deles. O salão tem decoração requintada com obras de arte. No começo do ano, o pavilhão foi destaque nos noticiários por ter sido o local escolhido pela Polícia Federal para o depoimento do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva em uma das fases da Operação Lava a jato.

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Cerimônia de entrega oficial dos dois “aerobus'', veículos adquiridos pelo aeroporto de Congonhas para fazer o transporte dos passageiros da estação de embarque para o avião e vice-versa, em São Paulo (SP). (Crédito: Zilli/Acervo UH/Folhapress)

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A aviadora brasileira Ada Rogato ao lado de seu avião Cessna, apelidado de “Brasil'', no aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP). Com o objetivo de divulgar os 50 anos do primeiro vôo de Santos Dumont, a aviadora se prepara para voar 170 horas, visitando todas as capitais e territórios do país, percorrendo cerca de 26 mil quilômetros a ordo de seu Cessna. (Créditos: Manuel de Souza/Folhapress)
 
Na época em que estava no curso de controlador, em 2013, visitei Congonhas para conhecer o APP São Paulo, que é o órgão de controle da TMA São Paulo (área que engloba diversos aeródromos, dentre os quais os principais são Cumbica, Congonhas, Viracopos e Campo de Marte), e foi bem legal. Além de acompanhar um pouco da operação, ficamos vendo pousos e decolagens por alguns minutos. E não para! A todo instante tem pouso e decolagem.

Algumas fotos do dia (incluindo uma arremetida):

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Passar um dia inteiro acompanhando todos os bastidores de tráfego e operação de Congonhas ainda é um baita aprendizado. Mesmo com as mudanças ao longos dos anos que alteraram o volume de tráfego, ainda é um aeroporto bem movimentado. Quando visito meu sogro que mora no Jabaquara numa travessa da Av. Pedro Bueno que é ali do lado, conversar durante o horário de pico é a coisa mais difícil, mal dá 5 minutos e acontece ou um pouso ou uma decolagem.
 

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