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Confessionário Musical

Tem o link do podcast e do vídeo?
Já tentou perguntar aos responsáveis por eles? :think:
Vídeo:
(trecho sobre Sócrates)
Podcast: https://noitesgregas.com.br (vários momentos)

O editor do podcast já disponibilizou a trilha sonora no spotify: https://open.spotify.com/episode/76WW5b6aTvxzxiJ6igTgej?si=1gGNlcJuR8-O9OnN-jjMvA&dl_branch=1

Eu que não consegui reconhecer o trecho específico dentro da música ainda. Ou faltou logo essa na playlist. Acho que terei que perguntar mesmo...
 
Confesso que fui ouvir o disco novo do John Mayer pq o baixista da minha banda preferida postou uns stories ouvindo o disco. Dai resolvi dar uma chance e adorei.
 
Ô miga @Erendis, cê num conhecia Belle & Sebastian? Amo demais da conta! Houve uma época em que eu criei um blogue para postar textos mezzo literários mezzo psicanalíticos. A proposta era a seguinte: a partir de medos reais que me afligiam, criar ficção. (Eu deveria voltar a escrever lá. Era muito bom escrever aqueles textos). O nome do blogue foi inspirado em uma canção de Belle & Sebastian: For the price of a cup of tea. O nome do blogue é: Pelo preço de um pedaço de torta.

A dinâmica do blogue era a seguinte: eu escolhia um tema (um medo) e escrevia três textos sobre ele. Tese, antítese e síntese. Como exemplo, segue o segundo texto que escrevi sobre o "medo de zumbis":

Com muita frequência, perco o momento de agir, o que me coloca na posição de ser uma pessoa que reage. E reações, quando não são quimicamente testadas e matematicamente calculadas, costumam ser imprevisíveis e, por vezes, desproporcionais. Não falo, de imediato, que uma atitude me desagradou, a pessoa repete a atitude, e incorpora novas atitudes que me incomodam na maneira de se relacionar comigo.

Então, eu decido reagir, e solto tudo o que vinha remoendo desde a primeira atitude que me desagradou, mas ignoro que o desconforto que tal atitude me provocou não era uma informação que a outra pessoa tinha, o que inviabilizava que ela se desculpasse, porque lhe faltava uma informação essencial, uma informação real. E aquela primeira atitude não existe mais, não como foi concebida, não como aconteceu realmente. Já virou um zumbi, que se alimentou de todas as atitudes subsequentes da pessoa, e de todas as vezes em que, por já estar irritada, eu amplifiquei as falas e os gestos alheios. E então eu me sinto culpada, e caio da escada.

A maioria dos medos é imaginária. Constitui-se de traumas não superados que, inconscientemente, projetamos em objetos, ações, circunstâncias e pessoas. As escadas, das quais me vejo cair com uma constância desesperadora, não têm o poder de me ferir, nem de me derrubar, mas desloquei todo o medo das quedas anteriores para elas. E vejo os meus pés se desequilibrando, e chego a sentir o gosto do sangue na boca, de tão real e próxima que parece a queda. E vejo os zumbis, trôpegos, com o rosto desfigurado, se aproximando. Fecho os olhos, e vejo-os com ainda mais exatidão, com todos os buracos onde deveriam ter carne, e com a pele cinzenta, azulada, em decomposição.

Projeto nos inexistentes zumbis todas as feridas que já tive em muitas das vezes em que caí. E por mais que tente superar esses traumas, não consigo dar um novo significado às coisas, não consigo restabelecer as pazes com as partes avulsas da minha vida, com as lembranças do que deixou de ser e do que ainda está aqui. Em Mal-Estar da Civilização, Freud disse que a escrita foi, em sua origem, a voz de uma pessoa ausente.

Analogamente, o medo de zumbis é a voz de um trauma, uma cicatriz, a marca de algo que, mesmo não existindo, teima em se fazer presente. Preciso encontrar um modo de me inscrever no espaço da ausência. Só assim poderei dar um novo significado à voz que ecoa do trauma causado pela minha inação que, associada a culpa advinda das reações desproporcionais, me faz cair do topo dos nove círculos do Inferno de Dante.
 
Então, eu decido reagir, e solto tudo o que vinha remoendo desde a primeira atitude que me desagradou, mas ignoro que o desconforto que tal atitude me provocou não era uma informação que a outra pessoa tinha, o que inviabilizava que ela se desculpasse, porque lhe faltava uma informação essencial, uma informação real.
Nossa, me identifiquei total com esse trecho.
Belle & Sebastian é minha banda favorita de todos os tempos. 🌞

Meu lastfm me informa que é de longe a banda que mais ouvi na vida.
Caraio, véio. Eu não entendo como que até hoje eu não tinha nunca ouvido falar dessa banda, tem toda a vibe de várias bandas que eu ouço e adoro, uns tocadinhos maravilhosos, estou muito indignada.

O problema é que eu não estou nem sabendo o que escutar primeiro, porque eles tem uma montoeira de discos e escutei várias músicas boas na playlist "This is Belle & Sebastian" e por isso, já que vocês todos conhecem muito bem essa banda (parece que eu era a única pessoa na face da terra que não conhecia), me indiquem quais são os melhores discos/músicas.
 
Nossa, me identifiquei total com esse trecho.

Caraio, véio. Eu não entendo como que até hoje eu não tinha nunca ouvido falar dessa banda, tem toda a vibe de várias bandas que eu ouço e adoro, uns tocadinhos maravilhosos, estou muito indignada.

O problema é que eu não estou nem sabendo o que escutar primeiro, porque eles tem uma montoeira de discos e escutei várias músicas boas na playlist "This is Belle & Sebastian" e por isso, já que vocês todos conhecem muito bem essa banda (parece que eu era a única pessoa na face da terra que não conhecia), me indiquem quais são os melhores discos/músicas.

A banda tem três fases bem diferentes e marcantes.

A primeira, de 96 a 2002, é mais introspectiva, mais barroca, mais voltada para o folk. Aquela música de gente tímida, como se sempre estivesse pedindo permissão para existir. As músicas da banda nessa época contam histórias, histórias de pessoas procurando seu lugar no mundo em meio às suas idiossincrasias. Dessa fase, eu recomendo o álbum If You're Feeling Sinister.

A segunda, de 2003 a 2008, é uma fase mais ensolarada, mais catchy, mais ainda assim com um tom com um quê de melancólico, do estilo "músicas tristes para dias felizes". É a minha fase preferida da banda. Recomendo o álbum The Life Pursuit.

A terceira fase, de 2010 até os dias atuais, é uma fase mais pop, com uso e abuso de teclados e sintetizadores. A melancolia, ainda que exista lá no fundo — como um pressuposto básico —, é bem menos evidente. Recomendo o Girls in Peacetime Want to Dance.

Na primeira fase parecia que o eu lírico fica dentro de casa o tempo todo, com dias chuvosos infinitos, vendo filmes europeus e tocando violão. Na segunda fase, parece que o eu lírico sai de casa pela primeira vez em anos, e descobre que o que ele pensava que era chuva era, na verdade, um belo e ensolarado céu de tons azuis. Na terceira fase, o eu lírico, após descobrir o sol, descobre a noite urbana, com suas luzes, suas aventuras e suas paixões.

Enfim, é uma banda com a qual eu me identifico muito, de verdade.
 
Última edição:
A banda tem três fases bem diferentes e marcantes.

A primeira, de 96 a 2002, é mais introspectiva, mais barroca, mais voltada para o folk. Aquela música de gente tímida, como se sempre estivesse pedindo permissão para existir. As músicas da banda nessa época contam histórias, histórias de pessoas procurando seu lugar no mundo em meio às suas idiossincrasias. Dessa fase, eu recomendo o álbum If You're Feeling Sinister.

A segunda, de 2003 a 2008, é uma fase mais ensolarada, mais catchy, mais ainda assim com um tom com um quê de melancólico, do estilo "músicas tristes para dias felizes". É a minha fase preferida da banda. Recomendo o álbum The Life Pursuit.

A terceira fase, de 2010 até os dias atuais, é uma fase mais pop, com uso e abuso de teclados e sintetizadores. A melancolia, ainda que exista lá no fundo — como um pressuposto básico —, é bem menos evidente. Recomendo o Girls in Peacetime Wants to Dance.

Na primeira fase parecia que o eu lírico fica dentro de casa o tempo todo, com dias chuvosos infinitos, vendo filmes europeus e tocando violão. Na segunda fase, parece que o eu lírico sai de casa pela primeira vez em anos, e descobre que o que ele pensava que era chuva era, na verdade, um belo e ensolarado céu de tons azuis. Na terceira fase, o eu lírico, após descobrir o sol, descobre a noite urbana, com suas luzes, suas aventuras e suas paixões.

Enfim, é uma banda com a qual eu me identifico muito, de verdade.
Você fala como um poeta.

Também estou descobrindo a banda e estou gostando bastante!
 
Nunca tinha prestado atenção na Halsey até hoje, porque as músicas dela não fizeram "click" comigo.

O novo álbum dela está TODO na minha playlist. Cada. Mísera. Música.

Motivo? As letras e o vocal estão tão maravilhosos que fizeram com que o Trent Reznor e o Atticus Ross (Nine Inch Nails) decidissem "ah, a gente tá exausto de ter feito trilha pra três filmes e dois deles concorreram ao Oscar, mas ela cantou tão bem essas músicas que a gente vai fazer todos os arranjos, mesmo ela tendo pedido que a gente fizesse 14 músicas em 6 semanas."

Eu pensei que isso não ia acontecer comigo de novo neste ano. Pensei que BABYMETAL era a única bênção musical de 2021. Eu tô tão feliz de ter errado essa previsão.
 
Nunca tinha prestado atenção na Halsey até hoje, porque as músicas dela não fizeram "click" comigo.

O novo álbum dela está TODO na minha playlist. Cada. Mísera. Música.

Motivo? As letras e o vocal estão tão maravilhosos que fizeram com que o Trent Reznor e o Atticus Ross (Nine Inch Nails) decidissem "ah, a gente tá exausto de ter feito trilha pra três filmes e dois deles concorreram ao Oscar, mas ela cantou tão bem essas músicas que a gente vai fazer todos os arranjos, mesmo ela tendo pedido que a gente fizesse 14 músicas em 6 semanas."

Eu pensei que isso não ia acontecer comigo de novo neste ano. Pensei que BABYMETAL era a única bênção musical de 2021. Eu tô tão feliz de ter errado essa previsão.
Minha favorita foi "Easier than Lying", mas, sim, o álbum todo tá muito bom 🥰
 
Nunca tinha prestado atenção na Halsey até hoje, porque as músicas dela não fizeram "click" comigo.

O novo álbum dela está TODO na minha playlist. Cada. Mísera. Música.

Motivo? As letras e o vocal estão tão maravilhosos que fizeram com que o Trent Reznor e o Atticus Ross (Nine Inch Nails) decidissem "ah, a gente tá exausto de ter feito trilha pra três filmes e dois deles concorreram ao Oscar, mas ela cantou tão bem essas músicas que a gente vai fazer todos os arranjos, mesmo ela tendo pedido que a gente fizesse 14 músicas em 6 semanas."

Eu pensei que isso não ia acontecer comigo de novo neste ano. Pensei que BABYMETAL era a única bênção musical de 2021. Eu tô tão feliz de ter errado essa previsão.
Agora eu vou ter que ir ouvir esse disco. E eu nem gosto da Halsey.

P.S.: Estou viciada em John Mayer e ouvindo o disco Sob Rock em looping infinito. Me julguem.
 
Quem é Halsey, gente?
Primeira vez que vejo esse nome e parece que todo mundo conhece menos eu. :rofl:
Halsey era meio pop, o álbum do ano passado "Manic" fez bastante sucesso; agora se juntou com os caras do Nine Inch Nails e fez um álbum, cujo título eu adorei ("If I Can't Have Love, I Want Power"), mais voltado pro rock, uma pegada industrial, mas ainda com o background pop dela.
 

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