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Concurso Rio Branco abre inscrições apenas para afrodescendentes

Você concorda com as cotas em concursos?

  • Sim, cotas para negros

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Brunno Zenni

Usuário
Não entendão minha critica de forma erronea, não sou racista, pelo contrario, apoio o ideal de que todos os homens são iguais independente de cor, religião, etnia, ou qualquer outra coisa, apoio as cotas para pessoas pobres, no entento sou contra as cotas para afrodescendentes.
Hoje em dia temos muitos afrodescendentes ricos e com otimas oportunidades, da mesma forma como temos pessoas com outras descendencias que são pobres e não tem oportunidades, e essa diferença cresce cada vez mais com as cotas raciaisadotadas em concursos em todo o país. Eu concordo que devemos dar incentivos e oportunidades para aqueles que não tem condições financeiras para isso, portanto as cotas deveram ser para pessoas pobres, e não para pessoas negras, afinal, que sentindo tem nisso? estaria aqui o próprio governo sendo racista e afirmando que todos os negros são pobres, sem estudos e sem oportunidades? no meu ponto de vista é exatamente isso que ocorre!
mas já estamos acostumados a ver cotas raciais em todos os tipos de concurso, no entanto hoje quando abri o edital do concurso para o Instituto Rio Branco fiquei desapontado, como um instituto que defende a IGUALDADE racias, pode abrir um concurso que um dos requisitos é ser afrodescendente, ou seja, se voce for de qualquer outra descendencia voce é automaticamente desclassificado do concurso, ai eu me pergunto aonde esta a IGUALDADE racial?


Edital
 
o que eu entendi é que esse concurso veio em caráter extraordinário, provavelmente buscando um equilíbrio em um ambiente que deve dominar os brancos com mais grana que tiveram tempo e dinheiro para buscar a formação que o insituto rio branco requer.
 
Outra coisa que eu não concordo é esse negócio de politicamente correto negro não é xingamento, nem surdo, cego, aleijado, ele fica melhor se mudar o nome da situação dele?
 
Penso que o certo é um aluno excelente (e que não tenha condições) ter bolsa e auxílio de custo durante o curso de relações exteriores. A partir daí será com ele conseguir ou não passar na prova.

Isso nos dá o que pensar do porquê as bolsas e auxílios não estarem chegando nos alunos desses cursos. A raiz do problema é mais isso que do exame nacional em si.

Esse é um cargo que necessita de experiencia e talento. É uma das poucas provas de concurso público em que a interpretação de texto é mais pesada do que a parte de gramática. Muita coisa fica nas entrelinhas e em contextos. E na fase seguinte a coisa aperta ainda mais. Não concordo em sucatear a educação e baixar uma medida de cima para baixo pensando em uma saída rápida e fácil. Em negócios com o exterior a visão "fast food" do mundo não é uma boa idéia.
 
Eu acho que cotas, pura e simplesmente, não são boas...

Concordo que seja necessario procurar compensar o fato de que as pessoas de baixa renda acabam tendo acesso a uma educação de menor qualidade, porém um concurso, vestibular, etc não pode permitir que passem na avaliação pessoas que não tem o conhecimento minimo necessario para o trabalho/faculdade em questão.

Logo, defendo que se use um sistema onde, uma vez provada a baixa renda da pessoa, seja diminuida a nota de corte ou atribuido um indice para "subir" a nota dessa pessoa, dentro de um limite que garanta a viabilidade dessa pessoa acompanhar o ritmo da faculdade ou desenpenhar as funções, no caso de vagas de concursos...

Agora, cotas para pessoas por motivos de raça, cor de pele, etc, eu discordo totalmente.
creio que isso solucione o problema a curto prazo, mas gera mais preconceito a longo prazo, e é um tipo de discriminação, de qualquer forma...
 
Hmm em relação à um concurso exclusivo a uma cota qualquer até onde eu sei é ilegal. O sistema de cotas é um sistema percentual visando o ingresso de minorias, mas quando essas cotas é 100% fere o princípio da igualdade.

Pessoalmente, eu não gosto de cotas. Acho que é o tipo de solução tapa buraco e que só gera mais segregação. Triste que no Brasil que ninguem queira enfrentar o problema da educação a fundo mesmo.
 
Eu tive oportunidade de fazer um trabalho sobre ações afirmativas na faculdade. Até então eu tinha um posicionamento avesso, mas acabei mudando minha maneira de pensar.
Eu não entendo as cotas raciais meramente como uma política educacional. Elas partem de uma questão muito mais profunda, de uma crise de paradigma. O Estado que então se baseava no discurso da "democracia racial", passa a admitir uma realidade multi-identitária, em que se verifica a existência de minorias alijadas. Podemos remeter essa transformação aos anos 1950 e 1960, quando os estudos patrocinados pela UNESCO concluíram pela existência de uma tensão entre o discurso da democracia racial e o que chamaram de "racismo à brasileira". Desde então, houve um longo processo de elaboração do debate acerca das ações afirmativas em que devemos considerar entre outras coisas as transformações no âmbito das ciências sociais, a atuação dos movimentos em defesa dos direitos dos negros e o contexto internacional (quando nos EUA, por exemplo, o Estado passa a adotar políticas para sanar longo histórico de segregação racial, em especial nos anos 1980 e 1990). No Brasil, temos um marco fundamental em 2001, com a Conferência de Durban, na África do Sul, quando a delegação brasileira abandona o discurso oficial pela primeira vez e defende cotas para a população negra. Após essa conferência, o ministro da Reforma Agrária decretou que 20% das vagas de seu ministério seria reservado a afro-descendentes, medida que logo ganhou outros ministérios (com exceção do Ministério da Educação). Em dezembro do mesmo ano, o presidente da república estendeu o benefício a todo o funcionalismo público. E, no mesmo mês, a assembléia dos deputados do Rio de Janeiro aprovou por aclamação uma lei que instituía cotas de até 40% para negros e pardos no ingresso à Universidade Estadual do Rio de Janeiro e à Universidade Estadual do Norte Fluminense. A discussão finalmente ganhava a esfera do Ensino Superior.
O ponto é: é uma realidade que a população afro-descendente está submetida a uma situação histórica de injustiça social. As cotas não criam o racismo na sociedade. Ele já existe... e basta olhar pro mercado e ver a diferença de oportunidades. Pelo contrário, o Estado passa a admitir o racismo como problema e propõe políticas racializadas que objetivam justamente inserir o negro em lugares que antes ele não estava. Dando acesso à educação superior, por exemplo, temos uma ascendência dessa população, garantindo-lhes novos horizontes sociais. Sou a favor... mas penso que cabe discutir melhor a maneira de implementá-las.
Eu concordo com as ponderações da Ana Lovejoy. Também entendi dessa maneira. Mas concordo com parte do que traz a postagem da Pearl também. As cotas devem respeitar um percentual, para não ferir o princípio da igualdade.
 
Honestamente, para mim adotar quotas é admitir que um determinado grupo é mais burro que o outro.

Porque se há algum problema que não seja de inteligência, por exemplo ensino público de baixa qualidade ou qualquer coisa do gênero, melhore o ensino.
 

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