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Concurso para gari tem questão sobre novelas e Michel Teló

Acho que não tem mesmo nada a ver ter que cobrar numa prova só o que a pessoa vai precisar saber no trabalho e muito menos, como disseram, nivelar a prova para o perfil de quem eles acham que vai prestá-la. Tem que cobrar o que ela deveria saber para o mínimo de instrução requerida para o cargo (se é fundamental completo, médio, etc), questões específicas (como a Pearl mencionou acima) e também atualidades, mas coisas que qualquer um deveria ler num jornal ou revista (e não "poderia", que aí vai do gosto da pessoa por determinado assuno). Questões relevantes pelo menos para a região do concurso.
 
Morfindel, você devia ter postado aqui.

Infelizmente não é piada.

Bom, pelos menos eram atualidades condizentes com o nível de conhecimento dos concursandos. Ou vocês por acaso queriam perguntas sobre a crise econômica mundial ou confronto Palestina x Israel?

Não precisa perguntar as causas do estouro da bolha imobiliária americana, mas não abaixe tanto o nível assim, como disseram poderia ser algo ligado a segurança do trabalho ou outra coisa mais útil.
 
Não precisa perguntar as causas do estouro da bolha imobiliária americana, mas não abaixe tanto o nível assim, como disseram poderia ser algo ligado a segurança do trabalho ou outra coisa mais útil.

Eu acho razoável numa prova pra eles ter noções mínimas de matemática (saber fazer bem as 4 operações é o mínimo aceitável), o básico de português onde se pode cobrar se eles tem condições de saber interpretar um texto simples que pode ser um recorte de uma revista ou jornal e aí aquilo que é bastante relevante na parte de conhecimentos gerais como já foi comentado aqui como higiene e saúde, noções de segurança e noções de ecologia (onde se encaixa todo o procedimento de tratamento destinado ao lixo)
 
Última edição:
Eu acho razoável numa prova pra eles ter noções mínimas de matemática (saber fazer bem as 4 operações é o mínimo aceitável), o básico de português onde se pode cobrar se eles tem condições de minimamente saber interpretar um texto simples que pode ser um recorte de uma revista ou jornal e aí aquilo que é bastante relevante na parte de conhecimentos gerais como já foi comentado aqui como higiene e saúde, noções de segurança e noções de ecologia (onde se encaixa todo o procedimento de tratamento destinado ao lixo)

Até porque a concorrência (pelo menos aqui em Minas) é grande neste concurso. Por incrível que pareça tem até pessoas (e são muitas) que são formadas em cursos técnicos e superior. O bicho tá pegando...
 
O que é conteúdo acadêmico? De boa mesmo?
é também matemática fundamental, ciências, etc etc etc

E tem algumas coisas que gari tem que saber sim, tipo procedimentos de segurança, destino e impacto do lixo. Existe sim um conteúdo que pode ser cobrado a um gari.
então, eu desconheço (não estou dizendo que não existe) um processo formal de segurança para garis ou de ciclo do lixo (exemplo formalização de processo: CMMI. Para cobrar um conteúdo em concurso, deve existir um processo formal.

Eu até concordo que é bacana o gari saber isso tudo aí, mas nada disso é essencial para reproduzir a função. Um gari não precisa selecionar o lixo para reciclagem pois ele apenas coleta; um gari não precisa entender pra onde vai o lixo; não precisa igualmente entender o que fazer com o lixo. para isso existe o setor de engenharia do lixo, com pessoas capacitadas neste escopo (pelo menos deveriam ser, rs), com seus devidos concursos de ensino superior o bla bla bla

mas a idéia é bem legal. se é pra existir um concurso para gari, que pelo menos tenha relação com a atividade.
 
Ou, digamos, testar preparo físico, afinal eles correm bastante =P

Mas não faz muito sentido esse esquema de concurso.
 
Foi publicado no yahoo notícias a seguinte matéria:

‘Zorra Total’
Por Michel Blanco | Putz – 5 horas atrás

O concurso para gari no município paranaense de Cambé é uma prova de preconceito embrulhado em burocracia míope. Ao mesmo tempo em que exige do candidato ensino básico completo, cobra conhecimento de questões que parecem extraídas da pauta do "TV Fama". Afinal, por que um gari precisa saber de "Zorra Total", novelas da Rede Globo e Michel Teló?

Possivelmente, um técnico da UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná), responsável pela prova, acordou num dia daqueles: "Ai, como eu sou bandida!". E topou com outro no mesmo humor: "Ai, se eu te pego!". A prova, que poderia ser o Casseta & Planeta no auge, estava longe de ser fácil. Quem sabe de qual novela participou a cantora Paula Fernandes "antes de se tornar famosa"?

Em sua defesa, a UTFPR declarou que, "em relação às questões que envolveram temas de determinada emissora televisiva, foram extraídas com base em reportagens publicadas junto a Revista Veja" [sic]. Ainda segundo comunicado da universidade, "as questões de atualidades têm por objetivo verificar se o candidato está informado sobre o que está acontecendo no momento, seja o assunto político, econômico, social ou cultural." Se esse é o horizonte dos examinadores, essa "atualidade" é de lascar.

A prova é humilhante, ao reduzir a um apanhado estereotipado a avaliação da capacidade intelectual de candidatos que, se aprovados, ainda enfrentarão a indiferença. Pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgada em janeiro deste ano revelou que 25% dos funcionários que trabalham com limpeza em São Paulo sofrem algum tipo de discriminação. Entre os garis esse número chega a 42%. A queixa mais comum é que são "invisíveis" a maioria das pessoas. Uma realidade que o caso de Cambé contribui para perpetuar.


Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/blogs/michel-blanco/zorra-total-154956584.html
 
Eu até concordo que é bacana o gari saber isso tudo aí, mas nada disso é essencial para reproduzir a função. Um gari não precisa selecionar o lixo para reciclagem pois ele apenas coleta; um gari não precisa entender pra onde vai o lixo; não precisa igualmente entender o que fazer com o lixo.

Há exceções

Sorocaba no interior de SP que tem um dos sistemas de coleta seletiva mais organizados do país, logo que implantou seu novo sistema, o gari de lá só se limita a varrer ruas e recolher lixo apenas se quiser. Em épocas em que a quantidade de lixo aumenta acima do normal eles tem possibildiade de fazer hora extra na reciclagem e quando aparecem novas vagas eles promovem os garis mais experientes para trabalhar integralmente lá e aí ter esses conhecimentos é muito importante sim.
 
E daí que saiu na Veja, antes tivesse saído na Science ou na National Geographic, ainda ninguém é obrigado a ler tais revistas. Até agora não tem desculpa para isso.
 
Achei bem ridiculas as perguntas, mas o que eles iriam cobrar como atualidade? Atualmente o que passa na TV é só essas baboseiras...
Infelizmente a maioria das pessoas não tem o costume de ler o jornal ou revista, nem mesmo as que tem dinheiro para comprar.
Esse concurso, infelizmente, reflete um pouco da situação atual da educação no Brasil (ou será que fui longe demais?).
 
Amon disse:
então, eu desconheço (não estou dizendo que não existe) um processo formal de segurança para garis ou de ciclo do lixo (exemplo formalização de processo: CMMI. Para cobrar um conteúdo em concurso, deve existir um processo formal.

Mas não precisa existir. Acho que para nenhuma existe, apenas os regulamentos do ministério do trabalho. Na saúde por ex, não existe um protocolo único, mas todos então sob a NR 32. No caso os garis sob a NR 5 ;)
 
sim, mas como aplicar isso num concurso?

No edital do concurso indica o conteúdo a ser cobrado na prova e até as referências bibliográficas. Cabe a pessoa correr atrás e se preparar independente dela ser semi-analfabeta ou muito bem letrada e tal e independente do nível escolar ao que o cargo exige.
 
No edital do concurso indica o conteúdo a ser cobrado na prova e até as referências bibliográficas. Cabe a pessoa correr atrás e se preparar independente dela ser semi-analfabeta ou muito bem letrada e tal e independente do nível escolar ao que o cargo exige.

sim, o edital é lei e nele normalmente vem o que vai ser cobrado e sugestões de bibliografia. Tanto que questões sobre temas não presentes no edital são passíveis de anulação.
 
digo, reformulando: como formular questões baseadas em determinações extremamente genéricas do CIPA para concursos de garis?

eu acho sim que é melhor do que cobrar conteúdo do fundamental, só não enxergo como fazer.
 
Ué vou usar o exemplo para área saúde que eu conheço melhor. Pode não existir uma padronização mas existem textos a respeito de prevenção de acidentes. Eu fiz um concurso que indicou um material de biossegurança da Fiocruz. Ou seja, a banca que fez a prova indicou um material para cobrar as questões, não tem nada demais e nem mistério para cobrar em uma prova, basta indicar uma literatura no edital.
 
digo, reformulando: como formular questões baseadas em determinações extremamente genéricas do CIPA para concursos de garis?

eu acho sim que é melhor do que cobrar conteúdo do fundamental, só não enxergo como fazer.

Por que não cobrar conteúdo do fundamental? Eu acho que concursos são um jeito indireto mas relativamente eficaz de evitar ou pelo menos minimizar evasão escolar. A criatura pelo menos pensa que tendo um mínimo de conhecimento e um diploma de conclusão do ensino básico vai ter chance de prestar concursos sem ter necessariamente experiência no campo ao qual for candidato. O ensino básico tem esse nome não é à toa.
 

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