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Como reagir diante da violência?

Muot-Hart

Usuário
Um conhecido meu disse:
Meu primo, na Segunda Feira foi buscar a namorada no metro Penha, ela estava saindo do trabalho, não tinha aula na faculdade, por isso ele, que, sempre pegava ela mais tarde na Usp, mudou os planos e foi mais cedo para o metro. Por volta das 18:00 horas ele avisou ela pelo cel que já estava esperando, ela estava na Sé ainda, iria demorar um pouco para chegar. Ele ficou esperando dentro do carro, um gol muito bem equipado e bonito, quando foi abordado por uns assaltantes. Pegaram ele, o levaram até uma favela em no bairro de Itaquera. Pelo pouco que foi deduzido pela policia e disseram testemunhas, dentro da favela, por volta de umas 22 horas, mandaram ele correr para fugir, ele correu, mas o tiro nas costas foi mais veloz.
Meu Primo caiu no chão implorando para que os pérfidos assassinos tivessem piedade, levou outro tiro na mão que estava estendida para implorar, e em seguida mais 3 tiros para acabarem de vez o serviço. Terminarem de vez a crueldade...
Tentaram queimar o carro, tacaram fogo dentro dele, mas ao fecharem as portas do carro, a falta de oxigênio fez com que o fogo apagasse. Sacaram 200 reais depois do cartão dele....Essa foi a perda material.

A perda fisica, emocional é muito pior, era muito apegado ao meu Primo, desde a infância. Ele era uma pessoa simples, o carro a namorada estava pagando, ele mesmo nem andava com dinheiro, na Segunda mesmo naum tinha nada na carteira, além do cartão. Bem humorado sempre...Muita covardia, imagino o que meu primo deve ter passado...que pensamentos vieram, todos seus planos a cada minuto que naum mais iriam se concretizar. Seus Pais, sua namorada, parentes amigos que naum mais iria ver...Ele tinha muito medo de morrer. Perdeu a vida, filho único, torço para que seus Pais e familiares ( como eu) se recuperem o mais rapido possivel.

Galerinha..infelizmente estamos a mercê desse tipo de coisa, naum vai mudar taum cedo. Tomem cuidado, se alguém dirige ai..ao estacionar em algum lugar, estacione em lugares de bastante movimento e naum fiquem dentro carro. A vida é muito preciosa para ser jogada fora....
Outro conhecido meu disse:
Com 14 anos de idade vi minha namorada na época (e melhor amiga do meu melhor amigo deis d infancia), morrer na minha frente, por ter ido comprar refrigerante numa festa na praia, e foi morta por engano com 3 tiros nas costas... bixo... da uma raiva... ter q ver ela morrendo no meu colo e meu amigo se matando por um tempasso pra descobrir quem é o cara... e depois saber q o processo foi arquivado pq o executor era menor d idade, falta de testemunha (q tinha muita gente na festa, mais ninguem quis se envolver)

Todo mundo sabe como funciona. Normalmente, andando na rua, dando sopa, quando menos se espera, um maluco enfia o cano de uma arma na sua cabeça, pelo seu tênis ou coisa do gênero. Ou então, você está com os amigos numa boa quando, nas proximidades, duas gangues começam a trocar tiros. Na verdade, há muitas situações diferentes de violência que se pode citar.

"Os especialistas" afirmam, com convicção, que não se deve reagir em um assalto. O que vocês acham disso? Concordam? Discordam?

Eu já tomei minha decisão, já estou juntando dinheiro para comprar uma arma de fogo e receber o devido treinamento no uso dela. Eu tenciono evitar entrar nesse jogo de violência ao máximo, é claro. Não quero arriscar meu pescoço a toa. Mas eu tenho amigos, irmãos, mãe... Um dia terei mulher e filhos, gente que precisa de mim, e eu não posso me dar ao luxo de morrer. Se eu precisar, que Deus me ajude, mas eu puxo o gatilho primeiro.
 
Muot-Hart disse:
Eu já tomei minha decisão, já estou juntando dinheiro para comprar uma arma de fogo e receber o devido treinamento no uso dela. Eu tenciono evitar entrar nesse jogo de violência ao máximo, é claro. Não quero arriscar meu pescoço a toa. Mas eu tenho amigos, irmãos, mãe... Um dia terei mulher e filhos, gente que precisa de mim, e eu não posso me dar ao luxo de morrer. Se eu precisar, que Deus me ajude, mas eu puxo o gatilho primeiro.

Sinceramente? Acho que essa é a pior atitude que você pode fazer.

Com a arma de fogo você se arrisca mais ao inves de se livrar de algo. Vamos pensar em uma situação. Você está na sua casa com a sua familia e ela é invadida por bandidos...

Situação 1: Você é rendido. Como eles estão armados, não pode fazer nada. Final: Você pode ou não sair vivo depende da escolha deles.

Situação 2: Você pega a sua arma de fogo e tenta defender a sua familia. Como ele deve ter rendido alguem assim que entrou na casa, pode muito bem fazer dela refem. Outra chance é dele sair atirando direto em você, e de raiva matar (ou não) a sua familia. Legal né?

Cara, tudo que eu tenho a dizer é argumente. Isso não traz nenhum problema sabe? Quando dizem "não reaja" não quer dizer "cale a boca e entregue tudo". O bandido é gente, pode ser persuadido.

Eu quando fui assaltado a mão armada perdi exatamente meu celular e 10 reais. E sabe o que eu fiz quando fui entregar? Perguntei se podia ficar com os documentos e ele entregou de boa. Conversar não machuca, dá pra levar na boa seja quem for. É obvio que nem todas mas...

Ah sim, e quem acha que eu nunca perdi ninguem em assaltos, meu pai morreu assassinado quando eu tinha 7 anos.
 
Cara o negocio eh sair na rua de armadura mesmo...ateh que seria legal...

bom.. eu nunca fui assaltado... sorte minha.. ateh pq eu tenho uma intuição muito forte, evito alguns lugares e nunca ando espalhafatoso...

somente uma vez.. que eu quase fui assaltado....
eu estava saindo de uma locadora com cds.. e veio um carinha um pouco maior e mais velho q eu.. falando comigo.... e do outro lado da rua tinha um outro do mesmo porte, talvez pra garantir...

eu falei com ele normalmente como se fosse mais um na rua, pq eu não tinha percebido, ele pediu pra mim dar o cd, eu falei q não, ele me pediu dinheiro eu dfalei q não tinha, e ele foi embora na boa

ahh.. porte de armas esta proibido sim...

mas eu posso pegar, no futuro....
 
Quanta ingenuidade, putz... :roll:

Bandidos não "dão as costas". Eles te trancam no banheiro antes de ir embora. Ou te mandam deitar no chão, "quietinho senão leva bala", até ele ir pra onde quiser.

Aqui em Brasília a moda é sequestros relâmpagos. O amigo de um amigo meu foi sequestrado, e no meio da conversa os caras perguntaram se o pai dele era militar ou policial. Ele disse que não, e os caras disseram que essa era a sorte dele, senão já tava morto.

Imagina se o rapaz tivesse armado. Na melhor das hipóteses, os caras iam levar a arma de brinde. E tome mais uma arma pra aumentar o poder dos bandidos.

Aliás...ainda é possivel ter porte de arma? Não teve uma lei que acabou com isso?
Estatuto do desarmamento, ainda não aprovado. Torço todo dia pra que aprovem, e isso impeça civis de andarem armados por aí, e aumentem ocorrências de balas perdidas ou desgraças do tipo.
 
Ame-o ou deixe-o.

Por falar nisso, alguém tem uma passagem pra Genebra sobrando?

--------

Falando sério, eu já ouvi um ladrão dizendo "Eu sou ladrão. Eu gosto de roubar."

Percebem o nível da situação? "Eu gosto de roubar".

O fato é que o ser humano tende a ter um certo prazer na violência. Isso é uma coisa natural, tem a ver com os nossos instintos de sobrevivência. Com o passar do tempo, foram desenvolvidas certas diretrizes de comportamento, regras básicas de convivência em sociedade, diversas maneiras de contornar esses instintos e canalizar essas energias para que você não saia por aí prejudicando outras pessoas.

Mas as rédeas estão ficando soltas. E eu acho que a postura irritantemente pacifista do mundo tem uma grande parcela de culpa nisso. O Mundo continua paparicando elementos que deveriam ser eliminados, elementos que não trazem nada de bom à sociedade.

Eu sou a favor da pena de morte por injeção letal.

Vamos lá, me crucifiquem.

Que se dane se é cruel. Que se dane se é desumano. O Mundo é cruel, o mundo é desumano. Porque pensar duas vezes em eliminar um cara que com certeza não pensaria duas vezes em estourar os seus miolos?

A situação está pericritante. Vergonhosa. Cada vez mais fora de controle.

Eu já estou cansado de ouvir que "violência gera mais violência e blablabla, etc".

Do modo que eu vejo, pena de morte não é violência. Não é crueldade. Não é algo do tipo "Maldito, assassino, tem que sofrer" ou algo do gênero. É apenas o caso de eliminar o elemento que não se encaixa no meio. Ele não precisa sentir dor. É até melhor que não sinta. Tem que ser algo rápido e letal, injeção, caixão, próximo.

Quando tem uma maçã podre no cesto, o que você faz? Gasta suas forças para torná-la comestível novamente, mesmo sabendo que isso nunca vai acontecer?

Não, você joga ela fora, certo?

Anyway, não estou dizendo que ter uma arma em casa é a solução. Não. A solução seria os nossos governantes tomarem certas atitudes para cortar o mal pela raiz. Mas pra eles é fácil, né? Afinal, se eu tenho um exército de seguranças, carro blindado e uma casa-fortaleza, pra que vou me preocupar com os outros?

Né?

Tipo, que tal acabarem com a corrupção da polícia, por exemplo? Isso já ajudaria bastante. E que tal instituírem penas mais severas, por exemplo? Tipo, se um cara pode cometer um assassinato, cumprir toda a pena e sair pra cometer outro assassinato, tem alguma coisa errada com o sistema.

Seria legal se o governo do Rio de Janeiro fosse falar com os traficantes e pedisse a cidade deles de volta. :)

Seria legal se a polícia resolvesse sair e prender alguns assaltantes em São Paulo de vez em quando. :)

Seria legal se as nações parassem de brigar entre si e concentrassem seus esforços para tornar o mundo um lugar melhor.

Mas enquanto isso não acontece, eu continuo saindo por aí olhando para todos os lados, em constante vigilância, como se estivesse numa guerra.

Mas afinal, não estamos todos? :)
 
Lukaz Drakon disse:
Cara, tudo que eu tenho a dizer é argumente. Isso não traz nenhum problema sabe? Quando dizem "não reaja" não quer dizer "cale a boca e entregue tudo". O bandido é gente, pode ser persuadido.
Eu sabia que alguém ia dizer algo do tipo, daí as citações que eu coloquei. Concordo plenamente com o que você falou, mas e quanto aos casos que citei, aos quais todos nós estamos vulneráveis? E o primo do meu amigo que nem teve chance? E se ele tivesse uma arma escondida no carro e a malícia pra reagir, será que ele não teria uma chance?

Um dos motivos pelo qual há assaltos é porque o cidadão comum é como um cordeiro, e o assaltante é como um lobo. Lobos não caçariam cordeiros se estes tivessem desert eagles escondidas sob a lã.

Eu posso até perder minha família e dançar, mas assaltante não assalta policial, militar ou um traficante de renome. Ele assalta quem ele sabe que não tem condição de reagir. E se toda a população for um perigo em potencial para um assaltante, e ele tiver isso em mente ao tentar empreender qualquer forma de violência contra alguém, o que isso faria com os índices de criminalidade?
V disse:
O Mundo continua paparicando elementos que deveriam ser eliminados, elementos que não trazem nada de bom à sociedade.

Eu sou a favor da pena de morte por injeção letal.

Vamos lá, me crucifiquem.

Que se dane se é cruel. Que se dane se é desumano. O Mundo é cruel, o mundo é desumano. Porque pensar duas vezes em eliminar um cara que com certeza não pensaria duas vezes em estourar os seus miolos?

A situação está pericritante. Vergonhosa. Cada vez mais fora de controle.

Eu já estou cansado de ouvir que "violência gera mais violência e blablabla, etc".

Do modo que eu vejo, pena de morte não é violência. Não é crueldade. Não é algo do tipo "Maldito, assassino, tem que sofrer" ou algo do gênero. É apenas o caso de eliminar o elemento que não se encaixa no meio. Ele não precisa sentir dor. É até melhor que não sinta. Tem que ser algo rápido e letal, injeção, caixão, próximo.

Quando tem uma maçã podre no cesto, o que você faz? Gasta suas forças para torná-la comestível novamente, mesmo sabendo que isso nunca vai acontecer?

Não, você joga ela fora, certo?
Concordo com você em partes. A Pena de Morte é uma ferramenta da qual todo sistema competente, eficaz e sem corrupção deveria dispor. O que, diga-se de passagem, não é o caso do nosso sistema.

Agora, observando o seu post, a impressão que me dá é que você propõe um uso nada controlado da dita cuja. Ora, criminosos também são seres humanos. Em geral, são pessoas excluídas do sistema, ignorantes. Ninguém é culpado por ignorância. Um criminoso arrependido que tratou de se inserir na sociedade como alguém produtivo e ajuizado não é algo sem precendentes na história, portanto é uma possibilidade com a qual deve-se trabalhar. Casas de detenção devem ser, em primeiro lugar, um corretivo, uma Esperança Final, não o Ponto Final (muito menos uma faculdade no ofício do crime). Em suma, seres humanos não são maçãs.

Digo que quero ter meios de me defender porque no calor do momento isso não importa. Em situações em que é Ele ou Eu, eu ainda prefiro a segundo opção.
 
V disse:
Ame-o ou deixe-o.

Por falar nisso, alguém tem uma passagem pra Genebra sobrando?´

Ufanismos tolos... São de uma alienação e uma perda de noção da realidade do ponto de vista racional que beira ao aviltante.


V disse:
Falando sério, eu já ouvi um ladrão dizendo "Eu sou ladrão. Eu gosto de roubar."

Percebem o nível da situação? "Eu gosto de roubar".

O fato é que o ser humano tende a ter um certo prazer na violência. Isso é uma coisa natural, tem a ver com os nossos instintos de sobrevivência. Com o passar do tempo, foram desenvolvidas certas diretrizes de comportamento, regras básicas de convivência em sociedade, diversas maneiras de contornar esses instintos e canalizar essas energias para que você não saia por aí prejudicando outras pessoas.

Chamamos essas regras de sociedade, e de certa forma esses valores de cultura e civilização.


V disse:
Mas as rédeas estão ficando soltas. E eu acho que a postura irritantemente pacifista do mundo tem uma grande parcela de culpa nisso. O Mundo continua paparicando elementos que deveriam ser eliminados, elementos que não trazem nada de bom à sociedade.

Eu sou a favor da pena de morte por injeção letal.

O Brasil é um país paternalista, que é tradicionalmente condecendente com criminosos. Aquela máxima do "o cara é um fdp mas é meu amigo..." é praxis social aceita nos orgãos de justiça, nos poderes e polícia, memo que de forma velada.
A justiça faz vista grossa, bandidos de 17 anos de idade são tratados como crianças indefesas e não raramente bandidos são vitimizados, vide casos de pessoas que reagiram e mataram aqueles que os ameaçavam, e que foram julgadas, aí sim, como criminosos assassinos culposos de pobres vítimas. Técio Lins e Silva certa vez defendeu um caso desses dizendo que a função do bandido era matar, e ele apenas cumpria o seu trabalho, enquanto o médico (ofício do cara que reagiu) era o de salvar vidas, e ele ao reagir estaria indo contra o seu papel na sociedade. :disgusti: Acho que em casos incorrigíveis, como o de criminosos hediondos, pra que manter vivos? Alguém vai sentir falta? Se sentir mata junto! Pra que manter um Fernandinho Beira Mar? Pra esperar ele comandar outra revolta e incinerar mais alguém vivo?

Concordo com tudo o que o V disse, mas pra mim Pena de Morte é a última instância, só quando as provas são explícitas e incontextáveis, e quando o criminoso provou-se irrecuperável. Nesse caso, injeção nele (a).


Só mais uma coisa. Sobre o porte de arma, não uso porque não sei usar, mas proibir o porte é uma medida ridícula... Quem as usa pra cometer crime certamente não tem uma arma adquirida por vias lícitas, e se tiver vai ser identificado caso faça bobagem. E mais, dar a certeza ao bandido que as vítimas potenciais não estão armadas é um convite encorajador para que ele ameace sem temer reação, o que ainda é um elemento inibidor. Ninguém DEVE usar armas, mas ninguém DEVE ter o direito de impedir que outros as tenham.
 
E se Todo Mundo andasse armado? Um ladrão tenta assaltar uma pessoa em plenar rua. 30 armas são apontadas contra ele. O que ele faz? Levanta as mãos e se entrega ou morre. Outro vai tentar assaltar novamente? Difícil. Já notaram que é padrão, aceitar e ficar quieto? "Olha lá os caras roubando o toca-fita" "Não tô nem aí, não é o meu." Será que se não tivessemos essa mentalidade do "Não é o meu" não estaríamos melhor?
Quanto ao desarmamento, que teoricamente diminuíria a violência. Na Suíça (ok, eu sei, a Suíça não é um exemplo bom a nível de Brasil mas é o que tenho agora), todo cidadão que prestou serviço militar tem um fuzil de assalto padrão em casa (se trocam por outro melhor, todos os fuzis são trocados). E não ouvimos falar da violência causada por armas de fogo na Suíça tão fácil.
Eu mesmo já impedi assaltos à minha casa duas vezes porque estava armado (tem uma espingadar atráz de mim agora mesmo). Uma pessoa que esteja preparada psicológicamente para usar uma arma de fogo no momento e situação oportunos não é um problema, mas sim uma solução.
Qualquer coisa lembrem-se: A Legislação Brasileira, Não menciona em NENHUMA parte armas brancas. Logo é perfeitamente legal portar uma espado ou melhor uma besta. Ou seja: se proibirem as armas de fogo, se virem.
 
Balestras são rlz
E se Todo Mundo andasse armado? Um ladrão tenta assaltar uma pessoa em plenar rua. 30 armas são apontadas contra ele. O que ele faz? Levanta as mãos e se entrega ou morre. Outro vai tentar assaltar novamente? Difícil. Já notaram que é padrão, aceitar e ficar quieto? "Olha lá os caras roubando o toca-fita" "Não tô nem aí, não é o meu." Será que se não tivessemos essa mentalidade do "Não é o meu" não estaríamos melhor?
Ótima, digna de virar assinatura :clap:
Pena que perdi meu direito civil à assinatura =/
 
Muot-hart disse:
Agora, observando o seu post, a impressão que me dá é que você propõe um uso nada controlado da dita cuja.

Não, veja bem, isso é uma coisa que eu não abordei no meu post.

Eu concordo com o Eru, a pena de morte só deve ser aplicada caso as provas sejam irrefutáveis e absolutamente conclusivas.

Mas como isso depende inteiramente do sistema investigativo, que no Brasil é ridiculamente falho (beirando o inexistente), seria um tópico sobre o qual eu teria que dissertar em demasia, e não era este o ponto que eu queria fazer.

Ora, criminosos também são seres humanos.

Eu tenho achado cada vez mais difícil concordar com isso.

Em geral, são pessoas excluídas do sistema, ignorantes.

Era assim antigamente, quase que inteiramente. Hoje em dia, no entanto, a coisa é um pouco diferente. No próprio post inicial você postou a descrição de um assassinato com requintes de crueldade. Os bandidos brincaram com a vítima. Eles atiraram no cara por diversão.

Eu já tinha falado da glamourização do crime em um tópico no insônia. Basicamente, hoje em dia é bonito ser bandido.

Ninguém é culpado por ignorância.

Verdade.

Um criminoso arrependido que tratou de se inserir na sociedade como alguém produtivo e ajuizado não é algo sem precendentes na história, portanto é uma possibilidade com a qual deve-se trabalhar.

Sei. E qual é essa possibilidade, estatisticamente falando? Quantos criminosos se arrependem e tratam de se inserir na sociedade, digamos, por ano?

E quantos criminosos reincidentes nós temos, digamos, por dia?

Casas de detenção devem ser, em primeiro lugar, um corretivo, uma Esperança Final, não o Ponto Final (muito menos uma faculdade no ofício do crime).

Você acredita realmente que isso tudo pode mudar? Há décadas que as casas de detenção mais prejudicam do que ajudam. E a tendência é piorar.

Agora, voltando ao que eu estava falando antes, um cara que gosta de cometer crimes não vai se arrepender. Nunca. Ele não vai se reabilitar.

Punições de acordo com os crimes, eu acho isso fantástico.

Roubo - mutilação
Estupro - castração
Assassinato - morte

É de uma simplicidade aterradora.

Em suma, seres humanos não são maçãs.

Ok, seres humanos são animais.

Qual é o costume, entre a imensa maioria das espécies de animais, quando um elemento não se encaixa no meio?
 
Bowser disse:
Qualquer coisa lembrem-se: A Legislação Brasileira, Não menciona em NENHUMA parte armas brancas. Logo é perfeitamente legal portar uma espado ou melhor uma besta. Ou seja: se proibirem as armas de fogo, se virem.
:clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap: :clap:
Bem pensado, eu não teria encontrado solução melhor nesse caso
Como eu sou espertinho, vou comprar minha 9 mm antes disso acontecer.
Se acontecer, bom... Da-se um jeito. A única coisa que será estipulada será a Habilitação de arma de fogo, isso, imagino que um cidadão correto pode tirar.
V disse:
Muot-hart disse:
Agora, observando o seu post, a impressão que me dá é que você propõe um uso nada controlado da dita cuja.

Não, veja bem, isso é uma coisa que eu não abordei no meu post.

Eu concordo com o Eru, a pena de morte só deve ser aplicada caso as provas sejam irrefutáveis e absolutamente conclusivas.
Aí que está. Eu já acho que, penas de morte são para casos conclusivos E em que uma junta de especialistas em criminologia, psicologia, psiquiatria, etc, declarem o réu irrecuperável. Eu não perdi a fé no espírito humano, inflexibilidade na aplicação das leis é uma injustiça (ouviram moderadores? :lol: )
V disse:
Ora, criminosos também são seres humanos.

Eu tenho achado cada vez mais difícil concordar com isso.
Bom V, trate de manter isso em mente ou você nunca terá meu voto.

Um belo dia eu provavelmente queimei o carpete da sala ou coisa parecida, e mamãe não me desertou. Ela me corrigiu. Assim é que se faz. Não existe ser humano completamente incapaz de mudar, ou ser mudado. Para o bem ou para o mal. Ora, eu posso mudar agora, vestir um capuz, pegar uma arma e matar alguém, até aqui eu procurei me esforçar em gestos contrários a este. Se eu tenho a opção de mudar, o outro lado também deve ter.

V disse:
Era assim antigamente, quase que inteiramente. Hoje em dia, no entanto, a coisa é um pouco diferente. No próprio post inicial você postou a descrição de um assassinato com requintes de crueldade. Os bandidos brincaram com a vítima. Eles atiraram no cara por diversão.

Eu já tinha falado da glamourização do crime em um tópico no insônia. Basicamente, hoje em dia é bonito ser bandido.
Eu li o tópico. Será que modismos passageiros trazidos por Cidade de Deus e Carandiru vêm ao caso?

O caso que eu citei no post inicial, eu enxergo como uma possibilidade a qual estamos todos vulneráveis, mas enxergo também como um caso isolado. Pode ser excesso de esperança. Mas enfim... Além do mais, que atire a primeira pedra, aquele que nunca fez merda sob pressão do grupo.

V disse:
Sei. E qual é essa possibilidade, estatisticamente falando? Quantos criminosos se arrependem e tratam de se inserir na sociedade, digamos, por ano?

E quantos criminosos reincidentes nós temos, digamos, por dia?
Será que isso se dá pela natureza humana... Ou pela natureza do sistema?

Um sistema onde a lei, citando Racionais, "tira sua liberdade, família e moral, mesmo longe do sistema carcerário! te chamarão pra sempre, de ex-presidiário - não confio na polícia, raça do caralho!", eu pergunto, a culpa é do nosso Criador, ou da nossa criação? Tirem suas próprias conclusões.

V disse:
Você acredita realmente que isso tudo pode mudar? Há décadas que as casas de detenção mais prejudicam do que ajudam. E a tendência é piorar.
Sim, eu acredito. É só pedir, e com dois, três cliques, eu arranjo nomes de uns 15 países onde deu certo.

V disse:
um cara que gosta de cometer crimes não vai se arrepender. Nunca. Ele não vai se reabilitar.
Eu gostava de geléia de mocotó, dá pra acreditar? =/

V disse:
Punições de acordo com os crimes, eu acho isso fantástico.

Roubo - mutilação
Estupro - castração
Assassinato - morte

É de uma simplicidade aterradora.
Bom, se essa for a lei, se uma meia de exemplos bem dramáticos forem dados, se tivermos um ano de inflexibilidade para instaurar o terror nos corações dos bandidos nesse momento tão dramático de nossa história, sim, é aceitável.

Em suma, seres humanos não são maçãs.

V disse:
Ok, seres humanos são animais.

Qual é o costume, entre a imensa maioria das espécies de animais, quando um elemento não se encaixa no meio?
Mesmo um bandido pensa. Pode aprender a ler, pode levantar da cama às segundas feiras pra ir trabalhar. Um cachorro não.
 
...sera que essas passeatas em prol da Paz realmente tem um efeito consideravel perante a situacao que vivemos?....pergunto isso porq parece ate que muito se fala, pouco se faz....
 
Muot-Hart disse:
Eu sabia que alguém ia dizer algo do tipo, daí as citações que eu coloquei. Concordo plenamente com o que você falou, mas e quanto aos casos que citei, aos quais todos nós estamos vulneráveis? E o primo do meu amigo que nem teve chance? E se ele tivesse uma arma escondida no carro e a malícia pra reagir, será que ele não teria uma chance?

Um dos motivos pelo qual há assaltos é porque o cidadão comum é como um cordeiro, e o assaltante é como um lobo. Lobos não caçariam cordeiros se estes tivessem desert eagles escondidas sob a lã.

Eu posso até perder minha família e dançar, mas assaltante não assalta policial, militar ou um traficante de renome. Ele assalta quem ele sabe que não tem condição de reagir. E se toda a população for um perigo em potencial para um assaltante, e ele tiver isso em mente ao tentar empreender qualquer forma de violência contra alguém, o que isso faria com os índices de criminalidade?

Isso é uma verdade que tenho que concordar. A sociedade ou faz alguma coisa, ou leva.

Mas continuo sendo contra as armas de fogo pois há outras maneiras de se reagir e causar um certo 'dano' a sociedade bandida brasileira (daonde eu tirei isso? :eek: ) O caso é que as vezes uma denuncia pode muito bem dar um resultado maior do que uma reação. Você mata 1 bandido. Parabens, faltam mais 100 mil.

Ah, mas o sistema é corrupto e não adianta denunciar. Claro que não, mas você tem que saber para quem dizer as coisas. Que tal denunciar um cativeiro de sequestradores para a mídia (como a Rede Globo). Aquilo vai aparecer na tv e TODO mundo vai saber. Ai, se não tomarem uma atitude, a coisa pega pra eles.
 
Bem, incrivelmente também temos um sério problema com o armamento, gente... A classe média mata por "Se na periferia se mata por um desentendimento no jogo de cartas, a classe média extravasa a agressividade matando gente em rachas de carro ou brigas no trânsito, botando fogo em índios e mendigos, assassinando pai e mãe ou exterminando namorada. " (extraído do soudapaz.com.br)

Creio que estamos confundindo as "reações", exatamente como o comerciante que foi socar o radar :roll:

Uma pessoa não reagir em um assalto não significa que ela deva deixar a situação assim. Sim, a polícia é falha, blábláblá... mas reagir por reagir in loco é apenas uma forma de se matar. Principalmente quando você tem alguém a seu lado para proteger. (o caso do Fred da novela que tanto falam me vêm à mente)

Uma reação não-violenta, não significa fazer passeatas "chega de violência", mas uma mudança do que temos como sociedade hoje, para começar.

Um bom motivo porque temos esse tipo de violência em cidades grandes, é porque não temos noção de comunidade. No sentido de que o anonimato nos protege, é muita gente, ninguém guarda nossas caras.

Uma reversão nisso seria interessante. Saber quem é o seu vizinho, para começar. Saber quem é estranho no bairro.

Começar a notar as pessoas habituais onde você frequenta, ao invés de nosso costume cosmopolita de não olhar, para saber quem não devia estar ali de bobeira.

Claro que temos de mudar a legislação. Mas penas de morte costuma atravancar sistemas rápidos... quanto mais o nosso "eficiente" judiciário.

Uma sugestão, é o confisco de bens. A vítima teria de receber indenização do Estado (por falhar em proteger) e do criminoso e da família do criminoso (por criar um elemento nocivo à sociedade). Claro que os bens do criminoso estão com seus cupinchas e asseclas, mas até aí, pega deles também. (para o crime não compensar)

Que mais?

Na questão pessoal, vou ter de contar com bom senso quando isso acontece. Se o bandido for alguém que dê pra conversar (acontece) não reagir, mas guardar fisionomia para uso futuro (entendam como quiser essa parte). Se perceber que está alterado demais para conversar, adotar táticas de sobrevivência, e se sobreviver, garantir para que ninguém venha atrás de minha cabeça no futuro (comparsas, alguém ver meu rosto, etc.).
 
Primula disse:
Bem, incrivelmente também temos um sério problema com o armamento, gente... A classe média mata por "Se na periferia se mata por um desentendimento no jogo de cartas, a classe média extravasa a agressividade matando gente em rachas de carro ou brigas no trânsito, botando fogo em índios e mendigos, assassinando pai e mãe ou exterminando namorada. " (extraído do soudapaz.com.br)

Esse são casos patólógicos.


Uma pessoa não reagir em um assalto não significa que ela deva deixar a situação assim. Sim, a polícia é falha, blábláblá... mas reagir por reagir in loco é apenas uma forma de se matar. Principalmente quando você tem alguém a seu lado para proteger. (o caso do Fred da novela que tanto falam me vêm à mente)

E não reagir e dar a certeza de que não vai reagir também é uma forma potencial de se matar. Eu já reagi a dois caras armados que queriam entrar no meu carro e me levar sabe-se lá pra onde jogando o carro contra eles num cavalo de pau (sim, meu 1.0 pode ser considerado uma arma). Sabe-se lá onde eu estaria hoje se não tivesse feio isso naquela hora.


Uma reação não-violenta, não significa fazer passeatas "chega de violência", mas uma mudança do que temos como sociedade hoje, para começar.
Um bom motivo porque temos esse tipo de violência em cidades grandes, é porque não temos noção de comunidade. No sentido de que o anonimato nos protege, é muita gente, ninguém guarda nossas caras.

Uma reversão nisso seria interessante. Saber quem é o seu vizinho, para começar. Saber quem é estranho no bairro.

Isso é interessante sim. Mas aí estariamos indo na contra-mão da história. O flaneur anônimo é uma figura urbana que já era denunciada no século XIX, quando a maior cidade do mundo (Londres) era 10 vezes menor do que São Paulo (a cidade). Mas de fato seria uma alternativa interessante. E sabe que eu gostei quando, não me lembro se foi o V, mencionou uma cena hipotética onde o ladrão aponta a arma pra vítima e imediatamente todos a volta apontam as suas pra ele. Gostaria de ver isso.


Claro que temos de mudar a legislação. Mas penas de morte costuma atravancar sistemas rápidos... quanto mais o nosso "eficiente" judiciário.

Isso é um outro problema a se considerar, mas que não invalida a Pena de Morte como uma alternativa em casos extremos. Quem aí vai defender o tio Beira-Mar? Por mim, usando a linguagem dos páreas dele, já podiam ter passado o ceról nele faz tempo.


Uma sugestão, é o confisco de bens. A vítima teria de receber indenização do Estado (por falhar em proteger) e do criminoso e da família do criminoso (por criar um elemento nocivo à sociedade). Claro que os bens do criminoso estão com seus cupinchas e asseclas, mas até aí, pega deles também. (para o crime não compensar)

Aí vai a parte engraçada. Quem faz o estado é o dinheiro do contribuinte. Então quer dizer que o babaca vai lá e mata um e eu pago indenização indiretamente? E mais, normalmente o criminoso não deixa rastros, ou nossas forças investigativas são pouco aptas em rastrear o histórico desses delinquentes, sobretudo os ocasionais. E mais, a maioria se bobear nem tem mais família. E se tem, mal convive com elas. E os que convivem, quantos tem famílias capazes de pagar uma indenização justa pelas asneiras de um de seus membros como "homicídios" ocasionais?


Na questão pessoal, vou ter de contar com bom senso quando isso acontece. Se o bandido for alguém que dê pra conversar (acontece) não reagir, mas guardar fisionomia para uso futuro (entendam como quiser essa parte). Se perceber que está alterado demais para conversar, adotar táticas de sobrevivência, e se sobreviver, garantir para que ninguém venha atrás de minha cabeça no futuro (comparsas, alguém ver meu rosto, etc.).

Eu até acho muito sensato, mas essa não deixa de ser uma postura passiva (sabe-se que a polícia não guarda retratos falados nem vai encima muito energicamente de punguistas fajutos. E mais, posturas assim encorajariam, creio eu, esses bandidos com quem se dá pra conversar.

Enfim, a situação é deveras complexa.


PS: Esse tópico merecia ir pro Insônia.
 
Eru disse:
Primula disse:
Bem, incrivelmente também temos um sério problema com o armamento, gente... A classe média mata por "Se na periferia se mata por um desentendimento no jogo de cartas, a classe média extravasa a agressividade matando gente em rachas de carro ou brigas no trânsito, botando fogo em índios e mendigos, assassinando pai e mãe ou exterminando namorada. " (extraído do soudapaz.com.br)

Esse são casos patólógicos.

Não vou discutir que são patológicos. O ponto é que muitos patológicos já tem acesso a armas e estão matando e dando notícia na TV.

Seria necessário avaliar então... Quem é que vai analisar se um cidadão tem equilíbrio para portar uma arma?

Sim, temos muitos marginais... mas dar armas para todos é garantia de que a taxa de patológicos armados também vai aumentar. E como muitas patologias são "aceitáveis" para o brasileiro (como é aceitável e compreendido ser bandido), acontece como o caso do sr. Antonio Gissi Tomaz, que matou sua ex-namorada dois dias depois do caso Camila... o detalhe é que ele já respondia processo por matar sua esposa em acesso de ciúmes (bem do lado do quarto dos filhinhos), mas respondia o processo em liberdade por ser réu primário. :roll:

Então todos devíamos ser avaliados...? Ah, mas eu também conheço casos de psicológos que dão parecer tendenciosos demais (um lado apenas, deixando-se envolver emocionalmente com esse lado) que avaliam de forma errônea um homem apenas porque uma mulher disse que sofreu agressão.

Não acho nada saudável uma população à beira de um ataque de nervos se armar assim... além de me preocupar com o marginal, também tenho de me preocupar com o motorista que me fecha e acha que está no seu direito de sair costurando no trânsito e volta para meter uma bala no desafeto, teria medo do motorista de ônibus que numa simples discussão descarrega a arma (que devia ser para se defender em assalto no ônibus) em cima de um passageiro bêbado e chato.

Essa neurose toda só cria um clima de desconfiança maior ainda até de quem poderia vir em meu socorro, ou pior: eu teria medo de socorrer alguém pois ele poderia pensar que o bandido voltou para acabar com o serviço.

Fazendo um paralelo com economia de água: andando na rua, meio dormindo no ônibus ou no trem, volta e meia alguém fala que devíamos todos economizar, que é um abuso o desperdício que viu outro dia o sicrano fazer, empurrando uma folhinha com um jato de agua... mas eu fico encafifada: se eu escuto isso todo santo dia de alguma boca que nem sei porque é que só vejo todo mundo desperdiçando?

Resposta: é que novamente esperamos que o outro faça primeiro e não sejamos nós os primeiros trouxas. O Estado somos nós, mas sempre esperamos que o Estado faça algo. É algo paradoxal e broxante.

Uma pessoa não reagir em um assalto não significa que ela deva deixar a situação assim. Sim, a polícia é falha, blábláblá... mas reagir por reagir in loco é apenas uma forma de se matar. Principalmente quando você tem alguém a seu lado para proteger. (o caso do Fred da novela que tanto falam me vêm à mente)

E não reagir e dar a certeza de que não vai reagir também é uma forma potencial de se matar. Eu já reagi a dois caras armados que queriam entrar no meu carro e me levar sabe-se lá pra onde jogando o carro contra eles num cavalo de pau (sim, meu 1.0 pode ser considerado uma arma). Sabe-se lá onde eu estaria hoje se não tivesse feio isso naquela hora.

Situação diferente: você num congestionamento e um "franelinha" te aponta uma arma te mandando para o banco do passageiro.

Como disse, a reação vai depender de dois fatores: tenho chance de sobreviver, e qual vai ser o dano efetivo ao marginal.

Reação pra mim não é só descer cacete (que aliás muita mulher anda mandando bem) no bandido. Falta de reação é simplesmente "esquece isso acontece com todo mundo", e não é isso o que eu gostaria de ver nas pessoas. Reação é guardar aquilo na cabeça, ter um "já vi esse cara antes" quando ele vier se apresentar para pedir algo a você.

Tenho mania até de guardar direitinho o rosto de pedintes nas ruas e nos ônibus para saber há quanto tempo ele não quer sair dessa. (tem uma mulher que sempre entra no FEPASA, e um clone chorão do Frodo com seu cachorro na Liberdade e um cara de 47 anos que vive pedindo dinheiro em ônibus da Vila Angela e...)

Uma reação não-violenta, não significa fazer passeatas "chega de violência", mas uma mudança do que temos como sociedade hoje, para começar.
Um bom motivo porque temos esse tipo de violência em cidades grandes, é porque não temos noção de comunidade. No sentido de que o anonimato nos protege, é muita gente, ninguém guarda nossas caras.

Uma reversão nisso seria interessante. Saber quem é o seu vizinho, para começar. Saber quem é estranho no bairro.

Isso é interessante sim. Mas aí estariamos indo na contra-mão da história. O flaneur anônimo é uma figura urbana que já era denunciada no século XIX, quando a maior cidade do mundo (Londres) era 10 vezes menor do que São Paulo (a cidade). Mas de fato seria uma alternativa interessante. E sabe que eu gostei quando, não me lembro se foi o V, mencionou uma cena hipotética onde o ladrão aponta a arma pra vítima e imediatamente todos a volta apontam as suas pra ele. Gostaria de ver isso.

Apenas o simples ato de não ignorar já intimidaria. O simples fato de não ter UM herói, mas vários também intimida (não depois que a desgraça aconteceu e o bandido desarmado é pego já pela polícia).

Uma coisa que eu sempre digo para minha mãe: não assista esses Datena para saber que existe violência, mas para gravar o nome dos criminosos, o rosto deles.

Uma experiência que acho totalmente válida para tirar fora o glamour de bandido, a compreensão com o bandido, são as dramatizações com atores (semelhantes aos marginais). Já viram que todo mundo depois que é preso fica com cara de coitado? Exatamente o mesmo sentimento existe quando você conhece um cara que conta sua estória bárbara (do ponto de vista dele) e por isso não há denuncia sobre um foragido. A nova comunidade simpatiza com a estória do "coitado", sem nem ao menos verificar o outro lado.

Quanto a ir na contra mão da história... acho que minha proposta é exatamente pegar elementos da antiguidade: cidades pequenas onde todos se conhecem, sabem quem fez o que. Se não tem um "coroner", o resultado é uma forma de proteção da comunidade. Mini comunidades, cooperando entre si de vez em quando. Por que não?

Claro que temos de mudar a legislação. Mas penas de morte costuma atravancar sistemas rápidos... quanto mais o nosso "eficiente" judiciário.
Isso é um outro problema a se considerar, mas que não invalida a Pena de Morte como uma alternativa em casos extremos. Quem aí vai defender o tio Beira-Mar? Por mim, usando a linguagem dos páreas dele, já podiam ter passado o ceról nele faz tempo.

Engraçado pensar sobre criminosos... na linguagem deles, dificilmente eles esquecem um traira.

Devo pensar que existe uma comunidade na marginalidade que "não esquece". Então porque o mesmo princípio de "não esquecer quem são os bandidos" não pode ser aplicado no nosso dia-a-dia?

Eu normalmente tento na medida do possivel gravar duas coisas na mente... o bandido e a família do bandido (se ficar chorando por ele). Para que se essas pessoas cruzarem comigo na vida eu sair rapidinho pela direita.

A vida moderna é uma desculpa claro. E quem vive da marginalidade tem tempo de não esquecer. Mas creio que é realmente necessário cada um de nós fazer sua parte em não cruzar com essas pessoas, em se eles aparecerem na nossa frente, não apiedar em denunciar à polícia por causa da "estória triste" deles.

Acho isso mais saudável do que recomendar a meus amigos que se tornem Rambos e Jet Lis virando-se sozinhos. Pessoalmente não gostaria de ver vocês no próximo funeral.

Uma sugestão, é o confisco de bens. A vítima teria de receber indenização do Estado (por falhar em proteger) e do criminoso e da família do criminoso (por criar um elemento nocivo à sociedade). Claro que os bens do criminoso estão com seus cupinchas e asseclas, mas até aí, pega deles também. (para o crime não compensar)

Aí vai a parte engraçada. Quem faz o estado é o dinheiro do contribuinte. Então quer dizer que o babaca vai lá e mata um e eu pago indenização indiretamente? E mais, normalmente o criminoso não deixa rastros, ou nossas forças investigativas são pouco aptas em rastrear o histórico desses delinquentes, sobretudo os ocasionais. E mais, a maioria se bobear nem tem mais família. E se tem, mal convive com elas. E os que convivem, quantos tem famílias capazes de pagar uma indenização justa pelas asneiras de um de seus membros como "homicídios" ocasionais?

Novamente nos esquivamos... o Estado sim somos nós. E nós permitimos que essa escalada de violência ficasse assim. Como? Tente entender Hannibal Lecter, sua fúria e impaciencia com os "Lambs" que Clarice queria salvar.

É a fúria que nos deixa bravos quando alguém imola um pai de família que pedia para ser poupado. Mas se estivéssemos lá... teríamos feito algo como sociedade?

Mas estamos sempre lá... pois lá é aqui e agora. E sempre nos esquivamos de deixar de ser cordeiros, e só ficamos valentes quando estamos em maior número. É nossa natureza covarde, infelizmente.

E os que convivem... mas oras, Eru! Acabaste de citar Fernandinho Beira-mar!!! Acha que ele não teria condições de pagar pelas vidas que tomou?

Ou as quadrilhas especializadas em sequestros? Elas não tem bens?

E quanto aos pé rapados? Bem, que tal a volta da escravidão? Se não (perigoso para eles se armarem)... eles tem condições de doar sangue não tem? :twisted: (mesmo que não, dá se um jeito de aproveitar os elementos de sangue... senão doa também um rim que não faz falta... ou um pedaço de fígado que se regenera)

Na questão pessoal, vou ter de contar com bom senso quando isso acontece. Se o bandido for alguém que dê pra conversar (acontece) não reagir, mas guardar fisionomia para uso futuro (entendam como quiser essa parte). Se perceber que está alterado demais para conversar, adotar táticas de sobrevivência, e se sobreviver, garantir para que ninguém venha atrás de minha cabeça no futuro (comparsas, alguém ver meu rosto, etc.).

Eu até acho muito sensato, mas essa não deixa de ser uma postura passiva (sabe-se que a polícia não guarda retratos falados nem vai encima muito energicamente de punguistas fajutos. E mais, posturas assim encorajariam, creio eu, esses bandidos com quem se dá pra conversar.

Enfim, a situação é deveras complexa.


PS: Esse tópico merecia ir pro Insônia.

Quem disse que o retrato é para a polícia? :roll:

:wink: deixa aqui no generalidades mesmo
 
Primula disse:
Não vou discutir que são patológicos. O ponto é que muitos patológicos já tem acesso a armas e estão matando e dando notícia na TV.

Seria necessário avaliar então... Quem é que vai analisar se um cidadão tem equilíbrio para portar uma arma?

Sim, temos muitos marginais... mas dar armas para todos é garantia de que a taxa de patológicos armados também vai aumentar. E como muitas patologias são "aceitáveis" para o brasileiro (como é aceitável e compreendido ser bandido), acontece como o caso do sr. Antonio Gissi Tomaz, que matou sua ex-namorada dois dias depois do caso Camila... o detalhe é que ele já respondia processo por matar sua esposa em acesso de ciúmes (bem do lado do quarto dos filhinhos), mas respondia o processo em liberdade por ser réu primário. :roll:

Então todos devíamos ser avaliados...? Ah, mas eu também conheço casos de psicológos que dão parecer tendenciosos demais (um lado apenas, deixando-se envolver emocionalmente com esse lado) que avaliam de forma errônea um homem apenas porque uma mulher disse que sofreu agressão.

Eu não defendi dar armas a todos, mas não impedir que quem quiser ter porte que tenha... É bem diferente. E mais, as pessoas aqui não compram arma no supermercado, como nos EUA. Fazem inclusive exames psicotécnicos para tal.


Não acho nada saudável uma população à beira de um ataque de nervos se armar assim... além de me preocupar com o marginal, também tenho de me preocupar com o motorista que me fecha e acha que está no seu direito de sair costurando no trânsito e volta para meter uma bala no desafeto, teria medo do motorista de ônibus que numa simples discussão descarrega a arma (que devia ser para se defender em assalto no ônibus) em cima de um passageiro bêbado e chato.

Bom, esses caras, se estão afim de sair usando armas por aí, não vão se importar de as adquirir de forma ilícita, nem seriam autorizados a adquirir uma legalmente. Se há psicotécnico pra exame de motorista, pode haver um, bem mais rigoroso, pro porte de armas.


Essa neurose toda só cria um clima de desconfiança maior ainda até de quem poderia vir em meu socorro, ou pior: eu teria medo de socorrer alguém pois ele poderia pensar que o bandido voltou para acabar com o serviço.

Acho isso meio hipotético demais. Teria que ser testado... De qualquer forma não estou fazendo campanha pelo armamento em massa pra população, mas a não proibição do porte.


Fazendo um paralelo com economia de água: andando na rua, meio dormindo no ônibus ou no trem, volta e meia alguém fala que devíamos todos economizar, que é um abuso o desperdício que viu outro dia o sicrano fazer, empurrando uma folhinha com um jato de agua... mas eu fico encafifada: se eu escuto isso todo santo dia de alguma boca que nem sei porque é que só vejo todo mundo desperdiçando?

Resposta: é que novamente esperamos que o outro faça primeiro e não sejamos nós os primeiros trouxas. O Estado somos nós, mas sempre esperamos que o Estado faça algo. É algo paradoxal e broxante.

Isso é uma questão interessante. Mas acontece que o desarmamento só viria da parte do lado de cá... O bandido não iria seguir nosso exemplo... Só que sem dúvida daria o maior apoio pra iniciativa.


Como disse, a reação vai depender de dois fatores: tenho chance de sobreviver, e qual vai ser o dano efetivo ao marginal.

Reação pra mim não é só descer cacete (que aliás muita mulher anda mandando bem) no bandido. Falta de reação é simplesmente "esquece isso acontece com todo mundo", e não é isso o que eu gostaria de ver nas pessoas. Reação é guardar aquilo na cabeça, ter um "já vi esse cara antes" quando ele vier se apresentar para pedir algo a você.

Um viva a essas mulheres... Eu sinceramente não acho que só marcara a cara de uma pessoa em uma cidade como São Paulo ou Rio de Janeiro vá resolver algo nesse sentido. Até porque não acredito que a polícia vá se mobilizar muito pra prender um ladrão de galinha pra enquadrá-lo em uma jaula super-lotada com outros de laia pior.


um clone chorão do Frodo com seu cachorro na Liberdade

:lol: :lol: :lol: Droga, estou perdendo a concentração! Estou imaginando a cena!! :lol: :lol:


Uma reação não-violenta, não significa fazer passeatas "chega de violência", mas uma mudança do que temos como sociedade hoje, para começar.
Um bom motivo porque temos esse tipo de violência em cidades grandes, é porque não temos noção de comunidade. No sentido de que o anonimato nos protege, é muita gente, ninguém guarda nossas caras.

Uma reversão nisso seria interessante. Saber quem é o seu vizinho, para começar. Saber quem é estranho no bairro.

Isso é interessante sim. Mas aí estariamos indo na contra-mão da história. O flaneur anônimo é uma figura urbana que já era denunciada no século XIX, quando a maior cidade do mundo (Londres) era 10 vezes menor do que São Paulo (a cidade). Mas de fato seria uma alternativa interessante. E sabe que eu gostei quando, não me lembro se foi o V, mencionou uma cena hipotética onde o ladrão aponta a arma pra vítima e imediatamente todos a volta apontam as suas pra ele. Gostaria de ver isso.

Apenas o simples ato de não ignorar já intimidaria. O simples fato de não ter UM herói, mas vários também intimida (não depois que a desgraça aconteceu e o bandido desarmado é pego já pela polícia).[/quote]

Eu acho que isso seria muito interessante de se pensar, mas acho que só isso não basta. Mas que ajuda ajuda. Você está certíssima nisso.



Uma experiência que acho totalmente válida para tirar fora o glamour de bandido, a compreensão com o bandido, são as dramatizações com atores (semelhantes aos marginais). Já viram que todo mundo depois que é preso fica com cara de coitado? Exatamente o mesmo sentimento existe quando você conhece um cara que conta sua estória bárbara (do ponto de vista dele) e por isso não há denuncia sobre um foragido. A nova comunidade simpatiza com a estória do "coitado", sem nem ao menos verificar o outro lado.

Eu odeio isso. Sabe que eu adorava aquele programa Cadeia, que tinha na OM com o Alborgheti... Ele desmistificava isso na hora! :twisted:


Quanto a ir na contra mão da história... acho que minha proposta é exatamente pegar elementos da antiguidade: cidades pequenas onde todos se conhecem, sabem quem fez o que. Se não tem um "coroner", o resultado é uma forma de proteção da comunidade. Mini comunidades, cooperando entre si de vez em quando. Por que não?

Como eu disse, acho a proposta deveras interessante e posso arriscar dizer que ela já é de certo modo implementada, com o fechamento de ruas, condomínios fechados e outras coisas do gênero.



Engraçado pensar sobre criminosos... na linguagem deles, dificilmente eles esquecem um traira.

Devo pensar que existe uma comunidade na marginalidade que "não esquece". Então porque o mesmo princípio de "não esquecer quem são os bandidos" não pode ser aplicado no nosso dia-a-dia?

Eu normalmente tento na medida do possivel gravar duas coisas na mente... o bandido e a família do bandido (se ficar chorando por ele). Para que se essas pessoas cruzarem comigo na vida eu sair rapidinho pela direita.

E se elas correrem atrás de vc? :? Normalmente é o bandido que procura a gente, pelo menos quando não somos usuários de narcóticos ilegais. :|


A vida moderna é uma desculpa claro. E quem vive da marginalidade tem tempo de não esquecer. Mas creio que é realmente necessário cada um de nós fazer sua parte em não cruzar com essas pessoas, em se eles aparecerem na nossa frente, não apiedar em denunciar à polícia por causa da "estória triste" deles.

Isso também é importante...


Acho isso mais saudável do que recomendar a meus amigos que se tornem Rambos e Jet Lis virando-se sozinhos. Pessoalmente não gostaria de ver vocês no próximo funeral.

De fato não. Mas ter uma arma a mão, pra quem sabe usar e tem consciência de que não pode sair atirando por aí pode ser "uma mão na roda também". E nem precisa agir sozinho... :wink:


Novamente nos esquivamos... o Estado sim somos nós. E nós permitimos que essa escalada de violência ficasse assim. Como? Tente entender Hannibal Lecter, sua fúria e impaciencia com os "Lambs" que Clarice queria salvar.

Eu não permiti nada... Eu não tenho poder nenhum, senão implementava minha linha dura... :twisted:


É a fúria que nos deixa bravos quando alguém imola um pai de família que pedia para ser poupado. Mas se estivéssemos lá... teríamos feito algo como sociedade?

Deveriamos...


Mas estamos sempre lá... pois lá é aqui e agora. E sempre nos esquivamos de deixar de ser cordeiros, e só ficamos valentes quando estamos em maior número. É nossa natureza covarde, infelizmente.

Então sejamos covardes... Sem cavalheirismos pra essa corja...


E os que convivem... mas oras, Eru! Acabaste de citar Fernandinho Beira-mar!!! Acha que ele não teria condições de pagar pelas vidas que tomou?

Em números absolutos, não sei... De qualquer forma ele é um caso a parte... Nem todos tem a fortuna pessoal dele...


E quanto aos pé rapados? Bem, que tal a volta da escravidão? Se não (perigoso para eles se armarem)... eles tem condições de doar sangue não tem? :twisted: (mesmo que não, dá se um jeito de aproveitar os elementos de sangue... senão doa também um rim que não faz falta... ou um pedaço de fígado que se regenera)

Pra mim podem até doar os corpos pra faculdades de medicina, em vida... :twisted:


Quem disse que o retrato é para a polícia? :roll:

Você coleciona imagens de bandidos em casa? 8O

:mrgreen:
 
Primula disse:
Bem, incrivelmente também temos um sério problema com o armamento, gente... A classe média mata por "Se na periferia se mata por um desentendimento no jogo de cartas, a classe média extravasa a agressividade matando gente em rachas de carro ou brigas no trânsito, botando fogo em índios e mendigos, assassinando pai e mãe ou exterminando namorada. " (extraído do soudapaz.com.br)
Me desculpe, mas não consigo levar a sério esses casos de fogo em índios e mendigos, assassinato de pai e mãe, etc, porque eles são exceções, e me preocupa aquilo que é comum e que realmente mata pessoas e sobrecarrega o sistema judiciário.

Primula disse:
Uma pessoa não reagir em um assalto não significa que ela deva deixar a situação assim. Sim, a polícia é falha, blábláblá... mas reagir por reagir in loco é apenas uma forma de se matar. Principalmente quando você tem alguém a seu lado para proteger. (o caso do Fred da novela que tanto falam me vêm à mente)
Uma reação não-violenta, não significa fazer passeatas "chega de violência", mas uma mudança do que temos como sociedade hoje, para começar.

Um bom motivo porque temos esse tipo de violência em cidades grandes, é porque não temos noção de comunidade. No sentido de que o anonimato nos protege, é muita gente, ninguém guarda nossas caras.
Discordo. Alguém com habilidade tem plenas aptidões para se defender sim e essa atitude, em massa, daria resultados muito mais concretos, isso que você está definindo é a mesma mentalidade de sempre, desde o fim da ditadura. Não são medidas burocráticas e demasiadamente pacíficas que vão dar conta do recado aqui, na minha opinião. E não resolvem em nada quando o problema é imediato. Você pode até adotar essas medidas todas, e a longuíssimo prazo elas podem vir a funcionar, mas e na hora do "vamos ver", no momento fatídico do assalto, do seqüestro, do perigo? no que isso vai te salvar? É preciso pensar em tudo. Não adianta ficar parado esperando o pior acontecer e torcer pra que a sorte bata, e você consiga escapar só no papo. Além do mais, outro detalhe que você não levou em consideração, talvez por nunca ter sofrido tentativas de assalto, sem querer especular acerca do que é da sua conta, é que dinheiro não dá em árvores. Eu em breve estarei trabalhando e não me atrai a idéia de abrir a carteira pra qualquer idiota com uma arma na mão e ganas de passar por cima do meu esforço e dos meus direitos.


Primula disse:
Uma reversão nisso seria interessante. Saber quem é o seu vizinho, para começar. Saber quem é estranho no bairro.

Começar a notar as pessoas habituais onde você frequenta, ao invés de nosso costume cosmopolita de não olhar, para saber quem não devia estar ali de bobeira.
Sim, uma atitude interessante para a segurança, mas eu acho que parar por aí é insuficiente.

[/quote]Sim, uma atitude louvávelClaro que temos de mudar a legislação. Mas penas de morte costuma atravancar sistemas rápidos... quanto mais o nosso "eficiente" judiciário.[/quote]Você afirma que a pena de morte costuma atravancar... Com base em quê? Não estou muito a par dos sistemas judiciários de regiões com essa prática.

Primula disse:
Uma sugestão, é o confisco de bens. A vítima teria de receber indenização do Estado (por falhar em proteger) e do criminoso e da família do criminoso (por criar um elemento nocivo à sociedade). Claro que os bens do criminoso estão com seus cupinchas e asseclas, mas até aí, pega deles também. (para o crime não compensar)
Isso já existe.

Primula disse:
Que mais?

Na questão pessoal, vou ter de contar com bom senso quando isso acontece. Se o bandido for alguém que dê pra conversar (acontece) não reagir, mas guardar fisionomia para uso futuro (entendam como quiser essa parte). Se perceber que está alterado demais para conversar, adotar táticas de sobrevivência, e se sobreviver, garantir para que ninguém venha atrás de minha cabeça no futuro (comparsas, alguém ver meu rosto, etc.).
Sim, diante da possibilidade de risco de vida, o único recurso de defesa do qual você quer dispor é a argumentação? Com licença, não me soa muito sábio.

Logicamente, soluções pacíficas são a PREFERÊNCIA, o topo da lista, mas é preciso estar preparado para o pior. Ele é possível, isso por si só já é um motivo.
 
Quanto ao critério para a venda de armas: Nos EUA os armamentos cuja venda é proibida lá são armas com calibre maior que 40 mm (de diâmetro, isso é quase um canhão).E qualquer um pode comprar explosivos (mas não estoca-los o que impede a formação de milícias), isso tendo apenas a ficha limpa no Estado em que se compra o armamento, e o problema de violência deles é bem menor que o nosso.
Já, para nós brasileiros o maior armamento que pode ser adquirido por um civil é um calibre 38 (que, convenhamos, já tem um poder de parada* tremendo), após passar por exames, ter uma declaração de boa conduta (esta assinada inclusive pelos vizinhos) isso para ter a arma em casa. O porte então é um parto normal de trigêmeos. Explosivos então nem pensar.
O que quero dizer com isso? Simples: Nossas leis são consideradas as melhores do mundo no que se refere ao controle de armas, por elas, praticamente NINGUÉM, incapacitado para tal, poria as mãos em uma arma. Basta po-las em prática. Nossas leis já dão CADEIA para quem for pego com uma arma sem registro ou porte. É só tirar tirar as armas de quem não os têm, e não de quem as adquiril de forma lícita.

*poder de parada - Não se refere à capacidade de matar como mode parecer, mas sim a chance de fazer o alvo ter que lembrar como respira antes de pensar em pensar em pegar uma arma.
 
nao deixar um cidadao ter uma arma de fogo eh negar a ele o seu direito a legitima defesa...


sou afavor das armas de fogo e da prisao perpetua (pq para mim a morte eh libertaçao e nao puniçao)


Dwarf

eu quero o porte.

muot sinto lhe dizer mas acho q vc vai ter q desistir de sua ideia de comprar uma arma.... vc so pode ter porte acima de 21 anos alem de ter um BOM motivo para adquirir o porte... como sendo segurança ou trabalhar com valores....
e isso esta cada dia mais dificil
 

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