Erion Storm eyes
Usuário
Como eles fazem todas essas coisas maravilhosas?? como colocam a magia dentro de tais artefatos?
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E o seu coração respondeu: "Deixa me partir para procurar aquele em que mais ninguém pensa!" Ela acordou e viu o pálido luar através das finas folhas. Tremia fragilmente sobre os seus braços, enquanto estes ela estendia e ali ansiosamente curvou a cabeça, e desejou liberdade e fuga.
Agora Lúthien fez da sua ideia realidade; e a filha de Melian de profundo conhecimento sabia muitas coisas, sim, mais magia que então ou agora sabem as donzelas élficas que brilham e cintilam nas clareiras. Ela pensou longamente, enquanto a Lua se afundava e desaparecia, e as estrelas encolhiam, e a aurora despertava. Por fim um sorriso na sua cara apareceu.
Ela reflectiu um pouco, e observou o Sol da manhã a crescer, então chamou aqueles que andavam lá em baixo. E quando um subiu ela rogou que ele fosse aos escuros charcos dos vaus do frio Esgalduin, água clara, a mais clara água fria e pura buscar para ela. "À meia-noite," ela disse, "numa taça de prata branca deve ser retirada e trazida a mim sem palavra falada, silenciosamente." A outro ela pediu para lhe trazer vinho num jarro de ouro onde flores se entrançam - "e cantando deixa-o vir até mim ao meio-dia, cantando alegremente." Outra vez ela falou: "Ide agora, eu rogo, a Melian a rainha, e digam: "a tua filha muito cansada as horas lentamente passando vê no seu quarto; uma roda de fiar ela pede que tu lhe mandes." Então Daeron chamou: "Eu peço-te, amigo, sobe e fala com Lúthien!"
E sentada na sua janela então, ela disse: "Meu Daeron, tu tens habilidades, para além da tua música, muitas colunas e muitas ferramentas de madeira esculpida eu te vi fazer com sabedoria. Era bom, se tu me fizesses um pequeno tear para ficar no canto do meu quarto. Os meus dedos ociosos iriam fiar e tecer um padrão de cores, da manhã e da tarde, do Sol e da Lua e da luz inconstante entre as folhas de faia agitando-se levemente." Isto Daeron fez e então perguntou-lhe: "Ó Lúthien, Ó Lúthien, o que é que tu vais tecer? O que é que vais fiar?" "Um maravilhoso fio, e enrolar ai uma potente magia, e um feitiço eu vou tecer dentro da minha teia que o Inferno nem todos os poderes das Trevas poderão quebrar." Então Daeron espantou-se, mas não falou nenhuma palavra a Thingol, apesar do seu coração temer o escuro propósito da arte dela.
E Lúthien agora foi deixada sozinha. Uma magica canção aos Homens desconhecida ela cantou, e cantando então o vinho com água misturou três vezes nove; e enquanto no dourado jarro estavam ela cantou uma canção de crescimento e do dia; e enquanto estavam na prata branca outra canção cantou, de noite e trevas sem fim, de alturas elevadas às estrelas, e voo e liberdade. E todos os nomes das coisas mais altas e longas que há na Terra ela canta: as madeixas dos anões Barbas Longas; a cauda de Draugluin o pálido lobisomem; o corpo de Glaurung a grande serpente; os vastos picos que se elevam acima dos fogos na sombra de Angband; a corrente Angainor que antes do Fim para Morgoth será pelos Deuses forjada de aço e tormento. Nomes ela procurou, e cantou de Glend a espada de Nan; de Gilim o gigante de Eruman; e por último e mais longo nomeou então o infindável cabelo de Uinen, a Senhora do Mar, que corre por todas as águas abaixo do céu.
Então ela lavou a sua cabeça e cantou um tema de sono e de repouso, profundo, insondável e escuro tão escuro como o sombrio cabelo de Lúthien - cada fio era mais esbelto e mais fino que os fios do entardecer que se entrançam em delgadas teias na erva passageira e em flores fechadas assim que o dia passa. Agora longe e longo crescia o seu cabelo, e caia aos seus pés, e vagueava ali como charcos de sombra no chão. Então de Lúthien um sono se apoderou deitou-se na cama e dormiu, até que a manhã através das janelas apareceu escassa e fraca.
E então ela acordou, e o quarto estava cheio com um fumo e com as névoas matinais, e profundamente ela ali ficou deitada afogada em sono. Olhai! o seu cabelo pelas janelas saia nos ares da manhã, e escuro crescia flutuando acima dos cinzentos pilares de Hirilorn ao raiar do dia.
(Texto B da Balada de Leithian, com as últimas alterações feitas por Tolkien após a publicação do "Senhor dos Anéis", retirado do livro History of Middle-earth: The Lays of Beleriand, traduzido por Aegnor do Portal Tolkienianos)
Pessoal, acredito que o termo "magia' seja incorreto quando aplicado tanto aos feitos de lefos quanto de Ainur e Maiar (Leiam-se Valar, Sauron, Saruman, Gandalf, etc).
Mais apropriado seria entender que os objetos criados por eles alcançavam um grau de perfeição e pureza capazes de assombrar aqueles que eram estranhos a seu povo (homens, hobbits ou quaisquer outros povos). Há um termo mais adequado : "poder subcriativo" que relaciona mais adequadamente a habilidade e a força espiritual de cada ser a tudo o que ele cria, e que necessariamente guarda um pouco de sua "força vital".
A magia é, necessariamente, uma subversão da ordem ou das propriedades naturais, sejam elas físicas, químicas ou biológicas, e isto seriia inadmissível para um elfo, pois alterar as características de Arda era para eles uma subversão de seu próprio ser.
Desta forma, pode-se imaginar Melkor, Sauron ou qualquer outro vilão se utilizando de magia 9o que eles realmente mais fazem, ao subverter as criações de Eru) mas contra esta magia, elfos, maiar e até mesmo os Valar nada mais faziam que otimizar a própria substância de Arda, sem contudo alterá-la do propósito inicial de Eru. por isto não consideravam mágica o que faziam, nem teriam jamais admitido esta prática.
Abraços!!!