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Como os elfos encantam seus objetos?

Se os elfos colocam magia nos objetos que criam eu não sei... sempre pensei que os elfos (por causa de seus conhecimentos sobre a Terra-Média) sabiam em que local procurar as Matérias-Primas para seus objetos mágicos!! podemos ver que várias partes da TM fora amaldiçoada ou abençoada nos dias antigos, então os elfos, conhecendo isto, se aproveitam da natureza da região.
 
Além disso, à magia está encrustada dentro do espírito élfico. Aplicar certas bençãos em seus objetos é uma coisa praticamente incosciente que os elfos fazem. Fazem parte da vida deles...é, como se diz, colocar "amor" no que se faz.
 
É, levando em consideração o que tokien fala de magia podemos dizer que os encatamentos nas armas e armaduras dos elfos ja estavam encrustados na sua materuia prima, sendo obra nesse caso de aule.
 
Tem esse artigo aqui: A Mágica de Tolkien, que fala da "magia" nos objetos. Vou transcrever os primeiro parágrafos, já que o pessoal aqui tem preguiça de abrir o link..:roll: Se quiserem ler o resto, é so clicar.
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"Em uma carta a um fã (Carta 131), Ele se refere a "ao poder inerente ou talento" e para o fato de que o Anel do Poder "salientou o poder natural de seu possuidor". O que podemos concluir sobre isso vem das aventuras descritas pelos Homens e Hobbits. E o que eles consideravam com mágica, eram na verdade o uso de poderes naturais. Como Tolkien coloca em uma outra carta:

".. uma diferença no uso de ´magica´ nessa historia é que ela não vem pelas sabedorias populares ou feitiços, mas é um poder inerente não possuído ou atingível por Homens."
(Carta 155)

Na Terra Media, aqueles que não estavam familiares com tais poderes os consideravam como mágicos, mas as pessoas que possuíam a habilidade não os via como uma coisa fora do comum. Quando é oferecido a Frodo e Sam a chance de usar seu Espelho, Galadriel diz:

"Isso é o que seu povo chama de mágica, eu acredito, embora eu não entenda claramente o q isso significa..."
(SDA.L2.VII, p.353)

Em SDA nos vimos mágica sendo usada de varias maneiras: Primeiramente como efeitos físicos, como Elrond controlando o Rio Bruinen ou Gandalf lutando com o Nazgûl em Amon Sul e acendendo fogos para aquecer seus companheiros. Segundamente mágica é usada para afetar a vontade de outros: por exemplo, criando ilusões, tais como a imagem de cavalos Gandalf confeccionou na enchente do rio Bruinen, ou controlar indivíduos e animais, tal como Saruman usa para nos pássaros para espionar a Sociedade em Eriador, ou em sua tentativa de influenciar Theoden ao pé de Orthanc. Em terceiro lugar, o poder de uma pessoa podia ser usado na manufaturarão de um objeto. Portanto temos espadas elficas como, Glamdring, que brilhava na presença de Orcs. Artefatos como o espelho de Galadriel, os Palantiri e as Portas de Khadzad-dûm, são outros exemplos de objetos que reflete o poder de seus feitores."
 
Na verdade a migia faz parte da natureza dos elfos...
Não é que eles encantem os objetos que eles fabricam, mas eles naturalmente tornam-se mágicos, faz parte da natureza deles, é mais ou menos assim que funciona a magia da terra média, não é algo tão acadêmico, é uma coisa natural ao mundo.
 
Sim, acabou retomando o tema de outro tópico, no qual já fiz uso da carta 131, por exemplo, para entendermos a questão da "magia" nas obras.
 
Também sempre tive curiosidade a respeito disso. Apesar de Tolkien salientar que era inato aos elfos e seres de classe superior a "magia", ainda sim o processo de "encantamento" ainda me era estranho, até que eu vi um trecho do d'A Balada de Leithian, em que Lúthien prepara sua fuga da casa na árvore que Thingol lhe construíra:

E o seu coração respondeu: "Deixa me partir para procurar aquele em que mais ninguém pensa!" Ela acordou e viu o pálido luar através das finas folhas. Tremia fragilmente sobre os seus braços, enquanto estes ela estendia e ali ansiosamente curvou a cabeça, e desejou liberdade e fuga.

Agora Lúthien fez da sua ideia realidade; e a filha de Melian de profundo conhecimento sabia muitas coisas, sim, mais magia que então ou agora sabem as donzelas élficas que brilham e cintilam nas clareiras. Ela pensou longamente, enquanto a Lua se afundava e desaparecia, e as estrelas encolhiam, e a aurora despertava. Por fim um sorriso na sua cara apareceu.

Ela reflectiu um pouco, e observou o Sol da manhã a crescer, então chamou aqueles que andavam lá em baixo. E quando um subiu ela rogou que ele fosse aos escuros charcos dos vaus do frio Esgalduin, água clara, a mais clara água fria e pura buscar para ela. "À meia-noite," ela disse, "numa taça de prata branca deve ser retirada e trazida a mim sem palavra falada, silenciosamente." A outro ela pediu para lhe trazer vinho num jarro de ouro onde flores se entrançam - "e cantando deixa-o vir até mim ao meio-dia, cantando alegremente." Outra vez ela falou: "Ide agora, eu rogo, a Melian a rainha, e digam: "a tua filha muito cansada as horas lentamente passando vê no seu quarto; uma roda de fiar ela pede que tu lhe mandes." Então Daeron chamou: "Eu peço-te, amigo, sobe e fala com Lúthien!"

E sentada na sua janela então, ela disse: "Meu Daeron, tu tens habilidades, para além da tua música, muitas colunas e muitas ferramentas de madeira esculpida eu te vi fazer com sabedoria. Era bom, se tu me fizesses um pequeno tear para ficar no canto do meu quarto. Os meus dedos ociosos iriam fiar e tecer um padrão de cores, da manhã e da tarde, do Sol e da Lua e da luz inconstante entre as folhas de faia agitando-se levemente." Isto Daeron fez e então perguntou-lhe: "Ó Lúthien, Ó Lúthien, o que é que tu vais tecer? O que é que vais fiar?" "Um maravilhoso fio, e enrolar ai uma potente magia, e um feitiço eu vou tecer dentro da minha teia que o Inferno nem todos os poderes das Trevas poderão quebrar." Então Daeron espantou-se, mas não falou nenhuma palavra a Thingol, apesar do seu coração temer o escuro propósito da arte dela.

E Lúthien agora foi deixada sozinha. Uma magica canção aos Homens desconhecida ela cantou, e cantando então o vinho com água misturou três vezes nove; e enquanto no dourado jarro estavam ela cantou uma canção de crescimento e do dia; e enquanto estavam na prata branca outra canção cantou, de noite e trevas sem fim, de alturas elevadas às estrelas, e voo e liberdade. E todos os nomes das coisas mais altas e longas que há na Terra ela canta: as madeixas dos anões Barbas Longas; a cauda de Draugluin o pálido lobisomem; o corpo de Glaurung a grande serpente; os vastos picos que se elevam acima dos fogos na sombra de Angband; a corrente Angainor que antes do Fim para Morgoth será pelos Deuses forjada de aço e tormento. Nomes ela procurou, e cantou de Glend a espada de Nan; de Gilim o gigante de Eruman; e por último e mais longo nomeou então o infindável cabelo de Uinen, a Senhora do Mar, que corre por todas as águas abaixo do céu.

Então ela lavou a sua cabeça e cantou um tema de sono e de repouso, profundo, insondável e escuro tão escuro como o sombrio cabelo de Lúthien - cada fio era mais esbelto e mais fino que os fios do entardecer que se entrançam em delgadas teias na erva passageira e em flores fechadas assim que o dia passa. Agora longe e longo crescia o seu cabelo, e caia aos seus pés, e vagueava ali como charcos de sombra no chão. Então de Lúthien um sono se apoderou deitou-se na cama e dormiu, até que a manhã através das janelas apareceu escassa e fraca.

E então ela acordou, e o quarto estava cheio com um fumo e com as névoas matinais, e profundamente ela ali ficou deitada afogada em sono. Olhai! o seu cabelo pelas janelas saia nos ares da manhã, e escuro crescia flutuando acima dos cinzentos pilares de Hirilorn ao raiar do dia.

(Texto B da Balada de Leithian, com as últimas alterações feitas por Tolkien após a publicação do "Senhor dos Anéis", retirado do livro History of Middle-earth: The Lays of Beleriand, traduzido por Aegnor do Portal Tolkienianos)
 
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Acredito que as "magias" e "encantamentos" proferidos por elfos sejam parte de sua natureza..
E como é uma parte deles mesmos, eles não encaram como "magia"...
E o amor e dedicação que dedicavam à suas coisas poderiam conferir, também, certa "magia"..

No caso de objetos, há a possibilidade de que, na matéria de que são feitos, ainda resida algum "encantamento" das Eras esquecidas, quando foram criadas em seu estado bruto..
 
Pessoal, acredito que o termo "magia' seja incorreto quando aplicado tanto aos feitos de lefos quanto de Ainur e Maiar (Leiam-se Valar, Sauron, Saruman, Gandalf, etc).
Mais apropriado seria entender que os objetos criados por eles alcançavam um grau de perfeição e pureza capazes de assombrar aqueles que eram estranhos a seu povo (homens, hobbits ou quaisquer outros povos). Há um termo mais adequado : "poder subcriativo" que relaciona mais adequadamente a habilidade e a força espiritual de cada ser a tudo o que ele cria, e que necessariamente guarda um pouco de sua "força vital".
A magia é, necessariamente, uma subversão da ordem ou das propriedades naturais, sejam elas físicas, químicas ou biológicas, e isto seriia inadmissível para um elfo, pois alterar as características de Arda era para eles uma subversão de seu próprio ser.
Desta forma, pode-se imaginar Melkor, Sauron ou qualquer outro vilão se utilizando de magia 9o que eles realmente mais fazem, ao subverter as criações de Eru) mas contra esta magia, elfos, maiar e até mesmo os Valar nada mais faziam que otimizar a própria substância de Arda, sem contudo alterá-la do propósito inicial de Eru. por isto não consideravam mágica o que faziam, nem teriam jamais admitido esta prática.

Abraços!!!
 
Penso que os elfos possam encantar os objetos também através de "rituais" que dêem ao referido objeto algum diferencial. É claro que quando digo ritual, não me refiro a magia em si, mas sim como uma espécie de técnica e, é claro, utilizando-se de determinados materiais conhecidos por eles com propriedades especiais.
Como exemplo, temos as Silmarils. Fëanor utiliza-se do material extraído das árvores dos Valar e de suas habilidades no trabalho com minerais para forjar as pedras perfeitas e... luminosas. Fëanor não tinha o poder em si mesmo para fazer as Silmarils, mas aproveitou-se do material especial que tinha à disposição, material esse proveniente do poder dos Valar, para fazê-las, porém sabemos também que só ele teve o poder, a técnica, para realizar tal feito e nenhum outro ser teria esse poder, mesmo que tivesse em mãos o mesmo material.

Até mais!
 
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Acredito que a forma como os elfos encantam seus objetos é nada menos que demonstrando dedicação e amor na hora de fazelos, esforçando-se em alcançar um alto nivel de perfeição, usando de toda sua habilidade. A afeição ou admiração para o presenteado (no caso de qualquer presente ou encomenda), e as habilidades dos elfos, como os conhecimentos sobre a natureza e demais forças do mundo.
 
Pessoal, acredito que o termo "magia' seja incorreto quando aplicado tanto aos feitos de lefos quanto de Ainur e Maiar (Leiam-se Valar, Sauron, Saruman, Gandalf, etc).
Mais apropriado seria entender que os objetos criados por eles alcançavam um grau de perfeição e pureza capazes de assombrar aqueles que eram estranhos a seu povo (homens, hobbits ou quaisquer outros povos). Há um termo mais adequado : "poder subcriativo" que relaciona mais adequadamente a habilidade e a força espiritual de cada ser a tudo o que ele cria, e que necessariamente guarda um pouco de sua "força vital".
A magia é, necessariamente, uma subversão da ordem ou das propriedades naturais, sejam elas físicas, químicas ou biológicas, e isto seriia inadmissível para um elfo, pois alterar as características de Arda era para eles uma subversão de seu próprio ser.
Desta forma, pode-se imaginar Melkor, Sauron ou qualquer outro vilão se utilizando de magia 9o que eles realmente mais fazem, ao subverter as criações de Eru) mas contra esta magia, elfos, maiar e até mesmo os Valar nada mais faziam que otimizar a própria substância de Arda, sem contudo alterá-la do propósito inicial de Eru. por isto não consideravam mágica o que faziam, nem teriam jamais admitido esta prática.

Abraços!!!

Chegou um tanto quanto atrasado na discussão, mas vejo que compartilha de minha idéia.

"Não usei "magia" consistentemente, e de fato a rainha élfica Galadriel é obrigada a censurar os hobbits pelo seu uso confuso dessa palavra, tanto para os estratagemas e as operações do Inimigo quanto para aqueles dos elfos. Não usei aquele termo porque não existe palavra para estas últimas (visto que todas as histórias humanas sofreram a mesma confusão). Mas os elfos existem (em meus contos) para demonstrar a diferença. A "magia" deles é Arte, purificada de muitas das suas limitações humanas: com menos esforço, mais rápida, mais completa (produto e visão em correspondência sem vício). E seu objeto é Arte, não Poder; subcriação, não dominação e reforma tirânica da Criação". (Carta 131)



 
Na aparência, tudo o que os elfos faziam tinha tendência a tomar a forma de algo que aos olhos dos homens fosse algo cotidiano e imperceptível.

A fabricação das cordas mágicas usadas para ajudar Frodo se pareceria com uma tarefa comum para um observador humano, mas que aos olhos de alguém treinado ou mágico podia ver a magia no momento em que era colocada como foi o caso de Frodo que conseguiu ver o anel no dedo de Galadriel devido ao poder adquirido pelo Um e pela absorção da magia de Elrond e da faca dos Nazgul. Já Sam não percebeu.

Em todo caso a magia podia se tornar "mais evidente" como o espelho de Galadriel e os elfos podiam fazê-la visível se assim desejassem e fossem sábios para isso como era a senhora dos Galadhrim. Isso porque para os elfos não havia magia, mas apenas um acesso e controle maior da natureza que os cercava e que os homens por ignorância nomeavam esse poder subcriativo como "mágica élfica"
 
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