As desvantagens superam as vantagens. Ela não lê, no sentido usual da palavra, é mais como uma leitura dinâmica:
What also seems to happen is that I read a page not necessarily word by word, but by capturing pages in sequence in my head. The words and phrases appear diagonally, like I'm absorbing the text all in one gulp, and then I move on to the next sequence I can absorb by paragraph or page. It's like I'm reading from a whole-language standpoint instead of phonics -- that's the only way I can figure out how to explain it.
Isso não é economia de tempo, mas puro desperdício. Ela diz que retém a idéia central do livro e alguns personagens, mas isso fica muito aquém de uma leitura razoável.
Saramago, por exemplo, é um escritor com um ritmo bastante ligeiro. No entanto, é contraproducente lê-lo de forma apressada. Seus livros são bons justamente porque frases simples e diálogos ligeiros tem significados diversos.
Penso que a diferença entre um livro fantástico e um livro medíocre é a quantidade de camadas de significados e leituras alternativas que a obra possui. "O Código Da Vinci" é sempre "O Código Da Vinci", "Intermitências da morte" não permite duas leituras iguais.
Outra coisa a ser levada em conta é o tipo de livro. Romances, em geral, oferecem um tipo de leitura tranquila. Ainda que permitam várias interpretações, os sentidos são claros. Outros tipo de livros, como poesia e livros acadêmicos, são mais complicados. É possível fazer uma boa leitura de Harry Potter em uma tarde, mas isso não parece razoável se o livro for "A Evolução do Capitalismo", do Dobb.