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Como a vida seria se dinheiro nao existisse?

E entao gente beleza? Estou de volta kk

Hoje quero abordar um tema bem legal. Eu estive pensando como a vida das pessoas e a economia seriam se dinheiro nao existisse. Estive pesquisandoa história do dinheiro e li que nos primórdios o dinheiro serviu como um tipo d erecompensa e troca de trabalho entre as pessoas. Por exemplo um fazendeiro criava vacas e queria roupas e o cara que fazia as roupas queria o leite do fazendeiro. Entao o dinheiro surgiu como uma facilidade para a troca por bens e servicos que essas pessoas faziam. E até hoje ainda é assim.

Eu li no Reddit em ingles que alguém criou um tópico perguntando como a vida seria muito melhor se dinheiro nao existisse e ninguém precisasse pagar por necessidades básicas como nao ter que pagar para comer, nao ter que pagar para morar nem para usar energia elétrica e coisas do tipo. E aí outra pessoa respondeu que o dinheiro também serve como uma espécie de estímulo e motiovacao para as pessoas fazerem as coisas. Ela disse que se dinheiro nao existisse ninguém teria motivacao para se formar e acordar cedo todo dia e ir trabalhar o dia todo pra ganhar um salário se pudessem ter o memso padrao de vida que alguém que nao faz nada da vida e fica o dia todo vendo tv. E disse também que humanos também sao animais e também fazem o mínimo possível para se manterem vivos e bem. Voce concorda com isso?

Baseado nessa opiniao muitos produtos e servicos que existem hoje me dia nao existiriam e as pessoas nao fariam muita coisa além do básico e o mundo nao teria evoluído tanto.

Pra mim se dinheiro nao existisse e comida fosse de graca a taxa de obesidade poderia ser bem maior.

Na minha opiniao teria muitas vantagens se dinheiro nao existisse hoje em dia mas se nao fosse por dinheiro com certeza teria alguma outra coisa pra estimular as pessoas a fazerem as coisas.
 
Na Terra em Star Trek, e na maior parte dos mundos da Federação Unida dos Planetas não se usa dinheiro.
As poucas referências a um sistema monetário dentro do universo de ST está, na maior parte associado aos Ferenguis, que nada mais são, do que uma crítica ao capitalismo e ao consumismo.

No ano de 2150 os países começaram a se unir, até gerar um governo unificado.
Entre as grandes mudanças, estava a abolição do sistema monetário e com isso a criação de mecânicas políticas e sociais de bem estar.
Nesse universo as necessidade básicas de um indivíduo são totalmente sanadas. Alimentação, segurança, moradia, todo tipo de bem estar é sanado, a ideia é deixar o terreno livre para o indivíduo exercer seu potencial máximo em qualquer área que opte atuar.
Não existem posses, ou valores aplicados a determinado bem ou serviço, uma vez que todos tem acesso igual, a competitividade se torna desnecessária.
O pulo do gato está na tecnologia.
Existe em todas as residências um aparelho chamado "sintetizador".
Eles são uma evolução do "Resequenciador de Proteínas, a grosso modo, ele reorganiza as moléculas de um determinado material para criar outro. Sendo assim, conseguem eliminar duas coisas numa tacada só: fome e o lixo.

É difícil avaliar todas as esferas da sociedade em Star Trek, uma vez que o foco da narração, é a Frota Estelar. E dentro dela parece haver uma certa meritocracia, ou algo baseado nas necessidades dependendo do escalão que o indivíduo ocupa, ou função que exerce.
 
Considerando-se apenas a pergunta do título penso que seja possível trabalhar com dois cenários.

Cenário 01 - Um mundo em que o dinheiro nunca existiu simplesmente porque nunca foi criado.

Cenário 02 - Um mundo em que o dinheiro existiu mas em determinado momento subitamente deixou de ser usado.

Lembrando que dinheiro não é só papel moeda, é também dinheiro eletrônico.

Nesse sentido a natureza dos seres vivos costuma ocupar a posição das trocas com algum mecanismo, seja troca de energia (alguns seriados de Sci-fi o dinheiro são "unidades de energia') seja troca de algum bem mensurável que necessariamente vai funcionar em algum nível seja troca de ideias, etc... Isso porque são necessários parâmetros para se aferir gerenciamento de sobrevivência e prosperidade em populações.

Em um mundo em que o dinheiro nunca foi criado algo viria a substituir as funções dele pela própria característica da cadeia alimentar e dos ecossistemas. No mundo não se conhece nenhum ser vivo que não dependa da morte de outro para viver e a lei básica de que "a natureza tem horror ao vazio" as trocas seriam operadas de algum modo. Das bactérias do intestino aos dinossauros soterrados nas camadas sedimentares, a vida é um império construído em cima de um cemitério, batalhando todos por recursos. Nem que para isso existisse uma economia de "troca de favores" (o valor equivalente ao dinheiro seria o favor). Seres que não se importam com valores de preservação da própria existência por meio de trocas poderiam ser máquinas, seres não conscientes ou seres tão independentes que não precisem mais do universo nem de suas leis para seus propósitos. Mesmo vírus estariam submetidos a necessidade de trocas para existir.

O cenário número 2 depende do que foi dito acima. As funções do dinheiro seriam espalhadas por outros lugares mas a responsabilidade de não perder o que se aprendeu com o dinheiro teria que continuar valendo sob pena de perder contato com a realidade. Nesse caso o "too big to fail" ou "grande demais para falhar" pode virar um pesadelo porque se tornaria em "grande demais para ser enxergado". Viver tendo desejos atendidos sem o motor da sobrevivência pode ser tão fatal quanto a fome. A gaiola de ouro é tão gaiola quanto qualquer outra, os perigos da abundância tão fatais quanto os da carência.

E é aqui que entra o que você mencionou sobre obesidade.

Hipóteses que exploram os efeitos daquilo que é "grande demais para ser enxergado" aparecem tanto na ficção (científica, fantasia) quanto na religião. A maioria nunca tem (nem teve) auto-disciplina suficiente e ou se submete a escravidão ou vira um novo senhor feudal e tende a funcionar no automático. Sem haver espaço nem tempo pra reflexão a tecnologia é mero conhecimento sem direção. A direção é a compreensão, a compreensão é baseada em boa intuição (bons instintos de sobrevivência) e a intuição se alimenta de sabedoria e reverência não apenas pelo que se entende mas pelo que não se entende. Do contrário eliminar dinheiro usando apenas conhecimento (normalmente teórico devido a pobreza que impede testes decentes) como muleta só tenderia a calamidade. Seria um falsa liberdade.

Os controladores da proposta de eliminação do dinheiro poderiam decidir escravizar quem concorda com eles e destruir quem não concorda, perderiam de vista a referência de valores por ser grande demais para serem previstos pelos planos deles. Seriam líderes amorais marcados pelo trauma da visão pessoal da pobreza e dirigentes que não são iluminados pelo entendimento da situação, eles seriam na verdade "entitled". O novo sistema súbito seria em um caso assim seria a prova da miséria de vida deles ao invés da preocupação com qualidade de vida.
 
Última edição:
Os marxianos mais ferrenhos defendem a abolição do dinheiro junto com o Estado, mas assumo que não entendi direito como funcionaria.
 
Na roça aonde voltei a morar, uma das coisas mais saudáveis que existe nessa excelente qualidade de vida que voltei a desfrutar é que entre vizinhos e conhecidos é mais normal trocar: coisas por coisas, coisas por um serviço ou serviço por outro serviço. Dinheiro nem sempre é tudo.

Logicamente tudo se deve por haver uma relação mais confiável entre as pessoas, algo que jamais vou esperar na zona urbana de uma grande cidade, onde é normal muitas pessoas morarem num mesmo edifício, mas a pessoa nem tem ideia de quem são seus vizinhos do mesmo andar e odeiam ir em reunião de condomínio, exceto se tiver sorteio de um prêmio.
 

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