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O voto baseado na laicidade do Estado proferido pelo ministro Marco Mello, na sessão do STF (Supremo Tribunal Federal) que aprovou a descriminalização do aborto de fetos anencéfalos, sumiu do noticiário da grande imprensa. A constatação é do jornalista Alberto Dines (foto), que é o pioneiro no Brasil na critica à imprensa.
Dines disse que Globo preferiu dar destaque a ministro minoritário
Ele afirmou que, curiosamente, o Jornal Nacional e o Jornal das Dez, da Globo News, encerraram a sua edição de 12 de abril, um dia após a sessão do STF, valorizando a argumentação de Cezar Peluso, embora o voto desse ministro fosse minoritário, além de ele estar então de saída da presidência daquela Corte.
Peluso é um católico praticante cuja abordagem sobre Estado laico diverge totalmente da de Mello. O agora já ex-presidente do STF, em uma entrevista que deu dias após o julgamento da questão dos anencéfalos, defendeu a presença de crucifixo em espaço público porque, para ele, esse símbolo não é religioso, mas cultural.
Dines afirmou que
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Dines disse que Globo preferiu dar destaque a ministro minoritário
disse o jornalista em seu programa Observatório da Imprensa, na TV Brasil.“No farto noticiário do dia seguinte [à sessão], o voto do ministro Marco Aurélio Mello, marcadamente laicista e secular, praticamente desapareceu, apesar de ter sido o único de ter concentrado a argumentação em defesa do laicismo brasileiro”,
Ele afirmou que, curiosamente, o Jornal Nacional e o Jornal das Dez, da Globo News, encerraram a sua edição de 12 de abril, um dia após a sessão do STF, valorizando a argumentação de Cezar Peluso, embora o voto desse ministro fosse minoritário, além de ele estar então de saída da presidência daquela Corte.
Peluso é um católico praticante cuja abordagem sobre Estado laico diverge totalmente da de Mello. O agora já ex-presidente do STF, em uma entrevista que deu dias após o julgamento da questão dos anencéfalos, defendeu a presença de crucifixo em espaço público porque, para ele, esse símbolo não é religioso, mas cultural.
Dines afirmou que
“o Estado de Direito é imperiosamente laico, e a imprensa, se pretende apresentar-se como democrática, deve ser o sustentáculo desse laicismo”.
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