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[COLUNA] Pequeno dicionário feminista

Já eu discordo totalmente disso aí.
Por mim deveria ter um processo seletivo em que o sexo fosse uma variável totalmente ignorada.
Deveriam analisar tão somente as habilidades dos candidatos em relação a função a ser exercida, ignorando o fato de o candidato ser homem, mulher ou transexual.

Sei. E como você implementaria essa ideia? Afinal de contas, cada empresa tem o seu processo seletivo.
 
Não sei, mas prefeitura acho que é concurso, não?

Que eu saiba as prefeituras licitam as concessões do serviço de transporte coletivo público. Cada empresa contrata os motoristas como quer. No caso, no entanto, parece que é um dos critérios da licitação que as empresas concorrentes contratem 30% de mulheres como motoristas.
 
Na Alemanha eu vejo bem mais mulher dirigindo busão, bonde e metrô, e eu nem sei se é devido a políticas de ação afirmativa que elas têm essa participação. Certamente alguma coisa mudou, porque evidente que não era assim há 100 anos.

O que aconteceu se chama guerra! Na maioria dos países em que os homens foram pra guerra e as mulheres ficaram em casa, aconteceu esse movimento de haver mulheres em todos os cargos e funções.

Na Alemanha ainda foi mais pesado, pq elas tiveram que, sem quase nenhum homem, reconstruir toda a cidade depois da segunda guerra, que havia sido completamente posta abaixo pelos bombardeios...

Mulher tem motivos pra reclamar sim, só pra responder ao que já foi dito mais atrás no tópico. Nós somos estupradas, somos molestadas durante o expediente de trabalho, e quando "criamos caso" depois de uma mão boba, temos que ouvir que somos histéricas ou estamos de tpm... Agora não dá pra você combater esse tipo de prática sem combater o que é citado na matéria que dá início ao post, pq tudo deriva de um mesmo modo de pensamento.

As pessoas que não lidam com práticas abusivas (ou não as vê como tal) em seus cotidianos acham que feminismo é desnecessário, quando na verdade o que as mulheres estão tentando fazer, no final das contas, é sobreviver... Estamos tentando não ser mortas...

Sério que vocês acham que está tudo bem? Que não precisa mudar nada? Que está tudo certo e justo, e que é assim que tem que ser?
** Posts duplicados combinados **
Um adendo sobre a parte de maternidade, @LuizWsp depois me chama no pvt, que eu tenho uma meia dúzia de coisas pra falar pra vc...
 
Uma mulher é estuprada a cada três horas no Brasil

A cada três horas uma mulher é estuprada no Brasil. Muitas vítimas acabam não denunciando por medo ou vergonha.

Mas o Superior Tribunal de Justiça reforça que o testemunho, a palavra da vítima, funciona na Justiça. Isso já aconteceu em mais de cem casos. Todo processo de violência sexual corre em segredo. E como na maioria das vezes o estupro é um crime sem testemunha, é a palavra da vítima que serve como prova.

Uma moça de 19 anos voltava para casa em um sábado à noite, quando um homem a atacou e a violentou. O estupro aconteceu em um local escuro na universidade onde ela estudava, no Recife.

“Eu estou tentando retomar a minha vida, aos poucos, lógico, ainda tem aquela sequela do medo de andar sozinha, de alguém estar me perseguindo, de não sair no escuro. À base da ajuda dos amigos e dos familiares”, relata a vítima.

O número de estupros no Brasil é impressionante: oito por dia ou um a cada três horas, em média. Isso só dos que são denunciados pelo telefone 180, do Governo Federal.

“Você se sente um lixo. É como se sua vida inteira fosse destruída. Não tem explicação. Só sentimento mesmo”, diz a moça.

Essa mistura de sentimentos faz com que muitas mulheres não denunciem. Por medo, vergonha, ou porque acham que a denúncia não vai dar em nada. Afinal, muitos casos de estupro não têm, de fato, testemunha. Mas a mulher precisa saber que a palavra da vítima tem muito valor. Um estudo feito pelo Superior Tribunal de Justiça com mais de cem julgamentos mostra que a Justiça aceita o depoimento da vítima como prova.

A juíza do Tribunal do Júri de São Paulo Débora Faitaroni lembra que para combater a impunidade é muito importante que a vítima registre a ocorrência.

“Se ela presta uma declaração coerente, em harmonia com os fatos tratados na denúncia, se ela informa detalhes para o delegado de polícia e depois para o juízo, o depoimento, a declaração dela serve, sim, para embasar um decreto condenatório”, afirma a juíza de Direito.

A garota com quem o Bom Dia Brasil conversou diz que fez questão de registrar o crime e contar o que aconteceu para proteger outras pessoas.

“Eu queria deixar o pessoal da faculdade em alerta. Porque eu tenho muitas amigas que passam pelo mesmo local que eu passei. A minha preocupação era maior do que a minha vergonha”, conta a vítima.

A Universidade Federal de Pernambuco, onde aconteceu o estupro relatado na reportagem, informou que aumentou a iluminação, arrumou a cerca, cortou a vegetação e limpou o terreno para evitar outros crimes.

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/...dium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar
 
“Se ela presta uma declaração coerente, em harmonia com os fatos tratados na denúncia, se ela informa detalhes para o delegado de polícia e depois para o juízo, o depoimento, a declaração dela serve, sim, para embasar um decreto condenatório”, afirma a juíza de Direito.
Baseado nesse trecho do texto da Ana, eu gostaria de saber o que o pessoal daqui pensa sobre a anulação da presunção de inocência do réu em casos de estupro.

Eu estava lendo uma noticia sobre um caso de estupro ocorrido no RS. Depois que o acusado já havia ficado sete anos preso foi feito um pedido de um novo julgamento baseado em análises de um banco de DNA e o DNA do material encontrado no colchão da vítima não era compatível com o DNA do acusado. Mesmo assim a condenação foi mantida pois os desembargadores alegaram que o depoimento e o reconhecimento feito pela vítima eram suficientes.
 
que coisa mais complicada, né. porque provavelmente o maior medo de uma mulher estuprada é denunciar o cara e de repente seu depoimento não ser aceito, que por qualquer manobra dentro da lei os advogados do acusado consigam inocentá-lo. tipo >> http://www.independent.co.uk/news/u...etrated-teen-is-cleared-of-rape-a6774946.html a notícia não é falsa, não é de site tipo sensacionalista. a justiça realmente aceitou a versão da defesa de que o cara escorregou e ao cair, introduziu o pênis na vagina da mulher.

por outro lado, o peso dado ao reconhecimento (não só nesse caso) é grande demais. tenho um problema sério com isso desde que vi essa fala no ted >> https://www.ted.com/talks/elizabeth_loftus_the_fiction_of_memory?language=pt-br

mas éomer, esse caso aí é algo atípico, não? ou tem acontecido com todo cara acusado de estupro? porque pelo que eu li no ano passado aquele guri acusado de ter estuprado duas gurias da usp está em liberdade enquanto o projeto corre em sigilo. :think:
 
Por enquanto só li a primeira página, a discussão tá legal, ainda vou ler tudo, mas queria voltar à discutir o primeiro post...

- Gaslighting
É a manipulação emocional dentro de um relacionamento abusivo. O parceiro mina a autoestima da mulher, até que ela duvide da própria capacidade. Aproveitando-se desta fragilidade, o abusador se contradiz, deturpa o que foi dito, deixando a parceira ainda mais confusa. A cereja do banana split é quando ele a chama de louca - e por ter sido manipulada, ela até acha que ele está certo.
Mas isso é machismo? Eu pensei que era apenas falta de caráter.
E pode muito bem acontecer de modo inverso. Eu já vi (se bem me lembro, três vezes) casais em que as mulheres eram extremamente manipuladoras, jogavam o cara lá embaixo, confundiam a cabeça dele, brigavam com a própria família (no caso de uma mãe que conheço) para desviar a atenção dos seus erros (muito bem conhecidos pela sociedade e desconfiados pela filha - mas desconhecidos pelo marido)... enfim, eram três casos tensos.
Mulher tá brigando pra ter o direito de ser mal-caráter, só porque alguns homens também o são?

- Feminicídio
Finalmente virou uma qualificadora do crime de homicídio! Infelizmente a imprensa ainda não aprendeu a usar o termo… é o assassinato de mulheres por serem mulheres. Não é qualquer tipo de assassinato (uma confusão bastante comum). Se a mulher for lamentavelmente morta em um assalto, é latrocínio (roubo seguido de morte). O feminicídio ocorre dentro de uma relação doméstica e/ou quando a mulher é assassinada em razão do seu sexo. Homens matam parceiras e ex-parceiras não por ciúme ou por “amar demais”. É feminicídio, é ódio ao feminino, é se achar dono da mulher.
Quando o homem mata a mulher, não é homicídio, é ódio à mulher.
Mas quando a Tominaga mata o marido, aí é só pra ficar com a herança.

Eu não to menosprezando o movimento todo, mas alguns pontos me parecem mimimi SIM! Alguns eu dou toda a razão - tanto é que nem os questionei enquanto lia. Mas especificar algumas coisas, como nesses dois casos que citei, é meio coisa de criança mimada.

Reiterando, ainda vou ler o tópico todo e, com certeza, citar mais alguns posts da discussão.

Edit.: Ganhei um FAIL nesse post, porque isso é fácil. Mas argumentar e responder minhas perguntas, pra, talvez, fazer com que eu entenda e mude o pensamento, isso ninguém fez.
 
Última edição:
mas éomer, esse caso aí é algo atípico, não? ou tem acontecido com todo cara acusado de estupro? porque pelo que eu li no ano passado aquele guri acusado de ter estuprado duas gurias da usp está em liberdade enquanto o projeto corre em sigilo. :think:

Sim, é atípico, citei mais pra ilustrar a minha pergunta, que era a coisa principal do meu post. Apesar de que, se o acusado desse crime aí for inocente, a vida do sujeito está tão destruída quanto a da pessoa que foi estuprada.

Mas por outro lado em cada discussão que vejo sobre o assunto há quem sempre levante o "se a vítima disse que houve estupro é por que houve" e esquece que nós temos todo um sistema legal e convivemos com ele ou voltamos à barbárie. E a pessoa que defende que alguém deva ser preso enquanto ainda restam dúvidas sobre a sua culpa (por mais brutal que o crime seja) não está muito distante do "cidadão de bem' que clama por linchamento de um acusado de roubo, por exemplo.
 
Sim, é atípico, citei mais pra ilustrar a minha pergunta, que era a coisa principal do meu post. Apesar de que, se o acusado desse crime aí for inocente, a vida do sujeito está tão destruída quanto a da pessoa que foi estuprada.

Mas por outro lado em cada discussão que vejo sobre o assunto há quem sempre levante o "se a vítima disse que houve estupro é por que houve" e esquece que nós temos todo um sistema legal e convivemos com ele ou voltamos à barbárie. E a pessoa que defende que alguém deva ser preso enquanto ainda restam dúvidas sobre a sua culpa (por mais brutal que o crime seja) não está muito distante do "cidadão de bem' que clama por linchamento de um acusado de roubo, por exemplo.

o discurso do "se a vítima disse que houve estupro é porque houve" é porque, infelizmente, a questão de consentimento é meio nebulosa para alguns (vários? dadas as estatísticas talvez não seja um número tão pequeno) homens. "tá dizendo não querendo dizer sim". tá só se fazendo de difícil, eu sei que ela quer. e por aí vai. tem até os que acham que só é estupro se houver penetração. quando a lei fala em:

Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso

aí o cara diz "mas nem meti, não estuprei não" e ele jura que é inocente (porque na cabeça dele ele é) mas não, ele não é.

tem o problema da violência sexual mediante fraude também ( Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima). a guria quase morta de tão bêbada, o cara vai lá e mete e na cabeça dele não rolou nada demais, se ela não estivesse a fim ela teria dito algo. como?

mas enfatizando: eu concordo com você. temos um sistema, temos leis, temos regras. como falei ali no outro post, a própria questão do reconhecimento é complicada porque está provado cientificamente que bem, memória não é exatamente a coisa mais confiável do mundo.

algo que eu acho que poderia resolver esse problema é justamente a informação. que é algo que as feministas fazem: lembrar que se a mina disse não, é não. que pegar mina quase apagada de tanto beber é crime também (embora o nome não seja estupro). que estupro não é só quando há penetração. que maridos também estupram esposas se eles fizeram algo sem o consentimento dela. etc.
 
vontade da vítima)algo que eu acho que poderia resolver esse problema é justamente a informação. que é algo que as feministas fazem: lembrar que se a mina disse não, é não. que pegar mina quase apagada de tanto beber é crime também (embora o nome não seja estupro). que estupro não é só quando há penetração. que maridos também estupram esposas se eles fizeram algo sem o consentimento dela. etc.

Sim, isso tem que ser mais é divulgado. E as redes sociais, mesmo com os comentários e comportamentos mais radicais, andam prestando um bom serviço a esse respeito.

off-topic: só estou conseguindo postar através de citações aqui. De outro modo não aparece caixa de texto.
 
Essa questão apontada pelo Éomer é complicada, mas válida.

O problema é que o estupro é o único crime, que me remete agora, em que a vítima tem sua queixa posta em dúvida a priori. "Será que ela não se arrependeu de ter saído com o cara?", "Ela não provocou?" etc. Ninguém duvida de quem diz que foi assaltado, nem para pra pensar se ele tava dando bandeira com o celular caro, nem cogita acusar a vítima de culpada pelo que aconteceu, "ela podia ter deixado o celular em casa". E isso infelizmente acontece num nível subconsciente, creio que com todos. É resultado de uma misoginia milenar e tradicional.

E como Ana apontou, muitos caras ou realmente acham que abusar de uma mulher bêbada ou avançar o sinal ao ouvir um não, "porque não quer dizer sim" não faz deles estupradores ou só se fazem de inocentes. ao usarem essa "desculpa".

Há sim as sem caráter pra usarem disso pra atingirem algum homem por algum motivo, ressentimento, raiva ou seja lá que sentimento leve a isso, infelizmente há, mas não me parece que seja, nem de longe, uma proporção importante pra que seja considerado num primeiro momento que numa situação de estupro esse seja o caso.
 
em algum ponto do tópico falamos sobre licença paternidade, queria deixar isso aqui procêis:

lice.JPG

(e eu até ia brincar que "lógico que é ómi embaixo do riscadinho", mas nos comentários tem uma mulher bem loca lá comentando toda hora MAS E OS EMPRESÁRIOS QUE TEM QUE PAGAR POR ISSO? e blablabla. teve um que disse que só ia contratar homem que tivesse feito vasectomia. cheesus.)
 
Meu chefe é médico, hoje pesquisador, mas já exerceu a profissão. Ontem ele tava comentando de mulheres que iam até ele pedindo um "atestado de infertilidade", pq a empresa só contrataria mulher que não pode ter filho. WTF

Edit: no caso, as mulheres tinham feito laqueadura previamente
 
Essa questão do estupro é tão complicada, que em grupos de apoio às vezes vemos depoimentos de mulheres q dizem ter "percebido" (por assim dizer) que foram estupradas apenas após meses ou anos, muitas vezes depois do término da relação.

Eu não sabia que era recorrente assim, mas a pessoa confunde pq não teve penetração, ou pq foi com marido/namorado, ou pq acha q certas situações são só "fogo de macho" pq "ómi é ómi", qdo na verdade não deveria ser sempre não.

Mas realmente a visão do estupro ainda é mais em relação ao estranho na rua violentando a mulher desconhecida, não um cara transando com uma drogada p ex.

Outro tipo de estupro q não sei se é considerado no Brasil mas já teve condenação lá fora é o "rape by deception", ou seja, o sujeito finge ser o que não é (tipo um irmão gêmeo se passando por outro, coisas assim) e por isso o consentimento acaba sendo "distorcido" por assim dizer.

Houve até o caso de uma mulher q foi condenada assim pois ela se fingiu de homem pra transar com a outra e pedia pra transar sempre com vendas (a vítima) pq "ele" tinha vergonha do corpo. Na verdade usava um pênis de mentira.

Mentiu dizendo ser homem pra transar com a outra, foi condenada.

http://oglobo.globo.com/sociedade/m...gir-ser-homem-para-namorar-com-amiga-17495032
 
(e eu até ia brincar que "lógico que é ómi embaixo do riscadinho", mas nos comentários tem uma mulher bem loca lá comentando toda hora MAS E OS EMPRESÁRIOS QUE TEM QUE PAGAR POR ISSO? e blablabla. teve um que disse que só ia contratar homem que tivesse feito vasectomia. cheesus.)
Acho muito bizarro quando um assalariado fica com pena do empresário. Sério que o empresário vai ter prejuízo? Esses casos apontados aí demonstram bem essa situação.

Quem postou isso foi um empresário do ramo imobiliário e militante do PSDB, Paulo Angelim. Pretende se candidatar a vereador.
 
eu não tenho uma opinião completamente formada.
Pensando em mim, se eu tiver filhos claro que gostaria de ter os 20 dias de licença, ou até os 6 meses igual as mulheres, pra ficar com o filho e aproveitar.
Pensando no empregador, a situação já é bem diferente, realmente o empregado que já custa horrores ficar afastado quase 1 mês no caso do homem e 6 meses no caso das mulheres (+ as férias) é uma situação bem difícil, principalmente para pequenos empresários que provavelmente terão que repor essa mão de obra. Detalhe que o estado continuará sugando como sempre o imposto de ambos.
 
Ahh pobres empregadores, tadinhos, vão ter menos lucro em cima de um pai que não devia ter o direito de ficar com seu próprio filho e ajudar sua esposa no momento mais importante e difícil da primeira infância. Na boa, foda-se o empregador. Filho vem primeiro. Bem-estar de mãe e pai também. Achei engraçado a repercussão. Industria criticou, proletariado elogiou. Nada surpreendente.

Enfim, aumentar a licença é Tendência mundial, Brasil está é atrasado nisso.
 
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