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Coalizão internacional na Líbia

Elessar Hyarmen

Senhor de Bri
O cerco está se fechando contra Muamar Kadafi na Líbia. Os preparativos estão sendo feitos e a qualquer momento aviões franceses vão intervir na zona de exclusão aérea.

Quais serão os desdobramentos dessa tensão no norte da África?

Leia a reportagem abaixo:

O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou nesta sexta-feira que os termos impostos pela resolução de quinta-feira do Conselho de Segurança da ONU não são negociáveis e têm de ser acatados pelo regime de Muamar Kadafi imediatamente se ele quiser evitar uma ação militar da comunidade internacional. "Uma vez mais Kadafi tem uma escolha", disse, listando uma série de termos que teriam de ser respeitados. "Se ele não os cumprir, a comunidade internacional imporá consequências, e a resolução será levada adiante com ação militar", disse.


Obama afirmou que, se Kadafi não parar todos os ataques contra civis, os EUA se unirão à ação militar. Ao mesmo tempo, porém, ele descartou o envio de forças terrestres americanas para a Líbia, afirmando que ataques aéreos serão usados tendo como objetivo único proteger a população civil.
Entre os termos inegociáveis, estaria o afastamento das forças de Kadafi de cidades no leste do país, onde ameaçavam lançar uma ofensiva final contra o reduto rebelde de Benghazi, a segunda maior cidade da Líbia. Além disso, o presidente americano exigiu que se restabeleça o fornecimento de combustível, luz e água para todas as áreas do país.
Segundo o líder americano, não pode haver dúvidas sobre quais são as intenções de Kadafi, "porque ele as deixou claras". "Ontem, falando sobre a cidade de Benghazi, que tem quase 700 mil habitantes, ameaçou: 'Não teremos misericórdia ou piedade.' Nenhuma misericórdia com seus próprios cidadãos", disse Obama.

Em uma breve aparição na Casa Branca, Obama disse que a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, viajaria a Paris no sábado para participar de um encontro dos aliados para discutir os próximos passos na Líbia, onde Kadafi lançou desde 15 de fevereiro uma repressão brutal contra rebeldes que tentam pôr fim a seu reinado de quase 42 anos.

Obama lembrou que os EUA e outras nações impuseram sanções à Líbia, congelaram bens do líder e entregaram ajuda humanitária para países vizinhos para ajudar a amenizar o sofrimento dos milhares que fogem do conflito.

A resolução determinou a imposição de uma zona de exclusão aérea sobre o país e autorizou ações militares para proteger a população civil, incluindo bombardeios. A medida recebeu dez votos a favor e nenhum contra, mas cinco países - incluindo China e Rússia, membros permanentes do Conselho, e o Brasil - se abstiveram.

Segundo Obama, a resolução foi adotada em resposta ao pedido da população líbia, que vinha reivindicando uma intervenção externa no conflito. "(Kadafi) perdeu a confiança de seu próprio povo e a legitimidade para governar", afirmou. "Kadafi poderia cometer atrocidades contra seu próprio povo se não agíssemos."

O pronunciamento foi feito depois de os EUA, Reino Unido e França manterem a pressão sobre a Líbia nesta sexta-feira, afirmando que a declaração de um cessar-fogo repentinamente anunciado pelo regime de Muamar Kadafi não era suficiente, pelo menos por enquanto, para evitar uma ação militar contra suas forças.


Ecoando palavras ditas horas antes pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou que Washington não "se deixará impressionar por palavras", afirmando que os aliados "precisam ver ações no terreno, o que ainda não está claro".
Apesar de o chanceler líbio, Moussa Koussa, ter anunciado que o regime Kadafi paralisará todas as operações militares, há informações de que confrontos ainda ocorrem em pelo menos duas cidades: Ajdabiya e Misrata.

Ao anunciar o cessar-fogo, Koussa disse que a medida "fará o país voltar à segurança" e protegerá todos os líbios. Ao mesmo tempo, porém, ele criticou a autorização a uma ação militar internacional no país, classificando-a de violação à soberania líbia. Segundo a Eurocontrol, depois da aprovação da resolução, a Líbia fechou seu espaço aéreo.
Em entrevista coletiva depois de se reunir com o vice-primeiro-ministro e ministro de Relações Exteriores da República da Irlanda, Eamon Gilmore, HIllary disse que a resolução aprovada na quinta-feira pelo Conselho de Segurança (CS) da ONU "é um passo para pôr fim à violência na Líbia".

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse que continuará com o plano militar previsto para uma possível operação na Líbia apesar do cessar-fogo, disse a porta-voz da organização, Carmen Romero. "O planejamento continua", disse Carmen, afirmando que os aliados entraram em acordo nesta sexta-feira para finalizar o mais rápido possível seus preparativos para uma ação militar.

Segundo fontes aliadas, as autoridades militares da Otan podem finalizar no domingo o plano para impor a zona de exclusão aérea para frear os bombardeios contra os rebeldes líbios. Essa zona requereria ataques aliados contra algumas infraestruturas, que podem ser lançados unilateralmente por países como França e Reino Unido mesmo antes do consenso dos 28 membros da Aliança.


Preparativos militares
A França anunciou nesta sexta-feira que a ação militar ocidental contra a Líbia começará nas próximas horas. Perante a Câmara dos Comuns, o primeiro-ministro britânico disse que os preparativos para desdobrar no Mediterrâneo os aviões que participarão da imposição da zona de exclusão aérea já começaram. Cameron disse a BBC sobre Kadafi: "Vamos julgá-lo por suas ações, e não por suas palavras."

Nas próximas horas, os aviões estarão operacionais nas bases das quais poderão voar para aplicar a resolução aprovada pela ONU. Cameron explicou que os aviões da RAF (a Força Aérea Real do Reino Unido) que participarão da operação serão caças-bombardeiros Tornado e Typhoon.
O porta-voz francês e ministro do Orçamento, Francois Baroin, disse à rádio RTL que a ação militar ocorrerá "rapidamente... nas próximas horas". Ele afirmou que isso não se trata de uma ocupação, mas sim de uma ajuda às forças de oposição ao regime de Kadafi.

Por outro lado a Itália excluiu por enquanto a possibilidade de que seus aviões participem das operações, embora esteja disposta a ceder três de suas bases para a operação.

Segundo o correspondente da BBC em Paris Christian Fraser, a França pode enviar à Líbia jatos Mirage que estão posicionados em bases militares na ilha da Córsega. Fraser diz ainda que outros aviões franceses posicionados na costa do Mediterrâneo, com ajuda de sistemas aéreos de alerta e controle, têm sido enviados a missões específicas 24 horas por dia desde quinta-feira da semana passada.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, já defendia ataques "cirúrgicos" nos bunkers de controle e nos sistemas de radar de Kadafi. No entanto, segundo Fraser, a França não descarta realizar bombardeios contra forças líbias em terra.

O correspondente da BBC afirma que a participação da França nessas ações é uma grande vitória polícia de Sarkozy, cujo governo havia sido criticado por não apoiar o levante popular na Tunísia.
O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, disse que a resolução do Conselho de Segurança constitui uma "resposta positiva à reivindicação da Liga Árabe" a favor de medidas para proteger os civis líbios, indo ao encontro dos esforços da França, Reino Unido, Líbano e EUA. "É necessário tomar essas medidas para evitar um maior derramamento de sangue", disse Hague.
Após a votação da ONU, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, um dos maiores defensores da intervenção militar contra Kadafi, falou por telefone por cerca de meia hora com o presidente dos EUA, Barack Obama.

Estados Unidos
Segundo fontes ouvidas pela BBC, é improvável que os EUA participem da ofensiva no início, que devem ter apoio logístico de nações árabes. Concentradas na cidade de Benghazi, no leste do país, forças contrárias a Kadafi comemoraram o anúncio da ONU.

A resolução, de número 1.973, foi proposta por Reino Unido, França e Líbano e contou com apoio dos EUA. O ministro francês de Relações Exteriores, Alain Juppe, apresentou a proposta dizendo que "na Líbia, por várias semanas, a vontade do povo tem sido alvejada pelo coronel Kadafi, que está atacando seu próprio povo". "Não podemos chegar tarde demais", disse Juppe.
Segundo a embaixadora americana na ONU, Susan Rice, a "resolução deve enviar uma forte mensagem ao coronel Kadafi e seu regime de que a violência deve parar, a matança deve parar e o povo da Líbia deve ser protegido e ter a oportunidade de se expressar livremente".
*New York Times, AP, BBC e EFE

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/revo...a+kadafi+sao+inegociaveis/n1238179815650.html
 
Re: A França pode atacar as forças de Muamar Kadafi a qualque momento

É o que falo. Se o Bush ainda estivesse a frente dos EUA não pensaria duas vezes, já teria invadido sem dó e piedade a Libia e mandado caçar o Kadafi igual fez com o Saddam e sem sucesso com o Bin Laden.
 
Re: A França pode atacar as forças de Muamar Kadafi a qualque momento

E se fosse os EUA, todos os anti-yankees estariam xingando o Obama.
 
Re: A França pode atacar as forças de Muamar Kadafi a qualque momento

Proteger um povo de si mesmo é uma operação complexa mas em certas ocasiões não se pode deixar o sangue correr sob o símbolo da soberania (que pode ter sido furtada)e por isso intervenções existem. A princípio a pessoa se pergunta se é possível fazer isso. Se a resposta for sim então a pergunta é que parte do país deve ser protegida e que parte deve ser combatida (quem é e aonde está o inimigo). Os agentes infiltrados de inteligência vão ter trabalho pois vão ter que prever o comportamento de um povo desestabilizado caminhando na linha vermelha entre os dois lados.
 
Re: A França pode atacar as forças de Muamar Kadafi a qualque momento

É o que falo. Se o Bush ainda estivesse a frente dos EUA não pensaria duas vezes, já teria invadido sem dó e piedade a Libia e mandado caçar o Kadafi igual fez com o Saddam e sem sucesso com o Bin Laden.
E o Obama decepcionando cada vez mais, imitando o velho bush.


Apoio moral como no Egito?
OK.
Tudo de dentro pra fora.

Intervenção militar de fora pra dentro?
Nunca vou concordar.
Os que são contra o regime ditatorial tem seus direitos de brigar contra. Mas os que são a favor da manutenção tem direitos IGUAIS.
Mas normalmente o segundo grupo é tratado como vilões que não entram na conta de civis mortos.
 
Re: A França pode atacar as forças de Muamar Kadafi a qualque momento

Afffff
pq meter a cara num assunto interno????
A ONU nao pode nem deve entrar em assuntos que nao sao a ela pedidos!
Independente do que se e feito la, ate a midia entrar, nao existia!
 
Re: A França pode atacar as forças de Muamar Kadafi a qualque momento

Eu penso que o furto simples da legitimidade do governo de um país não o faria ser invadido. A Onu parece seguir a lógica da gravidade que encontramos na diferença entre roubo e latrocínio. Enquanto no roubo o bem material é tirado no latrocínio existe assinato podendo haver crueldade e perda de patrimônio moral.

Se o ditador roubou o governo e as pessoas sofrem de forma mais indireta, em menor quantidade ou escondido do conhecimento do mundo ele pode ser tolerado e a intervenção não ocorre.

Em caso de a situação se deteriorar para um jogo de tiro ao alvo, limpeza étnica e morticínio sem critério a publicidade mundial pode desestabilizar nações inteiras e promover a criação de focos de destruição democrática. A priori a intervenção deve servir para que a humanidade não apodreça demais por conviver com açougueiros. A dúvida é se nesta intervenção eles estão indo com boas intenções.
 
Re: A França pode atacar as forças de Muamar Kadafi a qualque momento

E enquanto todo o Ocidente se move para tirar o "tirânico, louco, desumano" Khadafi (as aspas não são exatamente pela falsidade dos adjetivos), tudo permanece na bruma quando o papo é sobre os países do Golfo.

A polícia e o exército bareinita e seus colaboradores sauditas e dos Emirados Árabes desceram o cacete em todos os manifestantes acampados na tal rotatória da pérola e bloquearam o acesso a hospitais por parte dos insurgentes feridos. "Tirânico, louco, desumano"? Nem um pouco. Fere as leis internacionais? Imagina.

Enquanto a Quinta Frota americana e a maior parte das reservas de petróleo do mundo estiverem lá pelo Golfo Pérsico, ninguém vai fazer questão alguma de mudar o status quo.

Da mesma forma, se o Gaddafi não for retirado, o preço do petróleo vai continuar instável e com tendência de alta, danoso demais à já carcomida economia dos países do mundo desenvolvido tradicional.
 
Re: A França pode atacar as forças de Muamar Kadafi a qualque momento

Muamar Kadafi agora está distribuindo mais de 1 milhão de armas a população e disse que o povo da Líbia vai resistir até o fim.

Até parece que a distribuição de armas criar uma resisência contra as forças ocidentais. Tá mais para anarquia total.
 
Re: A França pode atacar as forças de Muamar Kadafi a qualque momento

Aqui neste mapa podemos observar a coalizão na Líbia

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Combatente rebelde observa veículo em chamas após ataque da coalizão internacional contra as forças de Muammar Kadhafi, neste domingo (20) (Foto: Goran Tomasevic/Reuters)

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Opositor ao regime de Kadhafi atira para o ar em Benghazi (Foto: Finbarr O'Reilly/Reuters)


Fonte: http://g1.globo.com/revolta-arabe/n...nternacional-retoma-bombardeios-na-libia.html
 
Última edição:
Re: A França pode atacar as forças de Muamar Kadafi a qualque momento

Muamar Kadafi agora está distribuindo mais de 1 milhão de armas a população e disse que o povo da Líbia vai resistir até o fim.


Esse ditador líbio é realmente doente da cabeça. Nem o Saddam que tinha suas esquisicites jamais faria algo parecido, ao menos se entocou num buraco.
 
Era tudo o que o Pentágono queria, agora falta Síria e Coréia do Norte, os egípcios se libertaram sozinhos, os tunisianos também, deixem os líbios em paz, eles vão se libertar sozinhos!
 
Re: A França pode atacar as forças de Muamar Kadafi a qualque momento

Afffff
pq meter a cara num assunto interno????
A ONU nao pode nem deve entrar em assuntos que nao sao a ela pedidos!
Independente do que se e feito la, ate a midia entrar, nao existia!

É isso aí, vamos deixar um ditador matar todos os que se opõem a ele. Ninguém pediu ajuda mesmo, né? Afinal, o povo que votou nele.
 
Em 1600 nos países que hoje são Europa e Eua havia o conceito de pudor público. Se alguém fosse condenado e morto e o cadáver fosse exposto em praça havia um tempo limite para que isso ocorresse pois ferir o pudor público era desestabilizar o mundo em volta dele.

Quando o ocidente começou a se orientalizar e o ocidente a se ocidentalizar a lógica da "cultura a qualquer custo" mudou e começou a haver hibridização de valores no mundo inteiro. O produto cultural de hoje precisa obedecer aos direitos universais do homem.

Hoje temos ditadores desejando usar ferramentas como internet e celular quando sabemos que o que apóia o sistema de comunicação no mundo é a conexão entre todos os povos e o maior sinal disso são os acordos ecológicos internacionais que descrevem como o que ocorre em um lugar afeta outro e tudo se interpenetra.

A medida que a destruição do pudor internacional (patrimônio moral) fica escancarada a a pressão nas sociedades aumenta com o medo da criação de uma terra de ninguém.

Podemos concluir que Khadafi vive num mundo que não existe mais em que se acreditava que as regras de um trabalho eram iguais a realizar o trabalho.
 
Um massacre contra soldados, leais a um louco, não a civis que lutam por liberdade num país governado por um homem que já perdeu sua sanidade a tempos.
 
Defender sua opinião matando civis? Se querem a continuação do Khadaffi, que se faça então eleições, daí o POVO, como um todo, decide quem eles querem no Comando. Khadaffi não é dono da Líbia, e não pode matar quem se opõe a ele, nem quem luta por liberdade, depois de 30 anos de ditadura. Sem a entrada da ONU, Benghazi receberia um banho de sangue, de "rebeldes". E por enquanto, não teve nenhuma invasão terrestre na Líbia, "apenas" ataques aéreos. A população, em sua grande maioria, está no lado da ONU (e OTAN, que está entrando na conversa também).

E o Muammar pode evitar mais derramamento de sangue. É só ele se tocar que ele não é dono da Líbia, e sair do comando.
 

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