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Clube da Luta (Fight Club, 1999)

Sua nota para o filme:


  • Total de votantes
    30
Togo Cachopardo disse:
Acho que era o unico desse forum que não tinha assisti o Clube da Luta... finalmente assisti! e me surpreendi..

eu tinha ouvido falar que o filme era bom, mas não sabia que era uma obra-prima..estou sem palavras para descrever a grandiosidade do filme, das atuações até a direção...tudo perfeito..

NOTA: 10

Obra Prima?

*Squall dando uma de Folco*
Obra prima uma merda... isso sim, ta certo que o filme tem seus ótimos méritos, tanto na atuação, no contexto, no dialogo, no roteiro... bom, tudo no filme tem algo a se elogiar, mas não intitularia como obra prima 8-)
 
Achei "Clube da Luta" um bom filme, o Brad Pitt e o Edward Norton estão atuando bem. Umas das coisas que eu mais gostei foi o final e só percebi o Brad Pitt antes de se apresentar ao Edward Norton umas 2 vezes.

Quem foi que disse que "Jackie Brown" é uma aberração do Tarantino? O filme é muito bom!
 
Varda do Um Triângulo disse:
Achei "Clube da Luta" um bom filme, o Brad Pitt e o Edward Norton estão atuando bem. Umas das coisas que eu mais gostei foi o final e só percebi o Brad Pitt antes de se apresentar ao Edward Norton umas 2 vezes.

Quem foi que disse que "Jackie Brown" é uma aberração do Tarantino? O filme é muito bom!

Jackie Brown é horrivel...
Fui tudo esperançoso pra ver um filme q chegasse um pouco perto de Pulp Fiction e acabei me decepcionando...

Nota 4

Espero que o Tarantino faça algo melhor em Kill Bill... o roteiro é muito bom, vamos ver como vai ficar...
 
Eu gostei de Jackie Brown, eu dei nota: 8,0

mas clube da luta é bem superior, mas se tbm comparado com Pulp Fiction....eu sou bem mais de Tarantino.
 
bla bla bla. tinha escrito um monte de bobagem aki. to editando agora pra dizer q eh um filme bem legal.

acho q as mensagens não são uma novidade pra ninguem.mas eh legal assistir de vez em quando pra lembrar o quanto a gente se preocupa com coisas materiais inuteis e acaba esquecendo do q realmente importa.
 
Clube da Luta: Violencia gratuita ou Análise Psicologica?

Pra quem não se lembra, filme que conta a história de um cara intoxicado pelo consumismo e pelo vazio dos valores interpretado pleo ótimo Edward Norton que encontra um maluco (lindo Brad Pitt) e juntos formam um clube secrete de luta com intenções terroristas, para extravazar toda a fúria gerada pelo quadro do consumismo x vazio = neura.
Que vença o melhor???
 
cara, que pergunta... é um mergulho no vazio social dos nossos dias, que automaticamente inclui violência gratuita. A violencia é um dos veículos de expressar quão perdidos estavam os personagens centrais da história
 
Vocês morrem de preguiça de ler posts mais longos, que dirá de uma crônica inteira. Bom, vou colocar assim mesmo. É do Arnaldo Jabor (e é dele mesmo, está no livro "A Invasão das Salsichas Gigantes").

‘Clube da luta’ anuncia o excremento para a America

Entro no cinema com minha filha Juliana, para ver o "Clube da luta", de
David Fincher.- Pai, esse filme nao e' muito violento?

- Estao dizendo que e' genial, dizem que e' uma parodia incrivel, uma
"violencia critica". Deve ser bom...

Duas horas depois, saio do cinema com uma mistura de angustia e sensacao
de vitima de "conto-do-vigario". Juliana, estudante de Ciencias Sociais,
me da' candidamente a chave da encrenca da arte atual:

"Pai, voce achou que esse filme era parodico. O problema e' que a
parodia ficou impossivel. Nao ha' mais o que criticar. A parodia
dependia da esperanca por uma ‘outra’ realidade". E' isso. Este filme e'
um sintoma.

Sintoma de uma doenca grave para a qual, talvez, nunca havera' cura.

Nome da doenca? "Turbo-capitalismo corporativo", "imutabilidade
estrutural eterna", "uniformizacao geral das consciencias".

Como aquele absurdo oportunista do Oliver Stone, o "Assassinos por
natureza" e coisas virtuais como "Matrix", este filme tambem se finge de
"parodia" para nos convencer de que o capitalismo estaria se
auto-criticando, no pleno exercicio da democracia liberal.

Sem paranoias conspiratorias pois, afinal "it is only rock and roll",
este filme me leva a pensar: em que "bode preto" estara' metido o futuro
cultural do USA e, por extensao, o nosso? O "Clube da luta" e' um
indicio assustador de que algo de grave vai acontecer 'a America. Acho
que o totalitarismo embutido na democracia liberal, como previu
Tocqueville, esta' se configurando.

Vejo se esvanecer a maior beleza da America, que sempre foi sua enorme
capacidade de se auto-reformar. Como ja' vimos a America mudar!

Os negros, as mulheres, o pos-Vietnam, os hippies, a sexualidade, o
aumento da tolerancia cultural. Isso acabou. A antiga dinamica
democratica de auto-aperfeicoamento esta' sendo detida pela logica
corporativa e totalitaria do mercado. Se for o caso, quanto de tragedia
sera' necessaria para que os movimentos democraticos possam refazer uma
sociedade americana menos obsessiva, menos submetida ao inferno de um
conformismo de formigas? Isso ainda sera' possivel?

Talvez nao, pois ha' um fato grave.

Nesta epoca pos-moderna (argghh!), um "Big Brother" capitalista de mil
olhos se apossou de uma nova mercadoria: a liberdade. Explico-me: a
America corporativa se apossou do "criticismo" e fetichizou-o tambem.

Uma "critica de mercado" virou a arma para a paralisia critica. Esta e'
a suprema camuflagem do
capitalismo: a liberdade.

Por ela, ele se auto-regula e se perpetua em sua terrivel doenca
unidimensional, funerea, explodindo de vez em quando em massacres
escolares, em psicopatias espontaneas, anuncio de loucuras mais graves,
mais coletivas, que virao. Quem ja' morou em NY e viu de perto aquela
formacao de formigas angustiadas e obstinadas, quem ja' sentiu o
descompasso da extrema opulencia e da potencia cientifica, comparadas ao
baixo mecanicismo da vida social, quem ja' viu a tristeza dos ternos
cinzentos marchando pelas ruas, quem ja' viu a estreita margem do amor e
do sexo, o raro espaco para o ocio, para a fruicao de uma "inutilidade"
cultural qualquer, sabe do terror oculto sob a face vitoriosa da unica
potencia do mundo atual. Nada que seja docemente inutil e' permitido. E
aquela populacao de mercadores produtivos, de ordeiros escravos
militantes tem um misto de orgulho e odio de suas vidas e de seu pais.

Nao e' 'a toa que, de tempo em tempo, o cinema americano destroi Nova
York, com volupia, nos filmes-catastrofe". Pensem em "Independence
Day", em "Godzilla", em "Armageddon", em "Impacto profundo", tantos.
Toda hora o Empire State cai.

Longe vai o tempo de filmes ja' "romanticos" como o classico "Blade
Runner", uma das ultimas tentativas de se parodizar o fim da utopia
liberal. "Blade Runner", perto deste "Clube da luta", e' um ingenuo
manifesto humanista, clamando pelo amor, pela ecologia, contra a
robotizacao da vida humana.

Hoje, todos os simbolos de revolta ja' foram fetichizados. O mainstream
da Industria Cultural lanca filmes "cult" e "underground" programados
com todos os simbolozinhos de antigas revoltas: roupas punk, ambientes
derrubados, herois solitarios "contra a caretice dos executivos",
linguagem desabrida, barbas por fazer, jeans, piercing, triste cinismo
"beat-chic". E, tudo sob controle de Hollywood.

Hoje, a logica da America Corporativa e' a unica detentora de um
discurso coerente, as corporacoes sao as proprietarias da unica "Grande
Narrativa" ainda permitida. E, no entanto, eles nos convidam a um
"pensar" fragmentario e "moderno", do mesmo jeito que nos incitam ao
mercado aberto, mantendo para si um protecionismo radical.

Pela logica, nao deveria haver liberdade de expressao na America de
hoje, mas a liberdade e' util para permitir a eclosao de espasmos de
revolta que possam ser cooptados ou esmagados. O capitalismo se
autocritica para poder se reafirmar. A liberdade de expressao e' seu
supremo artificio.

Quanta coisa maravilhosa a America ja' nos deu - dos Boeings aos
antibioticos, a musica, o cinema, tantas coisas... Mas, hoje, o que nos
da', alem da arrogancia de potencia unica? Sera' que o funebre mercado
corporativo fechou suas garras para sempre? Sera' que havera' espaco
para uma "flexibilizacao" (como eles dizem) da democracia americana? So'
um grande movimento, um forte "woodstock" nas almas, um novo jazz de
esperanca poderia trazer isso: uma arte de viver desejada por Nietzsche
e que esta' ai', dando sopa nas tecnologias de ponta.

Mas, infelizmente, e' mais provavel que aconteca algo que o filme "Clube
da luta" prefigura, como David Fincher ja' anunciava em "Seven": um amor
"anal" pela morte.

Nao creio que sera' um neo-fascismo, mas algo muito estranho e novo,
como ja' disse Norman Mailer ha' quarenta anos: "A shitstorm is coming".

Algo esquisito esta' sendo urdido dentro do intestino do capitalismo: a
merda como meta.


Como já tem tópico sobre Clube da Luta aqui, é provável que algum mod bonzinho do cinema mergeie isso aqui :anjo:
 
Como aquele absurdo oportunista do Oliver Stone, o "Assassinos por
natureza" e coisas virtuais como "Matrix", este filme tambem se finge de
"parodia" para nos convencer de que o capitalismo estaria se
auto-criticando, no pleno exercicio da democracia liberal.

:|
 
Quem tiver a oportunidade de assistir a um episódio do South Park chamado I'm a little bit country(701). Ele fala sobre como a democracia da América está baseada em dizer uma coisa ao mundo e fazer outra bem diferente para se manter no poder.

Mas não sei se é o caso deste filme. Acho que ele não fala simplesmente de americanos, mas sim de Americana, de todos que sofrem influência da glogalização anglo-saxônica.

Acho que este filme é muito mais coerente e lógico que o Assassinos por natuterz, embora este também seja um filme muito divertido.

Violência gratuita é coisa do Tarantino. No Kill Bill chega a ser engraçado ver a Noiva matando os carinhas, jorrando sangue.
 
Vamos a minha resenha... Eu sei que não sou filho de eu mas posso me dar ao luxo de escrever sobre esse, que, como disseram alguns aqui, foi se bobear o melhor da década de 90.

Sinopse:

Jack, um rapaz de vida medíocre, arquétipo do personagem de classe média frustrado, consumista, vítima de lapsos de perda de memória, freqüenta grupos de auto ajuda pra fugir da solidão até se deparar com Marla e Tyler Durken, que o levam a um mundo revelador.


Análise Geral:

Clube da Luta é um filme marcado pelo discurso de Jean Baudrillard, na forma como é tratada a idéia de simulacro, de hiper-realidade fundada no consumismo desenfreado, de valores virtuais e signos abstratos. A narrativa em off de Tyler desde o começo do filme repete o clima noir já presente em Seven, e explicita essa relação da obra com o pensamento de Baudrillard. Não obstante, assim como nos outros filmes de Fincher, a grande maioria dos personagens nada é senão enunciados, repetidores do discurso contemporâneo, tal como Foucault propôs ao estudar o saber.

A tríade, nesse filme, é representada pelo trio Jack-Marla-Tyler. O primeiro, a representação do tédio e do recalque, vê nos grupos de auto-ajuda uma forma de tentar se afirmar socialmente e viver pela vida dos outros aquilo que não encontra na dele. Aliás, a obsessão pela afirmação enquanto ator social é uma tônica do filme. Os grupos de auto-ajuda servem como um exemplo vívido de gueto, de perda de referencias e crise social. É emblemático o fato de que a casa de Jack seja nada senão um catálogo de compras, um simulacro criado em torno do consumismo desenfreado. É curioso que, no grupo de ajuda, quando induzido a se imaginar como sendo um animal selvagem, Jack se vê numa caverna como paródia do pingüim da propaganda da bala Haus deslizando sobre o gelo (aí é possível perceber não só um que de surrealismo como também uma reafirmação do perfil consumista de Jack).

Reativo, Jack só desperta da sua condução acomodada quando se depara com Marla, a responsável por, ao proceder de forma igual a ele, incitar no protagonista repulsa por si próprio. E, se Marla é a personagem que desperta Jack para uma realidade diferente daquela que ele criara pra si, é Tyler Durken que melhor define essa realidade.

Como viria a ser revelado no fim do filme, Tyler é o alter-ego de Jack, seu inconsciente reprimido, que rompe regras e se afirma como indivíduo. Tyler, ao contrário de Jack cuja vida profissional se resume a um burocrático cargo numa seguradora, é cercada de sub-empregos onde ele pode manifestar ao máximo seu caráter subversivo. Tyler é visto pela primeira vez trabalhando como editor de filmes, inserindo propositalmente cenas pornô em produções da Disney, que por ironia é freqüentemente acusada de uso de linguagem subliminar. Além disso, ele aparece no filme trabalhando como garson, em tempo suficiente para que fosse registrado o momento em que o mesmo urina sobre um ponche. No entanto, sua maior fonte de renda é como produtor e vendedor de sabão para pele, cuja matéria prima é obtida a partir das sobras de gordura roubadas de clínicas de lipo-aspiração. Nesse caso, Tyler joga com aquilo que norteava a vida de Jack, o consumismo, e canibaliza isso de modo a devolver para as mulheres vaidosas aquilo que elas pagaram para ter retirado delas mesmas. Aí também prevalece o tom crítico, cínico e irônico.

É Tyler que introduz Jack ao clube da luta, uma instituição que, tal como os grupos de auto-ajuda, se constitui como um gueto e espaço pra afirmação social, mas que ao invés de pregar aceitação e tolerância, tem na violência o seu princípio edificante. E com o tempo o clube da luta, fundado com base no excesso pela violência, começa a ganhar mais e mais adeptos, se propagando com tamanha virulência que logo ganha adeptos em várias cidades de todos os Estados Unidos. O conceito de virulência é entendido aqui no sentido de propagação descontrolada, tal como se deu com o verme do filme Shivers, de David Cronemberg.

O clube da luta é também uma metáfora do mal, representado pelo espírito destrutivo inerente ao homem e reprimido pela forma como a sociedade civilizada o adestra e limita. A idéia presente na mente de Tyler e no imaginário dos membros do clube da luta, de que o homem só tem valor na busca pelo seu eu primitivo, liberto dos males provocados pela sociedade, e de que o clube é a fuga para isso, remete a Rousseau.

Clube da Luta é o mais colorido filme de David Fincher, com maior variação de tons e matizes, que a cada momento mudam o caráter das cenas (que oscilam do humor negro ao drama esquizofrênico).

O filme começa contextualizando o mundo real corporativo onde vive Jack, repleto de cores inumanas tendendo para o verde, o azul e o amarelo. O verde, geralmente usado como metáfora de ganância e dinheiro, no caso é uma alusão a possessão material doentia e a vida encoleirada de Jack no começo do filme. As cenas nos grupos de ajuda se valem de cores fracas e fluorescências que, como já havia se dado na cena de The Game onde a casa de Nickolas é encontrada destruída, dão as cenas um ar pálido e visualmente morto. As cores tornam-se mais intensas e variadas no momento em que Tyler entra em cena. Ele, per si, já é bem colorido (suas roupas gritantes ajudam a compor sua personalidade).

No tocante a iluminação, a mesma é bem variada, e se destaca no filme o emprego de lentes esféricas ao invés de anamórficas, o que aumenta o contraste. Predominam no filme imagens saturadas e escurecidas, com pouca sombra e alto contraste. Como em Seven, luzes duras focadas perto da fonte mas que não iluminam o ambiente ajudam a compor cenários do submundo, como na Taverna do Lou,onde apenas lâmpadas elétricas iluminam parcialmente os rostos dos lutadores, tornando o ambiente sombrio e as expressões indecifráveis. As cenas noturnas na Paper Street House e no edifício abandonado tem na luz natural da lua, com tons azulados e sombras intensas, elemento de composição cênica. Mesmo as cenas que não se passam durante a noite são filmadas em dias nublados, escuros. E as cenas interiores nesses ambientes mais decreptos são também filmadas com luzes obscuras e a baixos contrastes. No entanto, mesmo se valendo de luzes ambientes, o filme soa artificial o tempo todo, pelo uso de filtros e luzes coloridas, que dão um ar não diegético e estranho a obra (ressaltando o caráter delirante do filme do ponto de vista de Jack).

Tomadas de ângulos unusuais e movimentos de câmera como pans rápidas, assim como cortes rápidos que reforçam o tom frenético do filme com uma estética de vídeo-clip marcam Clube da Luta como um todo. Cenas rápidas como a da colisão do avião combinadas com slow motions, vide a cena em que Marla acende o cigarro, a batida do carro e sua queda e a fuga de Jack da polícia, ressaltam a anti-diegese presente em todo o filme. Cenas coreografadas, sem cortes e com montagens, como aquela em que Jack foge de Tyler na direção da câmera e vira pra encontrar o mesmo Tyler do outro lado, tornam o filme ainda mais confuso. Não obstante, o uso de seqüências em jittering, nas quais lapsos de memória de coisas estranhas retornam a Jack em imagens que dão saltos esquizofrênicos, exacerbam o princípio de hiper-realidade no filme ao brincar com o próprio tempo e ritmo das cenas.

É comum também nesse filme o uso de enquadramentos em objetos e cenários que, como slide shows, introduzem ambientes. Vide o café e os donnuts em relação aos grupos de ajuda, a comida de avião e os banheiros de hotel para com a vida andarilha de Jack, os closeups da Paper House Street para ressaltar a velhice da casa, ou mesmo a chamada “hello my name is” encontrada nas salas dos grupos de ajuda e o detalhismo nas cenas de preparação do sabão, realçando o caráter simbólico do lugar e das implicações envolvidas na produção do sabão respectivamente.

Esse é um dos primeiros filmes a usar o recurso da fotogrametria. Na cena do prédio onde Tyler vai ver colapso da história financeira, na qual a câmera roda e se abaixa para a rua, rapidamente se jogando na direção do ator, parando momentaneamente na van com TNT, e encerrando numa pan até a coluna com TNT é seguida de uma cena com fotogrametria. Nela, a câmera atravessa o concreto se valendo de uma montagem em computação gráfica empregando still photos. Esse recurso aparece de novo na cena onde a câmera salta de cesta de lixo, naquela em que o apartamento de Jack explode ( a cozinha é real mas cena é montada ) e, por fim, na cena de sexo entre Tyler e Marla que acontece ao mesmo tempo que Jack sofre de delírios no andar inferior da casa.

É curioso também pensar na forma como efeitos surrealistas conduzem a trama conforme a psique de Jack. A imagem, por exemplo, se torna desfocada quando se dão projeções da imaginação de Jack. Em cenas como a da colisão do avião, os já mencionados recursos de slow motion e fast motion reforçam, conforme já mencionado, a anti-diegese e portanto o ar surrealista que dá a momentos do filme ares de delírio. A cena bizarra da explosão dos prédios no fim do filme, seguida do suicídio de Jack, suscita para a questão que é uma constante no decorrer do filme e já era a tônica de The Game: o que é realidade, o que é delírio ou hiper-realidade?
 
Bom, depois de tudo o que eu li aqui no tópico me limito a dizer que gostei do filme pelo quesito trama... eu não achei o filme previsível, na boa, eu só fui sacar o rolo todo no final do filme. Mas tb não considero um dos melhores que eu já vi, porém acho bem interessante pela maneira como o psicológico do protagonista é colocado.
Fiquei :eh: com os flashes de imagens que aparecem entre as cenas... filmes pornôs?...só sei que o resultado foi engraçado :lol:
 
Jackie Brown é horrivel...
Fui tudo esperançoso pra ver um filme q chegasse um pouco perto de Pulp Fiction e acabei me decepcionando...
concordo! tb acho JB uma bomba!!!!

acho q já falei de Clube da Luta aqui, mas tudo bem!
Filme fantástico! Vi numa pré e me encantei. Não sei se é perfeito, mas chega perto. O melhor do David Fincher, e olha q ele fez Seven.... :wink:

Revi recentemente e continuo achando um filme excelente.... :mrgreen:
 
Comparando a resenha do Eru à crônica do jabor, eu fico mais convencido ainda q o Jabor é um dos maiores cuzões q já utilizou a mídia pra nos ofertar suas idéias retrógradas... A filha dele quase entendeu o filme! Ele nem chegou perto!
 
Com certeza a crítica a sociedade americana e o ego do Brad Pitt são as marcas principais deste filme q é um dos melhores filmes q eu já vi. Realmente impressionante!!! 8O
 
Meu esse filme pra mim está lado a lado com Beleza Americana, meus dois prediletos. Mais do que uma simples crítica a sociedade americana e seu padrão imperializado, ele é como um tratado sociológico, como o resultado de um estudo sobre as relações nesse final de século XX inicio de seculo XXI. Esse filme se torna fantástico quando coloca na tela elementos reais de forma banalizada. Nós vivemos um clube da luta em dimensões globais, nós condenamos a violencia o tempo todo, porém quando ela nos pertuba queremos praticá-la, de forma a destruir o q consideramos a fonte, ou causa da dor ou do sofrimento, dae nascem as discussoes sobre aborto pena de morte eutanásia. Me lembro que na época da estréia houve todo aquele bafafá sobre o estudante que atirou detro da sala de cinema aqui em sampa, porém mesmo antes disso o filme já vinha sendo bombardeado pela critica como violencia gratuita. Besteiras a parte o filme pra naum ser caricato vai buscar intensidade atraves das suas cenas de luta pra atingir seu público invariávelmente. Consegue, de mão cheia e beijada, pq é tão real quanto eu aqui sentada escrevendo essa resenha e quanto vc ae do outro lado sentado lendo.
Um dos melhores filmes do século pra mim. Medidor da capacidade de interpretação da realidade
 

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