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Ver anexo 10178
Estou na metade desse livro intrigante. Dentre os autores contemporâneos que conheço, Mitchell talvez seja um dos mais habilidosos no que diz respeito ao uso da linguagem. A história de Cloud Atlas se passa em seis épocas diferentes, começando no século 19 e indo até um futuro pós-apocalíptico. São seis histórias que se revezam, e o barato é descobrir como essas histórias se relacionam entre si. Cada uma das histórias é narrada por um personagem diferente, e o cuidado com que Mitchell cuida do vocabulário, para que cada personagem pareça pertencer à época em que sua história se passa, é assombroso; tarefa que deve ter requerido muitas pesquisas ao dicionário. Cada personagem conta com um vocabulário diferente e com suas respectivas idiossincrasias. Isso torna a história difícil de engrenar em alguns pontos, como se Mitchell não fizesse questão de capturar o leitor com truques baratos. Ler Cloud Atlas requer algum imersão do leitor na linguagem usada. As seis histórias não são todas tão interessantes assim, e algumas parecem ser o esboço de romances que foram transformados em contos. Mas à medida em que as histórias se aproximam do futuro, Mitchell consegue levantar algumas questões muito relevante quando começa a trabalhar com ficção científica, principalmente no que diz respeito a clones e o uso que os homens fazem dos mesmos. Alguma das questões que ele levanta, por si só já valem o livro. Mas ainda prefiro The thousand autumns of Jacob De Zoet, um outro livro do Mitchell, onde ele parece estar mais seguro do seu trabalho como romancista.
Estou na metade desse livro intrigante. Dentre os autores contemporâneos que conheço, Mitchell talvez seja um dos mais habilidosos no que diz respeito ao uso da linguagem. A história de Cloud Atlas se passa em seis épocas diferentes, começando no século 19 e indo até um futuro pós-apocalíptico. São seis histórias que se revezam, e o barato é descobrir como essas histórias se relacionam entre si. Cada uma das histórias é narrada por um personagem diferente, e o cuidado com que Mitchell cuida do vocabulário, para que cada personagem pareça pertencer à época em que sua história se passa, é assombroso; tarefa que deve ter requerido muitas pesquisas ao dicionário. Cada personagem conta com um vocabulário diferente e com suas respectivas idiossincrasias. Isso torna a história difícil de engrenar em alguns pontos, como se Mitchell não fizesse questão de capturar o leitor com truques baratos. Ler Cloud Atlas requer algum imersão do leitor na linguagem usada. As seis histórias não são todas tão interessantes assim, e algumas parecem ser o esboço de romances que foram transformados em contos. Mas à medida em que as histórias se aproximam do futuro, Mitchell consegue levantar algumas questões muito relevante quando começa a trabalhar com ficção científica, principalmente no que diz respeito a clones e o uso que os homens fazem dos mesmos. Alguma das questões que ele levanta, por si só já valem o livro. Mas ainda prefiro The thousand autumns of Jacob De Zoet, um outro livro do Mitchell, onde ele parece estar mais seguro do seu trabalho como romancista.