MANIFESTO A WARNER: CHORAR OU SORRIR?
Bem, depois de ver aquele preview completamente, como posso dizer, apoteótico, o que resta para mim uma reles mortal? Chorar? Brigar? Fazer um atentado terrorista contra a filial da Warner no Brasil?
Juro, isso não é apenas injusto, mas também devastador. Eu sorri, eu vibrei, enlouqueci, como cada fã deve ter feito isso hoje no mundo todo, mas quando tudo termina, eis que penso, como posso vibrar por algo que injustamente nem sei se verei. Outros podem dizer “Baixa da Internet!”, eis que respondo que isso é impossível, pois além do filme o que aguça a curiosidade são os milhões de extras.
Caramba, eu quero ver a Miranda dando língua pros outros, Viggo brincando de futebol com um crânio, quero ver eles rindo e chorando nos bastidores, quero saber por que para fazer 50 minutos extras foi necessário 3.000 efeitos visuais novos, quero saber, ver, sentir, rir, chorar com tantas coisas! Com tantos momentos desta viagem que não foi apenas da equipe, dos atores, de Peter Jackson, mas foi também uma jornada de cada fã, cada expectador, que a cada lançamento de uma nova parte desta trilogia estava lá, ávido por aquilo, por aquela sensação.
Para nós Saruman nunca aparecerá, Eowyn se curou por milagre, Aragorn conseguiu passar pelas Sendas dos Mortos só por que tinha a Andúril, os Corsários foram postos pra correr com apenas um grito de “saiam daqui”, a Batalha de Pelennor é a melhor, mas nem tão longa como no filme, assim como a viagem de Frodo atravessando a planície de Mordor, o que não podemos falar de Faramir, como conheceu Eowyn?
Tudo que falo é apenas de o Retorno do Rei, e os outros fatos das outras partes que nunca existirão no Brasil, será que os Brasileiros são menos fãs que os outros? Será que os mais de 200.000 exemplares vendidos dos livros no Brasil depois do lançamento do filme devem ser ignorados? E a bilheteria? E os produtos que são consumidos avidamente?
O que nós pedimos não é apenas que coloquem o DVD das versões estendidas a venda, o que pedimos é apenas um pouco mais de consideração e respeito ao fã, que é e sempre será um fiel consumidor.