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Clássico x Contemporâneo

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:) Então posso dizer que pelo trabalho do Pollock (que eu aprecio) eu gosto de algo da arte contemporânea: Pollock
 
Não fiquei pensando muito, logo de cara eu pensei "o clássico é marcante e retrata melhor a arte, já o contemporâneo é um tanto estranho as vezes", e eu tambem me lembrie da La Gioconda... se preferirem: Mona lisa :mrgreen: .

Clássico sem dúvida.... :grinlove:
 
Com algumas boas exceções, eu detesto a arte contemporânea. Acho que se torna algo "egoísta" quando você precisa que exista todo um passado de informações para que uma obra tenha sentido/se torne bela.

Como eu só "não gosto" do clássico, voto nesse. :mrgreen:

Pra mim, a arte, enquanto arte (discussão problemááááática), deveria se fechar nela.

Apesar de ter grandes problemas em aceitar a arte abstrata, como arte fechada em si, apesar de AMAR alguns dos artistas, é o estilo que posso dizer que mais me atrai: Eu acho que são obras lindas, mas que acabam ficando meio "incompletas", por não ter um propósito em si. Acho que as vejo como bons "suportes" para coisas que podem se tornar realmente boas...

Na verdade, eu não sou o maior dos fãs de arte. :lol:
Gosto das coisas com funções, ou a arte aplicada... Ela sozinha eu acho que acaba sendo parnasiana demais...
 
Na verdade, eu não sou o maior dos fãs de arte.
Gosto das coisas com funções, ou a arte aplicada... Ela sozinha eu acho que acaba sendo parnasiana demais...

Pode parecer que a Arte não tenha função aparente, mas o que me fascina é pensar que é algo exclusivamente nosso, isto é, o homem criou algo que ele discuti, questiona e move muitas coisas no mundo, algo inédito, apenas apartir do seu pensamento ele desenvolve obras que respondem a questionamentos anteriores, que formam uma linha de raciocínio.

A Arte Contemporanea pode não ser "bonita", mas com certeza faz parte do pensamento Artístico.
 
É. Eu não acho que a arte tenha que ser "bonita".
mas eu acho que ela tem que ser completa nela mesmo.

Nisso eu não gosto da arte contemporânea. Muitas vezes, para ela ser entendida, ela necessita que quem esteja a vendo tenha uma carga de informações anteriores para que aquele tipo de expressão seja entendida...

Eu não sei até aonde a arte tem como "função" responder questionamentos...
Entender direito o que na verdade é "arte", está começando a me parecer complicado demais... :obiggraz:
 
Raphael Aleixo disse:
É. Eu não acho que a arte tenha que ser "bonita".
mas eu acho que ela tem que ser completa nela mesmo.

Nisso eu não gosto da arte contemporânea. Muitas vezes, para ela ser entendida, ela necessita que quem esteja a vendo tenha uma carga de informações anteriores para que aquele tipo de expressão seja entendida...

Eu não sei até aonde a arte tem como "função" responder questionamentos...
Entender direito o que na verdade é "arte", está começando a me parecer complicado demais... :obiggraz:

Esse negócio de entender arte contemporânea....eu nem sei como é entender arte...não acho que só pelo fato de você ver um quadro do romantismo e conseguir identificar as formas ali presentes voc~e esteja de fato "entendendo" o quadro...você pode achar bonito e pronto, mas não entender a importancia histórica nem a mudança estética que ocorreu ali....Não que vc precise saber disso para "entender " algo...eu sei que estou me contradizendo, mas é complicado ligar com essa questão...entender algo é muito relativo...acho tb que vc pode gostar de algo sem entender o conceito....ou entender o conceito e não gostar....ah, sei lá....
 
Sim, sim...

Só que no caso, você consegue se "indentificar" com um quadro romântico, pq nele tem vários signos que te são comuns, que vão fazer você ter uma certa simpatia pelo quadro.

Na arte contemporânea, esses signos não estão na obra: Estão num conceito, em toda uma história que existe por trás de "porque foi feito aquilo de tal forma de tal maneira"... Pra mim, é esse signo "escondido" que faz a arte contemporânea se tornar "egoísta", e não gostar dela.... :disgusti:
 
Pollock é moderno. Pertence ao movimento de arte moderna tanto estilisticamente quanto temporalmente. Se propunha a experimentar formas e cores de modo a criar algo novo, e isso é característico do movimento moderno, um redescobrir de linguagem.

O contemporâneo é um reciclar de linguagens, um pastiche banal e uma falta completa de inovação. É uma exacerbação sem sal de algo que tinha alguma graça quando era novidade nas mãos de Duchamp.
 
Pra mim é simples, está tudo no valor externo ou interno da obra. Na minha concepção de arte, ela é composta de obras, e essas são fechadas em si. Todo valor que possuem está dentro delas, nas suas formas, e das formas que surgem delas (como imagens que se formam das palavras). Então o "conceito por trás das obras" não imputa qualquer valor à obra. Dessa forma, só julgando pelo valor interno, não dá pra sequer pensar em votar em contemporâneo.
 
Aøshi disse:
Com algumas boas exceções, eu detesto a arte contemporânea. Acho que se torna algo "egoísta" quando você precisa que exista todo um passado de informações para que uma obra tenha sentido/se torne bela.

Como eu só "não gosto" do clássico, voto nesse. :mrgreen:

Se você odeia a contemporânea e só não gosta da clássica, basicamente você não gosta de nada feito até hoje em pintura.

Gosto das coisas com funções, ou a arte aplicada... Ela sozinha eu acho que acaba sendo parnasiana demais...

Não é algo feito pra ser prático.

Mas é algo que afeta prpofundamente os sentidos visuais do ser humano. É uma das primeiras coisas que não são práticas, mas fundamentais, inteiramente criadas pelo ser humano. A imagem representativa.

Hum... mas pode ser útil, como registro por exemplo, que desde primórdios, foi muitas vezes usada dessa forma.

Mas no geral, é algo que simplesmente estimula tremendamente o ser humano.

Elanor Lass disse:
A Arte Contemporanea pode não ser "bonita", mas com certeza faz parte do pensamento Artístico.

Até chegar a arte moderna (pós-Picasso, pra ser mais especifico), não havia isso de "pensamento artistico".

Não no sentido das obras seguirem uma lógica mental relacionada a algum assunto. Eram, exceto talvez pelas imagens de cunho religioso, representações visuais de imagens, não idéias.

Aøshi disse:
Nisso eu não gosto da arte contemporânea. Muitas vezes, para ela ser entendida, ela necessita que quem esteja a vendo tenha uma carga de informações anteriores para que aquele tipo de expressão seja entendida...

Resumindo, é altamente falha.

E ainda dá espaço pros filósofos chinfrins que querem lucar com arte fajuta e pros críticos que criam e destroem as modas artisticas que mais lhe convêm.

Eu não sei até aonde a arte tem como "função" responder
questionamentos...

Muitas vezes nem a literatura tem esse objetivo. Muito mais válido é criar questionamentos ao invés de respondê-los.

Mas bem, pintura... não, não tem essa função.

Entender direito o que na verdade é "arte", está começando a me parecer complicado demais... :obiggraz:

Representação fiel e qualitativa da natureza, essa é a essênciamais difundida do que é arte.

E até que faz muito sentido, sendo que na maioria das histórias e contextos criados em quadros há uma exploração de algum fator humano ou algo de outros partes da natureza.

Lisavieta disse:
entender algo é muito relativo...acho tb que vc pode gostar de algo sem entender o conceito....ou entender o conceito e não gostar....ah, sei lá....

Não tem nada de complicado nisso.

Existe uma clara diferença entre "entender e "gostar".

Com a arte contemporânea, começou uma confusão estúpida e desnecessária desses conceitos bem distintos.

Aøshi disse:
Na arte contemporânea, esses signos não estão na obra: Estão num conceito, em toda uma história que existe por trás de "porque foi feito aquilo de tal forma de tal maneira"... Pra mim, é esse signo "escondido" que faz a arte contemporânea se tornar "egoísta", e não gostar dela.... :disgusti:

Isso quando o signo não é criado depois da obra ser concluída,só pra se encaixar nela e fazê-la parecer imponente. O que não é raro de acontecer hoje em dia.

Ringil Æ disse:
Pra mim é simples, está tudo no valor externo ou interno da obra. Na minha concepção de arte, ela é composta de obras, e essas são fechadas em si.

Bom,sim, mas isso não se aplica em qualquer arte.

Parte da confusão que se tem arte hoje em dia, é que só usam ela no sentido geral. Existem tipos diferentes de arte.

Muitos trabalhos de cinema, teatro e literatura dependem um pouco do contexto anterior e externo a eles quando, por exemplo, se faz uma citação ou crítica a tal contexto.

Não que isso seja o principal na sua qualidade, mas na hora de se analisar criticamente o trabalho, isso deve ser levado em conta.

Já no caso de pintura ou dança, isso tá longe, mas muito longe de ser essencial. Mais ainda no caso de pintura, onde a estética é mais importante que o contexto.

Agora, do ponto de vista de um aspirante à pintor, eu acho que o melhor é trabalhar ao máximo sua técnica visual, mas pelo menos de vez, incutir algum contexto externo que me toque como algo válido e relevante.

Nada das besteiras vagas do tipo "O homem moderno incutido na sociedade moderna capitalista" ou algo assim. Contextos mais específicos e humanos onde a pessoa possa realmente se identificar e pensar sobre aquilo.

Aliás, a arte moderna tem de melhor isso, o propósito de tocar o ser humano com assuntos bem desenvolvidos que lhe são de suma importância. É só ver a pintura Guernica, do Picasso, que representa seu ódio da guerra civil espanhola e do sofrimento que ela causou ao seu povo.

Isso é que é arte.
 
Clássico.

Lisavieta disse:
Exemplo antigo??? Ahn...q exemplo?
Eu não sei se vc leu toda a discussão, mas a gente estava falando de voltar ao clássico...e q eu quis dizer com o trecho q vc citou foi que voltar ao clássico seria ignorar uma série de transformações que ocorreram no mundo...em momento algum me passou pela cabeça que o nosso mundo é um lugar totalmente cinzento.

Quanto a ser alienado eu estava falando daquele que , voluntariamente ou não, se mantém distanciado da realidade que o cerca. Eu acho que apesar do mundo não ser apenas asfalto, plástico e miséria estas são características que são difíceis de serem ignoradas. Talvez atitudes que à princípio seriam consideradas meios de alienação como pintar cenas clássicas e afastar-se da cidade sejam meios de dizer não a essa realidade... o que eu acho louvável..pq como eu já disse não acho q toda arte deva ser politizada...se fosse assim eu não conseguiria amar Tropicália ( que não sendo nenhum Geraldo Vandré (ainda bem!) tinha um caráter contestador, já que ela pos em cheque toda estrutura estética da época) tanto quanto eu amo.

Agora, tenho certeza que esse argumento tem furos ( que eu não consigo ver :mrgreen: , mas que outros conseguirão). E é por isso q estamos discutindo isso.
Por favor, desde quando a arte não pode ser alienada?
A arte se baseia na necessidade de expressão do homem, agora, o objecto é livre. Ela só precisa ser absoluta, e essa ponte com a realidade do Mundo (etc) só faz cair pro lado medíocre.
O que acontece é que a arte não pode ser unilateral. Uma obra de arte tem de ser palpável (o que não significa óbvia), e principalmente, tem de haver o mínimo de exposição, e o consequente trabalho humano; o que fecha a questão da técnica. Vide Marcel Duchamp e seu mictório dadaísta.
Como eu acredito que já vieram reforçando, um rabisco numa tela não pode ser justificado por valores externos a obra ela própria. Ela tem que ser tocante por aquilo que ela é, não por aquilo que ela representa. Uma produção* que não atinge isso, ao meu ver, não tem muito valor (total).

*É claro, quando ela chega a ser uma produção :roll:

Ringil disse:
Pra mim é simples, está tudo no valor externo ou interno da obra. Na minha concepção de arte, ela é composta de obras, e essas são fechadas em si. Todo valor que possuem está dentro delas, nas suas formas, e das formas que surgem delas (como imagens que se formam das palavras). Então o "conceito por trás das obras" não imputa qualquer valor à obra. Dessa forma, só julgando pelo valor interno, não dá pra sequer pensar em votar em contemporâneo.
Concordo.
Isso em cima da essencialidade da beleza e da profundidade, mais uma vez, palpáveis; sob um cultismo basal.
 
Eu queria saber o que vocês lêem pra falar desses assuntos com uma linguagem tão desnecessariamente rebuscada.

Até os que defendem a arte pré-contemporânea soam como modernistas. :?

Esse tipo de complicação num ajuda em nada no esclarecimento das coisas.
 
Fox disse:
Bom,sim, mas isso não se aplica em qualquer arte.

Parte da confusão que se tem arte hoje em dia, é que só usam ela no sentido geral. Existem tipos diferentes de arte.

Sim, vários tipos, mas com certeza todos possuem pontos comuns, se podem ser chamados de arte. Ao meu ver, esse é um, com certeza. Arte é trabalho humano, trabalho que molda, forma. Todo o trabalho do artista está contido nessas formas, que é o que é de fato realizado por ele. Essa realização delimita o que é uma obra de arte. A arte é composta de obras porque essas são tudo que o artista, ou autor, realiza. Portanto, para avaliar uma obra deve-se avaliar o que de fato foi feito, o que pode ser creditado ao autor. Deve-se avaliar as formas, sejam elas as imediatas ou as projetadas pelas imediatas (que não são menos produto do autor que as primeiras, ainda que dependam da importação de algo de cada “leitor” ou apreciador da obra).

Muitos trabalhos de cinema, teatro e literatura dependem um pouco do contexto anterior e externo a eles quando, por exemplo, se faz uma citação ou crítica a tal contexto.

Não que isso seja o principal na sua qualidade, mas na hora de se analisar criticamente o trabalho, isso deve ser levado em conta.

Já no caso de pintura ou dança, isso tá longe, mas muito longe de ser essencial. Mais ainda no caso de pintura, onde a estética é mais importante que o contexto.

Agora, do ponto de vista de um aspirante à pintor, eu acho que o melhor é trabalhar ao máximo sua técnica visual, mas pelo menos de vez, incutir algum contexto externo que me toque como algo válido e relevante.

Discordo. O contexto é meramente motivador, não dá significado ou empresta valor à obra. Se o tal contexto não estiver de fato incluído na obra, não for refletido, reproduzido nas formas, tornado interno, então ele está alheio à obra na apreciação final desta. O espectador não vai encontrar ali perguntas e respostas, apenas respostas, e só vai compreendê-las se já souber as perguntas. Não é justo. Afinal uma obra de arte deve poder ser admirada por pessoas de qualquer contexto. Então, se for necessário explicação ou conhecimento prévio de determinado contexto a obra é incompleta e falha. Não tem, ou tem bastante diminuído, valor imediato. Para que um espectador “compreenda” uma obra feita pra ter sentido dentro de um determinado contexto externo ele precisa não só conhecer o tal contexto, mas também, se for de fora desse contexto, falsificá-lo em sua mente, para que a obra funcione. Ou seja, precisa de uma bengala externa e de vontade do espectador para ganhar sentido. Possui, portanto, pouco valor autoral.

Nada das besteiras vagas do tipo "O homem moderno incutido na sociedade moderna capitalista" ou algo assim. Contextos mais específicos e humanos onde a pessoa possa realmente se identificar e pensar sobre aquilo.

Aliás, a arte moderna tem de melhor isso, o propósito de tocar o ser humano com assuntos bem desenvolvidos que lhe são de suma importância.

O problema não está no tipo de justificativa externa, se é vago ou conciso, mirabolante ou simples, humano ou afetado. O problema é a existência dessa justificativa. Não é de grau, é de essência.

Aliás, a arte moderna tem de melhor isso, o propósito de tocar o ser humano com assuntos bem desenvolvidos que lhe são de suma importância. É só ver a pintura Guernica, do Picasso, que representa seu ódio da guerra civil espanhola e do sofrimento que ela causou ao seu povo.

Isso é que é arte.

A arte moderna não é mais humana ou trata melhor dos assuntos humanos, exatamente o contrário. Na tentativa de ser mais ampla, mais livre e lidar com temas menos estéreis, na prática destruiu a capacidade de expressar qualquer coisa. Se privando das formas, ou subvertendo-as, se privou também da única forma de se expressar algo. Buscou refúgio em explicações externas (ditas ou não) ou funcionou como comparação e crítica de formas antigas (ou freqüentemente zombaria) para conseguir expressar algo. Guernica é um exemplo excelente, talvez o melhor. Olhe para o quadro e imediatamente o que surgirá? Alguns traços, se tornando algumas formas simples e deformadas. Nenhum signo surge espontaneamente. Essencialmente, essas formas são feias, mas não são transmitem horror ou qualquer sensação. É, inclusive, um quadro bastante frio. Olhando-se mais um pouco, alguns rostos humanos transmitem dor, algumas, e especialmente o cavalo, transmitem desespero. Para por aí. Tá, um quadro feio que expressa alguma dor, algum desespero. Aí se vê o título. “Hum... Guernica não foi aquela cidade bombardeada pela Luftwaffe na Guerra Civil Espanhola? Hum... então esse quadro representa o bombardeamento da cidade! Interessante, ele não pintou aviões ou bombas, ou fogo ou fumaça, só pessoas, alguns animais, formas estranhas e aquela lâmpada... Hum... ele deve ter querido só representar o horror humano do bombardeio! Mais que isso! O bombardeio não é representado porque não é o que importa, o que importa é o horror da guerra em si! As pessoas sofrem por causa dela, o próprio mundo se contorce... Mas e os animais? É pra mostrar a natureza sofrendo também? Hum... o cavalo e o boi são símbolos da Espanha, alguém me disse, então... a Espanha sofre! Hum... a queda da Espanha republicana e libertária, o fascismo se erguendo, a guerra destruindo! É, os animais são a Espanha em convulsão! Quanto terror, quanta dor! Que grande pintor, artista! Conseguiu representar tanta emoção e sentido em um quadro, e sem usar quase nenhum símbolo! Bom, e a lâmpada? A lâmpada deve ser mais imediatamente o bombardeio em si, ou a fagulha da destruição, talvez seja o alerta para o que está ocorrendo! Que maravilhoso! Ehr... mas deu uma canseira pra entender!” Talvez porque Picasso em si não tenha feito mais que pintar formas feias e todo mais seja trabalho do espectador. O quadro continua sendo um amontoado de formas feias, em um padrão feio, que transmitem alguma dor e algum desespero. E tem um cavalo, e um boi, e uma lâmpada.
 
Bom....
Muito jah foi discutido antes de eu mesma botar minha opinião, isso porq abri esse topico e fikei mto tempo sem entrar no forum, porque fiquei sem net.
Sinceramente não li todas as msgs escritas aki, mas vou deixar minha opinião, se alguém se interessar :mrgreen:

O conceito de belo e estranho q eu citei seria em relação a padroes de beleza, e não aos meus próprios conceitos.

Contemporâneo = arte moderna, pra ser mais clara.


Não tenho uma preferência, na verdade. Ambos os estilos são distintos e passam ideias bem diversas, ambos são diferentemente belos pra mim por isso que não consigo dizer qual me agrada mais. Acho q, antes do estilo, o que me importa é a mensagem passada pelo artista, se eu me identifico com sua arte, ou não.


Valeu, colegas críticos da arte. Escusas pela demora. :oops:
 
Fox disse:
Eu queria saber o que vocês lêem pra falar desses assuntos com uma linguagem tão desnecessariamente rebuscada.

Eu li muito material relativo ao tema (livros, ensaios, etc). E escrevo da forma como me soa melhor falar pra me expressar adequadamente. :)
 
Eu vou cortar uma penca de coisas do que já foi escrito, porque sinceramente, muito texto pra pouco dito dum assunto que acho que vale muito a pena ser comentado só atrapalha na compreensão dos coitados que tentam ler isso aqui.


Ringil Æ disse:
Fox disse:
Muitos trabalhos de cinema, teatro e literatura dependem um pouco do contexto anterior e externo a eles quando, por exemplo, se faz uma citação ou crítica a tal contexto.

Discordo. O contexto é meramente motivador, não dá significado ou empresta valor à obra. Se o tal contexto não estiver de fato incluído na obra, não for refletido, reproduzido nas formas, tornado interno, então ele está alheio à obra na apreciação final desta.

Se você ler e prestar atenção na parte que eu fiz o favor de destacar, vai ver que só repetiu o que eu dissae em muitas palavras.

Então, se for necessário explicação ou conhecimento prévio de determinado contexto a obra é incompleta e falha.

Novamente, essa lógica se aplica só a pintura, não pode ser levada à risca pra todas as outras artes.

Vários filmes sobre eventos históricos têm algumas elucidações (tipo pequenos textos e citações de registros) que dão ao leigo a oportunidade de poder realmente pensar sobre o que foi ou vai ser dito.


Talvez porque Picasso em si não tenha feito mais que pintar formas feias e todo mais seja trabalho do espectador.

Isso vai muito contra o trabalho da vida do Picasso, que foi muito mais que formas retorcidas.

O quadro continua sendo um amontoado de formas feias, em um padrão feio, que transmitem alguma dor e algum desespero.

Isso foi exatamente o que ele quis passar.

Foi pra ser tudo, menos bonito. Não foi pra ser celebrado como um trabalho de grande técnica, mas pra realmente passar seu sentimento sobre aquela guerra.

Eru disse:
Fox disse:
Eu queria saber o que vocês lêem pra falar desses assuntos com uma linguagem tão desnecessariamente rebuscada.

Eu li muito material relativo ao tema (livros, ensaios, etc). E escrevo da forma como me soa melhor falar pra me expressar adequadamente. :)

Contanto que leigos entenderem o que você diz não esteja incluído nessa escrita, faz perfeito sentido.
 
Clássico! Clássico! Clássico!

A arte contemporânea, muitas vezes - na minha opinião - não tem muita... essência, muito sentido às vezes... A arte clássica é nobre, tem todo um sentimento que passa pra gente... não sei ao certo explicar.

Só sei, que ouvindo música clássica, eu sinto uma coisa gostos, sabe?

E nós, fãs tolkienianos, apreciamos muito as coisas mais antigas - creio eu!
 
meerah_vanya disse:
A arte contemporânea, muitas vezes - na minha opinião - não tem muita... essência, muito sentido às vezes...

Amém.

E nós, fãs tolkienianos, apreciamos muito as coisas mais antigas - creio eu!

Não me conte nesse grupo, mas de qualquer forma, eu pelo menos num curto a pintura clássica (pelo menos até aqui távamos falando de pintura, certo?) pela idade dela.

Pessoalmente, acho que esse critério acaba dando mérito a muita merda seca que tem por aí. Essa noção do clássico é bem perigosa.
 
(:roll:)
Ok:

Fox disse:
Ringil disse:
Fox disse:
Muitos trabalhos de cinema, teatro e literatura dependem um pouco do contexto anterior e externo a eles quando, por exemplo, se faz uma citação ou crítica a tal contexto.

Discordo. O contexto é meramente motivador, não dá significado ou empresta valor à obra. Se o tal contexto não estiver de fato incluído na obra, não for refletido, reproduzido nas formas, tornado interno, então ele está alheio à obra na apreciação final desta.

Se você ler e prestar atenção na parte que eu fiz o favor de destacar, vai ver que só repetiu o que eu dissae em muitas palavras.
Se você prestar atenção na parte grifada, vai perceber que ele quis dizer que uma citação vazia, crua, não tem valor. Ela tem que ser interiorizada, tem que se integrar ao contexto da obra para se tornar valiosa. Isso não está no seu post.
Pode pegar qualquer exemplo, digamos, Revolução dos Bichos*

Fox disse:
Ringil disse:
Então, se for necessário explicação ou conhecimento prévio de determinado contexto a obra é incompleta e falha.

Novamente, essa lógica se aplica só a pintura, não pode ser levada à risca pra todas as outras artes.

Vários filmes sobre eventos históricos têm algumas elucidações (tipo pequenos textos e citações de registros) que dão ao leigo a oportunidade de poder realmente pensar sobre o que foi ou vai ser dito.
Isso de refletir muito em cima de uma obra é balela. Se ela te transformou, blábláblá, ótimo. Mas o que conta é o impacto primário.
Você não tem que entender. Você tem que degustar, sentir.

Coisas do tipo "depois de ler tal livro, pegue uma resenha, vai te ajudar a entender" ou "se você ler ao pé da letra, é uma droga, mas se você relacionar com não-sei-o-que vai ver como é genial e revolucionário" são enojantes.
Eu li recentemente algumas coisas parecidas em cima de Metamorfose*, do Kafka.

*Eu não estou julgando qualquer obra, e sim a linha de análise ela própria, que de uma forma ou de outra é o que está sendo discutido.

Essa realidade é muito diferente da encontrada, por exemplo, em 1984. O livro tem um valor interno muito forte, na medida que tudo, absolutamente tudo que se relaciona com uma realidade externa foi interiorizado por Orwell. Você pode ler sem nunca ter ouvido falar de Stálin e achar o máximo.

(Segue um resumo do livro)

Leonardo Silvino disse:
Mais famoso dos romances de George Orwell, 1984 é uma metáfora pessimista do pós-guerra para o futuro da humanidade dominado pelo totalitarismo. Para garantir a manutenção do Partido, os setores mais importantes da sociedade eram controlados pelas Teletelas, sempre sob a onipresença do Grande Irmão.

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Fox disse:
Ringil disse:
O quadro continua sendo um amontoado de formas feias, em um padrão feio, que transmitem alguma dor e algum desespero.
Isso foi exatamente o que ele quis passar.

Foi pra ser tudo, menos bonito. Não foi pra ser celebrado como um trabalho de grande técnica, mas pra realmente passar seu sentimento sobre aquela guerra.
Eu entendi que o quadro transmite muito pouco sentimento.
São formas feias, sem qualquer técnica, que tomam valor por se tratarem de símbolos da guerra civil. Ou seja, é absolutamente vazia.
Desta forma, se eu desenhar um monte de rabiscos desesperados e falar que se trata de uma crítica ao governo opressor eu vou ser chamada de genial. Se trata então de criatividade na hora de escolher uma realidade chocante à qual associar a obra?

Além do mais é muito cliché. Se for pra fazer isso mesmo, tem que ser bom. Etc.
 
Kementari disse:
Eu entendi que o quadro transmite muito pouco sentimento.
São formas feias, sem qualquer técnica, que tomam valor por se tratarem de símbolos da guerra civil. Ou seja, é absolutamente vazia.
Desta forma, se eu desenhar um monte de rabiscos desesperados e falar que se trata de uma crítica ao governo opressor eu vou ser chamada de genial. Se trata então de criatividade na hora de escolher uma realidade chocante à qual associar a obra?

Exato. Porque era o que ela retratava, com detalhes altamente visíveis.

E a técnica está toda lá, nas formas grotescas e perturbadas. Estão aglutinadas e conflitantes, mas não jogadas na tela, como algum seguidor fajuto de Pollock faria.

Sempre houve o choque com formas que não seguissem o padrão belo da arte clássica, desde a época do próprio Da Vinci, que trabalhava muito com o lado feio do humano.

Mas isso já foi dito aqui antes, há uma tremenda diferença entre o feio e mal feito.



Agora, sinceramente, acho que você é muito jovenzinha pra carregar tanta ironia no coração, sabe.

Até o momento eu tava tentando levar uma discussão minimamente construtiva e compreensiva aqui, onde alguém poderia ler e talvez aprender (ou procurar aprender) alguma coisa.

Quero falar em paz de algo que eu gosto muito com outras pessoas que gostam. Mas se tudo o que você quer é vencer o outro e parecer melhor com umas gravuras bonitas e opiniões fortes, então vai pra um tribunal de justiça. Lá você lucra mais.
 

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