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Na verdade, eu não sou o maior dos fãs de arte.
Gosto das coisas com funções, ou a arte aplicada... Ela sozinha eu acho que acaba sendo parnasiana demais...
Raphael Aleixo disse:É. Eu não acho que a arte tenha que ser "bonita".
mas eu acho que ela tem que ser completa nela mesmo.
Nisso eu não gosto da arte contemporânea. Muitas vezes, para ela ser entendida, ela necessita que quem esteja a vendo tenha uma carga de informações anteriores para que aquele tipo de expressão seja entendida...
Eu não sei até aonde a arte tem como "função" responder questionamentos...
Entender direito o que na verdade é "arte", está começando a me parecer complicado demais...
Aøshi disse:Com algumas boas exceções, eu detesto a arte contemporânea. Acho que se torna algo "egoísta" quando você precisa que exista todo um passado de informações para que uma obra tenha sentido/se torne bela.
Como eu só "não gosto" do clássico, voto nesse.
Gosto das coisas com funções, ou a arte aplicada... Ela sozinha eu acho que acaba sendo parnasiana demais...
Elanor Lass disse:A Arte Contemporanea pode não ser "bonita", mas com certeza faz parte do pensamento Artístico.
Aøshi disse:Nisso eu não gosto da arte contemporânea. Muitas vezes, para ela ser entendida, ela necessita que quem esteja a vendo tenha uma carga de informações anteriores para que aquele tipo de expressão seja entendida...
Eu não sei até aonde a arte tem como "função" responder
questionamentos...
Entender direito o que na verdade é "arte", está começando a me parecer complicado demais...
Lisavieta disse:entender algo é muito relativo...acho tb que vc pode gostar de algo sem entender o conceito....ou entender o conceito e não gostar....ah, sei lá....
Aøshi disse:Na arte contemporânea, esses signos não estão na obra: Estão num conceito, em toda uma história que existe por trás de "porque foi feito aquilo de tal forma de tal maneira"... Pra mim, é esse signo "escondido" que faz a arte contemporânea se tornar "egoísta", e não gostar dela....
Ringil Æ disse:Pra mim é simples, está tudo no valor externo ou interno da obra. Na minha concepção de arte, ela é composta de obras, e essas são fechadas em si.
Por favor, desde quando a arte não pode ser alienada?Lisavieta disse:Exemplo antigo??? Ahn...q exemplo?
Eu não sei se vc leu toda a discussão, mas a gente estava falando de voltar ao clássico...e q eu quis dizer com o trecho q vc citou foi que voltar ao clássico seria ignorar uma série de transformações que ocorreram no mundo...em momento algum me passou pela cabeça que o nosso mundo é um lugar totalmente cinzento.
Quanto a ser alienado eu estava falando daquele que , voluntariamente ou não, se mantém distanciado da realidade que o cerca. Eu acho que apesar do mundo não ser apenas asfalto, plástico e miséria estas são características que são difíceis de serem ignoradas. Talvez atitudes que à princípio seriam consideradas meios de alienação como pintar cenas clássicas e afastar-se da cidade sejam meios de dizer não a essa realidade... o que eu acho louvável..pq como eu já disse não acho q toda arte deva ser politizada...se fosse assim eu não conseguiria amar Tropicália ( que não sendo nenhum Geraldo Vandré (ainda bem!) tinha um caráter contestador, já que ela pos em cheque toda estrutura estética da época) tanto quanto eu amo.
Agora, tenho certeza que esse argumento tem furos ( que eu não consigo ver , mas que outros conseguirão). E é por isso q estamos discutindo isso.
Concordo.Ringil disse:Pra mim é simples, está tudo no valor externo ou interno da obra. Na minha concepção de arte, ela é composta de obras, e essas são fechadas em si. Todo valor que possuem está dentro delas, nas suas formas, e das formas que surgem delas (como imagens que se formam das palavras). Então o "conceito por trás das obras" não imputa qualquer valor à obra. Dessa forma, só julgando pelo valor interno, não dá pra sequer pensar em votar em contemporâneo.
Fox disse:Bom,sim, mas isso não se aplica em qualquer arte.
Parte da confusão que se tem arte hoje em dia, é que só usam ela no sentido geral. Existem tipos diferentes de arte.
Muitos trabalhos de cinema, teatro e literatura dependem um pouco do contexto anterior e externo a eles quando, por exemplo, se faz uma citação ou crítica a tal contexto.
Não que isso seja o principal na sua qualidade, mas na hora de se analisar criticamente o trabalho, isso deve ser levado em conta.
Já no caso de pintura ou dança, isso tá longe, mas muito longe de ser essencial. Mais ainda no caso de pintura, onde a estética é mais importante que o contexto.
Agora, do ponto de vista de um aspirante à pintor, eu acho que o melhor é trabalhar ao máximo sua técnica visual, mas pelo menos de vez, incutir algum contexto externo que me toque como algo válido e relevante.
Nada das besteiras vagas do tipo "O homem moderno incutido na sociedade moderna capitalista" ou algo assim. Contextos mais específicos e humanos onde a pessoa possa realmente se identificar e pensar sobre aquilo.
Aliás, a arte moderna tem de melhor isso, o propósito de tocar o ser humano com assuntos bem desenvolvidos que lhe são de suma importância.
Aliás, a arte moderna tem de melhor isso, o propósito de tocar o ser humano com assuntos bem desenvolvidos que lhe são de suma importância. É só ver a pintura Guernica, do Picasso, que representa seu ódio da guerra civil espanhola e do sofrimento que ela causou ao seu povo.
Isso é que é arte.
Fox disse:Eu queria saber o que vocês lêem pra falar desses assuntos com uma linguagem tão desnecessariamente rebuscada.
Ringil Æ disse:Fox disse:Muitos trabalhos de cinema, teatro e literatura dependem um pouco do contexto anterior e externo a eles quando, por exemplo, se faz uma citação ou crítica a tal contexto.
Discordo. O contexto é meramente motivador, não dá significado ou empresta valor à obra. Se o tal contexto não estiver de fato incluído na obra, não for refletido, reproduzido nas formas, tornado interno, então ele está alheio à obra na apreciação final desta.
Então, se for necessário explicação ou conhecimento prévio de determinado contexto a obra é incompleta e falha.
Talvez porque Picasso em si não tenha feito mais que pintar formas feias e todo mais seja trabalho do espectador.
O quadro continua sendo um amontoado de formas feias, em um padrão feio, que transmitem alguma dor e algum desespero.
Eru disse:Fox disse:Eu queria saber o que vocês lêem pra falar desses assuntos com uma linguagem tão desnecessariamente rebuscada.
Eu li muito material relativo ao tema (livros, ensaios, etc). E escrevo da forma como me soa melhor falar pra me expressar adequadamente.
meerah_vanya disse:A arte contemporânea, muitas vezes - na minha opinião - não tem muita... essência, muito sentido às vezes...
E nós, fãs tolkienianos, apreciamos muito as coisas mais antigas - creio eu!
Se você prestar atenção na parte grifada, vai perceber que ele quis dizer que uma citação vazia, crua, não tem valor. Ela tem que ser interiorizada, tem que se integrar ao contexto da obra para se tornar valiosa. Isso não está no seu post.Fox disse:Ringil disse:Fox disse:Muitos trabalhos de cinema, teatro e literatura dependem um pouco do contexto anterior e externo a eles quando, por exemplo, se faz uma citação ou crítica a tal contexto.
Discordo. O contexto é meramente motivador, não dá significado ou empresta valor à obra. Se o tal contexto não estiver de fato incluído na obra, não for refletido, reproduzido nas formas, tornado interno, então ele está alheio à obra na apreciação final desta.
Se você ler e prestar atenção na parte que eu fiz o favor de destacar, vai ver que só repetiu o que eu dissae em muitas palavras.
Isso de refletir muito em cima de uma obra é balela. Se ela te transformou, blábláblá, ótimo. Mas o que conta é o impacto primário.Fox disse:Ringil disse:Então, se for necessário explicação ou conhecimento prévio de determinado contexto a obra é incompleta e falha.
Novamente, essa lógica se aplica só a pintura, não pode ser levada à risca pra todas as outras artes.
Vários filmes sobre eventos históricos têm algumas elucidações (tipo pequenos textos e citações de registros) que dão ao leigo a oportunidade de poder realmente pensar sobre o que foi ou vai ser dito.
Leonardo Silvino disse:Mais famoso dos romances de George Orwell, 1984 é uma metáfora pessimista do pós-guerra para o futuro da humanidade dominado pelo totalitarismo. Para garantir a manutenção do Partido, os setores mais importantes da sociedade eram controlados pelas Teletelas, sempre sob a onipresença do Grande Irmão.
Eu entendi que o quadro transmite muito pouco sentimento.Fox disse:Isso foi exatamente o que ele quis passar.Ringil disse:O quadro continua sendo um amontoado de formas feias, em um padrão feio, que transmitem alguma dor e algum desespero.
Foi pra ser tudo, menos bonito. Não foi pra ser celebrado como um trabalho de grande técnica, mas pra realmente passar seu sentimento sobre aquela guerra.
Kementari disse:Eu entendi que o quadro transmite muito pouco sentimento.
São formas feias, sem qualquer técnica, que tomam valor por se tratarem de símbolos da guerra civil. Ou seja, é absolutamente vazia.
Desta forma, se eu desenhar um monte de rabiscos desesperados e falar que se trata de uma crítica ao governo opressor eu vou ser chamada de genial. Se trata então de criatividade na hora de escolher uma realidade chocante à qual associar a obra?