Re: Civil War (2006 - Marvel)
Eu tô lendo tudo, nem que seja só pra analisar a consistência da coisa.
Frontline é legal, nada melhor do que repórteres pra mostrar uma perspectiva não-super-heróica da coisa, etc. As três histórias paralelas mantém a coisa interessante, mas o Jenkins meio que exagerou naquelas analogias históricas (um tanto pretensioso e inútil aquilo).
ASM e FF são as mais consistentes com o evento principal junto com New Avengers, e as histórias em si estão melhores do que o Straczinski vinha mostrando até então (acho que ele só precisava de um certo direcionamento). A situação do Aranha é basicamente a mais controversa e complexa do evento todo, mesmo ele não sendo o personagem principal de CW (esse seria o Homem de Ferro), e o ponto de vista do Coisa foi um dos mais bem explorados até agora.
New Avengers é Bendis, e eu acompanharia até Turma da Mônica se o Bendis estivesse escrevendo (btw, seria foda; imagina o Cebolinha tendo um daqueles diálogos deadpan com o Cascão).
Wolverine eu já falei ali em cima, eu não gosto da arte, e o roteiro tem mais baixos que altos. O Guggenheim quase me fez desistir com:
"You have the reputation of a murderer. How do you do it, exactly? Bore people to death?"
"Something like that... 'cept it's gore people to death"
... mas ele quase se recupera com:
"And what do you call kidnapping a "surface dweller" to an atlantean city?"
"Water pollution."
Thunderbolts é tipo muito ruim, o Nicieza não evoluiu nada desde que ele escrevia X-Men nos anos 90 (se alguma coisa, ele regrediu), mas quem sou eu pra discutir com a Marvel, né. Se eles dão emprego pra ele, significa que alguém compra o que ele escreve. Anyway, a trama é totalmente irrelevante pro evento fora um ou outro detalhe que poderia ser explicado com uma fala. Merda. Total.
Ditto Cable/Deadpool, que pelo menos teve uma página de Deadpool amarrado numa cadeira sem poder ir no banheiro pra se aliviar (não que isso signifique que o Nicieza tem salvação, mas pelo menos foi divertido).
Civil War: X-Men é bem ruim também. O David Hine simplesmente não sabe escrever os X-Men, a trama não tem nada de interessante, o conflito Ciclope/Bishop é mal explorado, etc, blah. Não tinha ninguém melhor pra cuidar dos X-Men durante o evento? Nem tô falando do Josh Whedon, que não entregou Astonishing #17 até hoje (se bem que isso pode ser culpa do Cassaday), mas sei lá, alguém que entendesse os personagens e pudesse fazer algo melhor do que trazer o Shatterstar blah de volta (isso excluiria o Claremont). É até louvável o Hine ter concentrado a trama no grupo original (menos a Jean que está morta) mas vem cá, o Homem de Gelo não tinha perdido os poderes em House of M? Wtf?
Ms. Marvel e Black Panther são títulos satisfatórios e relativamente bem escritos. Não são um New Avengers, mas pelo menos não são um Thunderbolts blah.
Ainda não li Heroes for Hire (e estou com medo, porque eu gosto dos personagens), e Runaways & Young Avengers é até legal, considerando que é um título mais abertamente direcionado prum público relativamente mais jovem (a arte é bem decente, apesar de não ser o meu estilo preferido).
A mini principal é obviamente a melhor coisa de longe; o Millar está basicamente definindo a carreira dele e os alicerces dos Universo Marvel atual, criando um conflito de pontos de vista extremamente complexo e dramático, com uma lógica impecável. Eu nunca me pego pensando "não, isso não faz sentido". É sempre "sim, isso é exatamente o que aconteceria nessa situação".
Eu acho que muita gente não percebe a sutileza dos roteiros dele; como cada fala é carregada de significado e caracterização sem parecer forçada; como cada cena de ação parece uma conseqüência, e não uma imposição; como cada conflito parece totalmente inevitável e faz total sentido; e como um final cop-out do tipo tudo-voltou-ao-que-era-antes parece absolutamente impossível.
Parabéns Millar. Você criou um mega-crossover de super-heróis com uma premissa importante. A tagline define bem a situação. Afinal, de que lado você ficaria? Eu sinceramente não sei. Ambos os lados têm argumentos bem coerentes e realistas. Como isso vai ser concluído, eu não faço a mínima idéia.
Essa edição #4 tem que aparecer por aí ASAP na minha opinião.
V, leia:
Frontline,
Amazing Spider Man,
New Avengers,
FF,
Wolverine (pelo menos a #45),
Thunderbolts 105 e 106.
Se voce tiver saco leia:
Civil War - X Men,
Cable & Deadpool 31,
Ms Marvel #07,
Black Panther 18 e 19 (a 19 nao é civil war mas é importante)
Esqueça:
Heroes For Hire,
Runaways & Young Avengers
Eu tô lendo tudo, nem que seja só pra analisar a consistência da coisa.
Frontline é legal, nada melhor do que repórteres pra mostrar uma perspectiva não-super-heróica da coisa, etc. As três histórias paralelas mantém a coisa interessante, mas o Jenkins meio que exagerou naquelas analogias históricas (um tanto pretensioso e inútil aquilo).
ASM e FF são as mais consistentes com o evento principal junto com New Avengers, e as histórias em si estão melhores do que o Straczinski vinha mostrando até então (acho que ele só precisava de um certo direcionamento). A situação do Aranha é basicamente a mais controversa e complexa do evento todo, mesmo ele não sendo o personagem principal de CW (esse seria o Homem de Ferro), e o ponto de vista do Coisa foi um dos mais bem explorados até agora.
New Avengers é Bendis, e eu acompanharia até Turma da Mônica se o Bendis estivesse escrevendo (btw, seria foda; imagina o Cebolinha tendo um daqueles diálogos deadpan com o Cascão).
Wolverine eu já falei ali em cima, eu não gosto da arte, e o roteiro tem mais baixos que altos. O Guggenheim quase me fez desistir com:
"You have the reputation of a murderer. How do you do it, exactly? Bore people to death?"
"Something like that... 'cept it's gore people to death"
... mas ele quase se recupera com:
"And what do you call kidnapping a "surface dweller" to an atlantean city?"
"Water pollution."
Thunderbolts é tipo muito ruim, o Nicieza não evoluiu nada desde que ele escrevia X-Men nos anos 90 (se alguma coisa, ele regrediu), mas quem sou eu pra discutir com a Marvel, né. Se eles dão emprego pra ele, significa que alguém compra o que ele escreve. Anyway, a trama é totalmente irrelevante pro evento fora um ou outro detalhe que poderia ser explicado com uma fala. Merda. Total.
Ditto Cable/Deadpool, que pelo menos teve uma página de Deadpool amarrado numa cadeira sem poder ir no banheiro pra se aliviar (não que isso signifique que o Nicieza tem salvação, mas pelo menos foi divertido).
Civil War: X-Men é bem ruim também. O David Hine simplesmente não sabe escrever os X-Men, a trama não tem nada de interessante, o conflito Ciclope/Bishop é mal explorado, etc, blah. Não tinha ninguém melhor pra cuidar dos X-Men durante o evento? Nem tô falando do Josh Whedon, que não entregou Astonishing #17 até hoje (se bem que isso pode ser culpa do Cassaday), mas sei lá, alguém que entendesse os personagens e pudesse fazer algo melhor do que trazer o Shatterstar blah de volta (isso excluiria o Claremont). É até louvável o Hine ter concentrado a trama no grupo original (menos a Jean que está morta) mas vem cá, o Homem de Gelo não tinha perdido os poderes em House of M? Wtf?
Ms. Marvel e Black Panther são títulos satisfatórios e relativamente bem escritos. Não são um New Avengers, mas pelo menos não são um Thunderbolts blah.
Ainda não li Heroes for Hire (e estou com medo, porque eu gosto dos personagens), e Runaways & Young Avengers é até legal, considerando que é um título mais abertamente direcionado prum público relativamente mais jovem (a arte é bem decente, apesar de não ser o meu estilo preferido).
A mini principal é obviamente a melhor coisa de longe; o Millar está basicamente definindo a carreira dele e os alicerces dos Universo Marvel atual, criando um conflito de pontos de vista extremamente complexo e dramático, com uma lógica impecável. Eu nunca me pego pensando "não, isso não faz sentido". É sempre "sim, isso é exatamente o que aconteceria nessa situação".
Eu acho que muita gente não percebe a sutileza dos roteiros dele; como cada fala é carregada de significado e caracterização sem parecer forçada; como cada cena de ação parece uma conseqüência, e não uma imposição; como cada conflito parece totalmente inevitável e faz total sentido; e como um final cop-out do tipo tudo-voltou-ao-que-era-antes parece absolutamente impossível.
Parabéns Millar. Você criou um mega-crossover de super-heróis com uma premissa importante. A tagline define bem a situação. Afinal, de que lado você ficaria? Eu sinceramente não sei. Ambos os lados têm argumentos bem coerentes e realistas. Como isso vai ser concluído, eu não faço a mínima idéia.
Essa edição #4 tem que aparecer por aí ASAP na minha opinião.