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[Círculo da Lei XI] Julgamento de Gandalf

Bel

o.O
INICIA-SE A PARTIR DE AGORA O JULGAMENTO DE

GANDALF

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Também conhecido como:
  • Olórin
  • Mithrandir
  • Incánus
  • Tharkûn
  • Greyhame
  • Old Greybeard
  • Gandalf the Grey
  • Gandalf the White
  • the Grey Pilgrim
  • Stormcrow
  • the White Rider
  • Láthspell
  • Gandalf the Wandering Wizard

Agora, GANDALF está aqui, perante o Circulo da Lei para ser julgado por cada ato cometido na Terra Média!

COMPONENTES:
JUÍZA:
@Bel
RÉU: @Vela- o Rousoku
ACUSAÇÃO: @Nírasolmo, @Giuseppe
TESTEMUNHA DA ACUSAÇÃO: @Eriadan
DEFESA: @G. Asaph, @Mellime
TESTEMUNHA DA DEFESA: @Lissa
JURADOS: @Nienna..., @Tali, @Thresh, @Clara, @Allassë

CÍRCULO DA LEI XI

O Círculo da Lei é um evento do Fórum Valinor que simula o julgamento de personagens das obras de J.R.R. Tolkien.

A ideia começou a ser experimentada em meados de 2007, em Baudh: O Julgamento, ainda no extinto Fórum Andúnië. Trazido o conceito ao Valinor's The Bird and Baby Club, foi desenvolvido o Círculo da Lei, que debutou no Fórum Valinor em 2008, com o Julgamento de Fëanor, e que chega em 2018 à sua 11ª edição, com o Julgamento de Gandalf.

Neste Círculo da Lei XI, propõe-se um novo formato e mais algumas novidades, porém preservada a essência das edições anteriores.

COMPOSIÇÃO

O Círculo da Lei XI será formado por:

A) Juiz (1)
Conduz o Julgamento e aplica a pena de acordo com a decisão dos Jurados.

B) Acusação (no mínimo 2)*
Apresenta os crimes do Réu e sustenta a sua condenação.

C) Defesa (no mínimo 2)*
Refuta as acusações contra o Réu e sustenta a sua absolvição.

D) Réu (1)
Incorpora o personagem acusado.

E) Testemunha da Acusação (1)
Incorpora um personagem útil às alegações da Acusação.

F) Testemunha da Defesa (1)
Incorpora um personagem útil às alegações da Defesa.

G) Jurados (3 ou 5)
Decidem, ao fim, se o Réu é inocente ou culpado de cada uma das acusações.

* Acusação e Defesa poderão ser reforçadas ilimitadamente, desde que ambas sejam representadas pelo mesmo número de usuários.

AMBIENTAÇÃO

Na Obra tolkieniana, o Mahanáxar, ou Círculo da Lei, é o cenário de importantes discussões e deliberações acerca de grandes episódios da história de Arda, o Mundo.

A proposta do Círculo da Lei XI é de absoluta imersão no legendário, como um RPG. Seus participantes devem atuar como se estivessem reunidos no próprio Mahanáxar, solenemente designados pelos Valar, os Poderes de Arda, para desempenhar suas respectivas funções.

Qualquer argumentação, portanto, deve ser inerente ao universo fictício. Não é permitida citação das obras ou de qualquer fonte exterior.

Os participantes têm ampla liberdade para sustentar suas posições, inclusive para explorar elementos não explícitos e questionar elementos explícitos das obras. As obras devem ser tomadas como um referencial: para os reunidos no Círculo da Lei, consistem na versão mais conhecida e popularmente aceita dos fatos. Criar narrativas que desafiem esse referencial pode ser genial, mas também exigirá mais habilidade para dificultar a refutação do adversário e convencer os Jurados!

FORMATO

O Círculo da Lei XI se desenvolverá em 4 fases:

1) Debate: o confronto! Acusação e Defesa medirão seus argumentos em disputa direta, iniciada pela Acusação e encerrada pela Defesa. Ambas terão, alternadamente, duas oportunidades para se manifestar.

2) Interrogatório: a alma do Círculo da Lei XI! Serão interrogados, nesta ordem, a testemunha indicada pela Acusação, a testemunha indicada pela Defesa e o Réu. Cada testemunha responderá, nesta ordem, à banca que representa, à adversária e (se este desejar) ao Juiz, que também poderá encaminhar perguntas dos Jurados. O Réu responderá, nesta ordem, à Acusação, à Defesa e ao Juiz, que também poderá encaminhar perguntas dos Jurados. Acusação e Defesa poderão fazer até 2 (duas) perguntas a cada interrogado.

3) Memoriais: o suplício final! Acusação e Defesa, nesta ordem, recapitularão seus argumentos, dirigindo aos Jurados suas considerações finais.

4) Decisão: a hora da verdade! Jurados encaminharão seus votos ao Juiz, que publicará o resultado e, em caso de condenação, anunciará a pena do Réu.

ATOS

Todos os atos do Círculo da Lei XI serão realizados via post no tópico Círculo da Lei XI: Julgamento de Gandalf. A única exceção são os atos dos Jurados, que devem se manter anônimos, portanto devem encaminhá-los via Mensagem Privada ao Juiz, que os reproduzirá no tópico. Qualquer representante da Acusação ou da Defesa poderá postar os atos de sua banca. Os atos são:

Abertura: convocação do Juiz para cada fase do julgamento. Sugestão: fazer um resumo do que ocorrerá, marcando no post os usuários que irão atuar.
Petição de Acusação: primeiro post da Acusação. Deverá especificar o(s) crime(s) pelo(s) qual(is) o Réu está sendo acusado: no mínimo 1 e no máximo 5.
Petição de Defesa: primeiro post da Defesa. Deverá contestar todos os crimes pelos quais o Réu está sendo acusado.
Réplica: resposta da Acusação à Petição de Defesa.
Tréplica: resposta da Defesa à Réplica.
Perguntas: perguntas aos interrogados. Os Jurados que desejarem deverão encaminhar ao Juiz por Mensagem Privada (até uma pergunta por interrogado).
Respostas: respostas dos interrogados.
Considerações finais: último ato da Acusação e da Defesa. Dirigido aos Jurados, recapitula os argumentos apresentados.
Voto: decisão "Culpado" ou "Inocente" de cada Jurado sobre cada acusação do Réu, encaminhada ao Juiz por Mensagem Privada. Não precisa ser fundamentada.
Sentença: último ato do julgamento, postado pelo Juiz. Publica a decisão final dos Jurados sobre a culpa ou inocência do Réu em relação a cada crime e estabelece sua pena.

PRAZOS

Todos os prazos serão de 3 (três) dias corridos, com exceção da fase de Interrogatório, em que os prazos serão de 2 (dois) dias corridos. Estes prazos aplicam-se a todos os participantes.

A contagem do prazo começará e terminará no horário em que foi postado o último ato.

Exemplo 1: Juiz abre o Debate às 20:30 do dia 11/10. Automaticamente, é aberto o prazo para a Acusação postar a Petição de Acusação, que se encerrará às 20:30 do dia 14/10. Se a Acusação postar no dia 13/10, às 10:15, a Defesa terá até as 10:15 do dia 16/10 para postar a Petição de Defesa.

Exemplo 2: Acusação faz sua última pergunta à Testemunha da Defesa às 16:00 do dia 20/10. Automaticamente, é aberto o prazo para a Testemunha da Defesa postar a resposta, que se encerrará às 16:00 do dia 22/10. Se a Testemunha da Defesa postar a resposta no dia 21/10, às 12:00, a Acusação terá até as 12:00 do dia 23/10 para postar sua primeira pergunta ao Réu.​

O Juiz poderá, a pedido, conceder até 2 (dois) dias de prorrogação a qualquer prazo em andamento.

INCIDENTES

Caberá ao Juiz resolver qualquer eventualidade no curso do julgamento. Pedidos de prazo, protestos contra o adversário, dúvidas ou controvérsias sobre as regras do julgamento, entre outras, deverão ser apresentadas no tópico e decididas o mais rápido possível. Não será possível intervenção externa.

Caso seja manifestado inconformismo com qualquer decisão, o Juiz convocará os Jurados para, por maioria, resolver o incidente em definitivo.


PASSO A PASSO

[DEBATE]
1. Juiz abre o Debate. Aberto prazo para Acusação postar Petição de Acusação (3 dias);
2. Acusação posta Petição de Acusação. Aberto prazo para Defesa postar Petição de Defesa (3 dias);
3. Defesa posta Petição de Defesa. Aberto prazo para Acusação postar Réplica (3 dias);
4. Acusação posta Réplica. Aberto prazo para Defesa postar Tréplica (3 dias).
5. Defesa posta Tréplica. Aberto prazo para Juiz abrir a fase de Interrogatório (3 dias).

[INTERROGATÓRIO]

[Testemunha da Acusação]
1. Juiz abre o Interrogatório. Aberto prazo para Acusação apresentar sua testemunha e começar a interrogá-la (2 dias);
2. Acusação apresenta sua testemunha e posta primeira pergunta. Aberto prazo para Testemunha da Acusação responder (2 dias);
3. Testemunha da Acusação responde. Aberto prazo para Acusação postar nova pergunta, se desejar (2 dias);
4. Acusação posta nova pergunta. Aberto prazo para Testemunha da Acusação responder (2 dias);
5. Testemunha da Acusação responde. Aberto prazo para Defesa postar primeira pergunta à Testemunha da Acusação (2 dias);
6. Defesa posta primeira pergunta. Aberto prazo para Testemunha da Acusação responder (2 dias);
7. Testemunha da Acusação responde. Aberto prazo para Defesa postar nova pergunta, se desejar (2 dias);
8. Defesa posta nova pergunta. Aberto prazo para Testemunha da Acusação responder (2 dias);
9. Testemunha da Acusação responde. Aberto prazo para Juiz realizar uma única pergunta, se desejar, e encaminhar as perguntas dos Jurados (2 dias).
OBS. Jurados terão desde o início do interrogatório até o fim deste prazo para, se desejarem, encaminhar suas perguntas ao Juiz, por Mensagem Privada. Cada Jurado só poderá fazer uma única pergunta para cada interrogado.​
10. Juiz posta todas as perguntas de uma só vez, sem identificar a autoria. Aberto prazo para Testemunha da Acusação responder (2 dias);
11. Testemunha da Acusação responde. Aberto prazo para Defesa apresentar sua testemunha e começar a interrogá-la (2 dias).

[Testemunha da Defesa]
1. Defesa apresenta sua testemunha e posta primeira pergunta. Aberto prazo para Testemunha da Defesa responder (2 dias);
2. Testemunha da Defesa responde. Aberto prazo para Defesa postar nova pergunta, se desejar (2 dias);
3. Defesa posta nova pergunta. Aberto prazo para Testemunha da Defesa responder (2 dias);
4. Testemunha da Defesa responde. Aberto prazo para Acusação postar primeira pergunta à Testemunha da Defesa (2 dias);
5. Acusação posta primeira pergunta. Aberto prazo para Testemunha da Defesa responder (2 dias);
6. Testemunha da Defesa responde. Aberto prazo para Acusação postar nova pergunta, se desejar (2 dias);
7. Acusação posta nova pergunta. Aberto prazo para Testemunha da Defesa responder (2 dias);
8. Testemunha da Defesa responde. Aberto prazo para Juiz realizar uma única pergunta, se desejar, e encaminhar as perguntas dos Jurados (2 dias).
OBS. Jurados terão desde o início do interrogatório até o fim deste prazo para, se desejarem, encaminhar suas perguntas ao Juiz, por Mensagem Privada. Cada Jurado só poderá fazer uma única pergunta para cada interrogado.​
9. Juiz posta todas as perguntas de uma única vez, sem identificar a autoria. Aberto prazo para Testemunha da Defesa responder (2 dias);
10. Testemunha da Defesa responde. Aberto prazo para Acusação convocar o Réu e começar a interrogá-lo (2 dias).
[Réu]
1. Acusação convoca o Réu e posta sua primeira pergunta. Aberto prazo para Réu responder (2 dias);
2. Réu responde. Aberto prazo para Acusação postar nova pergunta, se desejar (2 dias);
3. Acusação posta nova pergunta. Aberto prazo para Réu responder (2 dias);
4. Réu responde. Aberto prazo para Defesa postar primeira pergunta ao Réu (2 dias);
5. Defesa posta primeira pergunta. Aberto prazo para Réu responder (2 dias);
6. Réu responde. Aberto prazo para Defesa postar nova pergunta, se desejar (2 dias);
7. Defesa posta nova pergunta. Aberto prazo para Réu responder (2 dias);
8. Réu responde. Aberto prazo para Juiz realizar uma única pergunta, se desejar, e encaminhar as perguntas dos Jurados (2 dias);
OBS. Jurados terão desde o início do interrogatório até o fim deste prazo para, se desejarem, encaminhar suas perguntas ao Juiz, por Mensagem Privada. Cada Jurado só poderá fazer uma única pergunta para cada interrogado.​
9. Juiz posta todas as perguntas de uma só vez, sem identificar a autoria. Aberto prazo para Réu responder (2 dias);
10. Réu responde. Aberto prazo para Juiz abrir a fase de Memoriais (2 dias).

[MEMORIAIS]

1. Juiz abre os Memoriais. Aberto prazo para Acusação apresentar suas Considerações finais (3 dias);
2. Acusação apresenta suas Considerações finais. Aberto prazo para Defesa apresentar suas Considerações finais (3 dias);
3. Defesa apresenta suas Considerações finais. Aberto para para Juiz abrir a fase de Decisão (3 dias).

[DECISÃO]
1. Juiz abre a Decisão convocando os Jurados a lhe encaminharem, por Mensagem Privada, seus votos em relação a cada acusação (3 dias);
2. Jurados encaminham seus votos ao Juiz. Aberto prazo para Juiz publicar a Sentença (3 dias).
3. Juiz publica a Sentença. Está encerrado o Círculo da Lei XI.

PARA AGIRMOS DE FORMA JUSTA E DEIXAR QUE TODOS TOMEM CIÊNCIA DO TÓPICO,

O PRAZO PARA A PETIÇÃO DE ACUSAÇÃO INICIA-SE TERÇA-FEIRA DIA 20/11/2018 À 00:00 HORA.

ASSIM, OS PARTICIPANTES PODEM SE INTEIRAR DAS REGRAS NOVAMENTE E TIRAR AS DÚVIDAS QUE SURGIREM!

BANCA DE ACUSAÇÃO,

SEU PRAZO SE ENCERRA DIA 23/11/2018 À 00:00 HORA
 
Nós nos sentimos absolutamente privilegiados por estarmos expondo o nosso caso a este digníssimo Mahanáxar e é uma honra do mais alto grau estarmos presentes diante de cada um de vós, ó digníssimos jurados, e também diante de vossa esplêndida magnificência, a incomparável Bel, a mais sábia e renomada juíza de nossa vasta Arda, assim como diante de todos os que estão assistindo ao julgamento. Esta certamente será uma ocasião memorável, e todos aqui terão seus nomes eternizados nos apêndices da longa história de Ëa. Confiando em vossa sabedoria e vosso senso de justiça, estou certo de que o veredicto desse julgamento será mais que correto, e após termos exposto o caso em questão, creio que vós estareis absolutamente convencidos de estarem tomando a decisão certa, aquela que é a mais racional e verdadeira.

Mas não tomarei muito do vosso tempo com apresentações, saudações, cumprimentos, aclamações e reverências. Falemos, é claro, de Gandalf, Corvo da Tempestade, também conhecido por outros nomes como Mithrandir, Olórin, Peregrino Cinzento, Gandalf o Cinzento, Gandalf o Branco, O Velho Garoto, entre muitíssimos outros nomes e apelidos. Estamos aqui para tratar do caso desse indivíduo que há muito tempo vem causando todo tipo de problema pelo mundo, com suas ideias absurdas e atitudes insensatas. A mais grave delas, contudo, chegou-nos através de uma denúncia cujo autor preservaremos em anonimato, porém nós, respeitados acusadores deste Mahanáxar, gozamos de prestígio suficiente para lhes assegurar que se trata de um Eruhín de reputação ilibada entre os demais. Este senhor, ou senhora, veio até nós e nos trouxe elementos suficientes para nos convencer de que o réu deve ser punido por TRAMAR A CAPTURA DO ESPÓLIO DA MONTANHA SOLITÁRIA PARA SI (1ª acusação). Para a consecução desse objetivo, terrível agravante: o réu planejou a morte dos integrantes da companhia de Thorin, a qual ele próprio ajudou a formar - supostamente para o bem dos próprios, mas ah! Não foi bem assim.

Vejam bem, nobre Juíza, estimados Jurados e respeitáveis Defensores, possivelmente de boa fé: vocês foram enganados por este vil Maia que aqui se encontra. É um ser de todo mau, e não há atitudes que tenha tomado para o bem? O papel deste conselho não é o de fazer tal julgamento: é apenas não permitir que o pérfido plano que a seguir será narrado seja deixado impune.

O réu desejava o espólio da Montanha Solitária. Assim que tomou conhecimento de tamanha riqueza, cobiçou-a. Desde que Gondor presenteara Saruman com a posse de Orthanc, Gandalf invejava-o e sentia a necessidade de apresentar opulência para que o seu conselho obtivesse maior aceitação entre os Homens na Terra-média. Desta forma, pesquisou a fundo para descobrir o paradeiro de Thráin II, o qual supunha possuir o mapa. Descobriu fortes pistas de que o pobre anão poderia ter sido levado cativo a Dol Guldur, e para lá foi, descobrindo finalmente o antigo rei à iminência da morte, após as muitas torturas pelas quais havia sido submetido para revelar o último dos Sete Anéis. O mapa, contudo, Thráin II não havia entregue.

Segundo a versão do réu, Thráin não conseguia se lembrar do próprio nome. Não lembrava sequer de si mesmo, mas confiou a Gandalf um segredo que não revelara nem sob a maior das torturas?

De algum modo, foi persuadido a tal. Não contava Gandalf, porém, que mesmo em seus últimos momentos Thráin II preservava sua lucidez: não lhe revelou a existência de uma chave, tampouco as demais circunstâncias para obter acesso à porta. O orgulho dos anões é implacável, mesmo que à beira da morte!

O réu não tardou a tomar a decisão: se o serviço só podia ser feito pelos anões, assim seria feito. Todas as suas tratativas com Thorin Escudo de Carvalho e os demais companheiros, tal qual a conhecemos, está correta. O que Gandalf escondia era que o seu plano era apenas usá-los para atingir o seu próprio objetivo.

O próprio relato do hobbit Bilbo Bolseiro sobre esta aventura, tal qual consta no Livro Vermelho dos Registros do Condado, corrobora esta verdade. Não era por mera coincidência que Gandalf "desaparecia" nos momentos mais delicados e reaparecia somente na iminência de a companhia ser dizimada. Ele sempre esteve por perto: apenas planejava desfazer-se de tão grande companhia aos poucos, para que, no fim, só precisasse dar conta de dois ou três, incluindo o hobbit: estes seriam suficientes para lhe garantir a entrada na montanha e a distração do dragão, tudo de que o réu precisava para concretizar o seu plano meticuloso.

Como bem sabemos, as coisas não aconteceram como Gandalf queria. Duas coisas, principalmente, contribuíram para o seu fracasso. Em primeiro lugar, ele não contava que o hobbit poderia vir a ser tão útil. Por mais de uma vez Bilbo Bolseiro salvou a vida de todos os anões, de modo que Gandalf não pôde sequer desempenhar o seu papel de herói "parcial", aparecendo nos momentos derradeiros para resgatar os que sobraram. Ele sabia que este era um papel crucial para garantir a confiança de Thorin - mas Bilbo Bolseiro foi sempre bem sucedido. Não calharia que Gandalf voltasse a aparecer apenas quando tudo já estava resolvido. De fato, o seu sumiço nos incidentes finais fez crescer no coração de Thorin uma sombra de suspeita, e Gandalf sabia o quanto isso lhe poderia ser fatal.

A segunda coisa que Gandalf não contava era que o dragão seria enfurecido a tal ponto de decidir abandonar a montanha e atacar a Cidade do Lago, e, muito menos, que pudesse vir a ser morto! A sequência dos fatos, culminando com a Batalha dos Cinco Exércitos, não estava no plano do mago. O réu não planejava mudar o estado de qualquer das coisas: Lago, Dragão, Montanha ou Guerra; apenas queria o ouro, e o poder que compraria através dele.

***

De todo modo, mesmo que nossa testemunha fale mentiras, e os fatos não tenham ocorrido conforme contamos, não é o bastante para inocentar este agitador desordeiro, badernista, pseudo-revolucionário anarquista valinoreano. Muitos danos e perigos poderiam ter sido evitados se não fosse a sua tolice, arrogância e incompetência ao lidar com assuntos da mais alta relevância para a segurança de todos os povos do mundo. Vimos pedir a condenação do réu, portanto, se não por sua má fé já relatada, por DESEMPENHAR COM NEGLIGÊNCIA E IMPRUDÊNCIA O SEU PAPEL NA TERRA-MÉDIA (2ª acusação).

Gandalf tomou decisões senis ao ignorar a suspeita atitude de Saruman. Este, como todos sabem, cobiçava o Anel desde o início, e desencorajou o Conselho Branco a fazer quaisquer investigações sobre o paradeiro do Anel por desejar tomá-lo só para si. Pois bem! Gandalf temeu os resultados da atitude de Saruman, porém, ao invés de exercer sua responsabilidade de Istar, ele simplesmente fez vista grossa para um plano cobiçoso e calculista que colocaria em risco o destino do mundo. Gandalf poderia muito bem ter alertado o restante do Conselho Branco de seus temores, e confrontando Saruman juntamente com o restante do Conselho, muitos danos e dores teriam sido poupados na Terra-média, pois apesar de Saruman ser mais poderoso do que Gandalf, o primeiro não seria páreo para o Conselho Branco inteiro. Mas qual foi a atitude de Gandalf? Ficar quieto! Ora! Como esse indivíduo ousa fazer vista grossa para algo assim em uma época em que o mundo está em estado de emergência e as sombras crescem em todas as direções!?

Será que Gandalf não sabia de nada? Não estaria o mago apenas sendo obediente à hierarquia do Conselho Branco, visto que Saruman era seu superior? Ora! Quando surgiu pela primeira vez a ideia de atacar Dol Guldur pela suspeita da volta de Sauron, Saruman não permitiu que ninguém tomasse atitude nenhuma. Essa decisão de Saruman gerou suspeitas no mago como ele próprio admitiu posteriormente. E o que ele fez? Nada!
Quando Saruman disse que o Anel havia sumido no rio Anduin e, posteriormente, quando este foi encontrado, Gandalf pôde confirmar que realmente se tratava do Um Anel, isso também foi algo digno de suspeita da parte de Saruman, pois este não queria que nenhuma investigação fosse feita! E o que Gandalf fez? Nada! Continuou cegamente se recusando a enfrentar Saruman!

Quando Gandalf confidenciou a Thórin que Saruman estava dificultando os seus planos, isso também foi algo que deveria no mínimo tê-lo feito hesitar. E o que Gandalf fez? Nada!

Além disso Saruman começou a transformar Orthanc em uma verdadeira fortaleza, começou a se aliar a homens perversos que odiavam Gondor e Rohan. Gandalf viajava constantemente pela Terra-média e todos esses acontecimentos também deveriam ter gerado suspeita pois ele teria ouvido falar desses fatos preocupantes e atitudes questionáveis da parte de Saruman, que, sendo o Chefe do Conselho Branco, deveria trabalhar para o bem de todos os povos. E o que Gandalf fez ao ver tudo isso debaixo de seu nariz? Nada!

Portanto, ó damas e cavalheiros, não se pode dizer que Gandalf não sabia de nada. Ele tinha motivos mais que suficientes para suspeitar de Saruman, e ainda assim fez vista grossa para tudo isso e deixou as coisas acontecerem. Se ao menos ele tivesse agido, muitos estragos teriam sido evitados e muitos inocentes teriam permanecido com vida.

Gandalf mostrou uma estupidez de nível monstruoso ignorando suas suspeitas sobre o Anel que Frodo ganhou ser o Anel da Perdição, coisa que quase custou a destruição da Terra-média, e que teve um efeito devastador e caótico em todas as regiões do mundo. O mago demorou 16 anos (!!!) para procurar o documento de Isildur que ajudaria a comprovar que de fato se tratava do Um Anel. Por que esperar tanto tempo? Vagando pelo mundo, matutando sem propósito, ocupando-se com tolices como festas e fogos de artifício e fofocando durante suas bebedeiras e fumando sabe-se lá o quê naquele cachimbo nojento, Gandalf desperdiçou todas as chances que teve de resolver os problemas que ameaçavam o mundo de forma rápida e eficaz, e suas escolhas foram absolutamente imperdoáveis.

Esse imprudente indivíduo, com sua atitude insolente e inconsequente, foi também responsável por colocar em risco a vida de terceiros ao forçar o pobre Frodo Bolseiro, sujeito do campo inexperiente em viagens e batalhas, assim como perigos de qualquer tipo, a embarcar em uma insana demanda planejada pelo mago de forma tola e egoísta. De todas as maneiras possíveis de se enfrentar o mal que atingia a Terra-média, Gandalf, que por ser um Istar deveria ser sábio e prudente, exalou toda a sua tolice ao achar que seria uma boa ideia enviar o pobre Frodo a vagar pelo mundo com o maldito Anel, sendo que este estava sendo buscado da forma mais intensa e feroz possível pelo infame Sauron e seus capangas.

Como se isso não bastasse, o traiçoeiro mago ainda enviou junto de Frodo o pobre Samwise Gamgi! Ora! Será que ele estava preocupado por Frodo viajar sozinho (o que mostra que Gandalf estava mais do que ciente do perigo que os rodeava)? Se esse fosse o caso, digam-me, damas e cavalheiros: o que poderia fazer um pobre jardineiro para defender seu senhor em situações de perseguição ou luta? Sam, assim como Frodo, jamais tinha entrado em combate nem mesmo contra um esquilo, muito menos contra os terríveis Nazgûl! Dessa forma Gandalf estava praticamente assinando a sentença de morte, não só de Frodo, como também de Sam e, tragicamente, colocando também em risco o destino do mundo, que tanto dependia do que acontecesse com o infeliz hobbit.

Agora notai, ó jurados, o total despreparo do réu nessa viagem: em Lórien, Aragorn afirmou que não sabia qual caminho a Sociedade do Anel deveria tomar em seguida, pois Gandalf não lhes havia revelado suas intenções! Ora! E o que é que ele ficou fazendo durante todo aquele tempo em Valfenda? Jogando conversa fora, comendo salgadinhos e fumando aquela porcaria? Ele certamente deveria ter aproveitado o tempo e o local favoráveis para ter instruído e preparado de forma adequada cada membro da Sociedade do Anel, e os detalhes de uma viajem tão difícil e importante deveriam ter sido discutidos de forma aprofundada. Ao invés disso, eles mal sabiam qual rota tomar, e alguns membros da Sociedade, que poderiam ter sido instruídos por Gandalf durante o período em Valfenda, não conheciam sequer os mapas da Terra-média e nem foram treinados em qualquer tipo de combate, coisas que seriam imprescindíveis em uma missão tão perigosa.

Gandalf também fracassou em Gondor ao não conseguir influenciar sequer de forma mínima o regente Denethor ou até mesmo alguns de seus antecessores em períodos anteriores para que tomassem medidas estratégicas adequadas para se protegerem do perigo de Mordor. E é claro, após tantos fracassos do mago, esse foi mais um fator que fez com que muitas vidas se perdessem de forma desnecessária.

Portanto, ó jurados, vede que as decisões tolas motivadas por razões ridículas do velho mago causaram inúmeros tipos de problemas pelo mundo, problemas que poderiam ter sido evitados se Gandalf tivesse cumprido bem o seu papel. Sua inacreditável incompetência fez com que muitíssimas vidas fossem perdidas, conflitos surgissem em todas as direções, e o caos reinasse de forma suprema em lugares que antes eram dominados pela paz e que poderiam ter se mantido assim se o mago tivesse agido de forma melhor para afastar o mal do mundo. Como Istar, essa era a responsabilidade dele e seu dever supremo!

Ignorar ameaças e perigos óbvios, fazer vista grossa para as decisões inaceitáveis de Saruman, fracassar ao planejar, ao decidir, ao agir, ao liderar a Sociedade do Anel em um período tão escuro na história da Terra-média, são algumas das coisas que mostram que Gandalf não desempenhou bem o seu papel. Quantos males poderiam ter sido evitados! Quantas vidas poupadas! Quantas guerras, conflitos e problemas teriam sido evitados se Gandalf tivesse agido de forma rápida e sagaz, digna de um Istar!

Ponderai e considerai, ó jurados, se é escusável o comportamento daquele que poderia ter agido bem, mas fracassou em momentos cruciais na luta contra Sauron. A Sombra poderia ter sido repelida logo no início, suspeitas poderiam ter sido levadas a sério e investigações poderiam ter sido levadas à cabo, medidas emergenciais poderiam ter sido tomadas, males poderiam ter sido reprimidos e tantas tragédias e mortes desnecessárias nunca deixariam de ter sido meras possibilidades remotas se o mago tivesse sido verdadeiramente prudente e rápido para agir.

Pedimos que, se o veredicto estiver ao nosso favor sobre a primeira acusação, entenda a nobre Juíza pela condenação do Réu ao VAZIO, por toda a eternidade. Tamanha traição aos desígnios dos Valar não poderia ser respondida com menos.

Se o veredicto estiver ao nosso favor sobre a segunda acusação, menos grave porém tampouco perdoável, entenda a Juíza pela condenação do Réu à vigilância sobre Sauron, em seu cativeiro, até o tempo que durar a sua sentença conforme proferida no último Círculo da Lei.

Está exposto o nosso caso contra o réu.

Promotoria da Boa e Velha Arda:
Giuseppe
Nírasolmo
 
BANCA DE DEFESA,

SEU PRAZO SE ENCERRA DIA 24/11/2018 ÀS 17:26, HORÁRIO DE BRASÍLIA
 
Última edição:
O PRAZO PARA A PETIÇÃO DE DEFESA INICIA-SE QUINTA-FEIRA DIA 22/11/2018 À 00:00 HORA.

BANCA DE DEFESA,

SEU PRAZO SE ENCERRA DIA 25/11/2018 À 00:00 HORA
Bel, não tá batendo com a nova regra de contagem de prazos. :dente: Eu sugeri a mudança pra ficar mais fácil de contar (é só olhar a data e horário da última e somar os dias).
 
Quero dizer para aqueles que porventura estejam achando o texto longo demais: leva 11 minutos para ler do começo ao fim (sim, eu contei). E eu não sou do tipo que lê rápido, então se seu levei 11 minutos, dificilmente algum de vocês vai levar mais tempo do que isso. Então vamos lá, separem uns minutinhos aí pra ler a bagaça toda.
 
nada perto das 78 laudas do processo da vida real de 3 réus que fizeram ou não concretamente algo na vida real por aqui que eu preciso realmente fazer neste momento hahaha. depois mais não sei quantas folhas da acusação, yay. vai ser divertido defender alguém pra variar.
 
nada perto das 78 laudas do processo da vida real de 3 réus que fizeram ou não concretamente algo na vida real por aqui que eu preciso realmente fazer neste momento hahaha. depois mais não sei quantas folhas da acusação, yay. vai ser divertido defender alguém pra variar.
Problema é ter que defender um indefensável... :gira:
 
nada perto das 78 laudas do processo da vida real de 3 réus que fizeram ou não concretamente algo na vida real por aqui que eu preciso realmente fazer neste momento hahaha. depois mais não sei quantas folhas da acusação, yay. vai ser divertido defender alguém pra variar.
Haha vocês da defesa eu sei que vão ler. Eu estava me referindo ao grande público assistindo ao julgamento. Alguns podem achar o texto meio grandinho, mas como eu disse, realmente não demora pra ler tudo.
** Posts duplicados combinados **
Problema é ter que defender um indefensável... :gira:
Tipo o Gandalf.
 
Nossa eu sonhei que por causa do atraso a acusação tinha ganhado,tava mto triste q susto hahhs...Agr posso fazer a federal tranquilo
 
Última edição:

Valinor 2023

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